The Rose Of Darkness escrita por Pye


Capítulo 14
Capitulo 7 – Assassinatos do laço vermelho - P3


Notas iniciais do capítulo

A última parte está aqui pra vocês minhas pessoinhas, *palmas*

Espero que gostem e comentem.

NÃO SE ESQUEÇAM DAS IMAGENS EXTRAS E DAS MÚSICAS.

*DICA: LEIAM ESTE CAPÍTULO EM VERSÃO PARA IMPRESSÃO, A FONTE É BEM MELHOR E MUITO MAIS AGRADÁVEL QUE NA FORMA NORMAL DO SITE.*



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Capitulo Sete

Os assassinatos do laço Vermelho.

Parte final

Música de abertura

A luz do sol quebrava qualquer vestígio de escuridão em seus olhos verdes. A baixinha bocejou e se sentou na beira da cama, curvando o rosto para o lado e fitando pesadamente aquele porta-retrato ao lado da cama. Lá havia estampada a foto dela e de sua mãe exatamente há seis anos atrás, uma semana antes do sangrento acontecido. Elas sorriam alegremente na fotografia, mas agora aquele conjunto de sorrisos alegres apertava em seu coração. Hoje, mais uma vez havia tido um de seus pesadelos, quase semelhante a todos os outros. Eles a apavoravam de novo e mais uma vez por Dez anos.

Meio a um suspiro ela se levantou um pouco desajeitada, abriu as cortinas brancas que logo deram a linda vista de todo aquele parque em frente.

Não demorou muito para ela se vestir como desejado. Era sexta feira, ela precisava ir para o colégio, por mais que seu desejo fosse de se jogar na novamente.

Chegou até a sala e se despediu dos dois desajeitados guardiões, mas não antes de ir até o sofá e olhar seu cão de guarda. Zero estava lá, praticamente jogado no sofá dormindo feito um anjo. Ela sorriu e afastou uma mecha de seu cabelo acinzentados dos olhos, logo voltando até a porta e saindo.

Ela podia sentir seus materiais escolares mais pesados em suas costas esta manhã enquanto atravessava aquela rua, indo na direção daquele chafariz.

Saritcha estava lá, talvez ainda mais bela que nos encontros anteriores. Sua capa azul encobria metade de seus longos cabelos brancos, enquanto seguia a garota baixinha com o olhar.

— Olá, criança. - A mulher disse gentilmente.

— Você esteve sumida. Senti sua falta.

Saritcha sorriu.

— Eu tive que resolver problemas. Está indo para a escola?

Mellanie assentiu talvez no mesmo momento em que uma pequena criatura de curtos cabelos negros atingiu sua visão. Uma garotinha sentada no chafariz segurava algumas cartas da mulher. Sua expressão podia causar calafrios em qualquer um que se aproximasse.

Mellanie abriu um pequeno sorriso deslumbrado e se aproximou da garota com cautela. Saritcha moveu seus olhos azuis devagar, de certa forma seguindo-a. Não seria possível, seria? Mellanie estaria mesmo vendo Mayuri? A garota que teve sua alma levada pelo demônio da escuridão? A mulher não estava acreditando naquela possibilidade.

Mellanie agachou-se ao lado da garota sentada no chafariz e no mesmo momento ela abaixou as cartas sobre as pernas e fitou-a de lado, de certa forma, um olhar vazio a alcançou.

— Olá pequena! - Mellanie disse carinhosamente. Qual o seu nome?

A menina sorriu estranhamente e desviou o olhar. Um de seus olhos não estava visível. Estava coberto por um tapa-olho, enquanto seu olho descoberto era tão vermelho quanto o sangue.

— Mayuri. - Ela respondeu enquanto recolhia as cartas novamente.

Mellanie insistiu em uma conversa, e quando estava pronta para desvendar seu nome para a pequena garotinha, foi cortada.

— Não precisa me dizer seu nome. Eu sei muito bem quem você é. - Falou dando de ombros.

Mellanie por um momento levitou os olhos na direção da mulher com capa azul, confusa.

— Sabe quem eu sou? - Mellanie parecia surpresa.

A garotinha assentiu, voltando a analisar carta por carta daquele baralho incomum.

A garota levantou-se rapidamente sem ao menos retirar os olhos daquela garotinha identificada como Mayuri. Quem era e porque dizia saber sobre ela?

Estranho.

— Não se engane pela sua aparência maligna, criança. - Saritcha disse puxando a garota para o canto.

— Mas ela não me parece desse jeito, Saritcha. Sua aparência me parece muito angelical. - Mellanie retrucou ainda com os olhos plantados na garotinha.

