Eu não queria acreditar que eu estava precisando do Joshua para continuar a minha gravidez, mas eu não conseguia achar outra solução, estava tão certa disso que só ia desistir se não desse certo. Já era tarde da noite quando decidimos ir a casa do Josh. Christian não escondia sua cara de desprezo. Entramos no carro e seguimos ao destino, que não era muito longe. O silencio se tornou comum dentro daquele carro.

- E se ele não aceitar? – quebrei o silencio.

- Ele tem que aceitar... – Chris respondeu baixo.

- Mas e se ele não aceitar? – insisti novamente.

- Eu mato ele para conseguir o sangue. – pude ver seu sorriso escondido

– Gostei desse seu lado agressivo Chris – rimos com o meu comentário.

A casa estava escura sem nenhuma movimentação. Paramos o carro em cima do gramado bem na frente da fachada da casa, saímos devagar fazendo pouco barulho devido a hora. Tocamos a campainha e esperamos. Demorou alguns minutos até abrirem a porta.

- O que você quer? – Josh olhava para mim ignorando a presença do garoto ao meu lado.

- A gente precisa conversar... – respondi seria.

- Tem que ser agora? – perguntou fechando a porta atrás de si.

- É urgente... – respondi o encarando.

- Tá legal vem comigo... – Josh segurou o braço do Christian o impedindo de acompanhar – Não quero você na minha casa.

- Ela não vai entrar sozinha com você – Christian apertava os dentes.

- Chris... – tirei a mão de Josh do seu braço – Não dificulta para mim.

Meus olhos chorosos fizeram o garoto concordar, Josh me pegou no colo para agilizar o caminho, eu pude ver Christian virando de costas para não ficar mais irritado do que já estava. Josh me levou para o quintal da casa me colocando sentada em uma das cadeiras da piscina, puxou outra para perto e esperou que eu começasse a falar.

- Eu não sei direito como te falar isso mas... – eu olhava para baixo, ainda não confiava em Josh.

- Tenta ser direta porque eu não quero enrolação.

- Eu preciso do seu sangue... Ou melhor, ele precisa... – coloquei as mãos na barriga.

- Você só pode estar de brincadeira – Josh levantou da cadeira e eu o segui com o olhar.

- Eu tenho quase certeza de que é isso que ele quer...

- Então você precisa de mim – Josh se aproximou e segurou meu queixo obrigando a encara-lo – Admita isso!

- Josh... – eu fitava seus olhos com certo receio

- É só você admitir.

- Eu preciso de você Josh – senti aquela corrente elétrica tomar conta do meu corpo – Por favor, não faz isso...

- Vontade não falta – o garoto desviou o olhar e foi para dentro da casa.

Ajeitei-me na cadeira ficando agora com as pernas cruzadas em cima da mesma, observei a casa escura e silenciosa, era realmente linda, principalmente agora sem as luzes e enfeites de festa.  Eu estava esperançosa em relação a minha decisão, queria poder andar sem apoio, ou aguentar andar pelo menos até o banheiro, porque nem isso eu estava conseguindo. Um barulho dentro da casa chamou minha atenção, Josh abriu a porta de vidro e saiu vindo em minha direção com o seu sorriso sarcástico acompanhado de Christian.

- Chris? – minha voz era baixa.

- Ele me trouxe para fazer o “curativo” depois do corte – Christian respondeu cabisbaixo

- Está pronta? – perguntou Josh segurando uma pequena faca nas mãos.

- Acho que sim... – respondi e olhei para o seu braço acreditando que era ali que seria feito o corte.

- E você acha que eu não vou aproveitar essa situação?

- O que você quer dizer com isso? – perguntei confusa.

Josh levou a faca até o seu ombro e fez um pequeno corte perto do pescoço, me olhou malicioso e esperou que eu fosse até ele. Eu me aproximei do corte mas fui impedida por Christian que segurou meu braço.

- Chris eu preciso fazer isso! – Josh concordou olhando para Christian sorridente.

- Ela precisa de mim agora bonitão!

- Você é um idiota – Christian virou de costas colocando as mãos nos olhos.

Coloquei a boca no corte e pude escutar Josh agradecendo por aquilo, suguei o sangue que agora estava com o gosto diferente, era delicioso, eu não conseguia parar. Apoiei as mãos em seu pescoço e o puxei para mais perto bebendo com rapidez.

- Ei, ei devagar mocinha – Josh apertou minha cintura se aproveitando da situação, mas eu estava viciada demais para impedi-lo.

- Sophie? – Christian virou para ver o que estava acontecendo

- Deixa ela Chris que ela esta adorando! – Josh ria malicioso.

- Sophie já chega... Chega... – Christian me puxava com força mas eu não conseguia parar, aquilo estava me fazendo muito bem – Sophie já foi o bastante! Chega! – Senti um puxão forte me obrigando a tirar a boca do corte.

- Eu... Eu preciso de mais. – amacei a ir novamente para cima do Josh mas fui impedida.

- Chega Sophie você vai acabar matando ele... – Christian me olhava confuso. Ele apoiou as mãos no ombro de Josh, esperou alguns segundos para retirar as mesmas curando o machucado.

