O que fazer? Ela só queria alguém para abraçar, alguém em que pudesse confiar. Mas não tinha. Havia acabado por si só com o único alguém que amava de verdade.

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- Como eu pude ser tão burra? Que droga! Ela...Ela matou meus pais, minha irmã...Ela vai matar a Melissa! - Pensando consigo mesma, Julia levantou vestiu seu casaco e saiu correndo de casa. Tinha que impedir que Dim matasse sua irmã, e o que sua tia ia fazer? No outro dia ás quatro e meia? Levaria ela para algum lugar...Distante do seu tio, distante de Max. - Como pode pensar tão mal do meu tio? - pensava no meio do caminho, imaginando que ele fosse um monstro, quando na verdade era tão vitima quanto ela.

Depois de quase uma hora andando ela havia chegado a casa de Dim,

Exausta, mas ainda disposta a terminar o que começou. Bateu na porta fortemente, não podia agüentar toda aquela demora. Quando Dim abiu a porta, imediatamente entrou na casa se desviando do rapaz que nada disse.

- Melissa? Mel cadê você – perguntou enquanto Dim a seguia sem entender nada – Onde está a minha irmã?

- Ela está aqui ora...

- Onde seu monstro?! Sem bem o que você quer fazer com ela!

- Olhe o jeito de falar garota, ou eu faço com você o mesmo que fiz com ela!

- O que você fez?! – perguntou a pequena olhando para todos os lados – Mel onde você está?!

Antes de dizer qualquer palavra para assustar Julia, ela ouviu a voz de sua irmã chamando seu nome, estava rouca. Ela correu em direção ao outro cômodo da casa seguida por Dim, onde viu Melissa ao chão, com graves machucados pelo corpo.

- Mel?! O que aconteceu?!

- Saia daqui Julia, vai embora...

- Mel eu não posso te deixar – segurou a mão da irmã, e numa tentativa falha, evitou as lágrimas – O que você fez com ela monstro!?

- Ora, vejo que sabe bem o que eu fiz com ela e para quem não? Se não, o que estaria fazendo aqui?

- Julia, do que ele está falando? – perguntou Melissa com o rosto pálido e frágil – Em Julia?

- Ele, ele...Quer te matar Mel, e nossa tia...Ela matou nossos pais com ele...

- Isso é verdade Lia?

- Claro que é! Eu fugi de lá e vim te buscar!

- Que bom que já sabem de tudo, assim eu me livro logo das duas de uma vez, sabe nem foi tão difícil matar os idiotas dos seus pais, sabe cortar o freio do carro foi algo até divertido de se fazer, mas claro que nada foi melhor do que enganar você doce Mel...

 - Você não presta Dim, eu larguei minha família por causa de você, deixei minha irmã sozinha, não vou deixar que faça nada com ela seu...

- É mesmo querida, como? Nesse seu estado? Acho que vou matar ela  na sua frente? Que boa lembrança não?

- Você não vai encostar suas mãos sujas nela! Julia vai embora agora!

- Mas Mel...

- Vai Julia, faz o que eu to mandando pelo menos dessa vez.

Julia levantou de vez, ficando cara a cara com Dim, que sorria ironicamente em sua direção. Mas ela ficou bastante surpresa com aquilo, não com Dim, mas com quem estava atrás de Dim, era ele, exatamente ele, Max. Ele andou lentamente em direção a Dim e o acertou na cabeça com uma garrafa, fazendo este desmaiar. Ainda no mesmo lugar, Julia assistiu a cena sem se mover, apenas chorava como antes, mas com um brilho no olhar, sentiu tanta felicidade em apenas vê-lo. Max olhou a pequena e correu em sua direção, ela então fez o mesmo. Ao sentir o calor  dele,  os seus braços ali em volta de si, foi o sentimento mais intenso que sentiu depois de tudo. Queria ficar em seus braços para sempre, era onde se sentia segura, era onde se sentia feliz.

- Ah Max, me perdoe...Eu fui uma tola...eu não deveria ter dito tudo aquilo pra você...

- Ei...Não diga nada. Como você está? Ele fez alguma coisa com você?

- Não, não...Mas a minha irmã... – Julia acordou novamente mostrando para Max, a irmã que estava no chão – Olhe o que ele fez Max?

- Nossa! Mel você está bem?

- Estou Max, estou...Acho que devo desculpas a você.

- Não foi nada. Eu liguei para a polícia, devem está a caminho. Acho melhor chamar uma ambulância.

Minutos depois a policia chegou, levando Dim preso. Julia contou toda a história e os policiais foram atrás de sua tia e sua irmã estava sendo levada ao hospital.

- Tem certeza que não quer que eu vá com você?

- Não Max, eu vou pro hospital com minha irmã, quero que você encontre meu tio está bem?  Depois vocês vão para lá.

- Você tem razão. Promete que vai ficar bem?

- Prometo. Mas como você sabia que eu estava aqui?

- Lembra que eu disse que estaria sempre com você. Então...Achei melhor ficar de olho em você...

- o quê?! Estava me seguindo?!

- Por bons motivos não?!

- Sei...Entendo. – deu um sorriso de leve ao garoto – Obrigada Max.

- Eu te amo. – disse firme olhando a garota, que não mais ficara perturbada com aquilo, apenas se sentia melhor por ouvir aquelas palavras.

- Eu também. Sempre te amei...Só que...Eu tinha medo que...

- Ei não precisa explicar nada. – Beijou a pequena, envolvendo –a nos seus braços, e cmo os dois se sentiam felizes por estarei realmente juntos.

- Acho melhor eu ir.

- Então eu vou  achar o seu tio e a gente se encontra no hospital.

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Meses depois...

- Ei Lia, não estamos atrassados?

- Ah Max! Vamos ficar aqui só mais um pouquinho...O pôr do Sol está tão lindo.

- Está certo, mas acho que o seu tio não vai gostar que a gente se atrasse, é o aniversário surpressa da Mel esqueceu?!

- Claro que não bobo, já comprei até o presente, é tão bom tê-la de volta em casa de novo.Afinal ela voltou da clinica de recuperação semana passada.

- E a sua tia...Você não tem medo que ela...

- Max, sei bem que ela fugiu, pra onde não sei, mas fugiu.Acho que ela não seria capaz de  voltar. Não depois de tudo...Ou seria? O importante é que estamos bem não?

- Claro que sim, agora vamos?

- Vamos. Já disse que te amo?

- humm deixa eu pensar...Só cinco minutos atrás.

- Bobo! – ela bateu levemente nas costas do rapaz.

- Ei! – acho que sei bem o que quer não Julia?

- Então porque está demorando?! – sorriu levemente, querendo um beijo.

- Depois diz que eu sou bobo...

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The End