Can Friends Love Each Other? escrita por liddybouvier


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

É pequeno e rápido, hm?



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   Seb era o ser mais adorável que eu conhecia. Ele era perfeito, em todos os sentidos. Seus olhos azuis combinavam perfeitamente com a cor de sua pele e com a cor de seu cabelo. Seu jeitinho meigo e acriançado conseguia derreter qualquer um.

   E ele derreteu meu coração me fazendo apaixonar por ele. Aliás, eu estava perdidamente apaixonado por ele. Às vezes eu me pegava olhando pra ele, quase babando. Ou quando ele me abraçava, eu sentia como se meu estomago fosse sair pela boca.

   Mas, como sempre, tem alguma coisa pra atrapalhar. Seb era meu melhor amigo. E era da mesma banda que eu. Sem contar que ele era apaixonado pelo Patrick, e eu era seu confidente quanto á isso.

 

   Estávamos mais um dia no ônibus, em turnê. Seb e eu no beliche conversando. Ele chorava freneticamente, Pat havia arrumado uma namorada.

   - Não é justo, Chuck. Eu o amo. – minhas mãos percorriam toda a extensão do seu rosto, limpando suas lagrimas.

   - Ele não te merece, meu anjo. E você não deveria amar-lo. – segurei as mãos pequenas de Seb. Suas mãos eram macias e cheirosas, eu adorava acariciá-las. – Ele é hétero, sabe disso.

   Sebastien fungou alto, seus olhos já estavam vermelhos e sua face ligeiramente corada.

   - Existem pessoas que te amam, meu bem. – sussurrei, mais pra mim mesmo. Ele me olhou sem entender e eu já sentia minhas bochechas corarem.

   - Seb? – o rosto de Pierre apareceu entre as cortinas. Seus olhos se focaram nos de Seb, que rapidamente limpou as lagrimas. – Você estava chorando?

   - Não, não. – seus olhos se arregalaram e ele tentou sorrir, fazendo uma careta – Eu e Chuck estávamos... conversando.

   - Vamos almoçar. – Pierre fechou as cortinas novamente. Ou ele era muito burro e caiu na conversa de Seb ou ele era educado e fingiu cair.

   - Não quero almoçar, Chuck. – seus olhos voltaram a lacrimejar e ele deitou a cabeça em meu colo – Eu precisava tanto de Pat... dos seus abraços... da sua boca.

   Meu estomago voltava a se revirar. Odiava ver Seb falar de Pat assim e odiava Pat o machucar, mesmo sem saber.

   - Shh. Seb, meu amor, você não precisa de Pat... – minha vontade era de abraçar-lo com todas as forças do mundo e nunca mais deixar-lo chorar.

   - Eu na verdade não precise mesmo. – sua voz saiu decisiva, me espantando – Talvez eu só precise mesmo é de alguém do meu lado, de alguém que cuide de mim, que me faça carinho... alguém como você... mas achar alguém assim é bem difícil. – suspirou e voltou a se sentar – Eu te amo, Chuck e obrigado por ser o melhor amigo que alguém pode ter. – beijou minha bochecha, fazendo que meu coração batesse mais rápido.

   - Seb... eu preciso te dizer uma coisa. – eu não estava mais agüentando, eu não estava controlando minha vontade de agarrá-lo. Ele provavelmente ia ficar com raiva, e nossa amizade ia acabar... mas eu precisava arriscar. Precisava me declarar á Seb. – Quando você disse que queria alguém como eu, estava falando serio? – mordi meu lábio, a hesitação aumentando dentro de mim.

    - Lógico Chuck. Alguém como você me faria feliz, sabe? Alguém carinhoso e fofo. – me olhou, como se pensasse em algo – Mas sabe, acho que só existe você assim, e você é meu amigo e nunca gostaria de mim.

   - Seb, eu gosto de você. – sussurrei, tão baixo que acho que ele não ouviu.

   - Também gosto de você, Chuck. – respondeu docemente, me dando um beijo na bochecha – Você é meu melhor amigo, já disse.

   - Mas... euteamo. – disse rápido, e Seb abriu a boca levemente.

   - Own! Também te amo, Chuck. – Pelo visto ele ainda não entendeu, Seb é leeerdo. E eu sempre perco a paciência com ele quanto á isso.

   - Seb, eu disse que eu te amo! – Disse mais alto, erguendo uma sobrancelha.

   - Eu também te amo, Chuck. – ele sorriu ainda mais, seus olhos brilhando.

   - Mas Seb... – desisti, suspirando.

   - Vem, vamos almoçar. – começou a se levantar, mas eu segurei seu pulso, essa era a minha ultima chance.

   Puxei seu corpo pra baixo, o fazendo cair sobre minhas pernas. Seus olhos se conectaram aos meus e eles brilharam estranhamente felizes. Depositei um beijo em sua bochecha e rocei meu nariz na região.

   - C-chuck? O-o que é isso?

   Não respondi, apenas colei nossos lábios. Sentir os lábios macios de Seb nos meus era a melhor sensação que alguém pode sentir.

   Nenhum de nós dois aprofundou o contato, nossos olhos fechados. Seb movia seu lábio no meu levemente, e eu pude sentir ele sorrir.

   Depois de alguns segundos, senti seu lábio se distanciando e eu me vi órfão desse contato. Abri meus olhos e encarei Seb, com os olhos arregalados e brilhando, ao mesmo tempo.

   - Sabe de uma coisa, Chuck? Eu acho que amigos podem se amar. – o apertei em meus braços, balançando a cabeça positivamente.

 


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