Saritcha suspirou.

— Ela se libertou para você também. - A mulher disse calmamente. — Querida, ninguém consegue vê-la além de nós duas agora. A história dessa garota é algo realmente surpreendente e acho que, como ela te escolheu, você precisa saber.

Mellanie moveu seu olhar para a mulher de cabelos brancos e a olhou em dúvida.

— Me conte.

— Há muito tempo seu pai fez algo realmente terrível. Ele era uma pessoa gananciosa, mas teve um dia que sua ganância se excedeu. Foi aí que ele fez um pacto com um dos dez demônios da escuridão. Ele estava afundado, precisava de dinheiro e então apostou realmente tudo naquele pacto maldito. O demônio prometeu-lhe dinheiro, muito dinheiro, mas para que isso pudesse ser possível este homem teria que dar em troca a alma de suas duas preciosidades. Mulher e filha. Não sei ao certo oque aconteceu mas, ele percebeu talvez tarde demais que não deveria confiar em um demônio da escuridão. Ele havia se arrependido, mas foi naquele dia que ele havia quebrado uma das cinco regras; Nunca voltar atrás em um acordo. Quando ele quebrou essa regra, a alma das duas foram levadas para a escuridão e talvez para um horrível inferno. Mas foi então que algo intrigante aconteceu. O demônio havia se deslumbrado de forma grande pela filha do casal. O demônio então, deu a menina poderes Youkai. Quando você tem tais poderes, você é capaz de tudo. Sua força é algo realmente sobrenatural. Você simplesmente se torna um demônio sob humano. Depois do ocorrido, Mayuri ganhou um baú daquele demônio. Não tenho certeza, mas dentro daquele baú contém seis medalhões especiais. Por uma vez que aquele baú for aberto pela dona em uma roda de seis pessoas, cada medalhão se auto destinará para uma pessoa, levando seu poder para a mesma. Por fim, o demônio da escuridão deixou Mayuri comigo. Sua alma somente se libertará quando eu estiver morta, então antes disso ela está presa á mim.

Mellanie ouvia aquilo com olhos arregalados de espanto. Aquilo tudo era completamente surreal. Poderia ser mesmo possível?

— Isso é algo realmente triste, mas contanto que ela tenha alguém tão incrível como você por perto então estará tudo bem, certo? - A garota sorriu com os olhos delicadamente apertados.

Saritcha sentiu o coração apertado de alegria, e então sem recuar, tomou a garota em um abraço.


~~











O céu já não parecia tão fascinante no outro lado daquela janela presa ao vidro transparente. Estava tristemente cinza junto a algumas nuvens carregadas. Chovia tanto naquela cidade que ela podia sentir seu coração errar um batimento. Maryana estava sentada em sua carteira naquela sala de aula, juntamente com os braços cruzados e apertados na cintura. Seus olhos azuis destacavam agonia. Estava com medo da chuva, temendo mais uma daquelas monstruosas tempestades e, junto a elas, os pesadelos reais.






Mellanie chegou correndo na sala e se sentou atrás da loira, suspirando e inspirando com cansaço. Era mais uma aula de história, mas ele parecia estar atrasado.






Ela virou somente um pouco para trás e seus olhos verdes encontraram-se com Lysandre, mas seus olhos bicolores estavam fechados em um sono leve. Ela sorriu vendo o quanto bonitinho ele ficava quando adormecia em sua mesa. A garota não hesitou em levar o olhar um pouco mais adiante, então de repente vieram em sua visão aqueles cabelos vermelhos. Castiel estava sentado de seu jeito desajeitado com os fones nos ouvidos, ouvindo talvez mais um se seus Rocks. Ela abaixou os olhos e pôde ver claramente as mãos do demônio agarrando seu cordão com força. Porque ele estava tão estranho de repente principalmente em questão aquele pingente? Era como se ele tivesse medo de perdê-lo...







Ela balanceou a cabeça e se voltou para frente, afinal, aquilo não era da sua conta.






Todos, por um momento se mantiveram em silêncio. Sebastian havia acabado de atravessar a porta e se sentar em sua mesa bem na frente do quadro negro. Ele não fitava nada além de seus malditos papéis. Ele era assustador. Era isso que a maioria achava a seu respeito.






O silêncio foi quebrado quando um aluno no fundo da sala chamou a atenção.







— Ahn... Sensei... Desculpe ser intrometido, mas tem uma mancha vermelha na sua camisa...





Naquele momento todos apertaram seus olhos em sua camisa e em meio a toda aquela coloração branca, uma pequena mancha vermelha podia ser vista.


Sangue?

— Não é nada, apenas sangue. - Ele respondeu calmamente concentrado naqueles papéis.

