POV’S LU FIORE.

Acordei cedo, o que não era de costume, já que não tinha me acostumado com o fuso horário. Fiquei esperando um sinal de vida da Lili. Ela não havia retornado minhas ligações e nem respondido minhas mensagens .

Desci pra o café da manhã, Nathalie estava poondo a mesa do café. Ela que estava destraída deu um pulo de animação e veio falar comigo:

– E então como foi ontem a noite? - Não se conteve.

– Bom dia, pra você também Nathalie. - Ri enquanto, me encaminhava pra cozinha, logo a ajudando com a mesa . Ela sorriu e relaxou, me seguindo até a cozinha.

– Bom dia ! - Com uma expressão mais materna. Que logo se transformou novamente, na de uma menina de 15 anos. - E então como foi ? - Ela insistiu.

– Foi legal. - Disse de qualquer forma, enquanto pegava uns pratos na cozinha.

– Hm.. mesmo. Foi romântico ? Foi intenso ? Me dê detalhes . - Ansiosa me seguindo de um lado pro outro .

– Uhum, o ponto alto da noite, foi quando eu lhe insinuei que era um playboyzinho, a procura de barbies. - Sorri, de forma sarcástica .

– Como ? - Deu pra notar que ela não sabia se mantia sua face indignada ou se ria da minha naturalidade ao falar . - O que aconteceu com " Dá uma chance pro menino " ?

Gargalhei antes de responder.

– Não costumo sair com caras como ele.

– Ué, se você deixar, ele pode me surpreender. - Finalizou sentando na mesa , e logo depois fiz o mesmo.

Realmente as palavras dela me tocaram, e fizeram que sumisse meu sorriso debochado. Ok, talvez ele pudesse me surpreender de fato, mas nem sempre surpresas são boas. E conheço o tipo dele. O que eu disse ontem, especificou o que pra ele o que eu achava. E é uma cidade enorme, não esta nos meus planos revê-lo .

Kimberly desceu correndo, e se sentou a meu lado na mesa. Austin ainda com uma cara de sono puxou uma cadeira e sentou-se bocejando. Joseph já havia saído, pra trabalhar. E quebrando o silêncio, e me tirando do meus pensamentos, Austin puxou assunto, enquanto se servia.

– Então, Luisa... como foi o encontro as escuras ? - Ele não perderia a oportunidade.

– Não foi tão desastroso, obrigado pela preocupação . - O respondi .- E como foi a noite com a tv ? - Sua risada sumiu. Me deu língua enquanto se servia de um pouco de leite .

– Hum. Luu, tem um paquera ? - Disse Kim animada. Sorri.

– Na verdade...

– Ela conheceu um rapaz, e ele se encantou por ela. Porém ela não quer dar uma chance pra ele. - Nathalie me interrompeu .

– Ele é gato ? Quantos anos ele tem? Ele tem algum amigo ? - Kim, me perguntou com sua face hiperativa de sempre.

– Hm ... eu não acho , 18 e sei lá. - Respondi respectivamente.

– O nome dele é ... Harry Smiles , né Lu ? - Nathalie puxou pela mente.

– Na verdade, é Harry Styles. - A corrigi.

De repente vi a Kim, ficando cada vez mais esbugalhando seu olhos. Austin cobriu os ouvidos, já sabendo o que viria .

– OOOOOOOO MEEEEU DEEEUS !!! VOCÊ SAIUU COM HAAAAARRY STYLEEEES ? - Deu um pulo da cadeira.

– Ai, não precisa gritar. - Cobri as orelhas com a mão .

– ÉEEEE SÉRIOO ? SAIU MESMO COM O HAZZAN ? COMO NÃO ME DISSE ANTES. EI COMO SAIU COM O HAZZAN. ME DIGA TUDOOOOO ! - Ela parecia uma louca .

– Sim, mas o que tem isso demais ? - Confusa. - Aliais, sabe quem ele é ?

– É CLARO, ELE É DA ONE DIRECTION !!! ELE É UM TUDO.

Era a banda que ele disse participar , ontem a noite. Não sabia que era assim tão famosa. Me centrei em Kim, que parecia impaciente, para esperar minhas repostas.

