The Ruby Necklace escrita por little wolf boy


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

SR. Curiosidades aqui: A palavra ''Zemya'' que nomeia a minha dimensão mágica,na verdade é земя e vem do búlgaro ''Terra''
Todos os sobrenomes,vilas,lugares,feitiços,poções e afins que tem nomes estranhos como esse são de linguas como africâner,alemão,armênio,búlgaro,dinamarquês,polonês e romeno.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/246197/chapter/4


Eu quase não consegui dormir na noite anterior. Depois de Elliot ir embora,minha mãe não disse nada,somente me abraçou. E nós duas choramos. Depois de eu dizer a ela que ela será sempre minha mãe e que quando as coisas se normalizarem em Zemya,se for mesmo verdade,ela iria morar comigo.

Logo depois subi e arrumei uma mochila com algumas blusas e calças jeans,meu tênis All Star,meu manto azul ao qual eu não conseguia dormir sem e um livro. O meu preferido,na verdade. Era um livro que contava as aventuras de 4 crianças numa desconhecida e magnífica terra mágica. Quando tudo estava pronto,decidi que era melhor dormir,pois já eram 2 e meia da manhã.

Mais quem disse que eu consegui? A única coisa que eu conseguia pensar era tudo que tinha acontecido. Se fosse um dia normal,eu estaria chorando por causa dos meus pais. Eu estava,mais de outro jeito. Pois naquela época,eu chorava por elas me deixarem com a minha mãe,e não com eles. Mais agora eu estava chorando por que eu ia finalmente conhece-los,e estava ansiosa,nervosa,com medo...estava sentindo todas as emoções do mundo! Até me belisquei para ver se eu não estava sonhando,que tinha sonhado com Elliot,e tudo o que ele falou. Que eu estava dormindo e logo iria acordar e ver que era meu aniversário,que Brooklin e Alyssa iam me zoar e eu iria comer uma pizza de noite. Sem Elliot,sem Zemya. Mais é claro que não estava. Peguei a foto da minha mãe,que Elliot tinha me dado.

– Sinto sua falta - Consegui murmurar,e depois disso,eu dormi.

Chorando e com a foto da minha mãe na minha mão.

Acordei com minha mãe olhando para mim.

– Filha,o Elliot chegou. Eu olhei para ela assustada. Eu iria ficar muito tempo sem vê-la. Eu sentira sua falta mais que tudo no mundo. Ela era a minha mãe. A que criou a criança que deixaram na porta da biblioteca. A que me amou e que nunca se importou com todos a repreendendo por se uma mãe solteira de uma criança abandonada. A que sempre me amou. De certa forma,agradeci a minha outra mãe por me deixar com ela. Eu relamente sentiria sua falta. Num impulso,levantei e lhe dei um abraço,chorando.

Eu,de certo modo,queria viver naquele abraço para sempre.

– Eu te amo,mãe. Mais que tudo no mundo. Mais que a mim mesma. Você é a pessoa mais importante para mim.

– Eu também,filha. Você tem o meu amor infinito e eterno. Eu sempre te amarei e lembrarei de você a cada minuto. Mais agora vá. Não quer deixar o rapaz esperando,não é?

Ela dizia isso,mais nos seus olhos eu via que ela queria que eu nunca fosse embora.

– Sentirei muito sua falta,mãe. Eu te amo muito.

– Eu também,filha.- Ela disse dando um beijo em minha testa. Dei um último abraço e disse:

– Logo estarei aqui para te buscar,mãe. Para você nunca mais ficar longe de mim.

E me lembrei de tudo que ela fez por mim. Ela desistiu de viver como uma mulher solteira e ter vários namorados por mim. Ela sempre esteve lá . Me ajudando,me criando,me dando carinho,comida,felicidade,amor... Ela nunca se importou do que falaram dela,ela só se importava comigo. Apesar das nossas brigas,dos desentendimentos,ela sempre me amou. Ela sempre pensou ''Isso é passageiro. Logo eu estarei a abraçando de novo''. Lembro que uma vez,quando eu era pequena,ela me disse ''Filha,a mãe te ama muito. Eu sempre estarei com você e sempre cuidarei de você. Quando você precisar de ajuda,eu vou estar lá. Quando vê precisar de alguém para abraçar você,eu vou estar lá. Eu vou estar sempre lá'' Na época eu não entendi muito o que ela disse,mais agora eu entendo. Agora eu sei. Eu vou sempre amar ela e ela vai ser sempre a minha mãe,para sempre.

Desci as escadas com uma dor no peito. Logo que passei pela porta,vi Elliot do lado de fora me esperando. Ele estava lindo como sempre. Usava uma calça jeans surrada,uma camisa preta e um All Star preto também. Seu olhar estava perdido nas nuvens. Eu o imaginava facilmente no papel de um príncipe. Desde o começo,naquele dia em que ele chegou esbaforido passando pela porta da sala de aula,e eu o olhei,ele sempre passou um olhar de elegância,humildade e até mesmo superioridade. Mais não era do tipo de superioridade esnobe,era aquela em que você admira o cara,sabe?