Maryana apertou os punhos sobre a cadeira.

— E porque teria uma mancha de sangue em sua camisa, Sebastian? - Maryana perguntou com uma das sombracelhas arqueadas.

Ela estava o desafiando. Ele não gostava disso. Não gostava dela.

— Preste atenção na matéria e não em detalhes na minha camisa, senhorita Chie. - Ele retrucou com um pequeno sorriso.

Ela mandou-lhe um olhar mortal.

Todos voltaram a ler seus textos, mas Mary estava irritada. Odiava quando não a respondiam devidamente.

— Não deveriam estar tão calmos. Quem sabe essa mancha não é uma evidencia? Vai saber se ele não é um assassino terrorista fora daqui. - O ruivo cochichou alto o bastante para que os três amigos á sua frente pudessem escutar. Lysandre sorriu descontraído ainda meio grogue, enquanto Mary apertava os olhos de forma estranha.

— Ei, vai mesmo acreditar nesse idiota? - Mellanie empurrou o braço da loira em repreensão.

— Não tenho culpa se ele tem cara de assassino. - Mary revidou com uma risada.


A matéria poderia ser tranqüila, mas de alguma forma algo estava errado naquele ambiente. E, quando aqueles olhos pretos a atingiram, seu coração gelou. Aquele olhar era tão negro e obscuro quanto as paredes de seu quarto. Havia algo de errado neles. Sofrimento, maldade, amargura. Ela não conseguia decifrar, mas quando um calafrio atingiu sua espinha, ela pôde ter certeza de que, oque havia de errado naquele ambiente, na verdade, era ele.






~~





















— As flores estão morrendo.






Finalmente Lunna disse, enquanto encostava-se na parede frente aquela escada. Ela estava com o coração apertado. Aquelas flores eram importantes para ela e oque ela mais queria era viver toda sua vida se dedicando a todas, uma por uma e mantê-las belas e vivas.


Mas talvez não fosse possível. Lunna, como toda manhã acorda disposta a ir para seu trabalho como jardineira mas, naquela manhã algo aconteceu. Estavam mortas. Completamente todas. Cerejeiras, Rosas, Lírios, Narcisos, Tulipas, entre outras. Estavam mortas.

Aquilo era impossível.

— Morrendo? - Kaien perguntou surpreso, olhando-a.

Ela suspirou e escorregou pela parede, sentando-se no chão, por fim.

— Está começando, não é?

— Nós a trouxemos para cá sabendo que isso aconteceria, Lunna.

Ela sorriu falsamente com indignação.

— Como essas flores, pessoas começarão a morrer. Morrer com mais freqüência do que esperávamos. Foi ele, não foi? Foi ele que iniciou essa matança.

Kaien arqueou a cabeça, colocando sua xícara de chá sobre a mesa.

— Não. - Disse. — Eu conheço seus interesses. Ele não seria tão descuidado de iniciar mortes tão imprudentes. Ele é esperto e, como em um jogo de cartas, ele sabe muito bem como terminar e sempre sair vitorioso.

Ela sabia que aquilo era uma situação perigosa, tanto para Mellanie quanto para todos que pretendiam protegê-la. Eles tinham que pensar em algo, antes que aquilo se tornasse algo ainda maior.

— Vou buscá-la. - Zero disse passando por eles e rodando a maçaneta.

Lunna sabia que ele, mais do que ninguém, sabia da situação da garota.

— Ei, Zero. - Lunna chamou, fazendo-o se virar. — Tome conta daquela baixinha.

Ele assentiu com a cabeça, saindo finalmente para fora, para longe de suas visões.


~~











Sentada debaixo daquela árvore ela podia descansar por alguns minutos. Mas como poderíamos dizer, aquele não era um lugar de muita paz como ela pensava e que, na verdade, não era nem um pouco bem vinda.





— No que está pensando? - Ela perguntou tranquilamente com os olhos levitados na direção daquele tronco logo acima, qual encontrava-se sentado o rapaz de cabelos ruivos.


— Estou pensando em como me livrar de um encosto que anda me incomodando. - Ele disse em tom zombeteiro.

A morena revirou os olhos.

— Você anda muito obediente e estudioso nas aulas do Sebastian. Muito bem. Seja um bom menino e terá recompensa. - Ela retrucou com ironia.

Ele riu com olhar nem um pouco divertido.

— Do que está falando, anã? Dês daquele dia que aquela coisa pegou no meu pé nunca mais toquei em um livro de história. Só abri e coloquei meu bloco de notas por cima fingindo fazer alguma coisa. - Ele começou com um sorriso perigoso ao canto dos lábios — Recompensa? Não me trate como um cachorro.

