A Marca De Atena escrita por rivaille


Capítulo 27
A história de Annabeth


Notas iniciais do capítulo

ATENÇÃO
esse capítulo não tem nenhum narrador, ok? O cap teria que ser da Hazel, mas eu não quero reduzir porque tem muito para falar dela quando eles chegarem na Grécia. Contei demais já, então... BOA LEITURA



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– O QUE?? VOCÊ MORREU? – Gritou Percy, enquanto os outros a encaravam perplexos.

– Sim, Percy. – Annabeth respondeu, calma. – Era a única maneira.

– Annie, como isso aconteceu? O que você fez? – Percy continuava berrando, assustado.

– Tá, vou começar pelo dia em que destruímos a casa. Quando a casa pegou fogo, eu não consegui evitar. Vocês foram para o mar, o que eu deveria ter feito, mas eu fui jogada para outro lado. Caí em um gramado e apaguei.

“Quando acordei, não estava mais ali. Estava em um lugar escuro, como se eu estivesse embaixo da terra. E eu estava. Gaia me puxou para baixo. Eu não conseguia vê-la, mas ouvia suas ameaças. Ela me dizia que eu não ia sobreviver, que deveria me juntar a ela e que todos os meus sonhos iriam se realizar. Eu disse que não, é claro, e a resposta dela me surpreendeu. Ela disse que se eu preferia morrer, tudo bem, mas ela não me mataria ali e naquele momento porque seria fácil demais. Disse que eu os veria morrendo, fracassando ao procurar as Portas da Morte. Disse que não sobraria nada, o mundo seria destruído, e eu ficaria viva para ver. E depois, me mataria da pior maneira possível. Assim, eu fui... Subindo, vamos dizer assim, e quando parei de volta ao gramado, um monstro me esperava.”

“Não era especificamente um monstro, e sim um cão infernal. A maioria dos meus machucados foi graças a ele, mas consegui enfrenta-lo. Mas eu quase morri, de fato. Me deitei novamente no gramado, devastada, sem saber o que fazer. Um senhor de idade me ofereceu uma carona, e eu disse que precisava ir aos limites de Roma, porque achei que encontraria vocês lá. Quando cheguei, descobri que o senhor também era um monstro. Eu estava quase morta. Não sei como consegui, mas o matei. Continuei me arrastando para nenhum lugar, já que não sabia exatamente onde eu queria chegar, até que encontrei Apolo.”

“Contei uma parte da história para ele, que cuidou de mim. Me deixou saudável de novo. E então, percebi. O carro de Apolo podia ser a chave para os meus problemas. Eu chegaria até vocês, e iríamos juntos para o Mundo Inferior. Ele não queria me deixar partir, e eu tinha que ter um plano. Enganei o deus sol e roubei seu carro, mas... Eu não tinha ideia de como aquilo podia ser perigoso. A cada quilometro que eu percorria, meu corpo ficava mais quente. Lembra-se, Percy, quando sentou no trono de seu pai? Imagino que foi parecido. E aquele calor foi piorando, perdi o controle do carro. Fiquei desesperada porque, quando olhava pelo retrovisor, via fogo. E quando virei de novo, Apolo estava ali, olhando para mim de cara feia.”

“Ele me deu vários sermões, e me ameaçou. Disse que eu precisava arrumar tudo que fiz, que não ia me poupar mais por eu ser uma filha de Atena. Perguntei como faria isso, mas ele não quis me dizer uma palavra, e começou a fazer aqueles haicais irritantes... Eu estava nervosa, e pedi para ele parar. Ele não gostou e me lançou de volta ao Argo II. Peguei aquele escudo, que Leo arrumou antes de vir. Ele mostrava todas as partes de Roma. Vi quando vocês tiraram a conclusão sobre as portas, e sabia que era errado. Não PODIA SER NO TÁRTARO, Percy, como não percebeu? Estava além disso. Peguei o que era necessário e saí correndo, mas vocês não estavam mais lá. Apolo tinha os resgatado. Entrei no museu, e os monstros sentiram a minha presença.”