– Só você acha. - Sorri ironicamente.

– PORQUE NÃO ME DISSE QUE OS CONHECIA !!! EU QUERO VÊ-LO. ME DÁ O NUMERO DELE ?

– Ei, Kim ! - A segurei pelos ombros. - Fica calma. Eles são meninos comuns. Não deuses ! Ok? - Tentei acalma-la. - Eles são de carne e osso. Então relaxa e para de gritar.

– OK. - Ela fez sem querer . - Desculpa.

– Termina seu café. - Ordenou Nathalie saindo, da mesa.

Sentei me no sofá depois do café e me distraí vendo um filme qualquer .

Meu celular tocou. Alguém resolveu dar um sinal de vida. Era Lili:

– Alô

– Oi, amiga ! - Ela respondeu, e pelo barulho do fundo, estava no carro . - Tá em casa?

– Sim.

– Ok, vou passar ai. - Disse ela sem dizer o porque da visita repentina.

– Pode ser. - Eram quase meio dia, o que ela tinha em mente. Talvez fosse algum passeio repentino .

– Ok, chego ai em uns 15 minutos.

– Tá. Beijos .

– Beijos, tchau.

– Tchau.

Desliguei o telefone e me encaminhei pro banheiro. Tomei uma ducha rápida e me arrumei (http://www.polyvore.com/lu_fiore/set?id=54708738). Sentei na sala e me entretia com o joguinho do celular. Quando o interfone tocou . Corri pra atender.

– Lu ?

– Vou abrir pra você, ok ?

– Não precisa. Desce, a gente vai sair.

– Vamos pra onde?

– Desce, que eu te digo.

– Hum... não tô gostando disso.

– Vem logo.

– Tá.

Peguei a chave.

– Nathie, tô saindo. - A avisei.

– Pra onde ? - Perguntou ela.

– Surpresas da Lili. Tchau . – Disse saindo.

Como os passos apressados, fui até a portaria. Onde encontrei Lili impaciente como sempre. Ao me ver abriu um sorriso malicioso, senti que não podia ser algo bom . Ainda assim continuei andando.

– Ok, estou aqui . Pra onde vamos ? – Disse impaciente. Ela sussurrou poucas palavras que eu não pude ouvir. Ela não era muito boa em enrolar as pessoas. Começamos a caminhar e sem entender nada insisti. – Não enrola. Pra onde vamos ?

– Almoço na casa do Harry . – Ela disse rápido com um sorriso sínico no rosto.

– Como é ? – A encarei por uns segundos e comecei a gargalhar . Fui dando meia volta me encaminhando de volta pra casa. Lili me puxou pelo braço antes que fizesse.

– É só um almoço. – Disse ela quando nos aproximávamos de um carro. Quanto mais estávamos próximas dele podia ver com mais nitidez quem estava dentro do carro. Claro Zayn Malik. – Pelo visto seu encontro não foi tão ruim assim né ? – Não perderia a oportunidade.

– Haha. Muito engraçada. – Respondeu sarcasticamente. – Ele só veio me trazer meu celular, que esqueci com ele, e ai tomamos café juntos. Nada demais. – Explicou.

– Claro. – Sem acreditar em uma palavra. – Sabe que não tem chance nenhuma de eu ir, né ? – Afirmei quando estávamos próximos do carro.

– É claro que você vai. Os meninos ficaram magoados se não for. – Ela usou chantagem emocional .

– Olha me cara de quem se importa. – Fiz cara de paisagem. Mas no fundo estava rindo pois não deu tão certo. Talvez tenha deixado escapar um sorriso no canto dos lábios. Ouvindo a situação Zayn, tentou me convencer. Eu estava certa que seria em vão.

– Poxa Lu, você tem que ir. O Harry quer te ver . – Ele disse em um tom fofo , que não mudou minha opinião nem um pouco . Apresentei uma expressão confusa, enquanto pensava em como responde-lo .

– Poxa que tocante. – Devo ter acordado com o lado sarcástico em alta hoje. – Enfim, eu não quero ver ele.

