Every Part Of me escrita por Ali


Capítulo 2
Londres.




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Lily....

Era o ultimo dia de aula e eu não fiz absolutamente nada na aula, como sempre. Apenas cochilei e comi. Por céus a ultima aula chegou.

O sinal da ultima aula logo bateu, me despedi das minhas amigas e fui caminhando vagarosamente com Jo até em casa. Ela morava em frente mesmo.

– O que quer fazer hoje? - perguntou Jo

– Lembra do Fi? - perguntei - Então, ele me chamou para ir na casa dele. Vai uma galera, e chamou você também.

– Lembro sim. Então vamos.

– Combinado, passo na sua casa as 19hrs.

Me despedi de Jo com um abraço, Jo ainda era a unica pessoa que eu abraçava. Para todas as outras eu me fechei.

Eu adorava pregar pessas em minha mãe quando chegava do colégio. Abri a porta sem fazer barulho, joguei a bolsa no sofá e fui nas pontas do pé até a cozinha. Até que pude ouvir uma voz masculina. Parecia ser do meu... do meu pai.

Eu fiquei feliz e pensei que eles tiveram voltado, mas apenas me enganei. Porque minha mãe terminaria com Steve se para ela ele é tão lindo, carinhoso com seus "novos" filhos? Patético.

– Será que eles vão aceitar essa mudança na vida deles? - ela parecia aflita.

– Claro que vai querida, especialmente Lily. - respondeu meu pai. - Aliás como ela está na escola? Em tudo?

– As notas estão péssimas, e ela arranjou um namoradinho a uns tempos atrás que era drogado. Mudou todo o visual, alargou a orelha e descobri que ela estava fumando.

– Fumando? O quê? - ele falou perplexo - Vou ter uma conversinha com ela depois.

– Não adianta Thiago, eu já falei mil vezes e ela continua fazendo.

– Ela não aceitou o término do nosso casamento não foi? Ela precisa entender. Nada dura para sempre.

Não era isso que eles diziam quando eu era pequena.

Entrei na cozinha o que fez com que eles paracem e me olhassem assustados, mas logo sorriram.

– Oi pai - sorri.

– Oi querida. Como está?

– Bem - falei - O que veio fazer aqui?

– Ajudar sua mãe a contar a novidade. E ver meu totoco de gente.

– Pai, o que conversamos sobre esse apelido ridículo? - falei revirando os olhos - Certo. Qual a novidade?

– Eles crescem rápido demais. - falou papai me abraçando. - Deixe seus irmãos chegarem, e nós contamos.

O que seria? A curiosidade me dava dores de barriga. Eu fiquei o tempo todo na cozinha esperando meus irmãos chegarem. Bianca de 22 e André de 18.

Meus irmãos não demoraram muito para chegar, se sentaram em volta da mesa em quanto minha mãe servia o almoço.

– Bom crianças.. é..hoje...no trabalho eu fui transferida - falou minha mãe sorrindo nervosa.

– Legal mãe - falei - E o que a gente tem a ver com isso?

– Aline - gritou Bianca. - Que maneira feia de falar com a mamãe.

Revirei os olhos e mostrei a língua para ela.

– O que vocês tem a ver com isso... é que a mãe de vocês vai trabalhar em londres e vocês terão que ir juntos.

– O QUE? - perguntamos em unissono.

– Isso é legal não é?

– Não, isso não é nada legal. - bufei.

– Porque não querida? É Londres, você não queria tanto ir para lá?

– Queria. Mas não agora, eu não quero deixar meus amigos.

– Mas não posso deixar você aqui. Você ainda é de menor. - ela falou segurando minha mão.

– Mas se quiser trabalhar vai ter que ir sem mim. Porque eu não saio daqui.

Sai da mesa batendo o pé, tranquei a porta do meu quarto e me joguei na cama. Afundei minha cabeça no travesseiro e chorei, porque minha mãe queria fazer isso comigo? O que eu fiz de mal pra ela?