Era estranho falar isso,como se eu o conhece-se á anos,mais eu o tinha conhecido ontem mesmo! Eu realmente criei um laço muito forte com ele em tão pouco tempo. Ele percebeu minha presença e disse:

– Bem,Samantha,eu vou te explicar resumidamente: Nós vamos nos teletransportar a uma distancia razoável do castelo,vamos a partir da floresta-dos-dentes,para eu poder te dar o treinamente básico e para chegarmos ao castelo discretamente. Nós vamos passar aproximadamente 2 semanas na floresta,então espero que você tenha pegado muitas roupas...

– OK,eu peguei tudo que presciso.

– Vamos Samantha? Srta Davis...- Ele disse para minha mãe - Tchau!!

Dei mais um abraço apertado nela e disse

– Logo volto para te buscar...

– Sam,agora vou te ensinar como se teletransportar. Você tem que colocar a mão no seu colar...

– Certo... - Eu disse colocando a mão

– E falar em voz clara e alta : DIMENÇÃO DE ZEMYA . Você pode sentir um ceto formigamento pelo corpo todo e um pouco de tontura. Eu vou logo depois de você

– Certo. Mãe,te amo. DIMENSÃO DE ZEMYA.

E quando eu falei isso,senti um formigamento,primeiro nas mãos,depois nos pés e foi tomando o corpo todo. Senti um pouco de tontura e dor de cabeça e quando abri os olhos eu vi que estava deitada num colchão. Pensei ''É,eu sonhei mesmo tudo isso. Foi um sonho bem estranho e longo. Vou me apressar ou vou acabar...'' e nesse momento eu abri os olhos. E vi um céu azul anil lindo E vi que meu ''colchão'' era um amontoado de plantas verdes maciças. Tentei me levantar. Minha cabeça ainda latejava e eu senti um pouco de tontura.

Logo vi Elliot surgir na minha frente. Me surpreendi,pois ele estava de pé,e não parecia que estava com tontura ou dor de cabeça

– Você não está se sentindo mal?

– Ah,a primeira vez é a pior. Eu lembro de quando me senti quando eu fiz isso pela primeira vez,quando fui visitar escondido a dimenção visinha a Zemya, Great Land. - Ele disse me ajudando a me levantar e me dando um pouco de água.

– Você,fazendo algo escondido? Faça-me rir...

– É verdade! Fiz isso assim que eu recebi o meu colar. E muitas outras vezes. Na primeira vez é assim,mais depois o corpo se acostuma com o teletransporte e você não sente nada.

Depois de beber um pouco d'água,olhei para o lugar onde estávamos. Era uma clareira no meio da floresta.O tronco das árvores era morrom opaco,mais estavam quase completamente tomado pelos fungos verdes. As folhas eram verde claro intercalado com o escuro,dando um degradê. E no chão,parecia que não hava um só centímetro que não estava coberto por samambaias verdes. Algumas poucas flores conseguiam resistir as samambaias e cresciam entre elas. Eram flores estranhas,mais muito belas. Elas formavam um degradê que ia do azul para o lilás,que ia do lilás para o vermelho,que chegava ao laranja e finalmente ao amarelo

– São flores arco-íris - Elliot me disse me entregando uma - Só existem aqui na Floresta-Dos-Dentes,perto das samambaias. São muito belas,não?

– É a coisa mais linda que eu já vi...

– Tenho certeza que você vai dizer essa frase um milhão de vezes hoje,Sam.

– É tão estranho ser chamada de Samantha ou Sam. A pouco tempo eu era só a Megan. Parece que eu estou sonhando tudo isso.

– Uma boa notícia: Você não está. é tudo real.

Minha cabeça ainda latejava e perguntei a Elliot:

– Minha cabeça não vai parar de doer,não? - Ele me olhou com um olhar de pena e disse:

– Sinto muito,Sam,mais acho que vai demorar um tempo a passar,sim...Se bem que na minha primeira vez a dor não se prolongou tanto...

– Está bem,está bem... Bom,como vamos nos instalar aqui? Você tem uma varinha de condão ou algo do tipo?

– Na verdade... - Ele disse tirando um varinha da mochila,de madeira,com a base avermelhada,. Parecia ser feita de madeira de carvalho, e era marrom avermelhada.

– Fala sério! Isso parece Harry Potter!! Vai me dizer que tem uma garrafa de cerveja amanteigada ai?

– O quê?

– Nada não,nada não...

Olhei para o céu. Isso não poderia parecer menos um sonho: passei minha vida inteira lendo livros sobre isso: sobre meninas que se aventuram em terras mágicas e blá blá blá...e agora EU era a menina que se aventurava em terras mágicas! Eu só poderia estar sonhando mesmo... Então vi que Elliot me observava.

– No que você está pensando?

– Em como tudo isso é surreal... Isso só acontece com as personagens aventureiras dos livros!

Ele se contentou em dar um risinho e continuar a observar a varinha.