“Eles disseram o que havia acontecido, cheios de ameaças, é claro. Disse que não teria como vocês descobrirem onde ficam as portas, não olhando de fora. Isso apenas confirmou o que eu já desconfiava. Larguei as minhas armas, e os monstros ficaram me fitando, estúpidos. Até que um foi a frente e me deu um golpe certeiro. Eu estava no andar de cima, e fui lançada para baixo, e... Acho que já sabem o que aconteceu. Foi mais ou menos como devem estar pensando. Quando me dei conta, estava no lugar que precisava: No mundo inferior. Caronte ficou surpreso quando me viu. Eu o enganei também, não sei como consegui. Disse a ele que me matei, para me despistar de vocês, pois tinha me juntado a Gaia. Ele acreditou, e me deixou entrar. Falei para ele que precisava encontrar uns semideuses que se juntariam a nós, e matariam vocês com mais facilidade do que imaginava. Ele sorriu, e concordou. Em poucos minutos eu tinha passe vip para todos os cantos do Mundo Inferior.”

“Fui correndo para o Elísio. Encontrei Luke. Ele ficou ainda mais surpreso do que Caronte quando me viu. Contei para ele meu plano, e ele aceitou, chamando os outros semideuses e mortais que se juntariam a nossa causa. Quando juntei o exército, pedi para Caronte me mostrar onde ficava as portas da morte. Disse que Luke também passaria, mas ficaria no mundo inferior caso ele precisasse da ajuda. Caronte disse que isso não era necessário, mas concordou. Me contou os truques. Permitiu que eu passasse pela porta sem esquecer de mim mesma, sem que minha alma fosse separada de meu corpo. Quando passei, contei a Luke o que pretendia fazer, e ele disse para eu não me preocupar, que cuidaria de vocês. Pedi para que ele não contasse o que eu tinha feito, porque queria contar para vocês pessoalmente.”

“Despedimos-nos casualmente, e assim, passei pelo portal da vida. Foi bem estranho. Onde eu fui parar? No museu, é claro. Exatamente no lugar em que eu tinha morrido. Só que eu estava desesperada, porque sabia as respostas, e não podia deixar que pulassem no Tártaro. De inicio, achei que meu plano fracassaria principalmente porque eu sai do lugar onde eu deveria estar. Mas depois compreendi. Se eu continuasse no mundo inferior, Caronte iria desconfiar. E eu continuaria morta. Devia voltar para vida, e encontrar vocês. Consegui me esconder, desta vez. O museu tem um porão, perceberam? E foi lá que encontrei Íris. Os monstros perderam totalmente o contato com vocês, porque saíram de Roma. Íris estava sendo forçada pelo exercito que estava mantido no museu para passar informações de vocês para eles. Tudo que vocês faziam, eles sabiam. Por esse motivo que, quando chegamos em Roma, não houve uma hora sequer em que vocês não sofriam um ataque. Íris não sabia somente por suas conversas com Quíron, mas... Bem, a cada Arco Íris que se formava, ela sabia. E eles também.”

“Eu só consegui libertar a deusa porque os monstros ficaram loucos. Ela não podia mais passar informações para eles. Vocês estavam no mundo inferior, não havia Arco Íris. Ela pode conjurar em qualquer lugar, sendo uma deusa, mas também não havia necessidade. Vocês já não estavam mais lá. Então, seus poderes eram inúteis para Gaia. Libertei a deusa, e ela me levou ao Argo II. A mesma força que a prendia lá e a deixava incapaz de libertar todos os seus poderes é a mesma força que mantém Nico preso. Ela me explicou como Gaia fez isso. Gaia tem milhões de seguidores, não foi difícil encontrar barreiras mágicas. Além do mais, Hécate se juntou novamente ao lado do mal. Além dos monstros libertos do Tártaro, ainda há a deusa.”

“Assim que fui para o Argo II, decidi me comunicar com vocês. Porém, Íris me aconselhou a não fazer isso. Eu concordei, porque queria contar tudo pessoalmente, e isso só iria confundir vocês. Esperei até o momento certo, e mandei uma mensagem para Luke. Graças aos deuses, ele havia os salvado, e estavam a caminho do Acampamento Meio-Sangue. Quase me senti feliz, até que uma fúria veio a meu encontro. Disse que eu estava condenada, que uma vez morta, não podia voltar. Estava na lista de mortos que fugiram, e que quando voltassem, iriam para os campos da punição eterna. E a minha hora já tinha passado. Ela tinha ido me buscar novamente.”