Ele deve ter notado, que não seria tão fácil mudar minha opinião assim. Então mudou de tática

– Hm. – Ele pensou por um segundo. E sorriu, parecia ter a conclusão de algo. – Você é a primeira garota que não cai de amores pelo Harry, assim que o vê. Meus parabéns . – Disse apertando minha mão. Sorri. – Luisa, vai ser legal. Alias os meninos querem ver vocês. Um almoço não vai te matar vai?

Assumo ele me deixou menos certa da minha decisão .

– Ok. Pode ser. – Cedi, com uma voz exausta, revirando os olhos. Seria só uma almoço. Não poderia ser tão ruim assim . Alias estariam todos os meninos lá, eu não iria precisar ficar o tempo todo do lado do Harry.

Entrei me encaminhei ao banco de trás arrastando os pés. Eu sabia que seria o almoço mais longo da minha vida. Lili e Zayn entraram no carro, e a fuzilei com os olhos enquanto ela me fitava pelo retrovisor. O caminho não era muito longo. Lili e Zayn conversavam sem parar. Era impressionante o fato deles conversarem sobre qualquer coisa. Enquanto eu estava completamente desligada, com a paisagem. A estação de uma rádio qualquer tocava Whistle ( Flo rida.)

Sabia que eles falavam, muito por sinal, mas não ouvia uma palavra. É como se não estivessem ali. Fiquei lá pensando nas palavras da Nathalie, as do Harry e mesmo assim me mantia firme com minha opinião sobre ele.

Pessoas falam coisa da boca pra fora, aliais há milhões de garotas por ai, porque ele iria querer justamente a mim . Não era tola o suficiente pra crer em seus flertes. Ainda sim tinha medo de não me enganar ao seu respeito. Pera ai , o que tô fazendo... Harry Styles é mais um playboyzinho metido que precisa de uma barbie alienada pra manter sua pose de bom moço. O problema é que eu não me encaixava nesse papel. E não me renderia a sua táticas típicas.

Meu pensamento foi interrompido ao notar, que havíamos chegado. Era tipo um condomínio de casas. Me ajeitei no banco. Zayn estacionou o carro. Saímos do carro, e esperamos que ele nos guiasse até a casa de Harry.

Fomos caminhando até a porta, onde Zayn entrou de qualquer forma sem bater. Como se já fosse de casa. Liam e Louis sentados no sofá com suas respectivas namoradas.

– Finalmente chegaram ! – Disse Louis. – Estávamos quase morrendo de fome.

– Foi mal. – Disse Zayn olhando em volta procurando algo ou alguém. – Ah, meninas essas são Elenor – Falava enquanto cumprimentávamos as meninas.- e Danielle. Essas são Aline e Luisa.

Niall que estava entrando na sala, abriu um sorriso e voltou, pra... cozinha se não me engano. Voltando alguns segundos depois com Harry que corria até a sala, mas parou a chegar no cômodo. ( Já teve a impressão de uma pessoa estar olhando pra você tão intensamente que pode até imaginar como ela está se sentindo por dentro ? Eu já .) Desviei meu olhar, e ainda sim senti que ele não parava de olhar.

– Oi meninas ! – Disse Niall

– Oi. – Dissemos em coro.

– Sério que só eu que estou morrendo de fome. – Disse Louis fazendo uma careta. Todos deram um risada.

– É pessoal vamos almoçar ?- Disse Liam se encaminhando pra sala de jantar. Louis deu um pulo do sofá gritando “ FINALMENTE!”, em seguida as meninas foram e Niall também. Zayn puxou Lili, que foi junto com ele. Fui atrás do dois e passando pela entrada da sala, Harry me cumprimentou.

– Oi. – Tentou conter a animação.

– Oi. – Disse sem encarar muito.

– Olha, desculpa por ontem. – Admito, me surpreendeu.- Eu não costumo ser tão...

– Convencido, idiota, playboyzinho, narcisista... ? – O interrompi . E logo fui interrompida.

– Ok, eu já entendi. E sinto muito. – Sorrimos, enquanto alternávamos os passos lentos por mais largos e rápidos até a cozinha, pra ajudar a por a mesa. – Eu tive conclusões erradas a seu respeito.