Quer dizer, eu sei que já fiz ela chorar por ser assim. Mas não precisava me tirar de perto dos meus amigos.

Desde que mamãe conheceu Steve eu sempre quis ir para Londres, a maneira com que Steve descrevia parecia ser o lugar mais lindo do mundo. Embora eu odiasse Steve, eu adorava quando ele me contava histórias de lá. Mas há três anos atrás, fiz um pacto com Jo. Nada de se cortar ou vender nossa alma, não. Foi coisa boba, mas prometemos que iriamos para lá juntas. E que melhor amiga seria eu se fosse agora sem ela?

– Filha, abra a porta. Vamos conversar.

– Não. Sai daqui. Você estragou minha vida se casando com aquele porcaria de Steve, e agora quer estragar minha vida de novo me tirando daqui. - gritei - Eu. Não. Vou. Com. Você. - falei pausadamente.

– Querida se você abrir a porta, podemos conversar e você vai me entender.

Levantei e abri a porta. Voltei e sentei na cama e abracei o travesseiro. Limpei as lágrimas que escorriam em meu rosto.

Minha mãe explicou o motivo por termos que ir morar em Londres. Ela era uma chefe de cozinha exepcional, e mandaram ela para ser chefe de cozinha de um restaurante por lá.

Mas mesmo assim eu não queria ir. Sabe o que é ter que deixar seus amigos e sua melhor amiga aqui? Ter que começar uma vida nova, um colégio novo tudo novo?

– Mas mãe - falei abraçando o travesseiro forte - Eu não quero deixar meus amigos aqui. Não quero estudar em outro colégio e ter que começar tudo de novo.

– Lá você arranja-rá outros amigos querida. E quanto ao colégio, você não queria mudar do seu?

– Mãe por favor, eu queria. Mas não é a mesma coisa eu vou pra outro colégio de outro lugar, de outro país entendeu? E os amigos de lá não serão como os daqui.

– Graças a Deus. - falou respirando fundo - Mas eu sinto muito, só que você vai ter que ir.

– Porque mãe? Porque eu não posso ficar com o meu pai?

– Porque você sabe que sua madrasta não gosta de você.

– E você acha que eu ligo?

– Pode até não ligar, mas seu pai sim. E ele assim como eu quer que você vá.

– Ah ótimo, nem ele me quer. Eu sou um lixo mesmo.

– Não é querida, ele te ama. - falou acariciando meu rosto.

– Bianca e André também vão?

– André sim por vontade própria, já Bianca vai ficar.

– O que? Ela vai ficar? Porque ela pode e eu não? - gritei irritada.

– Porque ela já é maior de idade e pode tomar suas prórprias decisões, e além do mais ela não sabe falar inglês.

– Isso é muito injusto, cassete. - falei chorando e ainda mais irritada.

– Olha Aline chega de drama entendeu? Você querendo ou não você vai. Arrume suas malas, nosso voô sai amanhã as 10:00. - falou se levantando e indo em direção a porta, virou-se para mim com um olhar de dó. - Sinto muito meu amor, de verdade!

– Sinto muito meu amor de verdade - a imitei revirando os olhos - Não sente porcaria nada, eu odeio você. ODEIO. - gritei batendo a porta na cara dela.

Chorei todas as lágrimas que havia em mim suponhei. Mandei uma mensagem para Jo e contei o que houve. Ela me deu alguns conselhos e me ligou, choramos juntas no telefone. Implorei para que ela fosse junto, se fez por vencida e foi conversar com seus pais.

Peguei as malas e "arrumei". Praticamente joguei tudo lá. Sentei na cama, olhei para as malas e para um porta retrato que ficava ao lado da cabeceira da cama.

– Pelo menos vou ficar mais perto de vocês. - sorri.