“Íris me salvou da fúria, por pouco. Mas eu sabia que Hades viria atrás de mim novamente. É claro que eu tenho um argumento, mas não sei se será o suficiente. Qual é? Bem, eu morri, certo? Mas essa era a minha real intenção. As pessoas morrem sem pedir, e quando morrem por livre e espontânea vontade, não é para voltar. Eu morri porque quis, e porque sabia e queria voltar. Isso pode ter feito grande diferença. Alias, isso faz diferença. Alguns fugitivos, vamos dizer assim, voltavam até mesmo sem querer. Não estão na lista dele. Eu estou porque não voltei, mas eu acredito que só não voltei porque tive que passar por Caronte. E pelo motivo que morri. Não são todos os mortos que vão para Caronte, mas os que morrem de forma mais dolorosa. Não heroica. Eu não morri de forma heroica, pois não salvei ninguém, e meu objetivo era voltar.”

“Sentia que Hades estava atrás de mim, mas com Íris me protegendo, não faria nada. Esperaria pelo momento certo. Ou talvez estava refletindo se era mesmo o certo. Não sei, mas, por nossa causa uma parte do mundo inferior ruiu, e agora ele me culpa. Me comuniquei novamente com Luke, e descobri que ele conseguiu sair. Como? Bem... Vamos dizer que Caronte sobreviveu a queda. E que Luke o torturou até a morte, literalmente, para o levar para fora. Hades não está atrás de Luke, pois ele acredita que Caronte o levou para fora a fim de fazer ele juntar-se a Gaia. E não está atrás de vocês porque vocês fizeram um favor, fecharam as portas. Mas está atrás de mim, porque eu desafiei a morte, e fugi. Sabia que era minha ideia porque sabia que falei com Luke, e sabe que eu estou com vocês.”

“Enquanto isso, os monstros iam se espalhando, e eu soube que voltariam. Sabia que aquilo dependia de mim. Era a minha profecia, afinal. Procurei coisas no laptop de Dédalo a fim de conseguir algum plano. Eu não tinha planos, até ver o 47. Tratava-se de Roma. Toda a Roma. Era o único que eu tinha, mas temia que não funcionasse, pois o labirinto morreu. Agora, presumo que ele esteja vivo novamente. Ou não. Se estiver, eu... Eu seria a dona oficial. Mas não quero. Íris acredita que, se o plano funcionasse, o labirinto também iria ressurgir. E assim foi, ele nos ajudou, incendiando Roma. E, graças a santa Atena, Percy entendeu para quem devia pedir ajuda.”

“Mas a história não termina aí. O labirinto não queria responder aos meus chamados. Eu rezei para Hades, principalmente, e quando respondeu, imagino que agora Hades finalmente começou a me perdoar.”

Todos fitavam Annabeth, impressionados.

– Confesso que não prestei muita atenção. – Disse Leo, tirando a perplexidade dos rostos dos outros e fazendo-os rir.

– Mas foi isso. A profecia está completa? Não sei, porque Rachel não conseguiu completa-la no dia. Lembram? – Annabeth perguntou.

– É verdade. Porém, essa história tem duas profecias. – Íris disse.

– A profecia dos sete. Ela foi concluída. – Jason falou.

– Pode ser, Jason Grace. Mas a guerra não está nem perto de acabar. E uma guerra não acaba se uma profecia não se concretiza. – Íris concluiu.

– Então, o que podemos decidir sobre isto? – Piper perguntou.

– Só uma coisa. – Annabeth disse, temerosa. – A minha profecia ainda não está completa. A marca de Atena foi incendiaria. Isso está certo. Mas algo mais está por vir, e só vamos descobrir o que é quando chegarmos em um lugar especifico. A profecia só se concretiza quando formos para Grécia, e até lá, não temos ideia do que pode estar para acontecer.



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Notas finais do capítulo

Ralei muito pra conseguir encaixar os fatos na história, então espero que gostem :)))
OBRIGADA A MRS VALDEZ QUE ME RECOMENDOU
A PROPOSITO
GENTE
LE ESSA FIC AQUI ELA É TOP NA BALADA
http://fanfiction.com.br/historia/220513/Diario_Da_Princesa_Das_Flores/
no próximo cap, as coisas se acalmam. Eles viajam a bordo do Argo II de novo, dessa vez com a deusa Íris, rumo a Grécia.



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