– Hm. – O ouvi, me centrando nos pratos que colocava na mesa.

– Ainda estou tentando, te decifrar. – Nossos olhares se esbarraram.

– Sou muito complicada. Melhor desistir enquanto ainda é tempo . – Voltei para cozinha, para pegar mais pratos. E de canto de olho, podia vê-lo afagando as mãos em seus cabelos cacheados.

O almoço estava um delicia. Era inacreditável que os meninos tivessem o feito sozinhos. Após o almoço todos forma, pra sala. Nos acomodamos no sofá.

– Então o que vamos fazer agora ? – Abordou Liam.

– Podemos fazer um lanchinho. – Brincou Niall.

– Que tal vermos um filme? – Sugeriu Danielle.

– Pode ser. – Disseram em conjunto Harry, Zayn e Loius.

– Sabe o que seria melhor ? Uma sessão de cinema com uma pipoquinha. – Brincou Niall mais uma vez e todos riram .

– Para de pensar em comida, você acabou de almoçar. – Disse Liam, rindo.

Ele fecharam as cortinas da sala, arrastaram os sofás para se acomodarem melhor.

– Ei, Lili me ajuda a pegar uns cobertores lá em cima ? – Perguntou Zayn.

– Uhum. – Foi sem muita manhã.

POV’S LILI BERNARDI

– Ei, Lili me ajuda a pegar uns cobertores lá em cima ? – Perguntou Zayn, fiquei meio surpresa, mais não pensei em exitar. Então, apenas respondi. “- Uhum.”

Subimos as escadas sem fazer muito rodeio, e quando chegamos ao topo da escada esperei para que ele indicasse a direção, ele prontamente tomou a frente e foi mostrando o caminho que dava em um quarto bem bonitinho. E ajugar pelas blusas listradas que se amontavam em uma cadeira no canto do quarto, podia se dizer que aquele era o quarto de Louis.

– Lili, os cobertores ficam ali em cima. – Ele apontou para umas portinhas que se encontravam na parte de cima do guarda roupa, e que no meu ponto de vista eram impossíveis de serem alcanssadas.

– E como agente vai pegar? - Eu perguntei temendo a resposta.

– Eu tenho uma idéia... – Ele disse passando a mão na nuca enquanto dave um sorrisinho de canto, e obviamente eu já sabia que coisa boa não estava por vir.

– Qual ?

– Eu te pego no colo e você pega eles. – Eu olhei para os lados, confirmando que não havia outra alternativa e concordei com a cabeça.

Zayn se abaixou um pouco , e me pegou no colo. Eu fui tentando pegar os cobertores, mais era complicado. Eu tinha que puxar eles e jogar dali para a cama. Depois de alguns minutos finalmente último cobertor.. mais eu ouvi a voz de Zayn quando ia puxa-lo.

– Lili.. eu to es-scorREGANDOOOOO... – Caimos com tudo no chão, e eu obviamente cai em cima dele, sem consegui me mecher muito só fiquei o encarando, esperando alguma reação dele. Mais por mais incrível que pareça, ele não fez nada. Nossos rostos estavam praticamente colados, e ele não tentou nada. Ele virou de lado, fazendo com que eu saisse de cima dele e fácilmente desenrroscasse minhas pernas de sua cintura.

– Pensando bem, foi uma péssima idéia... – Ele sussurrou como se não quizesse que eu ouvisse.

– Pensando bem, você é mais bobinho do que parece... – Eu sussurrei, também na esperança de que ele não me ouvisse, pensando alto sobre ele ter desperdiçado a chance que teve de me beijar, e em seguida levantei.

– Hahaha. – Ele começou a rir e eu olhei desentendida. – Em fim, oque você quer de mim ? me deixar maluco Aline? – Ele disse em um tom de voz normal, mais eu fiquei asustada com aquelas perguntas.

– Ahn.. acho que eu não entendi.

– Quando eu te beijo você me odeia, e quando eu não te beijo você acha que eu sou “bobinho”.