Ela abafou algumas risadinhas na palma das mãos.

— Não vai me contar porque é tão apegado a esse cordão?

— Não é da sua conta.

Ela apertou os dedos em sua calça desbotada e abaixou o rosto, furiosa.

— Só queria ajudar.

— Nossa, que menina caridosa! - Ele Ironizou.

— Demônio. - Ela murmurou na tentativa de irritá-lo.

Ele sorriu.

Era um desafio, certo?

— Anã tábua. - Revidou enquanto olhava-a lá de cima.

— Grosso pervertido!

— Olhos de alienígena.

Ela levantou, sentindo sua pele arder por dentro. Queria socá-lo até que ele não pudesse ver mais a vida.

E então, ela falou o primeiro apelido que veio em sua cabeça.

— Kitsune-oni. *


Em um instante, tão rápido ele pulou da árvore, parando bem na frente dela e encarando-a friamente.





Aqueles olhos acinzentados. Estavam furiosos.







— Do que você me chamou?





— Parece que você ficou bem irritado então, esse vai ser seu novo apelido. - Ela sorriu em provocação, levantando o rosto e encarando-o nos olhos.


O ruivo cerrou os punhos e agarrou-a pelos braços finos, apertando-os com força.

Ele realmente estava irritado? Com um simples apelido bobo?

Esse não era o Castiel que ela conhecia. Mas, ela realmente o conhecia?


E por um segundo, quando passou por sua cabeça de enfiar os dedos nos olhos dele e cegá-lo ou apenas chutá-lo no nervo da perna, um som de gatilho foi ouvido. Ela conhecia aquele gatilho como se fosse uma arma preparada para disparo. Ela tinha certeza.





Castiel moveu os olhos para o lado e avistou um cara talvez tão mal encarado quanto ele próprio. Cabelos esbranquiçados e olhos cor-púrpura. Estava com a arma juntamente pressionada conta a cabeça do ruivo, que não esboçou nenhuma expressão.








"Demônios sentem medo?"










— Solte-a. - Zero ordenou perigosamente.












Castiel sorriu, divertido.











— Hm. Há quanto tempo não me esbarro com assassinos como você. - O ruivo dizia com um olhar travesso e zombeteiro, mas de certa forma, como se estivesse analisando-o.







"Assassinos. Assassinos. Ass...Assassinos?"








— Posso te mostrar meu verdadeiro lado assassino agora mesmo, se não soltar a garota. - Zero apertou os olhos raivosos na direção de Castiel, pressionando juntamente a arma contra sua cabeça.















E era como se fossem fogo e gelo, um frente ao outro. Personalidades completamente distintas, prontas a se confrontar.



















— Zero! - Mellanie gritou. — De onde você saiu?

















— Vim te buscar.












Ela apertou os lábios.






— Mas ainda faltam vinte minutos para o final das aulas e você sempre se atrasa. - Ela retrucou.


— Qual o problema? Não posso vir te buscar mais cedo de vez em quando? - Ele protestou.

Seus olhos estavam pregados no ruivo enquanto pressionava a arma em sua fonte.

— Abaixa a arma, Zero.

A voz da garota havia soado como uma ordem. Mas ele não pretendia acatá-la.

— Ele iria te machucar. Estava apertando seus braços. - Ele disse.

Meio a um suspiro ela encarou o ruivo, qual olhava-a com o mesmo típico olhar irônico.

— Se você não tivesse aparecido eu teria acabado com ele. Agora, abaixa isso. - Ela disse enquanto mandava um pequeno sorriso desafiador para o ruivo.

Ele finalmente abaixou a arma, colocando-a em seu devido lugar debaixo daquele casaco longo e de linhagem pesada.

— Vamos embora. - Zero disse olhando Castiel por uma última vez enquanto arrastava a garota pelo braço até o portão dos fundos.

— Da próxima vez, não brinque com a sorte, anã. - O ruivo sorria ao canto dos lábios com jeito provocativo, olhando-a ao longe, desaparecer por aquele portão.


Ela apertou os olhos furiosa. Mas de alguma forma, não era sua ferocidade normal. Era como se ela apreciasse ser provocada por aquele demônio. Era realmente divertido? Talvez ela estivesse quase se acostumando com aquele jeitão largado dele. Apenas quase.






Já estavam na metade do caminho e ele continuava a praticamente arrastá-la. Podia ser claramente visto aqueles olhos furiosos de Zero. Ela nunca havia os visto tão furiosos daquela forma. Por que estava tão enfurecido?











