A Marca De Atena escrita por rivaille


Capítulo 19
Percy destrói monstros marinhos


Notas iniciais do capítulo

Os semideuses acordam no fundo do mar, respirando. Percy descobre que Annabeth está desaparecida, e briga com todos para provar que deve ir atrás dela. Como não consegue, eles saem da água, e chegam ao local que pode ser a resposta de seus problemas. Ah, e também alguns monstros aparecem, claro.



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LEO


Eu não sabia explicar o que acabara de acontecer.

Bom, uma parte ficou clara. Só conseguimos escapar porque eu coloquei fogo em tudo, explodindo a mansão. Certo. E agora, estávamos todos no mar... respirando.

Devo admitir que eu não estava em condições de fazer nada, então fiquei mergulhando sozinho, vendo os outros. Jason e Piper estavam perto, abraçados, Hazel e Frank nadavam juntos. Só não consegui achar Percy e Annabeth, porém estava muito cansado para procurar. Fui para o lado de Jason, e observei mais atentamente o motivo de nós estarmos vivos. Bolhas nos cobriam inteiramente, fazendo com que tivéssemos oxigênio. Legal.

– Jason? – Falei. Minha voz saiu um pouco estrangulada, e eu ri. Minha risada parou quando Jason olhou para mim desesperado.

– Precisamos chegar ao Argo II, imediatamente. – Disse ele.

E então olhei o objeto de sua tortura. O braço de Piper tinha um terrível corte profundo, e ela estava desacordada.

– Onde está Percy? – Perguntei, alarmado.

– Não sei. Procure-o, por favor. Precisamos ir depressa. – O olhar de Jason voltou para Piper. – Eu devia ter ficado perto. Não vou deixar que nada aconteça com ela.

Fiquei um pouco constrangido. Jason não demonstrava seus sentimentos, mas eles começavam a ficar claros a cada dia que passava. Mas esse não era o que interessava agora. Piper era minha amiga também, e eu estava preocupado. Se não conseguirmos ambrosia logo... Não. Afastei esse pensamento da minha cabeça, e chamei Frank. Ele e Hazel nadaram até nós.

– Frank, tem como você procurar Percy e Annabeth em uma dessas suas formas? Sabe, seria bem útil agora. – Apontei para Piper. Hazel arregalou os olhos e foi para perto dela, quanto a Frank, assentiu. Transformou-se em um peixe, e saiu a procura.

Não demorou muito para Frank encontrar Percy. E ele não parecia nada bem.

– Onde está Annabeth? – Ele perguntou. Mal sinal.

– Nós... não sabemos. Achei que ela estivesse com você. – Respondeu Hazel.

Milhares de expressões passaram no rosto de Percy. Angústia, raiva, tristeza... Foi como se ele tivesse perguntado algo que já sabia, só não queria acreditar. Até que ele decidiu ficar com raiva.

– Por que explodiu a casa? Podíamos ter vencido! E agora Annabeth desapareceu! – Gritou para Hazel.

– Foi necessário, Annabeth sabia disso. Ela que disse, Percy! Ela sabia o que ia acontecer! – Falou Hazel.

– Agora não importa. Façam o que quiser, porque eu vou atrás dela.

– Não pode. Tem que nos ajudar. Percy, a missão. Foco. – Jason falou. Percy olhou para ele e riu ironicamente.

– Ah, e agora você precisa da minha ajuda? Eu digo não! Você estava com Annabeth na luta, por que não a puxou? Ela estaria aqui agora!

– Percy. – Falou Frank. Nem percebi que ele voltou a ser ele mesmo. – Eu sei que é difícil, cara, mas você precisa ficar aqui. Annabeth vai ficar bem, tenho certeza. Ela que mandou, sabia o que ia acontecer, e você não pode ir atrás dela. Não agora.

Uma lembrança passou por minha cabeça. Sim, aquilo fazia sentido.

– É. Ela tinha que ficar sozinha! Foi isso que Rachel disse! – Eu falei. Achei que isso faria sentido para Percy, mas ele me olhou como se me culpasse.

– Certo. Ela teria chances de estar viva se VOCÊ não colocasse fogo em tudo.

– Chega! Percy, por favor, pare. Piper está ferida. – Jason disse.

– E Annabeth está morta! Diga, Hazel, ela está morta? – Percy perguntou.

– N-não sei... Nico é melhor nessas coisas do que eu. – Falou Hazel.

Percy ficou um pouco desapontado, mas ainda assim estava irritado. Eu me senti infeliz por ele. Ele acabara de reencontrar Annabeth, e ela some. Eu queria acreditar que ela estava viva, mas era impossível. Sei que fazia parte da profecia, mas como ela poderia ter resistido aquilo? Se não estava no mar, não teve proteção alguma. E ela não estava no mar.

– Percy, eu sinto muito mesmo. Piper está ferida, ajude-nos. Annabeth sabe se cuidar. – Disse Jason. Ele parecia estar mais torturado do que antes. Enquanto discutíamos, Piper ainda estava ferida, e agora seu estado era ainda mais preocupante. Ela estava perdendo a cor.

Naquele mesmo momento, uma sombra vinha perto de onde estávamos. Foi se aproximando lentamente, até que percebi o que significava. Monstros.

