“Eureca”, não é que dera certo mesmo, era como se sua dor tivesse passado para o papel, como se a dor tivesse sumido evaporada.

Mais ela não sabia se ficou realmente boa, só sabia que tinha funcionado, e era melhor do que escrever histórias.

- Adele filha abre a porta! – disse sua mãe dando três batidas.

- Oi mãe desculpe, estava um pouco cansada! – disse ela abrindo a porta e vendo que sua mãe estava com um ar preocupado.

- aconteceu alguma coisa? – perguntou sua mãe desconfiada.

- Hm... Não, a resposta é não! - respondeu ela balançando sua cabeça, então Mary resolvera entrar no quarto da garota que estava um pouquinho desarrumado.

- Nossa você precisa limpar este quarto filha! – exclamou a mulher passando seu dedo na escrivaninha- oque é isso? – perguntou ela.

- ah, é uma musica que eu escrevi! – respondeu ela com a vós eufórica.

- e você e compositora agora? – perguntara a mulher passando seu olhar rapidamente pela folha- e que letra é essa?... “Vou encontrar alguém como você”... “Às vezes o amor dura, mais às vezes fere”, da onde você tirou essas letras Adele? – quis saber a mulher.

- da minha cabeça, é porque hoje...

- eu não quero saber filha, você ainda está com essa historia de ser cantora, para com isso, eu e seu pai já conversamos com você, você tem quer ser médica...

- Médica mãe?... Eu não quero ser médica, não quero ser vendedora, não quero ser policial, eu quero ser CANTORA ! – fala a menina começando a alterar sua vós.

- Mais não vai ser, detesto ser ruim com você filha, mais ou você segue nossos planos ou vai se ver comigo e com seu pai... – disse ela saindo do quarto- e nada de ficar berrando feito louca ai!- terminou ela descendo as escadas.

-Obrigada pelo apoio... – disse ela - e eu não berro eu canto!

E sempre havia uma desculpa quando a garota começava a cantar: “Adele estou com dor de cabeça” “Adele estou tentando dormir (as 14:00 da tarde)” “Adele os vizinhos vão pensar que somos loucos, quero dizer que você é louca”. Adele amava sua mãe, mais ela ficava muito chateada em saber que seus pais não a poiavam na sua escolha de ser cantora, e isso doía muito, seu pai Albert também não gostava dessa ideia, mais não ficava em cima como sua mãe, e também ela só via seu pai algumas vezes porque ele trabalhava quase o dia todo.

Como a dor resolvera desaparecer por enquanto, ela fora dar um passeio por ali por perto. Ela trocou sua roupa soltara seu cabelo e se maquiou (Lápis de olho preto, Blush, Mascara para os cílios, Rimel & um batom cereja). Seu perfume era bem adocicado, suas unhas estavam pretas com pequenas estrelinhas rosa.

Sua rua estava deserta como sempre, era difícil aquela rua ter mais de três pessoas ao mesmo tempo, ela levara também sua mochila com a música que escrevera. Ela não podia ficar muito tempo fora de casa porque sua mãe sempre implicava. Adele já pensara em fugir de casa, mais como ela iria se sustentar, cantando? , se pelo menos ela tivesse algum dinheiro.

Ela parou em uma pequena pracinha que ficava a duas quadras de sua casa, a pracinha era bem bonita, tinha uma pequena ponte aonde dava em um “playground”, uma agua cristalina escorria por baixo da ponte & imensas arvores a rodeavam.

Ela sentou-se em um banco ao lado de uma árvore, pegara seu caderno e lera e letra da musica bem lentamente, o vento que batia em seu cabelo longo o faziam voar, ela sentira uma pequena cocega em sua perna, quando olhou viu um pequeno cachorrinho esfregando sua cabeça- Oi cachorrinho, como você é lindo! – disse ela deixando seu caderno ao lado, e o pegando- eu adorei você! – o cachorrinho era da raça “salsicha”, sua cor era marrom claro.

- Acho que vou pegar você para mim! – disse ela- primeiro tenho que te dar um nome... Hm... Você tem cara de “Louie”, é gordinho, fofinho e lindo! – terminou ela. O cachorrinho com certeza deveria ter se perdido de seu dono, pois ele estava com uma pequena coleirinha com o nome “Joe” nela. Ela colocara o cachorrinho no chão e começara a correr, e ele começou a seguir sua nova dona, latindo ele mostrava sua felicidade. Como ele era bem gordinho não corria muito, e sim dava alguns pulinhos para acompanhar a garota.