Deitei na cama e comecei a pensar, minha vida iria mudar totalmente. Escola nova, amigos novos, isso seria horrível. Mas uma parte de mim gritava dizendo que seria divertido. Acabei pegando no sono, dormi 4hrs imaginei. Acordei com o sol da tarde batendo em meu rosto e com uma pequena dor de cabeça.

Eu pensei sobre tudo aquilo que acontecera, e resolvi conversar com meus pais. Desci as escadas e vi eles vendo tv, minha mãe estava tristonha. E eu sabia o motivo, esse motivo tinha nome e sobrenome.

Quando eu era menor, minha mãe sentia um orgulho imenso de mim por ser uma boa aluna e não andar com pessoas que usassem drogas, mas esse orgulho acabará. Eu me tornei tudo aquilo que um dia eu jurei nunca me tornar.

– Mãe, eu pensei melhor e-e acho que vai ser legal em Londres. - falei sorrindo e me aproximando do sofá.

– Não precisa ser gentil pra me agradar. - ela falou sem tirar os olhos da televisão.

– Não estou sendo gentil. Estou falando a verdade. - falei irritada e em um tom grosseiro, mas respirei fundo e me acalmei - Eu quero mesmo ir.

– Quer mesmo ir? - ela perguntou com um olhar esperançoso.

– Claro, eu pensei bem.. e como eu poderia perder a oportunidade de ir para Londres, sabe é frio, neve, café quente. Não existe coisa melhor. - sorri - Mas com uma condição.

– Ih, lá vem. - revirou os olhos - O que quer?

– Eu vou, se Joara for comigo.

– Você acha mesmo que os pais dela vão deixar? - gargalhou baixo - Querida, não estamos falando de ir morar em São Paulo e sim em Londres. É longe, tem que pegar avião atravessar o aceano por favor.

– Eu sei onde fica Londres tá bem? - revirei os olhos - Mas ela vai estar conosco, a tia Jé confia em você de olhos fechados. Ela vai deixar. Por favor, falem com eles. - implorei ajuelhando.

– Tá bem, eu falo. E se eles permitirem nós compramos já uma passagem para ela.

– Oh, obrigada mamãe. - falei pulando em seu colo e a abraçando fortemente, ela se assutou pois fazia muito tempo que eu não a abraçava mas logo retribuiu o abraço. Subi as escadas e parei no topo, virei para trás e sorri para ela - Ei mãe, eu não te odeio. Embora eu não demonstre muito, eu te amo e sinto muito orgulho de você.

Ela sorriu emocionada. E assim eu corri até meu quarto e fiquei conversando com Jo por sms. Mamãe e Steve já haviam ido a casa dela, era só atravessar a rua mesmo não demorariam para voltar. Mas como sou curiosa, fiquei conversando por sms com Jo que me informava de tudo.

"Eles não estão deixando eu ir :( Eu quero ir." – mandou Jo.

"Meus pais vão convence-los. Nós vamos juntas xx."

Meus pais não demoraram muito para voltar, ouvi a porta abrir e sai correndo.

– E então? - perguntei.

Eles estavam com os olhares baixo, e uma aparência triste. Oh meu Deus, minhas esperanças foram embora na hora.

– Querida.. - falou Steve.

– Falem logo, eles não deixaram não é? Droga. - bufei.

Eu não havia percebido mas a porta estava entre-aberta, eles se entreolharam e antes que respondessem minha pergunta a porta se abriu.

– Oi melhor amiga, pronta para se divertir comigo em Londres? - falou Jo rindo de orelha a orelha.

– Oh meu Deus - falei correndo e a abraçando - Mas que pronta.

– Vou levar as coisas de Jo para seu quarto. Porque não vão tomar um sorvete? Está muito quente hoje. - falou Steve dando dinheiro para nós duas.

– Você escorregou e bateu a cabeça? - falei rindo. Jo me deu uma cotovelada na costela, tentei fingir não sentir dor mas fracassei. - Obrigada Steve.