– Mais e ai? Não vai falar um ''Abracadabra'' para aparecer todo um negócio bruxo ai?

– Vai rindo,Sam...Vai rindo... VERSKYN HIER TENT!

Ele disse isso com uma voz mais firme e com tom mais autoritáio e algumas faíscas amarelas e vermelhas sairam da ponta da varinha e quase alcançando o chão se transformavam,pouco a pouca em um tenda que parecia muito pequena mesmo para uma só pessoa,feita de um tecido amarelado e com as bases de madeira.

– Essa é a nossa tenda? Cabe nós dois ai?

– É claro que sim! Está duvidando da minha magia? Entre então.

Me dirigia pequena porta de madeira e tecido e me maravilhei com o que vi em seguida: Era um lugar espaçoso ( maior que a sala da minha casa) que contava com um cama coberta por uns cobertores azuis,e era dividida em dois pelo tecido: na outra parte tinha uma mesa de madeira e duas cadeiras e uma estante pequena com alguns livros. A única coisa que consegui pensar é que aquilo era muito maravilhoso...

– E então? Eu fui bem para "os padrões de qualidade da Srta Hamardzark?" - Ele disse fazendo uma voz fina e um pouco mais formal que a normal

– Ah,sim, Sr. Hardar. O senhor foi muito bem na execusão desse feitiço - Disse tentando imitar a voz. E tornamos a cair na gargalhada.

– Bom,Sam, já está anoitecendo... Vou fazer uns feitiços de proteção em volta da cabana... você pode coletar um pouco de água num rio aqui perto e algumas frutas? Deve ter uma cesta em algum lugar da minha mochila..

– OK.- Disse e logo fui verificar a mochila de Elliot,mais logo descobri que ela era só uma pequeniona mochila em que não caberia de jeito algum uma cesta " aquele idiota...curtindo coma a minha cara..." Então abri a mochila e qual não foi a minha surpresa ao ver que ele tinha enfeitiçado a mochila também? Aparentemente,parecia que ele tinha trazido uma casa inteira dentro daquela pequena mochila vermelha. Depois de passar alguns minutos procurando,finalmente achei a tal cesta e algumas garrafas d'agua. Apanhei-as e fui em direção ao rio,que era avistável daquela parte da floresta. Era relamente um lugar lindo. O rio,com suas água azul turqueza refletiam a luz alaranjada do por do sol. Depois de encher umas 4 garrafas d'água e colocá-las na cesta,fui ver nas árvores proximas se encontrava frutas.

Observei muitas árvores estranhas: algumas eram baixinhas e não chegavam a minha altura,mais tinhas as folhas tão grandes que tocavam o chão. Suas frutas eram de um alaranjado muito forte e tinham pequenos espinhos espalhados por ela toda. Assim,decidi não levar nenhum fruto daqula árvore. As outras eram altas e passavam a minha altura,e tinham frutas redondas e azul caribenho,com folhas exatamente da mesma cor e textura macia,quase como pêssego. Peguei algumas frutas dessa árvore e também da próxima,que era média e tinha folhas curtas e amareladas,e frutas pequeninas agrupadas que eram vermelho cor de cereja e pareciam muito apetitosas. Nessa procura por frutas,eu acabei achando uma última que era amarelo ouro e parecia boa,mais quando eu tentei pegá-la,vi que um pequeno tigre pulava procurando a fruta.

Com receio de que a mãe tigre estivesse por perto,me afastei um pouco,mais como vi que nada acontecia,decidi só dar a fruta ao pequeno tigre e me afastar mais. Assim que eu dei a fruta a ele,ele a comeu lentamente e depois se aproximou de mim,pedindo mais. Dei mais algumas frutas á ele e depois de me certificar que não havia tigre nenhum nas redondezas com meus poderes mentais,senti pena do pobre tigrinho: sua mãe provavelmente morrera e ele estava a dias sem comer.

Assim,decidi adotar o pequeno tigrinho,o levando no colo e lhe dando um pouco de água.

– Você gosta dessa fruta dourada,não é,tigrinho? Mais eu preciso lhe dar um nome... Que tal Rajah? É o nome de um tigre de uma história que eu gostava muito na minha infância... Olhei para o pequeno tigre; parecia ser um tigre siberiano,com grandes listras pretas marcando o corpo,o pelo laranja como céu naquele por do sol e os olhos âmbar celeste olhando para mim.

– Bem,vou colher mais algumas frutas,afinal,temos um novo morador,não é? Disse isso,coletando mais algumas fruas e água e indo em direção a tenda,com meu mais novo companheiro.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Apesar de não parecer inicialmente,o Rajah (A história que a Sam fala é do Aladin,do tigre da princesa Jasmine) vai ter importância no decorrer da história.
PS: Não sei se perceberam,mais o livro que a Sam leva na mochila,de ''4 crianças que se aventuram numa desconhecida e magnífica terra mágica'' é o livro As Crônicas de Narnia. Ela escolheu ele por ser um dos seus livros favoritos e combinar com sua situação.
Espero que estejam gostando,agora vai começar a parte mágica de verdade.