Percy Jackson e o Ciclope (Percabeth) escrita por Lilly


Capítulo 1
Recebemos uma missão


Notas iniciais do capítulo

Nesse capítulo, Percy começa a discutir com Annabeth sobre Luke e deixa algumas perguntas pairando no ar.



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Eu estava sentado em uma toalha de praia no Acampamento Meio-Sangue, bebendo uma lata de Coca (que os filhos de Hermes contrabandearam para mim), em frente ao meu lugar favorito: o mar. Tentava relaxar porque, ultimamente, meus pensamentos estavam bem confusos.

Vamos dizer que eu e minha, hum, amiga Annabeth estávamos...confusos, acho que é essa a palavra. Tudo estava normal, até Afrodite, a deusa do amor, dizer que eu e Annabeth deveríamos ser “mais que amigos” e prometer-me uma vida amorosa complicada. Desde então, essa parte das complicações tem se tornado realidade. Bom, nada é fácil quando se trata de Annnabeth, mas alguns fatos contribuíram para mais problemas.

Quando partimos em nossa última missão, denominada pelos campistas de “Batalha do Labirinto”, meus sentimentos por Annabeth já estavam confusos, ainda mais quando ela me beijou. Porém, quando eu disse meu plano de usar Rachel (uma mortal clarividente) como nossa guia no Labirinto, Annabeth começou a ficar estranha, sendo um pouco grossa com Rachel e até comigo. Acho que era ciúme.

Então soubemos que Luke havia se fundido a Cronos, e ela ficou acabada, o que eu não entendia: ele era um traidor! Mas o que, na verdade, me abalou foi o último verso da profecia de Annabeth: E perderás um amor para algo pior que morrer. Foi Luke quem se perdeu e...AMOR? Annabeth o amava! Isso atingiu-me profundamente.

Estava imerso nestes pensamentos, quando alguém sentou-se ao meu lado: era Annabeth.

- Olá, Cabeça de Alga – ela cumprimentou, mas não parecia animada

Não respondi.

- Olhe – ela continuou – Eu...eu queria pedir desculpas.

De novo, não respondi.

Algumas horas mais cedo, quis conversar sobre Cronos com ela, mas não pude evitar de mencionar Luke. Depois de algumas evasivas, Annabeth gritou que não queria falar naquilo e foi embora tempestuosamente.

- Percy – ela implorou, parecia que iria chorar. Raramente via-se Annabeth assim – Por favor, me escute.

- Estou escutando – fui grosseiro

Ela fingiu não perceber meu mau humor explícito e continuou:

- É que, você não entende, Luke não era só um amigo, era...

Eu explodi.

- Annabeth, acho que sei o que não era só um amigo significa! E, não, eu não entendo porque ainda tem sentimentos por aquele traidor!

Imediatamente me arrependi de minhas palavras. Os olhos dela estavam vermelhos.

- Olhe, me desculpe. Eu... – comecei a dizer

- Percy, você não percebe? Luke foi quem cuidou de mim, eu...eu o amo, mas agora ele está dominador por Cronos!

Ela o ama? E disse isso com todas as palavras? Eu queria que ela gritasse ou me xingasse. Qualquer coisa seria melhor do que aquelas palavras!

- Eu disse que já entendi! Exatamente por isso é repulsivo: você está cega, não enxerga que ele mudou, passou para o outro lado,o lado do mal. Sabe o que é isso?

 Agora ela chorava de verdade.

- Eu sei, Percy!

- Então por que não deixa de protegê-lo? De colocar-se em perigo por ele, de colocar todos nós em perigo por ele?

Isso a atingiu.

- Me desculpe se... – ela começou

 - É, eu desculpo. Então, você faz tudo de novo da próxima ver que o ver!

  Bem, agora eu piorei as coisas para mim, pois Annabeth ficou furiosa:

  - Sabe o que eu acho? Que você está com ciúme!

    Para isso eu tinha como revidar, pois já vinha pensando no assunto.

   - Como você tem de Rachel?

   Annabeth tinha a aparência de ter levado uma bofetada.

   - Eu não tenho...Argh, você é impossível!

    Ela saiu batendo o pé e me deixando sozinho. Geralmente, quando Annabeth faz isso é porque estou certo e ela não quer confirmar.         

