Corazón De Angel escrita por Bells


Capítulo 17
Capítulo 17 Nobody's home


Notas iniciais do capítulo

siiiiiiiiiim inspirado na música de uma de nossas rainhas Avril Lavigne!
A trilha sonora deste capitulo é nobody's home, porque me descreve.
Acontece algo no capitulo que muitas pessoas podem se identificar, e saibam que vocês não precisam ter medo de serem julgadas, por que cada um tem seus motivos, cada um tens seus dramas. Cada um tem seus problemas, e as pessoas não tem direito de opinar no que não conhecem.
Queria lhe pedir algo meus queridos!
Por favor surgiu duas ideias ótimas do que aconteceria com a Luce, então me falem opção 1-Luce está grávida opção 2- Luce está tendo visões de onde está Emily opção 3- As duas alternativas!
POR FAVOOOOOOOOOOOOOOR DEEM SUA OPINIAO, voltarei a pedir nas notas finais.



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POV EMILY

E os dias passavam cada vez mais lentamente, e eu estava me tornando quem jurei nunca ser, eu estava deprimida e eu havia começado a chorar como não choro desde os seis anos, de repente todas as vezes que deixei de chorar no passado chorava agora.

Eu tentei ser forte e na frente deles eu era, era inabalável, teimosa e desagradável. Mas eu passo a maior parte do tempo sozinha no quarto, passo a maior parte do tempo chorando, passo a maior parte do tempo  implorando para ir para casa.

Estou aqui há uns quatro dias. E não sei como estão as coisas, não sei se mais alguém que eu amo foi prejudicado, sei que eu vou ficar aqui e fazer o que tenho que fazer para que Cam deixe minha família em paz, vou fazer o que ele quiser para que os que eu amo não paguem pelo o meu erro.

-E ai Molly vou ficar muito tempo aqui? – Perguntei indiferente – Sabe suportar os dois é meio, sei lá tediante.

-Olha garota eu gostei de você. Você é teimosa e não é tão igual a sua mãe quanto eu pensei que seria.

-É, eu sei. Agora quanto tempo?

-Sei lá, isso é com Cameron.

-Então fico sem saber, não preciso mais da palavra dele.

-Não falem de mim como se eu não estivesse aqui – Ele se anunciou – Parecem criança.

-Cam, para mim você não está aqui.

Virei as costas e segui de volta para meu quarto, onde fechei a porta e me joguei na cama que rangeu em protesto.

Senti meus olhos começarem a umedecer e respirei fundo segurando as malditas lágrimas, olhei pela janela que vontade de voar para longe dali, agora que sei que tenho asas.

Eu fiquei tão brava por eles não me contarem isso, mas agora o que eu mais queria era estar com eles e abraça-los. Eu queria meus pais, eu queria meus amigos, minha família, minha vida.

Queria que Cam não existisse, não queria ser tão burra quanto aquelas garotas que se apaixonam por qualquer um.

Eu nunca me senti assim. Nunca me senti arrependida, nunca chorei tanto, nunca fui tão fraca, nunca fingi tanto, nunca senti como se alguém esmagasse meu coração como se retirassem todos os momentos felizes, todas as esperanças, tudo o que eu tinha e deixasse apenas os piores sentimentos, como a dor, como o medo, como o arrependimento.

Eu queria tudo isso com um fim. Até preferia morrer, mas eu não posso deixar aqueles que eu amo, não posso os deixar sem mim.

Mas seria melhor não seria?  Eles não teriam mais problemas por minha causa.

Mas… Do que adianta morrer?

Mas... Qual minha motivação para viver?

Não. Não há motivação, é medo. Medo de tentar me matar e errar e não conseguir o objetivo.

Mas eu precisava tentar.

Mas como? Com o que?

Eu já não como á dias, talvez eu morra de fome. Demoraria muito. Não posso tentar me sufocar, meu organismo reage a isso. Então o que?

Virei para janela e a encarei, encarei o céu e vi um corvo voando.

“Você  tem sorte corvo. Pelo menos é livre. Pode abrir suas asas”, pensei.