Ninguém sabia o que fazer. Todos ficaram parados, observando a sombra que se multiplicava cada vez que chegava mais perto. Eu estava cansado, e sabia que os outros também. Eles pareciam ser muitos, como lutaríamos contra eles? Piper nem acordada estava, o que significa que Jason não ia sair do lado dela um minuto que fosse. Hazel estava com alguma dificuldade para se movimentar. Frank era um ótimo lutador, mas parecia tão nervoso quanto eu. E Percy... bem, ele não parecia que estava a fim de cooperar.

Uma voz saiu de onde os monstros vinham.

– Que ótimo. Seis semideuses. A mãe Gaia vai ficar satisfeita, não? Mas isso não vem ao caso. Preparem-se para morrer. – A voz soava grave. Os monstros eram bizarros, eu não conseguia nem olhar para eles, quem dirá lutar. E eu não podia invocar fogo debaixo d’água. Espere. Eu nunca tentei.

Percy virou-se lentamente para eles.

– Não.

E então, aconteceu. As filas de monstros marinhos estavam sendo despedaçadas, destruídas. Percy parecia estar controlando todo o mar contra eles. Eles tentavam lutar, mas era inútil. Os monstros explodiam um por um. O que parecia ser o líder se aproximou sorrateiramente, fugindo de seu grupo, tentando atingir Percy.

– O que pensa que vai fazer? – Gritei para ele. Percy desviou sua atenção dos poucos monstros que sobraram. Não foi ruim, pois eles não atacaram; muito pelo contrário, eles fugiam.

– Quem é você? – Falou Percy. Ele parecia estar se segurando. Era muito poderoso, mas o que ele acabara de fazer deve ter acabado com todas as suas energias. O líder olhou para onde estava seu exército.

– Percy Jackson, não é? Filho de Poseidon, se eu fosse você, tomaria cuidado. Principalmente depois de destruir o MEU EXÉRCITO! – O monstro berrou.

– Eles eram tão estúpidos quanto você! – Percy revidou.

O monstro grunhiu.

– Eu sou Ponto, antigo deus do mar! Titã filho de Gaia, e logo serei a causa da sua morte!

– Espera, espera. – Falei, com uma risada saindo de meus lábios. O momento era totalmente impróprio, mas não consegui me conter. – Ponto? Que tipo de nome é esse?

– JÁ CHEGA! – Ponto gritou. – Não preciso deles para matar vocês, eu mesmo farei!

Foi como uma força sobrenatural. Ponto começava a se desfazer. Olhei para Percy, sem acreditar.

– NÃO! Eu sou um titã, não pode me destruir! – Berrou o titã.

Uma luz dourada brilhou no local onde Ponto estava, e não havia mais nada lá.

– Você o matou? – Perguntei para Percy.

– Não.

– Percy... eu... sinto muito. Mesmo. – Falei. – Mas precisa vir conosco.

Percy olhou para mim, e não parecia mais com raiva. Porém, estava com um olhar vazio, infeliz.

– Eu irei. Era o que Annabeth queria. – Ele disse, triste.

Fomos até os outros, que estavam tão espantados quanto eu. Piper estava meio azul.

– Deixe eu cuidar disso. – Percy falou.

Ele pegou o braço de Piper, e a água foi escorrendo por seu braço, fechando o corte. Piper voltava ao normal aos poucos, até que tossiu algumas vezes e acordou. Ela estava prestes a falar quando Jason a abraçou em um abraço tão apertado que achei que ela fosse desmaiar de novo.

– Jason... você esta me sufocando! – Ela disse. Eu suspirei, aliviado. Jason afrouxou o abraço.

– Desculpe. Você está bem? – Ele perguntou.

– Sim... onde estamos? – Piper disse.

– Vamos descobrir agora. Vou levar vocês até lá em cima. Uma coisa eu garanto: não estamos perto do Argo II. Não sei como, mas parece que fomos jogados para outro lugar.

Percy subiu todos nós aos poucos. Quando nossas cabeças chegou a margem, Jason exclamou.

– O rio Tibre! Acho que estamos próximos ao Vaticano... – Ele disse, pensativo.

– Ah, que bom. Ainda bem que eu conheço muito bem geografia. – Falei. Ok, eu sei um pouquinho de Roma, mas... Não. Na verdade eu não faço a mínima ideia sobre nada que envolva Roma.

Enfim, saímos do mar, e por incrível que pareça, todos estávamos secos. Estava um dia ensolarado. Andamos um pouco, até que chegarmos em uma igreja, cheia de gente.

– Eu sei que lugar é esse. É a Basílica de São Pedro. – Falou Percy. – Annabeth conhecia alguns monumentos de Roma. Acha melhor entrarmos?

– Acho que não vai ter problema. Olhe quantas pessoas tem. – Respondeu Jason.

– O que é ali? – Piper perguntou, apontando. – Parece um castelo.

Percy e Jason se entreolharam.

– Castelo. – Disseram ao mesmo tempo. Então, compreendi. Rachel tinha citado algo sobre um castelo, e acho que descobrimos sobre o que ela se referia. O rio nos ajudou, nos levou até lá. Não sabíamos se era bom ou ruim.

E agora estávamos prestes a encontrar a resposta.




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Notas finais do capítulo

Pronto.
Eu sei, demorou muito esse. Mas eu estava 100% sem criatividade, sério. Enfim, espero q gostem
No próximo cap, os semideuses entram no museu-castelo, e encontram o que pode ser a localização das portas da morte.



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