– Zayn... eu.. ér.. – Eu tentei argumentar mais nada parecia sair.

– Chega Aline. – Essas foram suas duas últimas palavras antes de me puxar pela cintura e me calar com um beijo. Eu fiquei completamente sem reação, mais acabei correspondendo. Eu não tinha noção do que estava fazendo. Porque não conseguia me soltar daquele beijo? Porque aquele beijo parecia tão bom e ao mesmo tempo tão errado?

Eu não sei quanto tempo ficamos nos beijando, eu só sei que paramos quando o ar nos faltou.

Ele manteve sua testa colada a minha, e me dava selinhos enquanto tentamos recuperar o folêgo. Sua respiração era pesada, assim como a minha. Eu não sabia oque aconteceria, e confesso que se ele não falasse nada eu também não iria conseguir falar.

– Ahn.. é melhor agente ir buscar os cochonetes e descer né?

– É.. – Eu era péssima em disfarçar as coisas, e como eu estava com a respiração ainda bem ofegante minha voz acabou saindo um pouco falhada. O que o fez sorrir por um instante e em seguida ele me deu a mão e me puxou para o outro quarto onde pegamos os cochonetes e decemos.

Eu definitivamente era a pior atriz de todos os tempos, eu estava com a cara mais culpada do mundo inteiro. Mais continuei fingindo, porque eu e Zayn não tinhamos nada. Foi só um beijo qualquer... e ninguém precisava saber dele.

POV’S Lu Fiore

Depois de alguns minutos a sala estava com os sofás todos virado pra tv, e o escurinho era realmente confortável. Harry sentou-se no chão, pra escolher um filme. Me sentei a seu lado.

– Que filmes tem ai ? – Curiosa.

– Alguma preferência ?

– Hum, não.

– Bom, não vamos ver terror, porque não quero que você fique com medo. Ok, fofinha. – Ele fez pra me irritar.

– Haha, se você tem medo pode assumir, mas não diz que é por minha causa. Ok, princesa! – Entrei no seu joguinho.

Ele deu um sorriso como se quisesse dizer “ Você não tem jeito mesmo menina ” , antes que me respondesse.

– Ok, vamos ver terror também. – Ele cedeu fácil. – Aliais se sentir medo, pode me abraçar. – Acho que ele gosta de me ver irritada. Só pode. Revirei os olhos, dando um soco de leve nas suas costas e me levantando. Sentei no sofá, ainda estávamos esperando Lili e Zayn voltarem com os cobertores.

Antes de sair de casa o dia estava ensolarado, mas não sei o que aconteceu que de repente o tempo fechou e o céu ficou todo nublado. Aparentemente choveria. E eu que sai de casa não com muito frio, com uma roupa não muito grossa, então sentiria frio demais. E mesmo dentro da casa ainda dava pra sentir uma corrente pequena de frio passando pela casa inteira. Alguém deve ter deixado a janela aberta.

Finalmente Lili e Zayn chegam carregando colchonetes, cobertores e almofadas. Pude notar que Lili estava com uma expressão diferente de costume. Mas preferi não comentar, naquele momento.

O pessoal foi se ajeitando de forma confortável. Liam e Louis deitaram-se cada um com sua respectiva namorada, Zayn ocupou o sofá junto de Lili, e Harry se largou a meu lado. Niall que estava sumido as uns 5 minutos, apareceu na sala, sentando-se em um poltrona, com dois baldes de pipoca. Todos deram uma risada de leve enquanto ele as devorava.

Todos deitados e cobertos por cobertores, e o filme começará. O típico som música da Fox 20th filmes se iniciava. Era um filme de terror. Mas não era um terror qualquer, era um daqueles filmes pesados dos quais você fica uns três dias sem dormir, de medo. Sei que deveria ter escolhido, qualquer comédia romântica que Harry sugeriu, mas eu não conseguia ser fraca perto dele. Ainda mais pelo fato de me sentir assim perto dele. Parecia que estava sempre disposta a mostra-lo que ele era forte. E nem sempre era assim . Era só um filme. Não havia razão pra ficar com medo .