Saímos e fomos para uma sorveteria, depois fomos devolver um livro que eu havia pego na biblioteca e voltamos para a casa. Já era 22:00, incrível como o tempo passa rápido quando se diverte.

– Demoraram muito hein. - falou mamãe.

– Desculpe tia, fomos devolver um livro na biblioteca e nos entretemos com os outros livros.

– Tudo bem então. Pensei que estivessem com má companhia. - sorriu - Mas agora vão dormir, amanhã vão acordar cedo!

Sei, meninas "rebeldes" não lêem livros não é? Mas nós gostamos, sempre fomos apaixonadas por livros e as liamos quando não havia mais o que fazer.

Tomamos banho e fizemos alguns planos, caímos na cama e dormimos.

No outro dia acordei primeiro que Jo, fiz minhas higienes e desci as escadas sem fazer barulho. Vi um bilhete em cima da mesinha onde ficava o telefone. "Eu e seu pai saímos para resolver algumas coisas querida. Tem cookies com gotas de chocolate no forno. Comam, beijos. Mamãe"

Voltei ao meu quarto e acordei Jo, assim descemos e pegamos um cookie com leite e ficamos vendo televisão.

Ouvi a porta abrir, virei-me para trás e avistei mamãe e Steve na companhia de meu pai com minha madrasta, eles riam de algo que parecia ser bem engraçado. Revirei os olhos e virei-me para a televisão. Eu tinha duas irmãs por parte de pai, Leticia e Larissa. Elas eram lindas mas eu as odiava. As duas eram gêmeas, loiras do olho claro. Tinham 14 anos, se achavam as rainhas da cocada preta.

– Meninas ainda estão de pijamas? Vão se arrumar. - falou mamãe.

– Subindo! - falei puxando Jo pelo pulso.

Nos arrumamos e eu abri a mala para arruma-lá novamente, mas nem precisei mamãe já havia passado por ali. Peguei meus cd e meu dvd do One Direction e os guardei com muito cuidado, peguei meu porta-retrato que ficava ao lado da cabiceira da cama e o beijei e os guardei.

– Dá pra acreditar que nós vamos para Londres? - falou Jo me puxando para um abraço. - Vai ser demais.

– Parece um sonho - falei retribuindo o abraço - Será inesquecível.

Em quanto nos abraça-vamos ouvimos a porta abrir, nos soltamos e lá estava Leticia e Larissa.

– Haha, olha só que meigo Le. - falou Larrisa - As idiotas se abraçando.

– O que querem aqui? - falei revirando os olhos.

– Nada.. mas se caso acontecer algo de ruim podemos ficar com o seus portêrs? - falou Larissa andando até meu pôster e passando a mão sobre os meninos.

– Tire a mão dai sua idiota. Ninguém pega meus pôsters.

Antes que Larissa pudesse responder papai apareceu na porta e as encarou.

– Hora de ir. - falou sorrindo.

Assentimos e pegamos nossas malas, Jé e Felipe já nos esperavam no carro deles. Eles iriam em um carro junto com papai e suas duas filhas ridículas. A minha madrasta cruela iria só com o dela.

Desci as escadas e minha irmã estava parada se despedindo de mamãe e Steve, ela chorou ao abraça-los e ao me ver sorriu.

– Vou sentir sua falta. Acredite se quiser. - falou sorrindo.

– Também vou - sorri gentilmente.

– Você vem pro meu casamento?

– Tenho cara de quem perde casamento cheios de comidas? - ri pelo nariz - Se cuida.

– Esqueci que você aceita convites para qualquer lugar que tenha comida. - riu - Você também, não apronte muito.

– Vou tentar. - sorri.

– Eu te amo. - falou beijando minha testa.

– Eu também. - falei sem jeito. Acredite, eu nunca disse eu te amo para minha irmã antes. Nem por cartas ou rede-social, forá a primeira vez.

