Jadelyn West morava com seus pais em Port Land até que sua mãe morrera em trágico acidente de carro quando a menina ainda tinha dois anos de idade. O pai, querendo recomeçar a sua vida, mudou-se com sua pequena filha para Los Angeles, onde conheceu uma jovem senhora chamada Holly Vega que tinha duas filhas. A mais velha se chamava Katrina "Trina" Vega e a mais nova Victoria "Tori" Vega. Após alguns meses, o Sr. West e a Sra. Vega resolveram se casar. O senhor West, como era um executivo bem-sucedido vivia viajando. Antes da falecida esposa partir, Jade sempre ficava aos cuidados da mãe, mas depois de ter se casado com Holly Vega, a pequena garotinha tinha que ficar sob o olhar vigilante da mulher que perto do marido era doce, mas longe se transformata totalmente em um megera sem coração que se importava apenas com ela e suas filhas. Sendo assim, quando o marido viajava, ela fazia o possível e o impossível para tornar a vida da enteada um inferno, a tratando como lixo e a obrigando a fazer tudo o que as filhas de sangue queriam. O pai, depois de muito tempo, soube disso e acabou por morrer de desgosto quando sua filha tinha cinco anos. A madrasta de Jade a fez mudar de quarto, dormindo no porão e a obrigando a trabalhar de empregada. Os anos se passaram e Jade, tendo sua infância arrancada de si, tornou-se fria, sarcástica, com um estilo gótico-punk. Isolou-se de tudo e de todos, até mesmo quando se tornou aluna da badalada escola "Hollywood Arts", onde entrou apenas caso as "irmãs" precisassem de algo. No tempo livre da escola, trabalhava a contra gosto e se trancava em seu quarto quando terminava. Apesar de tudo, a morena ainda tinha seu lado doce e sensível, uma garotinha que acreditava em contos de fada. 

- Talvez eu devesse mudar meu nome para Cinderela. - Disse ela uma vez enquanto folheava seu livro de contos de fada, cuja capa ela pintou de preto para que ninguém suspeitasse.

Tornando-se cada vez mais rebelde, ela colocou pircings e fez uma tatuagem sem que a madrasta soubesse, e quando a malvada senhora descobriu, só não a matou, ou expulsou porque precisava de empregada.

- Você é um fardo em minha vida! Como eu queria que você tivesse morrido junto com a sua mãe! - Ela berrava enquanto entrava em seu quarto e batia a porta, furiosa.

Tori e Trina apenas davam risada da "irmã".

- Você se deu mal dessa vez. - Debochou Tori.

- Tomara que mamãe não te dê mais a sua comida e te faça trabalhar muito mais e quem sabe te tire da escola. - Trina riu. - Ah, sim. Eu estou realmente precisando que você faça uma limpeza no meu closet de sapatos.

Jade apenas bufou e seguiu para o quarto de Trina, onde passou horas arrumando o "closet de sapatos".

Dias mais tarde, ela conheceu Cat Valentine, uma menina com alguns problemas psicológicos, mas que se demonstrou uma ótima pessoa. Logo as duas se tornaram amigas, mais precisamente melhores amigas. Holly, Tori e Trina não gostaram nada quando Cat começou a frequntar sua casa, afinal não gostavam nada da ideia de Jade ter alguém.

Meses e meses se passaram, Jade se isolando mais ainda do mundo, tendo apenas como alegria sua grande amiga Cat, que várias vezes entrava escondida pelos fundos para visitar a garota. Jade se sentia como um pássaro dentro de uma gaiola, presa em uma rotina, esperando que algo mudasse. Era sempre escola, trabalho, descançar e algumas vezes ficar com Cat no tempo livre. 

No colégio, todas as garotas babavam por apenas um menino: Beck Oliver. Ele era o mais popular e o mais bonito de todos, além de ser um ótimo ator. Bem, todas as garotas exceto por Cat Valentine, que tinha olhos apenas para o "nerd" Robbie Shapiro. Jade nunca entendeu realmente o que a amiga via no garoto, só sabia que ela via alguma coisa. A jovem West que nunca fora de demonstrar seus sentimentos em público, nunca demonstrou realmente que também tinha uma queda por Beck, mas sempre que ele passava, ela se derretia. 

- Mas de que isso importa? - Ela perguntou para Cat uma vez quando as duas estavam sozinhas no porão/quarto de Jade. - Eu sou completamente invisível.

- Não, você não é invisível. Só age como alguém assim.

- Como assim?

- Você não tenta fazer amizade com ninguém.

- Ah, claro. Como se alguém realmente fosse querer ser amiga da empregadinha das Vega. - Jade revirou os olhos.

- E agora eu sou ninguém? - Cat gritou.

- Não, Cat. Não é isso. É que... Minhas irmãs controlam tudo. Tudo mesmo! Estão sempre refreando alguma coisa em minha vida. Não dá pra me aproximar de alguém. Não sei como nós conseguimos virar amigas...

- Jade, você não pode deixar elas te intimidarem. Não mais.

- Não dá. Por enquanto não.

- Jadelyn! Venha arrumar o jantar, estou com fome! - As meninas ouviram Trina gritando.

- Já vou! E não me chame de Jadelyn! - Jade bufou e olhou para Cat. - Acho melhor você ir.

Cat acentiu e foi embora. Jade subiu e foi até a cozinha arrumar o jantar.

- Eu acho bom você tratar eu e suas irmãs com mais respeito. - Holly disse ameaçadoramente enquanto puxava a orelha direita de Jade, como se ela fosse uma criança de 3 anos.

- Se não o que? Vocês não me deixam fazer nada.

- Ah, é? E aquela sua amiguinha?

Jade se virou de frente para a madrasta.

- Você não vai fazer nada à Cat!

- Não, a ela não. Mas a você sim. Continue assim e eu corto essa sua amizade, entendeu bem? E agora termine o jantar e vá direto para o quarto.

- Sim senhora... - Ela suspirou e se voltou para o fogão, reprimindo lágrimas que insistiam em tentar cair.