You Wanna Be Loved escrita por Kate Simplicio


Capítulo 18
Capítulo 18




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-Então, agora é pra valer?- Carol aproveitou que as duas estavam sozinhas para finalmente fazer a pergunta que a estava consumindo durante os três primeiros horários.

Charlie sorriu.

-Sim.

Aquele sim, dito por Charlie, soou diferente dos demais. Não era um sim qualquer, era a concretização daquele sonho que a menina estava vivendo. Já que por mais que fosse segunda-feira, e Harry tivesse passado praticamente todo o domingo na casa dela, só agora, com aquele sim, é que ela havia caído na real.

Ela estava namorando Harry Styles. O vizinho maravilhoso que ela tinha, o melhor amigo e o grande amor da sua vida. Alguém poderia ser mais feliz? Charlie duvidava muito.

-Então vocês não estão fingindo mais?- Carol fez a pergunta sem esperar muito pela resposta- Que bom! Você é péssima mentindo.

Charlie olhou torto em direção à menina.

-Que foi? Eu não tenho culpa por você não saber mentir.

Charlie se preparou para rebater, mas achou melhor não se não disser nada, aliás, o dia estava muito bonito para se implicar com pequenas coisas. O céu estava mais azul, o sol brilhava mais intensamente e até as pessoas ao redor de Charlie pareciam mais felizes.

O que o amor não faz ao espirito das pessoas.

-Eu odeio segunda-feira- disse Olivia ao sentar-se à mesa junto com elas- Tem dia pior?

-Terça- disse Georgina também se aproximando.

-O que a terça tem de mal?- perguntou Carol com curiosidade

-Nada, é só que eu não gosto do nome.

Charlie a olhou com a sua melhor cara de deboche.

-Que foi?- a menina se defendeu- Todo mundo tem direito de odiar o dia que quiser, e eu quero odiar a terça-feira. Pronto!

Charlie riu. Como foi que ela conseguiu fazer amizade com pessoas tão estranhas?

-Cadê Sophie?- perguntou Carol reparando na falta da quinta integrante do grupo.

-Na biblioteca com o Niall- respondeu Georgina.

-Fazendo o quê?

-Estudando é que não é.

-A Sophie?- Charlie estava chocada.

A biblioteca era conhecida como o ponto de encontro dos casais, que usavam as enormes estantes de livros para se esconderem dos olhares inquisidores da coordenadora.

A escola, totalmente conservadora, proibia qualquer tipo de manifestação de carinho que fosse excessiva demais. Aquele, então, era o único local para quem quisesse algo além do tradicional beijo na boca.

Mas não havia nada além de um alto nível de pegação, pelo menos, nenhum caso desse tipo fora noticiado.

-Eu não imaginava Sophie fazendo algo assim- continuou Charlie sem conseguir conter a surpresa.

-Pois eu sempre pensei que isso iria acontecer um dia- falou Olivia- Aliás, todo mundo tem um lado safado pronto para se libertar.

-Quem é safada?- perguntou Liam aparecendo de repente com os meninos, exceto Niall, atrás dele.

Além de ótimos cantores, aqueles meninos do One Direction também eram ótimos nesse tipo de abordagem. Eles não chegavam, eles simplesmente apareciam.

-Minha avó!

-Ela deve ser uma velhinha muito interessante de se conhecer.

-Liam, só porque nós socializamos um pouco, não significa que nos tornamos amigos- disse Olivia se virando para o garoto.

-Como não?- Liam parecia ofendido, ou só estava de sacanagem mesmo, era difícil saber- Eu pensei que “Eu tive uma bela noite, Liam” colocava o nosso relacionamento em um nível acima.

-Não acredito que eu perdi isso!- era a fez de Carol se surpreender- Quando foi que ela te disse isso?

-Sábado, quando a deixei em casa.

-Eu só tentei ser gentil- explicou Olivia.

Charlie notou que as bochechas da amiga estavam avermelhadas, e que por mais que ela tentasse, Olivia não conseguia olhar diretamente nos olhos de Liam de jeito nenhum. Charlie pensou que aquilo significava que havia algo a mais, mas logo mudou de ideia. Se fosse qualquer uma das outras meninas, ela não falaria nada. Mas era Olivia, a número um no clube “Eu odeio esses cinco meninos”, era algo simplesmente,impensável. De qualquer jeito, aquilo estava muito estranho, pensou Charlie.

-Meninas são gentis apenas com caras de quem estão afins- observou Louis.

Se na mesa existisse uma faca, ela provavelmente estaria nesse momento, a caminho da garganta de Louis. Olivia era capaz disso, Charlie não tinha dúvidas.

-Como você está, baby?- Harry se aproximou e beijou seus lábios levemente.

Rapidamente Charlie se esqueceu de tudo. Aquele baby e aquele beijo, levaram a garota para um universo alternativo onde apenas Harry Styles e ela existiam.

-Eu estou ótima!

Harry sorriu.

Ao ver aquele sorriso o coração de Charlie deu um salto. Ela ainda não estava acostumada com ele. A menina desviou olhar, se continuasse a encarar aquela perfeição, era capaz de ter um troço.

Louis e Carol tentavam arrancar informações de Liam, enquanto que Olivia tentava de todas as maneiras possíveis calar a boca dos dois. Zayn e Georgina estavam tendo uma conversa civilizada, por mais incrível que parecesse.

-Quer dá o fora daqui?- perguntou Harry também olhando ao redor Eu poderia de levar para outro lugar.

-E que lugar seria esse?- Charlie perguntou de volta.

Harry sorriu de novo.

-O País das Maravilhas.

***

Charlie olhava para todos os lados enquanto Harry a guiava pelos corredores da escola.