Despedi dos meus avós como combinado e entrei no carro, Jo se sentou ao meu lado, mamãe na frente com Steve e meu avô que iria junto para trazer o carro depois.

Nós já estávamos quase chegando ao aeroporto, quando começou a tocar WMYB na rádio.

– Só pode ser o destino. - falei rindo e abraçando Jo.

– Londres, estamos chegando! - gritou Jo.

Meu avô sorriu, ele sempre disse que adorava minha amizade com Jo por ser verdadeira e duradoura.

Chegando ao aeroporto pegamos nossas coisas e ficamos na fila esperando Steve que foi fazer chek-in. Ele voltou logo, e eu aproveitei para ficar conversando com meu pai para matar a saudades. Claro que Larissa e Leticia ficaram em cima, minha madrasta cruela como eu a chamo ajudou.

– Você acha que indo até Londres vai conhecer esses meninos do Uani Diréxian? - falou minha madrasta rindo.

– Não diga o que não sabe. E eu vou sim conhece-los. - falei irritada.

– Deixa ela mamãe, ela pensa que vai conhecer os meninos. Mas não vai, eles nem sabe da existência dela. E sem falar que nós vamos conhece-los primeiro não é?

– Claro meu anjinho, vocês merecem conhece-los muito mais que essas duas estúpidas.

– Ok - sorri ironicamente - Estou pouco me fodendo para quem os conhecer primeiro, mas eu digo eu vou conhece-los. E quando isso acontecer, vou esfregar na cara de vocês ridículas.

– CHEGA! - gritou mamãe. - Se você trouxe suas filhas aqui para insutar minhas filhas, sai daqui agora.

– Oh desculpe minha querida. - falou minha madrasta.

"Brasil para Londres 237, decola em 15 minutos"

Olhei para meu pai que estava com os olhos cheios de lágrimas.

– Chegou a hora papai, vou sentir saudades. - falei o abraçando.

– Também vou querida. Se cuidem. E não aprontem. - respirando fundo e olhou para cima piscando algumas vezes para não deixar as lágrimas caírem - Me liga todas as noites?

Assenti e o abracei mais uma vez. Abracei meu avô que chorou ao se despedir de mim, e passei reto pelas minhas "irmãs" e minha madrasta cruela.

Abracei meu pai a ultima vez e assim embarcamos. Sentei na janelinha, Jo se sentou ao meu lado, André, Steve e mamãe se sentaram nas poltronas da frente e assim decolamos.

– Tchauzinho Brasil - falei olhando pela janela e rindo.

– É, goodbye Brazil - falou Jo rindo.

Eu e Jo conversamos a viajem toda, fizemos vários planos. Nós iriamos ficar esperando os meninos aparecem no Nando's, iriamos ao MilkShake-city a London Eye aos parques. Em todos os lugares que quisessemos conhecer.

Foram 12horas de voô, uma tortura se quer saber. Comi, dormi, ouvi música, comi, dormi novamente e por fim peguei um livro e fiquei lendo.

"Apertem os cintos, já vamos aterrissar." - falou a aremossa.

Pousamos e fomos pegar nossas malas, em quanto André pegava sua ultima mala nós saíamos andando a procura de um táxi, ele correu atrás de nós e nos alcançou. Steve ficou procurando um táxi, e não demorou para encontrar.

Ao sairmos todos definitivamente do aeroporto, eu olhei para cima e senti um frio atingir minha espinha.

– Londres, finalmente. - falei. Jo segurou minha mão e entramos no táxi.

O motorista era divertido, ficou conversando e contando sobre as coisas legais e lugares lindos que poderiamos conhecer em Londres. Mas eu não me importava em ouvir, só estava interessada no que eu via lá fora. Como uma cidade pode ser tão linda? As pessoas se vestiam perfeitamente bem, andavam na rua tomando cafés e outras no celular. Havista ônibus de dois andares toda hora. Não tomarei mais táxi de hoje em diante, pensei.

