Will You Be My Angel? escrita por Danika


Capítulo 11
WHAT?




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Acordei de manhã e a primeira coisa que fiz foi correr para a casa de banho para vomitar, sem me preocupar se acordava o Zayn ou não. Vomitei o pouco conteúdo que ainda tinha no estômago, lavei os dentes - não me apetecia estar com o sabor nojento do vómito na boca, por amor da deusa - e voltei para o quarto, onde encontrei o Zayn, de tronco nú na minha cama - SONHO TORNADO REALIDADE, HELL YEAH -, já acordado e de olhos postos em mim mal entrei.

- Estás bem? - Perguntou ele.

- Sim, não te preocupes. - Forcei um sorriso.

- Eu ouvi... - Insistiu, levantando-se e aproximando-se de mim. - Tens a certeza que estás bem? Não é normal vomitares logo de manhã, talvez devesses ir ao médico.

- Ora, o Mr Malik está preocupado comigo? - Perguntei, sorrindo.

- Diz que sim. - Disse ele, lembrando-me o Phineas.

Fui até ao armário, sem tirar o sorriso da minha cara, e escolhi uma roupa bonita. Apetecia-me ir passear...

- Não te preocupes. - Disse-lhe, o meu sorriso já quase desaparecido. - Vou tomar banho, já volto.

- Tomaste banho ainda ontem antes de te deitares... - Disse ele, tenso.

- A sensação de estar suja não desapareceu. - Respondi, num sussurro.

Ele andou velozmente até mim e tomou-me nos seus braços, abraçando-me fortemente. Ficámos abraçados durante uns minutos, as palavras sendo dispensadas, pois não havia palavras possíveis para descrever aquilo por que eu tinha passado ou palavras que fossem boas para me reconfortar. Então ficámos em silêncio. Até que ele se afastou, beijou-me a testa e eu fui tomar um banho. Um grande banho. Só queria que aquela sensação desaparecesse de dentro de mim, sabem? Esfreguei-me bem, até sentir a minha pele arder graças à constante fricção. Saí do banho e vesti-me, mas a sensação continuava lá... 

- Estás linda. - Disse o Zayn quando eu saí da casa de banho. 

- Obrigada. - Respondi, corada.

- Vem comigo. - Disse ele, com um sorriso matreiro.

- Onde? - Perguntei, curiosa.

- Já vais ver.

E, com isto, puxou-me dali para fora, levando-me até ao seu carro, sem me deixar despedir das miúdas, e arrancámos. Odiava surpresas, para ser muito honesta. Estava habituada a que todas as coisas que acontecessem por "surpresa" fossem más. Uma das provas era o que tinha acontecido com o Alex. Não, Daniela. Pára de pensar nisso. Credo, cada vez gostava menos do meu nome verdadeiro. Só de pensar que ele me tratava por Daniela... Não, o meu nome vai ser sempre Danika, aconteça o que acontecer. Não quero ter nada que me lembre dele... Da maneira doce como ele dizia "Daniela, eu amo-te". Não! Acabou, o Alex é passado. A partir de hoje, sou a Danika, a miúda que já passou por muita merda mas que não se deixou ir abaixo. A miúda que não conhece nenhum rapaz chamado Alex.

O Zayn parou em frente a um café quase vazio. Saímos do carro e entrámos no estabelecimento, sentando-nos a uma mesa. A empregada não tardou a vir para recolher os nossos pedidos. Pedi um café, pois o enjôo ainda não tinha passado, e o Zayn pediu waffles com molho de morango. Credo, os ingleses eram esquisitos, a comer logo aquelas coisas tão doces logo pela manhã. Os nossos pedidos chegaram e eu controlei-me imenso para não vomitar. Só o cheiro do café e dos waffles deu-me vontade de deitar o que quer que fosse que eu ainda tivesse no estômago cá para fora. O que se passava comigo?

- Mudei de planos, não quero comer. - Declarei, afastando o café de mim, com um esgar de nojo.

- Estás verde! - Exclamou o Zayn, os olhos quase a saltarem-lhe das órbitas. 

- Sinto-me mal.

Mal disse isto, corri para a casa de banho do café e vomitei em seco. Sim, em seco porque eu já não tinha nada dentro do estômago e só vomitava ar. O Zayn não tardou a entrar na casa de banho e a segurar-me o cabelo enquanto eu sofria convulsões por falta de ar graças ao meu ataque de vómitos que só servia para me sufocar. Quando finalmente acabou, levantei-me, zonza, e fui lavar a cara, com o Zayn sempre pegado a mim. 

- Já chega, nós vamos ao médico e é agora. - Declarou ele, segurando-me a mão e puxando-me para fora do café em direção ao seu carro.

Nem me deixou discutir, arrancou o carro e em pouco minutos estávamos no hospital, à frente da rececionista a pedir uma consulta de emergência. Em poucos segundos fui atendida por uma médica jovem, de cabelos loiros acastanhados e olhos verdes. Depois de lhe explicar o que sentia, ela fez-me uns testes e saíu do consultório para obter os resultados, deixando-me sozinha com o Zayn naquela sala extremamente branca e a cheirar imenso a hospital. Levantei-me, sentindo-me a sufocar com aqueles odores, e comecei a andar de um lado para o outro. Sentia-me zonza. Acho que ia desmaiar. Eu desmaio sempre em hospitais. Procurei freneticamente um sítio de onde pudesse apanhar ar, até que vi uma janela na sala e corri a abri-la. Meti a cabeça de fora, sentindo o ar puro a purificar-me os pulmões e a dar-me oxigénio. 

- Estás bem? - Perguntou o Zayn mesmo atrás de mim.

Voltei-me para ele, já recuperada e assenti.

- Eu desmaio em hospitais. - Declarei e voltei a sentar-me, sem fechar a janela.

Ele deu-me a mão, acho que a tentar transmitir-me força, e ficou a olhar para mim em silêncio até a médica entrar no consultório de novo.

- Este é o seu namorado, Miss Teixeira? - Perguntou a médica, e eu tive de me esforçar para não me rir ao ouvi-la dizer o meu sobrenome com aquele sotaque britânico.

- Não, apenas meu amigo. - Respondi, simplesmente.

- Bem, e mantém relações sexuais com o seu namorado?

- Não. Eu não tenho namorado.

- Teve relações sexuais com alguém recentemente? 

Eu já não estava a gostar destas perguntas. Porque é que lhe interessava tanto a minha vida sexual?!

- Fui violada recentemente. - Respondi, friamente. Não porque as perguntas me estavam a irritar, mas sim porque me custava falar disso quando só tinha acontecido no dia anterior.

- Porquê tanta pergunta, doutora? - Perguntou o Zayn e eu podia senti-lo tenso ao meu lado.

- Receio informar que a menina está grávida. E se não manteve relações sexuais com ninguém na última semana, receio que o bebé seja fruto da sua violação. - Anunciou a médica.

Como assim?! Eu estou grávida?


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