Ao longo do filme, quando as cenas foram ficando mais ... apavorantes, fui me encolhendo nas cobertas. E deu pra perceber que não era a única, Danielle, Elenor, Lili e até mesmo Niall faziam mesmo. Zayn ria do filme como se nada fosse, e Harry ria de mim.

(Ai que raiva, ele tem o poder de fazer meu sangue ferver.) Se aproveitando da situação ele começará a me abraçar. Mas desta vez não iria me render. Me ajeitei mais uma vez, livrando-me de seus braços. Sorri ironicamente e olhei pro filme. E por mais que eu estivesse com medo, comecei a parecer que aquilo não me afetava. Até porque era só um filme não havia o porque ficar com medo. Vendo minha distância, ele tentou novamente.

– Poxa ! A princesinha já esta com medo do filme ? – Sussurrei pra que ele pudesse ouvir.

Ele não respondeu. Porém por sua expressão deu pra notar, que ele havia ficado bravo. Sorriu novamente sem se afastar. Colocou o braço sobre meus ombros dando espaço pra que, eu deitasse em seu ombro. “ Tentador, senhor Styles, mas passo.” Resmunguei baixo. Vendo que não iria ceder, ele começou a levar na esportiva.

– Puxa, Lu estou morrendo de medo ! – Sussurrou no meu ouvido. – Me protege. – Sarcasmo.

– Idiota. – Respondi, porém cedendo seu pedido .

O filme parecia não ter fim. E havia cenas mais tensas, que Harry me abraçava com força . Era uma espécie de zoação. Mas o ignorei. Enfim o filme chegou ao final. E as garotas estavam ainda mortas de medo. Lili se aproximou de Niall pra conversar e todos estavam ajudando a arrumar a sala.

Acabando , Harry me puxou pra ver algo, e saímos de fininho .

– Pra onde estamos indo ? – Perguntei tentando me soltar dele .

– Quero te mostrar a casa. – Ele sorriu animado .

– Tá mais porque agora ? – Estava fazendo um esforço em vão, ele não me soltaria .

Ele apenas sorriu sem me responder.

Fomos nos encaminhando até as escadas, subimos sem que notassem nossa ausência. Chegamos em seu quarto. Era bem grande e aconchegante. Ele fechou a porta, enquanto eu dava uma boa olhada em seu quarto. Me aproximei de uma instante onde tinha fotos dele pequeno e de sua família.

– Esse é você ? – Perguntei com o porta retrato na mão .

– Uhum, eu tinha uns 6 anos. – Disse ele analisando o teto . Permaneci fitando os retratos, então meu olhar foi caminhando pela instante e pude ver, as três fotinhos que tiramos no dia anterior. Sorri com a vaga lembrança.

– Lu ! – Ele me chamou, enquanto puxava uma escada embutida no teto, que ele puxou pra baixo . – Vem aqui .

– Onde isso vai dar ? – Fitei a escada, desconfiada.

– Vai ver se subir. – Ele estendeu a mão, em forma de convite. Subi devagar e cautelosamente.

Chegamos lá em cima, e me deparei com uma vidraça. Lá fora tinha um tipo de varandinha, espaçosa o suficiente pra duas pessoas. Havia um daqueles bancos rustico. Mas uma vez ele puxou minha mão, até lá fora. Era lindo lá, dava pra ter uma visão plana de quase todas as casas. Me apoiei na sacada, e podia ver tudo.

– Uau. – Disse o encarando e voltando o olhar na vista. – Lugar legal .

– Gosto de vir aqui pra pensar. – Disse ele, olhando a paisagem.

Do nada uma brisa fria passa por nos, e um leve arrepio se possui de meu corpo. Me encolho com as mãos nos braços. “ Devia ter trago um casaco.” Resmunguei pra mim mesma. Ao notar meu frio Harry, tirou sua camisa xadrez, que ficava muito bem por sinal , e me ofereceu pra que eu vestisse.

– Não precisa .

– Claro que precisa, tá frio e não quero que você pegue um resfriado. – Insistiu, já colocando a camisa em mim .

