Almost The End escrita por Boo Lollipop


Capítulo 1
Se isso é vida, eu quero a morte.


Notas iniciais do capítulo

HELOOOOOU! Bom negada, acho que tá na hora de acabar com o sofrimento da Sam, então fiz essa merdinha aqui e tô pensando em fazer mais uma do re-encontro dela e do Jimmy... O que 'cês acham? Por favor deixem suas opniões. Beijos e até a proxima.



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Dois anos se passaram desde o dia em que a minha vida perdeu o sentido. Hoje eu tenho dezoito anos, mas eu ainda me sinto uma criançinha pedindo pela mãe. Os primeiros meses foram horríveis, o Brian não olhava nos meus olhos porque eram idênticos aos do meu irmão, o Zacky tentava, de todos os jeitos, amenizar as coisas apesar de também estar sofrendo muito, o Johnny se tornou indiferente, não falava, não olhava, evitava... Fingia que nada acontecia, o Matt vinha me visitar todos os dias sempre me fazendo sentir melhor, mas com o tempo ele parou porque a vaca da mulher dele tinha ciúmes de mim. Aquela mulher só pode ter merda na cabeça! E eu? Bom, eu não saia do quarto nem que me pagassem e quando saia fingia que estava tudo na mais perfeita ordem, apesar do meu psicológico tá um inferno, meu sentimental igualmente, e o meu físico... Fiquei sem comer e consequentemente fui parar no hospital. Acho que só quando eles viram que eu tinha parado de comer e tava numa cama de hospital com varias cicatrizes devido a alto-mutilação e um corte fundo em cada braço devido a minha tentativa (inútil) de me matar no hospital, que finalmente a ficha caiu. Eles estavam me perdendo, e nem perceberam. Depois daquele momento tudo mudou. Minha vida passou a ser suportável, mas não feliz. Jamais seria feliz sem ele. Ainda moro com o Zacky e com o Brian. Eles superaram, estão felizes, estão juntos. Sim, juntos, eu sempre soube da tendência ao homossexualismo do Bri, mas o Zacky eu nunca imaginei, mas foi bom os ver tentando seguir em frente, o Matt e a (vaca da) Val vão ter um bebê, o Jojo vai casar com uma garota muito simpática chamada Lacey, e eu me sinto como se estivesse empatando a felicidade deles! É agora, não tem como voltar. EU NÃO QUERO VOLTAR.
– Agora eu entendo o que você queria dizer quando falou que algo te consumia por dentro, porque agora eu sinto. – Falava entre lágrimas. – Meus sonhos se tornaram pesadelos sem você aqui, eu preciso do meu melhor amigo, meu irmão e minha alma gêmea. Eu preciso de você. – Falava olhando diretamente para o reflexo dos meus olhos no espelho.
E no fim de toda essa história, cá estou trancada no banheiro mais uma vez, pensando na vida, na morte e em como essas duas estão na palma das minhas mãos. É assim? Depois de tanta história, tanta dor, tanto sofrer? É assim que termina a triste história da garotinha que tinha tantos motivos pra chorar, mas que vivia com um lindo sorriso no rosto? POIS SAIBA QUE EU CANSEI! Cansei de segurar as lágrimas, as palavras, os sentimentos. Cansei de esconder tudo o que eu sinto atrás de falsos sorrisos e gargalhadas ensaiadas! Eu quero viver, nem que pra isso eu tenha que morrer. Não faz sentido? Faz? Pois a minha vida também não! Aliás, que vida? Há muito tempo eu já não vivo, eu quero voltar para aquele tempo, voltar para aquele sonho. Que sonho lindo, quero vive-lo.
