Corazón De Angel escrita por Bells


Capítulo 23
Capítulo 23 Reencontro


Notas iniciais do capítulo

Sim, Luce e Emily se reencontram nhac!
Momento fofo entre a Luli e o Henry, gamei ok?
ASUAHSUHAUSA
VIUU GENTE POSTEI RAPIDINHO! -eu acho-
hehehee
beijiiinhos
P.S: se eu rodar em química é culpa de vocês aushuashuahsuahuaus



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POV EMILY

Acordei  e o sol já havia nascido, era bom finalmente acordar em casa, era bom finalmente ver o sol não como algo distante, mas como algo que eu era capaz de sentir, era bom não estar presa... Porém por mais que eu não estivesse presa, eu estava. Eu estava presa a aquele capitulo da minha vida para sempre, eu estava presa a aquela perda para sempre, porque eu errei, e é difícil admitir meu erro... É difícil ter auto controle sobre mim.

Eu queria voltar atrás e nunca ter errado, mas os meus erros, as minhas decisões me ajudaram a me tornar alguém. E se eu preciso seguir em frente eu seguirei.

Com um suspiro levantei, fui até  o banheiro e encarei uma figura no espelho que há duas semanas atrás esboçava um sorriso, um olhar apaixonado, cabelos brilhantes e pele clara saudável,a gora a figura não possuía sorriso, agora seu olhar era frio, seus cabelos perderam o brilho e sua pele estava pálida e apresentava olheiras.

O que aconteceu comigo?

Aliás, como isso foi acontecer comigo?

Olhei para chuveiro e desanimada despi minhas roupas que caíram sem som no chão, olhei desanimada para os pulsos onde ontem haviam curativos hoje eles estavam desfeitos e sangravam novamente, eu estava novamente presa á algo, dependente de algo, é como uma droga.

Eu entrei no banho e água morna que antes me agradava agora provocava desconforto em mim, eu mudei a temperatura para fria, e a água gelada me agradou, meus pulsos ficaram limpos deixando apenas as cicatrizes, meu cabelo já estava molhado o suficiente, eu comecei a passar shampoo e depois o creme, para depois senti-los leves novamente, eu queria passar o dia naquele chuveiro sem encarar ninguém.

Mas eu precisava deixar de ser medrosa, precisava deixar de ser fraca, precisa voltar a tentar, precisava ser novamente aquela Emily, aquela Emily que todos conheciam, mas com algumas mudanças, mais desconfiada, e mais atenta.

Eu sai do banho e me enrolei na toalha, peguei outra toalha e a enrolei em meu cabelo, depois me sequei e prendi a toalha ao redor do corpo, fui a pia e limpei o espelho, comecei a me maquiar para deixar minha aparência mais saudável depois dei uma secada rápida em meu cabelo e fui até o closet, botei uma manga comprida, um shorts, tênis e meu colar.

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Iríamos buscar Taylor e mamãe, e eu mal podia esperar para vê-las, o que eu mais precisava era do abraço de mamãe.

Me olhei no espelho, o que eu vi não me agradou, mas eu não estava em posição de pedir um agrado.

Desci pela primeira vez pelas escadas ao invés do corrimão, segui até a mesa do café e papai sorriu pra mim, um sorriso de alivio, por ter a filha de volta em casa, a filha de volta no café da manhã.

Eu me senti culpada.

Eu não merecia seus sorrisos, eu não merecia meu pai, eu não merecia essa família.

Engoli o choro e sorri de volta para ele quando me sentei ao seu lado. Ele me serviu suco de laranja e eu agradeci, fora isso nada de interagir.

-Vamos? – Falou papai após eu, ele e Henry tirarmos a mesa do café. – Tudo pronto?

-Sim, vamos logo – Disse Henry.

Eu e ele fomos no banco de trás de carro e papai no da frente, eu encostei minha cabeça na janela e observei as casas, a de Lucas me chamou atenção, desejei estar lá com ele.

Se eu estou assustada ele também deve estar, foi a minha primeira luta, porém a dele também. Eu sentia muito ele ter passado por isso, ele deve me odiar. E por mais que eu saiba disso eu ainda imploro pra que ele não o faça.

-Hey, Emy, vai ficar ai no carro? – Disse meu irmão me cutucando?

Olhei ao redor, já havíamos chegado, eu estava perdida em devaneios que nem percebi o caminho até o aeroporto.

-Ah, desculpe – Sai do carro mais tímida do que gostaria, meu irmão passou o braço ao redor de meus ombros.

Nós nos aproximamos da área de desembarque onde ao lado havia uma grande janela que dava de vista para os aviões.

-Quando vocês eram pequenos – Começou papai – ás vezes vinham aqui apenas para olhar os aviões.

Ele sorriu, se lembrando de algo que não voltaria, se lembrando do que eu e Henry fomos. E do que eu queria voltar a ser.

Segurei a mão de meu pai.

-Sua mãe chegou – Disse papai sorrindo.

Os passageiros do avião começaram a desembarcar, empresários, donas de casa, estudantes de intercambio, pais vindo visitar os filhos... Eu tentei disfarçar a ansiedade, mas a cada pessoa que saia eu me desesperava para ver minha mãe e a abraçar.

Então uma mulher baixa, com cabelos negros que balançavam nas costas segurando a mão de uma menininha apareceu, a mulher olhou para nós, e o que era uma expressão preocupada se transformou em um sorriso, sorri também, e me lembrei de não chorar, e de manter-me parada até ela chegar em nós.

Mas eu nem sempre cumpro o que prometo,eu me livrei dos braços de Henry e corri até minha mãe que abriu os braços para mim e me apertou em um abraço de urso.

-Mãe...

Ela passou as mãos em meus cabelos.

