A Luz Entre As Trevas escrita por Jenix


Capítulo 9
Até onde os olhos alcançem


Notas iniciais do capítulo

Galera desculpem.. Terminei este Capítulo faz um tempo e na hora de postar nao sei como apagou tudo. Tentei achar o pandrive onde esta salvo a cópia, mas perdi também... Ou seja tive que rescrever tudo... Mas terminei AMÉM. Boa leitura amor. Falando nisso.. Agradeço as pessoas que colocaram-na nos favoritos. Muito feliz. E eu achando que nao agradava pela falta de reviews.. ainda bem que o numeros de leitores aumetam... me deixa tao feliz



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As coisas finalmente estavam andando como esperado. Arranjou uma gigai para que possa interagir com os humanos, achou uma loja onde poderia comprar algum acessório para o seu trabalho e ainda encontrou um humano com forte reatsu. Foi muito rápido e com certeza seu capitão ficaria orgulhoso com o seu desempenho.

Subiu ao telhado da casa dos kurosaki e discou um número numa espécie de celular. Entrava em contato com a SS (Soul Society) para relatar todos os acontecimentos.

Quem a atendeu foi a tenente do 12° esquadrão, Nemo.

–Kuchiki, como andam as coisas ?

Rukia explanou a respeito dos fatos omitindo, claro, a parte da qual caiu em cima do humano, a parte em que esqueceu-se que não poderia ser vista pelos vivos em sua forma shinigami e que recusou-se a viver naquele lugar imundo onde se escondia o antigo responsável pela aquela área. Como a conversa se estendeu mais do que o esperado ela acabou esquecendo de mencionar o fato de não terem entregado a ela um gigai e que por esta razão gastou todas suas economias numa nova. Teria que arranjar um emprego extra ou pedir emprestado ao seu nii-sama, ideia, esta, logo rejeitada. Desligou o celular e deitou olhando para o céu. Estava encantada com o brilho das estrelas. Na SS era raro vê-las daquele jeito e fechou os olhos estendo as mãos como se quisesse alcançá-las com aquele gesto.

Na janela, a espreita, Ichigo observava desacreditado a shinigami. Estaria mesmo ela querendo alcançar as estrelas? Riu ironicamente para si. Passou as pernas logo depois o corpo e já estava ele também no telhado; sentou-se ao lado da garota em silêncio, que só percebeu a presença do mesmo quando desceu o braço e o mesmo tocou em uma de suas pernas. Ela abriu os olhos rapidamente e o encarou. Ele fez o mesmo gesto por um breve segundo, segundo este que se tornou insuportável fazendo com ele também lança-se seu olhar para o céu. Detestava ser encarado e ela com aqueles olhos grandes fazia esta sensação ser pior. Ficaram em silêncio por um tempo mais do que suficiente para ela que decidiu quebrar o clima.

–Quando quiser falar sobre ela...

–Eu não falarei.

–Quando quiser falar sobre ela eu... Estarei aqui.

Terminou a frase antes interrompida calmamente. Falou tão serena que nem a própria acreditou que saíram de sua boca. Embora estivesse tranquila estava brava, um paradoxo, era esse o adjetivo que lhe cabia no momento. Ela estava ali, sendo gentil, disposta a ajudar um estranho e ele sendo rude sem motivos. E embora, não soubesse o porque sentia necessidade de tentar ajudá-lo. Como Shinigami seu trabalho é ajudar as almas a fazerem a passagem para a SS, mas estava diante de um caso bem peculiar. Geralmente o corpo morria e alma divagava até encontrar o seu caminho, porém com ele era diferente; o corpo estava vivo enquanto a alma definhava. Sentiu-se triste por isso, mas não iria desistir. Desistir não é uma atitude Kuchiki.

Ele não entendia bem. Mesmo a cortando de forma rude, a única maneira que conhecia quando tocavam em assuntos que não o agradava, ela foi muito firme em suas palavras. Como poderia ter tanta certeza que ele se abriria com ela? Nunca falou sobre isso com as pessoas mais próximas quem dirá com um desconhecida que o "forçou" - forçou? Será mesmo? a levá-la para casa sabe-se sei lá o motivo disso. Realmente não acreditava o quão ingênua poderia ser esta em sua frente. Só sabia que não. Nunca ia se abrir para ela.

–O que é você? - disse depois da mudez que se instalara. Rukia sentiu-se ofendida. Claro que não estava viva, mas ser comparada a uma coisa já é demais.

–Acredito que você queira dizer QUEM sou, não é mesmo?

–Tanto faz.

Essa atitude só a irritava. Era seco nas palavras e essas frases curtas a tiravam do sério.

–Acho que já falei sobre isso. Sou uma shinigami. E meu trabalho é levar as almas em segurança para a SS e impedir que hollows a devorem.

–E esses hollows o que são?

–São almas também. - ele olhou incrédulo. Como não fez nenhuma menção ela continuou - quando morremos as vezes temos algum sentimento, uma mágoa que nos prende ao mundo terreno. Só que essas mágoas são uma espécie de corrente e que com o passar do tempo vão se deteriorando e quando se acabam é o sinal que não existe mais coração e é depois que isso acontece que surge hollows como aquele que você viu. - Ichigo assentiu com a cabeça se levantou e voltou para o seu quarto. Rukia não esperava essa reação. Acreditava que ele iria fazer mais perguntas, mas foi justamente o contrário. Não entendia bem, mas a resposta não era suficiente para ela que lidava diariamente com isso, imagina para ele? Ichigo Kurusoaki... que tipo de alma é a sua?