Assim que o céu começara a escurecer, ela e Louie saíram da pracinha e foram para casa. A metade do caminho Louie fora se jogando por todas as partes, de marrom ele passara para cinza- vamos dar um banho em você! – disse ela fechando a porta quando Louie passou.

- Adele, de quem é esse cachorro? – perguntou sua mãe fazendo carinho em sua cabeça.

- meu, encontrei ele na pracinha e resolvi pegar pra mim! – respondeu ela.

- Bom pelo menos assim você para com essa coisa de cantar, e se diverte com ele- disse a mulher voltando para cozinha.

- Tomara que meu pai tire uma semana de folga, assim a senhora vai ter alguma coisa pra se divertir, e parar de implicar comigo! – disse a menina subindo as escadas com o cachorrinho no colo.

- oque você disse?... Adele... Adele volte aqui AGORA! – berrou sua mãe indo até o começo da escada.

Adele fora até o banheiro que ficava no andar de cima ligou o chuveiro e colocara Louie de baixo da água- calma lindo, não vou te machucar! – disse ela com a vós aveludada, pois Louie começara a se debater- viu?... Eu só vou te dar um banho gostoso! – Louie se acalmava bem lentamente. Depois de dar um longo banho nele, ela o secou com o seu secador, e pegara um pente para seus pentear seus pelos macios- você é totalmente diferente limpo! – disse ela dando risada.

Após secar Louie Adele fora até seu quarto e arrumou um pequeno cantinho para o pequeno cachorrinho dormir, ela pegou vários panos de chão e fizera um montinho para ele deitar- é só hoje, amanhã eu compro uma cestinha pra você! – disse ela abraçando o cachorrinho.

- O jantar está pronto! – disse a vós de sua mãe.

- JÁ ESTOU INDO! – berrou ela- Louie eu vou jantar, mais você fica quietinho ai tudo bem? – até parecera que Louis entendeu, pois ele dera um latido carinhoso e esfregara-se na perna em sua perna.

O jantar era arroz de forno, feijão, almondegas, salada & frango- eu ajudo a lavar a louça! – disse ela secamente.

- Não precisa, estou bem! – respondeu sua mãe, então Adele largara seu prato na pia e subiu para seu quarto onde encontrara Louie dormindo de barriga para cima. Depois de tomar banho, Adele fora se deitar, já passava da meia noite quando ela finalmente conseguira dormir, seu sonho foi bem confuso: “Ela estava em um imenso corredor, com plantas espalhadas por todos os lados, ela via varias pessoas passando em seu lado, ela não conseguia se mexer, seus pés estavam grudados no chão, então ela vira Nate se aproximando com Emilly em seu lado, a fúria que ela sentia voltara, uma vontade de bater em Emilly crescera, então para o seu horror os dois começaram a se beijar, a mão de Nate segurava a cintura fininha de Emilly que estava com suas mãos acariciando o rosto do menino.

- NÃAAAAO! – berrou ela, mais seus pés não desgrudavam do chão- LARGA ELE, LARGA, SUA VACA! – e “BAAM” , ela acordara, estava no chão a mais ou menos um metro de distancia da cama, sua cabeça doía e rodava, o chão estava gelado que fazia sentir calafrios. Louie estava dormindo em um sono totalmente profundo, então ela levantou-se e olhou para o relógio que ficava ao lado de sua cama, lá marcava “03h20min A.M”. Depois desse imenso tombo, ela ficara sem sono, foi até a cozinha para tomar um copo d’água e tomar um remédio para dor de cabeça.

Até mesmo com dor Adele cantava, fora cantando a viajem do quarto a cozinha e da cozinha para o quarto, mais desta vez cantava sua musica, e para sua surpresa achara um ritmo que lhe agradou, o ritmo era bem lento e romântico, e quando chegava no refrão ela dava alguns “gritinhos”, ela correu para o computador e desta vez conseguira liga-lo, e gravou o ritmo para não esquecer.

Um barulho do lado de fora á assustou fazendo correr até a janela, seu coração fora até a boca e voltara, ela não conseguia ver quem estava lá, mais conseguiu ver um vulto indo em direção à porta da frente.