- Acho que descobrimos o que o bebe queria... – respondi sorrindo.

- Você está estranha Sophie eu vou te levar para casa, amanha a gente volta se você precisar. – Christian segurou em minha mão me puxando para fora.

- Não Chris espera – parei – E se eu precisar no meio da noite?

- Você não está pensando em levar ele com a gente está? – Christian perguntou nervoso e eu concordei.

- Acho que temos um novo favorito – Josh ria de felicidade.

- Sophie não, você está ficando louca! – me puxou novamente chegando perto do carro.

- Chris... E se eu precisar? – perguntei novamente.

- Eu te trago aqui... Mas não quero ele com você no mesmo quarto ou na mesma casa!

Entramos no carro e Joshua assistia a nossa saída ainda com o sorriso satisfeito no rosto. No caminho Christian foi me informando o quão louca eu estava por querer o Josh no mesmo quarto do que eu, mas eu não podia evitar, ele me fez bem, eu estava me sentindo forte, nova capaz de tudo! Estava me sentindo exatamente como eu me senti quando ele havia me transformado, eu não conseguia pensar em mais nada agora, só no sangue do Josh.

Eu tinha dormido sozinha aquele dia em casa, sonhei com coisas estranhas, não sei direito decifrar. Eram muitas luzes, muitos gritos e muitas pessoas correndo, um sonho bem perturbador. Acordei com uma sede quente que eu jamais havia sentido antes, conclui que a sede não era minha, era do meu bebe. Troquei de roupa e fui na casa ao lado chamar Christian. Toquei a campainha e ele atendeu.

- Já esta de pé! – recebi um beijo de bom dia – O que te traz aqui tão cedo?

- Eu quero ir na casa do Josh. – respondi direta e o sorriso do garoto murchou.

- Rápido assim?

- Sim eu preciso! Eu não paro de pensar nisso – Christian pegou as chaves na mesa lateral perto da porta e saiu fechando a mesma atrás de si.

- Me poupe dos detalhes dos seus desejos pelo sangue do Josh, eu ainda não me acostumei com isso – eu esperei no mesmo lugar Christian trazer o carro, entrei e seguimos.

Aquela sensação de poder ainda estava forte em mim, eu ria sozinha sentada no banco do passageiro, Christian me olhava sorrindo sem entender. E por um momento de loucura, e senti que precisava me recuperar daquele tempo perdido.

Tirei meu cinto de segurança e avancei para o pescoço do garoto ao meu lado, ele se assustou perdendo um pouco a direção, não me importei e continuei beijando e mordendo seu pescoço. Com um pouco de dificuldade subi em seu colo encaixando minhas pernas, Christian tentava se concentrar na estrada desviando a cabeça para o lado.

- Sophie o que você está fazendo? – escutei uma buzina reclamando do zigue-zague que o carro estava fazendo.

- Para o carro – falei perto do seu ouvindo e ele obedeceu.

 Não precisei pedir para o garoto me acompanhar, rapidamente Christian trancou as portas, ligou o ar condicionado deixando o carro ainda ligado. Parei por alguns segundos para olhar em seus olhos, eles estavam curiosos, senti suas mãos alisarem meus cabelos.

- Você é completamente maluca... – disse perto da minha boca.

- Você já me disse isso antes...

Agora não tinha mas nada que me impedisse de continuar. Christian segurou a barra na minha blusa puxando para cima, eu fiz o mesmo, nosso beijo estava rápido e desesperado. O garoto apertava meu short com força, quase rasgando, o carro estava ficando pequeno demais. Christian apertou minha cintura me empurrando para o lado em direção ao banco de traz do carro, eu facilitei me jogando de costas no mesmo. Ele se posicionou em cima de mim ficando encaixado entre minhas pernas.

Eu apertava seu pescoço deixando algumas marcas de recordação, suas mãos acariciavam minhas costas com certa rapidez e sem que eu percebesse ele já havia tirado meu shorts. Sua respiração acelerada em meu ouvido me arrepiava, eu conseguia sentir nossos corpos encostando e afastando em um ritmo perfeito.

Tudo acontecia sem muito tempo para pensar, não parecia ser a melhor hora e muito menos o melhor lugar, talvez por essas razões aquilo estava se tornando tão interessante. Não foram necessários muitos minutos para que ambos estivemos satisfeitos.

- Mudei de opinião... – Christian deitou no banco e eu me ajeitei em cima.

- Como assim? – perguntei alisando seus cabelos.

- Essa foi a coisa mais maluca que eu já fiz!

Não segurei minha risada, Christian me ajudou a sentar no banco rindo junto comigo. Começamos a procurar nossas roupas e sapatos que estavam espalhados pelo carro, nós estávamos nos divertindo procurando as peças de roupas desaparecidas. Nos vestimos com um pouco de dificuldade.

- Podemos ir agora?  - Christian de ajeitou no banco colocando o cinto.

- Sim podemos, eu vou me comportar! – coloquei o meu cinto e seguimos.