Fechei os olhos, algumas lágrimas escorreram por tristeza, e mais escorreram por raiva. Raiva de ter raiva de mim por estar triste. Eu nunca vou entender que eu também posso ter meus momentos de fraqueza.

Eu acabei adormecendo, já fazia dias que eu não dormia de tanto chorar.

Eu sonhei, infelizmente o sonho piorou tudo. Eu vi minha mãe.

“Mamãe!”  chamei.

Ela abriu os braços e me abraçou e eu a segurei fortemente, nós ficamos abraçadas por um longo segundo e ela começou a cantar uma música que cantava quando eu era pequenina:

“Just close your eyes, the Sun is going down, you’ll be aright”

“tira-me daqui mamãe” pedi. “por favor, por favor”

“meu bebê...”

O sonho se dissipou e eu acordei em volta a uma manta, encolhida e chorando de tremer.

Como eu queria estar nos braços dela, ela cantando de novo para mim.

Eu quero ir para casa.

Eu não consigo mais achar meus sonhos, e parece que fui até deixada para trás, apesar disto não ser verdade, meus sentimentos estão escondidos.

E o pior é que a cada dia esse sentimento cresce em mim, e me odeio por isso, não posso dizer porque não consigo superar agora.

Parece que eu estou numa cadeia de erros, será sempre os mesmo erros?

Até parece que cai na desgraça e o pior, que estou perdendo minha fé.

E sabe o que é horrível? Tenho raiva de mim por estar assim, e por estar me abrindo assim.

Eu nunca fiz isso. Nunca.

Eu passei a mão pelo rosto limpando as lágrimas e depois olhei para o quarto, alguma coisa brilhou no canto do quarto, levantei-me e caminhei até lá.

Peguei na mão algo afiado. Um pedaço de espelho quebrado.

Uma ideia me surgiu.

Uma ideia que antes eu julgava loucura. Que eu julgava que as pessoas não tinham moral para fazer isso, que as pessoas que  faziam isso eram ridículas, ingratas, imaturas e sem falar que mimadas.

Mas agora eu entendia o que era.

Eu entendi que era uma necessidade de diminuir a dor emocional, de se manter forte substituindo a dor emocional pela física, que era como se os problemas escorressem de você, era como se você ficasse aliviada.

Eu pressionei a lamina e fiz um grande corte na vertical em meu pulso, sabia que assim podia gerar um grave acidente.

E quer saber?

Foi horrível, quis chorar quando fiz soltei imediatamente a lâmina e encarei o sangue que escorria compulsivamente de meu pulso, foi um corte extenso, mas não muito profundo. Eu estava presa aquela cicatriz, para sempre. Eu me encostei na parede e comecei a soluçar.

-Logo você Emily? – Falei comigo mesma – Não havia prometido ser forte para sempre? Não tem vergonha? Há pessoas piores e você faz essa burrice? – solucei entre as falas.

Mas isso não foi justo comigo. Eu fui sequestrada. Eu tinha esse direito. Eu posso me sentir perdida eu tenho todo o direito de me sentir assim. Porque eu estou assim, e eu sou humana eu sei que posso ter meus momentos fracos.

Só me custa aceitá-los.

Quer saber?

Foi bom. Curou a dor por um tempo e eu senti que também era importante, como todas as garotinhas estúpidas apaixonadas que só por levar um fora se cortam, eu tenho o direito de ter feito isso. Eu tenho todos os motivos. E eu nunca me senti tão aliviada.

Peguei novamente e fiz outro corte, doeu fisicamente, aliviou-me emocionalmente.

Enrolei o pulso em um pano fortemente, para o sangue parar de escorrer.

Deitei na cama e consegui dormir de primeira. Sem me importar que o sangue escorresse, pensei em minha família, pensei que queria estar com eles e me forcei a pensar que logo eu estaria.

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Volto a pedir! Leiam as notas finas e POR FAVOOOOOR A OPINIÃO DE VOCÊS É MUIIIIIIIIIITO IMPORTANTE!


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Notas finais do capítulo

1-Luce está grávida opção 2- Luce está tendo visões de onde está Emily opção 3- As duas alternativas!
Beijooos mandem reviews"