– Obrigado ! – Sorri ao falar. Tenho que admitir, estava mais quentinho dentro da camisa, a que caberia umas 2 de mim dentro. E tinha um perfume viciante... Controle-se Luisa!

Sentamos no banco. Ele cruzou as pernas ( perninhas de chinês ) faria o mesmo, mas estava de saia, então apenas sentei-me como uma... Arg , “dama”.

– Você é a primeira pessoa que vem aqui. – Ele pareceu envergonhado a afirmar .

– Mesmo ? – Fiquei sem graça .

– Uhum. Aqui é o meu refugio de todo o estresse, de toda correria, do mundo lá fora. – Foi sincero .

– E porque me trouxe aqui ? – Nesse momento não estava tão preocupada com em fugir de seus olhos. Ele falava e eu o encarava interessada.

– Porque você... – Sua voz falhou . – Confio em você.

– Hum. – Fiquei curiosa, pra saber o que ele falaria. – Os meninos não sabem daqui não ? – Olhei em volta e depois voltei meu olhar nele.

– Não . Quando nos mudamos, esse lugar estava lacrado. – Explicou ele. – Eu o encontrei e fiz um lugar mais aconchegante. Mas preferi não dizer aos meninos. Sabe, vezes eu preciso me isolar um pouco. Entende.

– Claro. – O fitei com uma expressão apreensiva.

– Mas então me fale sobre você. – Ele tinha uma mania de quere saber sobre mim.

– O que você quer saber ? – Me ajeitei no banco.

– Tudo ! Você é fascinante . – Ele não parecia estar brincando, mas logo em seguida sorriu maliciosamente.

– Haha. Especificamente, seu bobo.

– Hm, ok. Posso fazer um jogo de perguntas ? – Rebateu descontraidamente.

– Pode ser . – Não custaria nada.

– Ok. Hm, Música favorita ? – Iniciou o jogo .

– Coldplay, Viva la vida.

– Comida favorita ?

– Pizza.

– Lugar favorito ?

– Londres.

– Pessoa favorita ? Ah, esse eu já sei que sou eu.

– Você se acha não é mesmo ? – Levei na esportiva.

– Na verdade eu tenho certeza. – Ele mandou um beijo, de forma sínica e irritante.

Levei na brincadeira. Alias nem estava afim de me estressar. Não sabia se continuando a levar tão bem assim se ele continuasse a me irritar. Ele tinha o poder de me tirar do sério . Era a única pessoa que me tira do sério. Fora do normal isso.

– Ok, parei. – Ele sorriu.

– Você me irrita!

– É que cê fica linda irritada. – As palavras saíram de forma calma de seus lábios, e senti minhas bochechas queimarem.

Pra disfarçar baguncei o cabelo dele, que eram cachos muito bem alinhados. Ele fez uma voz fina ao brincar:

– Ai, agora você estragou meu cabelo. Agora ele estão um caos . – Riu consigo. O acompanhei . Ele era muito palhaço.

– Bobo !

– Gosto quando você me chama de bobo. – Ele sorriu . E logo depois o acompanhei com meu sorriso, natural (que de fato eu não acho atraente . ) Ele me fitava de forma que eu ficava sem graça, então sorri, colocando o cabelo atrás da orelha e sorrindo . ( Mania) Me levante e novamente me debrucei sobre a sacada. Ele fez o mesmo, ficando do meu lado.

Ele me fitava incessantemente. Mas não era um o mesmo olhar de ontem a noite, que era um que dizia “ Quero te roubar pra mim “, era um olhar mais “ Você é incrível .”

Por alguns minutos ficamos nos encarando, sem falar nada. E fomos ficando cada vez mais perto. A respiração serena e leve, se manteve enquanto eu tinha dificuldades com a minha. Sentia ele mais e mais perto, mas de certa forma eu não conseguia me mover, eu não queria me mover. Bem perto de mim, segurou meu rosto fazendo leves caricias, um leve arrepio possui meu corpo inteiro. É como se ele estivesse me hipnotizando, e por mais que eu lutasse por dentro, já estivesse entra a seu poder. Sua outra mão, delicada e lentamente foi se aproximando de uma mexa de cabelo solta, e a colocando atrás da minha orelha. Sem parar de se aproximar, ele foi fechando os olhos, e junto com ele também fui . Nosso lábios deram um leve toque.