– Sabe, todos os dias eu ainda acordo às cinco horas da manha, e fico olhando pro céu, pensando, esperando – Solucei. – esperando que algo aconteça. – Eu podia sentir as lágrimas caindo, mais e mais. – Mas nada acontece. Eu imagino que não seja sua culpa, então eu tomei uma decisão: Se você não pode vir até mim, eu vou até você. Se tem uma coisa que eu tenho certeza nessa vida, é que eu quero a morte! E você sabe... – Soltei uma risadinha sem humor. – Tudo o que eu quero, eu dou um jeito de conseguir. – Respirei fundo e apoiei as mãos na pia olhando fundo no reflexo dos meus olhos. – Tá na hora, Jimmy. Te vejo do outro lado. – Peguei a garrafa de vodka ao meu lado dando um longo gole, a deixei de volta no lugar e abri o armarinho onde se localizava o espelho. Peguei dois potes de remédios que o medico passou e abri a tampa colocando todos os comprimidos na minha mão direita. Larguei (leia-se: joguei) o pote no chão mesmo e observei os pequenos comprimidos brancos e amarelos. Ele disse que é para tomar um por dia, pois são muito fortes. – Foda-se. – Foi só o que disse antes de enfiar os comprimidos, goela abaixo, juntamente com três goladas de vodka. Tossi um pouco, mas logo me recuperei pegando o outro pote. Os comprimidos eram maiores, pareciam moedas, de tão grades que eram. Levei um deles perto do meu rosto, devido a minha visão embaçada pelos efeitos do remédio eu não conseguia enxergar de longe, porem de perto ainda dava. Gargalhei ao ver o desenho que tinha no comprimido. Um sorriso. UM SORRISO??? HAHAHAHA, eu ia me matar engolindo sorrisos. Esse mundo é muito irônico às vezes. Ainda sorrindo para o comprimido, o coloquei na boca, logo levando o pote a ela também. O virei e depois joguei no chão junto ao outro, mais uma vez dando goladas de vodka, numa quantidade maior devido ao tamanho dos comprimidos.
Agora eu sorria feito uma idiota para o espelho, tudo girava ao meu redor. Tudo o que me mantinha em pé eram as minhas mãos apoiadas na pia, porem elas também já estavam perdendo a força e logo eu viria ao chão. Dito e feito. Fui ao chão levando também, sem querer, a garrafa que se espatifou ao meu lado fazendo um barulho que com certeza daria para escutar lá de baixo, onde estavam todos os meninos, mas pra mim não passou de um ruído devido à perda dos sentidos. Pouco tempo depois ouvi um forte baque na porta a fazendo ir abaixo revelando quatro garotos perplexos me olhando.
– SAM??? O QUE VOCÊ FEZ? – Matt disse abraçando o meu corpo cada vez mais gelado. – Fica comigo Princesa Sully! Fica comigo, eu só te peço isso. Por favor. – Essa era a pior parte de fazer isso, ter que deixar os meninos. Os meus meninos.
– Brian, liga pra ambulância, ela ta ficando sem pulso. – Zacky disse pressionando os dedos no meu pulso.
– Não... – Foi só o que consegui dizer, e extremamente baixo, mas todos me olharam. – Eu preciso... Preciso descansar em paz. E preciso saber que vocês vão ficam bem. Prometam-me que iram ficar bem. – Sussurrei enquanto todos se sentavam ao meu redor já aos prantos.
– Prometemos Sam, prometemos... – Zacky disse afagando a minha mão.
– Sejam felizes meus meninos. Por mim, por vocês e pelo – Respirei fundo já sentindo o ar faltar. – pelo Jimmy. – Me doía ver os meus garotos daquele jeito, se derretendo em lágrimas. Tudo escurecia agora eu só tinha o sentido da audição. Escutava choros baixos e choros um pouco desesperados, provavelmente do Brian e do Matt. Escutava a minha respiração quase inexistente e uma musica que pelo o que eu pude reconhecer era I Won’t See You Tonight Part 1.

No more breath inside
Essence left my heart tonight
(Sem mais fôlego por dentro
Essência deixou meu coração essa noite.)

Após esse verso dei meu ultimo suspiro e deixei a morte tomar meu corpo. Era uma sensação tão deliciosa, no mesmo segundo eu já estava gelada e mole nos braços de Matt. Estava morta.


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Notas finais do capítulo

EU QUERO REVIEWS!!!! Ok, vcs gostaram? Odiaram? Não importa, só comentem ok?



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