-Onde você está me levando, afinal?- perguntou a menina. De repente, ela para- Por acaso você não está me levando para a biblioteca, está?

Dessa vez, quem parou foi Harry.

-Qual é, eu sou mais sofisticado que isso.

E o garoto recomeçou a andar fazendo com que Charlie andasse também.

-Por acaso você não vai me matar ou algo do gênero, certo?

-Porque eu faria isso?- disse Harry sem parar- Nós estamos namorando a menos de uma semana, eu só seria capaz de fazer isso depois de um ano.

-Você está brincando, certo?- a garota parecia preocupada.

-Claro que eu estou!

Charlie suspirou aliviada. Não que ela realmente acreditasse que Harry fosse mata-la, mas que com os dias de hoje, deveríamos desconfiar de tudo.

-Feche os olhos- Harry mandou.

-Por quê?

-Pare de perguntar Charlie e fecha logo os olhos.

A menina obedeceu um pouco contrariada. Menos de uma semana,
e ele já estava mandando nela. Como seria depois de dez anos? Será que eles chegariam a tanto?

Charlie ouviu um som de uma porta se abrindo. Logo depois, ela sentiu a mão de Harry em sua cintura, o menino gentilmente a empurrou para frente, fazendo com que ela entrasse seja lá em que lugar fosse.

-Seja bem-vinda, Alice!- disse Harry.

Charlie abriu os olhos. Ela não conseguiu conter a decepção.

-O que foi? Estava esperando que nós fossemos realmente ao País das Maravilhas?

-Não, mas é que...-Charlie olhou ao seu redor- Essa é sala dos faxineiros!

-Não- disse Harry- Esse é o meu lugar especial.

Charlie analisou o local melhor. Tinha dois pufes pretos, um em cada canto, e algumas outras coisas que ajudavam a disfarçar um pouco, mas não totalmente. As vassouras e baldes continuavam ali.

-E é para cá que você traz as garotas?

-Não, só as especiais- e como Charlie continuou a encará-lo sem acreditar muito na história, o menino acrescentou- E todas as outras também.

Charlie riu.

-Eu sabia!

-Ah é! Então adivinha o que vai acontecer daqui a pouco?

Harry a pegou pela cintura e fez com que ela se encostasse à parede.

Charlie só agora havia visto o lado bom daquela ideia maluca que Harry havia tido.Quem se importava se era a sala dos faxineiros? A boca do menino estava a milímetros da sua, como ela iria se importar com algo tão irrelevante num momento como esse?

-Como eu vou saber- respondeu Charlie.

Momentos depois, ela sentiu os lábios quentes de Harry pressionar os seus, do mesmo modo como o corpo do menino a pressionava na parede. Charlie levou suas mãos ao cabelo do garoto bagunçando-os. O menino riu com esse gesto.

Harry continuou a beijá-la. Havia de tudo no seu beijo, suavidade, paixão, desejo e outras coisas a mais em que Charlie não conseguia pensar no momento. O menino segurou sua nuca e fez com que ela inclinasse a cabeça deixando o pescoço a mostrar. Ele largou seus lábios e começou a beijá-la ali. Ele fazia movimentosde subida e descida, em  direção a sua orelha e depois de volta a base do seu pescoço. Charlie estremecia a todo o momento.  Aquilo era realmente muito bom!

O sinal que anunciava o fim do intervalo havia tocado.

-Harry!- Charlie o chamou.

O menino levantou a cabeça.

-Eu acho que está na hora da gente ir

-E eu acho que deveríamos continuar aqui- ele voltou a sua atenção ao pescoço da menina.

-Mas nós temos aula.

Harry falou o que Charlie entendeu como um “E?”.

-Eu nunca matei aula.

Harry a olhou com um sorriso travesso no rosto. Charlie estava com medo do que aquele sorriso representava.

-Sempre há a primeira vez.

Talvez fosse pelo sorriso, pelos beijos, por causa da aula de física que ela teria que assistir, ou simplesmente por ser o Harry. Charlie não pensou duas vezes, ela ficaria ali. Como dizer não, quanto se tem uma boca extremamente deliciosa a pressionar a sua? Era algo humanamente impossível.

***

Quantos minutos haviam passado? Dez, quinze ou talvez só um. Ela havia perdido a noção do tempo.

Harry mexia no seu cabelo, enquanto que Charlie permanecia sentada entre as suas pernas.

-Isso é ridículo!- disse

-O quê?- perguntou Harry ainda entretido com os cabelos da menina.

-Ficar aqui, enquanto deveríamos estar assistindo aula.

-Você não consegue fazer nada errado, não é?

Charlie riu.

-Desculpa se eu me preocupo com outras coisas além de nós dois.

-O que pode ser mais importante que nós dois?

Charlie pensou até chegar à conclusão de que ele estava certo, nada poderia ser mais importante.

A porta da sala se abriu rapidamente fazendo com que os dois se levantassem em um só pulo.

-O que os dois estão fazendo aqui?-a coordenadora perguntou.

Ela os estava encarava com seu típico olhar de mulher rabugenta. Olivia sempre falava que o que faltava na via da Sra. Susan (a coordenadora) era um bom homem, só assim ela se tornaria uma pessoa menos rabugenta. Analisando-a, Charlie chegou a conclusão de que a amiga estava certa, faltava um homem na vida da Sra. Susan.

A voz de Harry a despertou dos seus devaneios.

-Nada- o menino respondeu sério.

-Eu não acredito em vocês.

-Então não acredite.

-Olha o modo como você fala comigo, Sr.Styles!

-Eu falo como eu quiser.

Confusão. Era isso o que Charlie estava pressentido no momento, e era exatamente isso que iria acontecer.

-Vocês dois, na sala da diretora agora!


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Notas finais do capítulo

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