— Você tem que se controlar e parar de apontar essa arma pra todos que acha ser uma ameaça, Zero! - Ela começou. — Eu sei que você só quer me proteger, mas dessa forma só vai tornar as coisas piores.











— Não quero ver você perto daquele cara outra vez. - Ele parecia irritado. — Então, fique longe dele.






Ela olhou-o ao canto dos olhos com indignação. Ele apressava cada vez mais os passos enquanto puxava-a junto pelo braço. A batida de seus sapatos no solo estavam cada vez mais intensos e pesados. Aquilo estava começando a irritá-la. Ele queria mandar nela?


— Chega, não me arraste dessa maneira! - Ela disse em quase um grito enquanto puxava seu braço para trás, livrando-se dele e parando um pouco anteriormente.

Ele finalmente a olhou enquanto ela ofegava.

— Ele é perigoso então, fique longe dele. - Zero disse enquanto tranqüilizava sua respiração.

Os olhos verdes se arquearam e fitaram-no com irritação.

— Perigoso? - Ela riu curtamente em tom de ironia. — O único perigo aqui é você, afinal, você é um assassino, não é?

Ele apertou os punhos.

— Você já deveria saber que eu mato pessoas, Mellanie. - Ele disse calmamente.

— Eu deveria? - Ela soou sarcástica.

— Eu mato pessoas para proteger outras.

Ela calou-se por um segundo, fixando seus olhos nele.

— De qualquer maneira você mata. É um assassino.

Kiryuu a olhou e suspirou, virando-se e voltando a andar novamente.

— Chame-me do que preferir.


Enquanto ela olhava-o sumir a cada passo por aquela rua repleta de folhas secas, seu coração se apertava. Oque estava acontecendo ali? Ela não conseguia compreender, por mais que sua cabeça tentava funcionar em um raciocínio lógico. Aquilo estava saindo dos trilhos. Estava ficando perigoso.





Seus pés estavam plantados naquele mesmo lugar, enquanto ela apertava a lateral de sua calça desbotada sem nenhuma escolha ou pensamento. Porque Castiel havia dito tais palavras? Ele não era um assassino. Ela tinha certeza, ou pelo menos, tentava acreditar. Não passava de forma alguma por sua cabeça de que ele matava pessoas antes de conhecê-la, muito menos de ser um assassino violento. Era seu trabalho, certo? Se Kaien e Lunna confiavam nele, ele não poderia ser uma pessoa má.







Mas sua mente, a cada instante, começava a se abrir e pensar em algo realmente lógico. Ele estava ali para protegê-la. Mas na verdade, ele era um mistério em forma de gente. Qual seu passado? Porque havia aceitado ajudar Kaien e principalmente, ajuda-lá?






De qualquer forma, ele matava pessoas. E se ele matava pessoas, ele poderia matá-la?







Ela não sabia mais, se poderia acreditar nele.











Em seu próprio cão de guarda.













**








O sangue está manchando tudo que á minha alma pertencia.





Os tapetes tão alvos quanto as pétalas que caiam do céu, agora estão mortos. Acabados em vermelho.







Seu coração está vivo?





Ou está morto?


Não sei mais dizer oque vejo em seus olhos.

Seu olhar está vazio e quem sabe, sua alma não me deseja mais?

Nossos corpos estão longe, mas nossos corações permanecem abraçados.

Quando o sangue se derrama sobre minha pele, eu posso enxergar que você não é mais o mesmo.

Não sinto meu corpo, não sinto meus movimentos, mas a única coisa que ainda posso sentir,

São nossos dedos entrelaçados em um único sentimento.

Somos únicos agora.

Mas aquele mar de vermelho estampado no chão está me sufocando.

Diga-me que é mentira e eu irei embora.

As rosas caem, os laços se entrelaçam e nossos olhos se fixam.

Os laços de fita estão formados em um só coração.

Mas o sangue não pertence mais a essa maldição.

E por mais uma vez,

Os assassinatos estão formados em,

Um laço vermelho.

*Nota: Kitsune-oni significa Raposa demoníaca, então; Kitsune - Raposa. Oni - Demonio. Para parecer mais simples, apenas fiz a junção dos dois, ficando então Raposa demoníaca. Algo maldoso e perigoso, forte, que não tem medo do perigo.*

Música de Encerramento, SECRETS.

[Imagem Extra do Capitulo ~ Mayuri]

[Imagem Extra do Capitulo ~ Lunna]

[Imagem Extra do Capitulo ~ Castiel]

[Imagem Extra do Capitulo ~ ESPECIAL ~]

Fim do capítulo 7.




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Notas finais do capítulo

Complementem, comentem, critiquem, enfim, me abracem.