-Minha anjinha... – Percebi que ela chorava. – Você está bem?

Assenti, em uma mentira.

-Tay... –Falei e ela pulou em meu colo. – Que saudade de você

-Manha! Voche demolo!

-Desculpa maninha.

Ela sorriu.

-Papai! – Ela correu para o colo de papai que a girou.

Minha mãe manteve os braços ao meu redor até chegarmos a Henry e papai, ela abraçou Henry e depois beijou papai.

-Eu falei que ficaríamos bem – Ele sussurrou a ela.

-E qual foi o preço que pagamos? – Ela sussurrou de volta.

Papai não respondeu, percebi a expressão dos olhos de minha mãe mudarem, mas o sorriso permaneceu intacto.

-Vamos logo pra casa – Disse Henry

Mamãe assentiu e nós voltamos ao estacionamento pegando o carro e indo para casa, Taylor correu para o seu quarto e nós ficamos á sala.

-O que aconteceu? – Quis saber mamãe- Tudo, me falem tudo.

Eu e Henry olhamos para papai, estava na cara que ele seria quem a comunicaria das más noticias.

-Luce, nós vencemos, Cam e os Párias se foram. Emily derrotou o líder dos Párias-  Ele sorriu orgulhoso para mim – Entretanto... Houve algumas perdas...

Mamãe respirou fundo.

-Quem?

-Roland... E... – Papai não queria dizer, ninguém queria.

-E quem?

-Ariane.

-Oh... Daniel, não.

Ninguém conseguiu se encarar diretamente, todos abaixaram a cabeça.

-Grandes vitórias, exigem grandes perdas – Murmurou Henry.

O silêncio predominou na sala naquele momento, ninguém ousou a falar nada, nem pretendíamos, e esse silêncio não era confortável... Mas também não era desconfortável.

Encarávamos a parede, o chão, os móveis, os livros empoeirados, encarávamos tudo, menos uns aos outros.

Taylor chegou na sala saltitando, já havia trocado o vestido e usava um azul assim como o da boneca que tinha em mãos. Henry pegou Taylor no colo e a encheu de cócegas. [http://www.polyvore.com/cgi/set?.locale=pt-br&id=58921393]

Mamãe sorriu vendo ela sorrir, e papai apertou sua mão.

-Não acha que devemos contar a eles? – Perguntou

-Contar o que? – Precipitei-me a saber.

-Nós... Nós não planejávamos, mas vamos ter outro filho – Disse mamãe de uma vez.

-EEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEBA! – Gritou Tay.

Sorri, era uma noticia boa em meia a tantas outras ruins Henry pensava o mesmo.

-Eu quelo blinca muito com ele! – Disse Tay.

Rimos. Eu percebi no próprio som do meu riso que ele não era o mesmo, mas isso era algo que eu lidaria com o tempo.

-Bem, - Disse mamãe se levantando –Estão com fome? Emily...

-Hm?

-Quer comer alguma coisa?

-Não, obrigada mãe, eu não estou com fome.

-O que Cam lhe dava?

-Nada, eu não aceitava nada... Cam não me maltratou mamãe, ele me sequestrou, mas cuidou de mim, eu só não aceitei nada que vinha dele.

Mamãe e papai trocaram olhares. Eu permaneci quieta e liguei a TV.

Mamãe foi pra cozinha, Taylor continuou girando por ai, eu e Henry na frente da TV e papai foi atrás de mamãe.

Então a campainha tocou e eu levantei para atender, pude ver Henry me seguindo com os olhos.

Abri a porta e encontrei Luiza.

-Luli! – Eu a abracei

-Emy!

Comecei a sorrir feito idiota

-Eu estava com tanta saudade suas!

-Eu também! Sua praga!

Notei que ela trazia uma bolsa.

-Vai dormir aqui?

-Seu pai me ligou.

-AAAAH!

-E eu não vim sozinha.

-Heyyyyyyyy Girl! – Disseram Dawn e Jasmine

-Meninas! – Eu pulei nas duas.

Eu as vi na luta, Jasmine era tão ameaçadora quanto aparentava e não devíamos nos deixar enganar pela aparência angelical de Dawn.

 Eu as puxei para dentro.

Elas vinham conversando animadas sobre hoje a noite e eu não pude deixar de sorrir em ter voltado ao normal, chegamos a sala e Luli parou de falar, um pouco depois as gurias também e nós olhamos para meu irmão que estava de pé e vermelho feito tomate.

-Hey... Luli...

Luli não o deixou terminar ela caminhou até ele e deu um tapa na cara dele.

-Isso é por quase ter morrido naquela guerra!

Ele sorriu torto para ela enquanto esfregava o local do tapa.

-E isso é por uma nova tentativa – Ela o agarrou em um beijo terno, ele a segurou pela cintura e ela apertou os braços ao redor de seu pescoço.

Ficamos boquiabertas com isso, Dawn e Jasmine começaram a pular animadas, eu sorri para eles.

-Uma nova tentativa? – Perguntou Henry depois do beijo.

-Sua última tentativa, Grigori, não me desaponte.

-Farei o possível.

-Ok, chega, chega, - Puxei Luiza- Deixe minha melhor amiga comigo ouviu bem?

Eles riram.

-Ciumenta – Ele falou.

-Sou mesmo o apaixonadinho.

-Hey, meninas- Disse mamãe sorrindo – Vão querer o quê? Eu estou fazendo pizza.

-Ah! Isso está ótimo assim! – Falou Jasmine

Mamãe sorriu.

-Logo vai ficar pronto.

-Vem –Puxei elas – Vamos subir.

Graças a Deus, uma noite que volta a ser normal, e que eu vou poder sorrir e rir e esquecer.


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Notas finais do capítulo

reviews?