(...)

Na mansão Kuchiki Renji questionava seu capitão por ter permitido a ida da sua irmã para o mundo dos vivos.

–Mas capitão a Rukia ainda não está preparada para uma coisas dessas.

–Renji, ponha-se em seu lugar. Se o Capitão Ukitake indicou-a e o capitão Yamamoto-sensei consentiu não devemos contestar as ordens.

–Mas, Capitão, parece que na verdade foi um favor para o Mauyri.

–Respeito Renji. Capitão Mauyri.

–Sim, desculpe.

–Eu também não sei o que acontece, mas vamos aguardar. Afinal Rukia é uma Kuchiki então ela deve saber se virar.

–Mas capitão.

–Isso é tudo Renji.

(...)


No Centro de pesquisas da SS...

–Os relatórios finalmente chegaram. Suas suspeitas estavam certas. Parece que realmente alguém passou sem permissão pelo senkaimon.

–Ora ora... Posso imaginar quem seja.

–Capitão - diz o shinigami receioso. - e agora? Devemos informar ao capitão Yamamoto? - desta vez tomou o cuidado de perguntar. Não queria que se repetisse a cena de uns dias atrás onde seu capitão o atingiu e ficou esquecido jogado no chão com o corpo repleto de veneno. Se Nemo não tivesse voltado com o antídoto, provavelmente estaria morto agora.

–Não ainda não.

–Capitão Mauyri.

–Nemo, sua preguiçosa. Onde você estava?

–Estive com um dos agentes do esquadrão da Capitã Son Fong. Parece que a antiga Capitã foi vista pelas redondezas.

–Yoruichi? Então não tenho dúvidas de quem passou pelo zelador.

–Será que ela sabe alguma coisa sobre o Kisuke?

–Provavelmente sim. Lembra que ela o ajudou a fugir? E alguns dizem que alí tinha algum caso.


ATCHIM!!!!! - Ela espirrou já a frente da loja. Estava com alguns arranhões e a roupa suja. Entrou sem ser notada e foi direto falar com ele. Supostamente estava dormindo e foi acordado com uma almofada que voou em sua direção. Realmente não estava dormindo porque se livrou da mesma com muita agilidade.

–Doce Yoruichi!

–Não seja debochado, Uraharra.

–Parece que você sofreu um bocado por lá. Está ficando velha. - desta vez não deu tempo de desviar da almofada que o antigiu em cheio.

–Parece-me que você também. Consegui as informações. - O louro sorriu. - Mandaram a herdeira dos Kuchikis. Quem diria que seria a irmanzinha do Byakuya? - Uraharra ria cada vez mais. -Mas por quê você está rindo em?

–Bom Yoruichi-san, Eu já sei de tudo isso.

–Como? - incrédula.

–O destino me sorriu outra vez. A mesma veio aqui comprar umas coisas.

–Suspeito. Pode ser uma armadilha.

–Claro que pensei nessa possibilidade, mas acredito que não. Isso poderá ser muito útil lá na frente. Parece que sua ida não adiantou muito não é? - e riu mais alto deixando a morena irritada.

–Bom, você me deve. Não passei por tudo isso atoa. Venha, me faça uma massagem. - jogando as botas para longe.

–Eu tocar nesses pés fedidos?

–Ora Uraharra, depois de tudo o que eu passei por você. Olha o meu estado? Você acha que enfrentar o Zelador é mole? É o mínimo que você pode fazer por mim. - o louro a analisa e teve que concordar que realmente era o mínimo. Pôs um pregador no nariz e começou a massagear os pés dela, que sorriu vitoriosamente. Claro que ela não contaria que não passou por nenhum sufoco na sociedade das almas e que só estava daquele jeito porque logo na entrada da loja tropeçou em seu próprio rato de borracha. Ela até diria que não passou por apuros, mas o mal comportamento do amigo a fez mudar de ideia.... Claro até parece que mesmo se ele tivesse agido de outro jeito ela não o faria fazer isso. Adorava se dar bem em cima do louro.

(....)

Ficou por um bom tempo naquela posição, deitada em cima do telhado. Mas decidiu entrar, afinal teria muitas coisas a fazer pela manhã e também entrou. O ruivo já estava dormindo e ela reparou que ele havia deixado algumas cobertas ao lado de sua cama para ela dormir no chão. Achou a ideia muito desconfortável e olhou para o guarda-roupa. Encaminhou-se até ele e entrou. Coube perfeitamente ali. Decidiu que ali dormiria a partir de então. Era quente confortável e... tinha um cheiro tão bom. Não demorou muito para dormir, mas não fechou a porta de correr. Ichigo acordou de súbito logo depois e viu onde a pequena escolheu adormecer. Pegou as cobertas que deixou no chão e a cobriu fechando em seguida a porta do guarda-roupa. Não sabia se era certo deixá-la ali, mas não sabia bem o motivo de querer que ela estivesse bem próximo até onde seus olhos a alcançasse.




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Notas finais do capítulo

Onwt como o Ichigo foi fofo cobrindo-a no final.
Rukia tem que fazer alguma coisa para salvar a alma de ichigo filha.. que tal começar pelo coração?



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