   Fiquei mais um tempo na praia e me levantei. Procuraria Annabeth no dia seguinte, então resolvi me deitar para preparar-me mentalmente.

   Tive um pesadelo, como sempre.

   Luke-Cronos estava sentado em um trono, que possuía imagens tão violentas e amedrontadoras quanto do seu antigo caixão. Reconheci o Palácio dos Titãs no Monte Otris.

   Um semideus, Ethan Nakamura, ajoelhou-se diante dele.

   - Suas tropas estão prontas, meu senhor.

   - Ótimo! Partiremos ao amanhecer – disse Cronos, com uma voz poderosa e ancestral que me provocou um frio na espinha.

   - Como quiser, meu senhor.

   Nakamura partiu, deixando Cronos sozinho.

   - Logo terei mais poder que qualquer um dos insignificantes olimpianos – gabou-se ele – Não é, Perseu Jackson?

          

   Acordei com um sobressalto, precisava contar meu sonho a Annabeth. Claro, se ela quisesse falar comigo.                       

   Eu me sentei na mesa do pavilhão para tomar café com Tyson e, para minha surpresa, Annabeth aproximou-se.

    - Preciso falar com você – disse

    Ela não parecia estar de bom humor. Isso é mau.

    - Claro.

    Levantei-me e a segui até uma clareira no bosque.

    - Eu tive um sonho – ela começou, mas olhava para as árvores e não para mim. Ainda estava brava – Um ciclope muito poderoso está revoltando-se contra os deuses. Logo, Cronos o alcançará e o juntará a seu exército. O problema é que este é um dos maiores ferreiros que existe e, se o titã o conseguir, poderá forçá-lo a fazer poderosas armas para seu exército ou para ele mesmo.

   Lembrei-me do meu sonho: Logo terei mais poder que qualquer um dos insignificantes olimpianos, dissera Cronos. Será que esse poder se baseava em armas feitas pelo ciclope?

   - Eu também tive um sonho.

   Contei-o a Annabeth.

   - Era o que eu pensava. Preciso falar com Quíron – ela começou a ir em direção à Casa Grande.

   - Espere – agarrei seu braço

   Annabeth se virou.

   -  Me desculpe por ontem - soltei

   - Não precisa se desculpar, Percy.

   Então foi embora. Ela, com certeza, não me desculparia tão cedo.

   Mais tarde, Annabeth me chamou.

   -Falei com Quíron. Ele acha que se trata de Bruce, um ciclope que habita uma ilha próxima de Manhattan. Pedi uma missão e ele a concedeu: preciso alcançar o ciclope antes das tropas de Cronos e convencê-lo a se juntar aos deuses.

   - É uma tarefa bem difícil – observei

   - Sim, quase impossível. É muito provável que ele me mate.

   - Espere, você diz “eu preciso, eu vou”. Não quer que eu vá?

   - O quê? Claro que quero, mas creio que não poderemos levar mais ninguém.

   - Por quê?

   - Grover está salvando os locais selvagens e Tyson está ajudando Beckendorf com o suprimento de armas para o acampamento. Não confio em mais ninguém para levar nessa missão.

   - Mas tem que haver três em uma missão!

   - Acha que eu não sei, Cabeça de Alga? – o humor de Annabeth parecia melhorar – Mas em nossa última missão havia mais de três. Além disso, Quíron concordou.

   - Então, vamos só nós dois?

   Annabeth pareceu perceber minha apreensão, pois ela também devia sentir-se um pouco desconfortável com isso.

   - Pelo jeito, sim. Prepare-se, sairemos hoje à noite.

   - Hoje? – indaguei

   - Precisamos sair antes que a tropa de Cronos, que, pelo que você me contou, sairá ao amanhecer.

   - Então vou arrumar minhas coisas.

    - Encontre-se comigo daqui a duas horas nesse mesmo lugar.

    - Espere, como vamos até a ilha? Não temos nenhum navio como Luke.

    - Quíron pediu um barco ao seu pai. Não é grande como o de...Luke – Annabeth falou com dificuldade esse nome – Mas serve.

   Então ela foi embora, arrumar suas coisas.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado. Logo postarei o próximo. Deixem reviews com sugestões, elogios e até críticas. Até o próximo capítulo!