Estávamos quase nos beijando, quando uma gota, fria e inconveniente caiu sobre sua testa, escorrendo pela sua face, pacificada aparentemente . Mais uma vez minhas bochechas queimaram, e as dele também. Delicadamente ele apenas virou-se e deu um leve e protetor beijo na minha testa. E aquela gota, foi dando lugar a gotas mais pesadas. Ainda parados, encarando fixamente um ao outro, sem pronunciar uma sequer palavra, ele desceu seu olhar fixando nos meus. As gotas estavam cada vez mais fortes e então uma ventania tornou a estadia naquele local perigosa. Ainda sim ele sorriu da minha face, a enxugando das gotas. Do nada um trovão, nos acordou trazendo-nos de volta ao realidade. Olhamos em volta, se dando conta da chuva. Parecendo duas crianças fúteis sorrimos. Sorriso bobos e desajeitados que deram lugar a gargalhadas. Outro trovão, foi como um sinal. Harry me puxou pra dentro pelo braço.

Estávamos encharcados. Minha blusa, branca havia se tornado transparente, ( ainda bem que estava com a camisa listrada do Harry por cima. ), pensei. Harry desceu as escadas na minha frente e ao chegar lá em baixo me ajudou a descer. Já no seu quarto, riamos da situação. Tentei me mover até a porta do quarto, Harry estava do meu lado, não dei nem dois passos antes de escorregar e quase cair feio. Antes que fizesse Harry me segurou firmemente pelo braço e pela cintura me evitando de cair. Nos encaramos novamente, e subiu uma vontade de rir, começamos a gargalhar igual a dois retardados. Ainda me segurando. Devo ter pesado, ele já sem forças de tanto rir, me deixou cair, caindo do meu lado. Caímos sentados, quando conseguimos cessar as risadas, fomos nos encaminhando até as escadas cautelosamente, pra não cair.

Chegando lá em baixo, a sala estava praticamente vazia. Lili, Zayn e Niall estavam lá conversando . Ao nos verem, pararam de conversar, e nos fitaram e riram .

– Oque aconteceu com você ? – Perguntou Niall, enquanto nos aproximávamos.

– Hãn ... fomos pegos pela tempestade. – Respondi sem graça . Lili riu ao ver meu estado .

Sorri de volta, como se quisesse dize sarcasticamente “ Muito engraçada”. Mas não falei nada.

– Vou pegar umas toalhas pra nos. – Disse Harry tentando andar sem cair. Mas Niall se levantou do sofá o impedindo.

– Melhor eu pegar. Se não vai molhar a casa toda. – Disse indo buscar.

– Mas, onde vocês tavam ? – Zayn levantou a questão .

Antes de responder, fitei Harry.

– Estavam lá ... – O interrompi .

– Estávamos lá na frente. Ele estava me mostrando o condomínio, e eu inventei de entrar pela janela. – Nunca fui uma boa com mentiras .

– Hum claro. – Disseram Zayn e Lili em coro.

– Pode assumir Lu, que você estavam... – Ainda bem que o Niall chegou interrompendo as palavras perversas da Lili.

– Aqui as toalhas !

Colocamos sobre os ombros. E dava pra ouvir as gotas fortes no teto .

– Olha Lu, é melhor você tomar um banho e tirar essa roupa. – Disse Harry com um sorriso malicioso .

– Ah, deixa. Em casa eu tiro . – Disse o despreocupando.

– Aonde você pensa que vai ? – Disse Niall. – Não dá pra sair com esse temporal .

– Poxa, então estamos presos aqui até a tempestade passar. – Zayn abriu um sorriso sínico no canto do lábio.

Não discuti muito e subi as escadas com Harry , que me deu um blusão. Tomei um banho, não muito demorado. Saindo do banheiro com os cabelos molhados me encamei até a sala. Onde Lili estava com Niall e Zayn. Me sentei no sofá secando o cabelo com a toalha, esperando a tempestade passar pra ir pra casa.