Passamos pelo relógio Big Bang que era bem maior do que eu imaginava e que via em filmes. Fiquei apaixonada e observava cada detalhe daquela cidade linda.

Mal percebi que já haviamos chegado ao nosso novo lar, minha mãe e meu irmão tiraram as coisas do carro com a ajuda de Steve.

Ao descer do carro senti uma brisa fria chocar com meu corpo quente. O céu estava nublado e aparentava chover.

Parei para observar a casa e fiquei surpresa.

– Pensei que iamos ficar em um hotel mãe. - falei olhando e admirando a casa.

– Porque ficariamos se Steve tem uma casa aqui? - falou como se fosse óbvio.

– Uou - falei arregalando os olhos - É linda.

Ele sorriu com o comentário em quanto pegava as malas. Eu sempre odiei Steve, mas tinha que admitir. Ele tinha bom gosto para casas, era perfeita.

A casa era branca com o telhado preto, a porta era vermelha e ao lado da casa havia um portãozinho, suponhei que daria para o quintal. A frente da casa era gramado, com algumas flores e uma árvore.

Andei em direção a porta lentamente, admirando aquela bela casa. Ao abrir a porta fiquei deslumbrada.

A sala era espasosa, toda branca e tinha uma lareira com um quadro estranho em cima. Dois sofás de couro preto, uma estante pequena branca, e uma televisão LCD na parede.

Havia dois banheiros, um na parte de baixo da casa e outro na parte de cima. Era grande e bem charmoso. Havia uma cozinha americana bem bonita, com uma mesa de vidro com um vaso de flor em cima. Um balcão no meio da cozinha, tipíca de cozinha americana.

Haviam 5 quartos, um para minha mãe e Steve, um para Jo e um para André. E um de visita.

Nossos quartos eram bonitos e aconchegantes. O quarto dos meus pais era todo branco e apenas uma era era azul cor do céu. De André era o mesmo, mas com uma parede pintada de cinza escuro. O de Jo, era todas as paredes brancas com apenas uma pintada de rosa bebê. E o meu o mesmo, com uma unica parede pintada roxo.

Steve comprou 3 notebooks, e dois iphones branco. Um para mim e um para Jo. E duas capinhas da inglaterra, lindas. Só para agradar. Mas isso não mudava o meu sentimento por ele.

O quintal era gramado e bonito, tinha uma piscina e uma garagem. A casa era realmente linda.

Passamos a tarde toda arrumando nossa nova casa, foi cansativo. Tudo o que eu queria era comer, tomar um banho quente e cair na cama.

Conforme ia ficando tarde o frio aumentava. Steve ligou a lareira em quanto minha mãe preparava lasanha para o jantar. André eu e Jo assistiamos o Pop News esperando ansiosamente para saciar a fome.

Logo ouvimos um barulho de gotas se chocarem contra o telhado e o chão, era a chuva. Cheiro de terra molhada e frio aumentou. Não havia ninguém na rua, estava tudo silêncioso... uma delicia.

Troquei de canal, mas logo voltei para a POP news por ouvir "One Direction".

– Oh my god - falei me ajeitando no sofá e olhando para Jo que sorria.


"A maior boyband do momento, One Direction tocará em Londres sábado a noite John Labatt Centre. Os ingressos começaram a ser vendido no mesmo dia em que o show foi confirmado, e já se esgotaram."

– Esgotado? - senti meus olhos se encherem de lágrimas.

– Não acredito, nossa oportunidade de vê-los e foi esgotado? Vida injusta.

– O que foi meninas? - perguntou Steve.

– Vai rolar um show do One direction sábado a noite no John Labatt Centre eu acho, mais os ingressos já foram esgotados. - falei chorando e abraçando Jo. - Parece que nunca vamos ir a um show deles.

Steve não disse um piu, voltou para a cozinha e conversava algo com mamãe. Nós fomos até lá mais eles ficaram em silêncio ao nos ver..






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