POV’s Fenix

Hoje sem sombra de duvidas foi o pior dia da minha vida e... pensando bem, não foi o pior, mas nos “10 mais”. Nunca tive tanta vontade de matar alguém como tive hoje, e tudo por culpa do Alan! Dele e daquela brincadeira ridícula de “verdade ou consequência”! Nem queira imaginar o que eu passei com as perguntas que fizeram, pois eu não tenho paciência pra me relembrar e...

– Eu estou louca, estou falando comigo mesmo... – falei, olhando meu reflexo no espelho do banheiro. Estava lavando o rosto numa tentativa de fazer meu rosto voltar a cor normal e principalmente o esfriar a cabeça... nunca meu rosto ficou tão quente, nem quando eu tive febre de 40 graus! - Te acalme... se descontrolar não ajuda em nada. Pense em um lugar calmo, uma ilha com uma praia paradisíaca, golfinhos... Escuto o som das ondas na arrebentação e...

– Fenix, você taí? – indagou alguém , batendo a porta do banheiro. Arruinando o cenário calmo que imaginei, como repentinamente apareceram o vulcão seguido por tsunami, Tufão, naves alienígenas e o fim do mundo! ...

– Não, sou a loira do banheiro! – respondi irritada – Resolvi fazer uma faxina, já que vou assombrar aqui por toda a eternidade!

– Se esconder não vai mudar nada o que aconteceu. – falou Alan, se encostando na porta – E suicídio não é uma opção... Não vale cortar os pulsos, pois suja muito e vai dar o maior trabalho pra limpar, e acredito que a pia não é funda o suficiente pra você tentar se afogar.

– Mas isso não significa que eu não possa planejar um homicídio, o seu! – comentei, fechando a torneira da pia, e secando meu rosto - O que raios deu na sua cabeça pra fazer isso?

– Qual é, é só um jogo. – comentou Alan – Não vejo nada demais...

– Não, aquilo não foi um jogo... parecia uma mistura de campo de fuzilamento com um interrogatório! – respondi – Na qual eu representei a criminosa, o pessoal era policiais e repórteres e você representando o delegado, fazendo declarações com sentido duplo!

– Eu não tenho culpa que seus amigos são curiosos a respeito da gente. – falou Alan, sem dar muita importância, se encostando na porta – Além disso, eu não obriguei ninguém a fazer perguntas sobre nós dois... só dei um pequeno estimulo.

– Falou o “advogado do diabo”. – comentei irritada, torcendo a toalha, tentando imaginar que era o pescoço do Alan

– É impossível eu manipular alguém a fazer perguntas especificas, não sou um Jedi! – comentou Alan

– Graças a Kami-sama, ou as perguntas seriam bem piores. – comentei baixinho

– Ei, eu ouvi essa! – reclamou Alan – Mas seus amigos são meio estranhos mesmo, quer dizer, eu nunca pensei que fariam aqueles tipos de perguntas... Aquela pergunta do cara de cabelo verde foi muito estranha “Já viu Fênix sem roupa?”... Convenhamos que não é uma pergunta normal, até pra mim!

– Jade não desse planeta ou galáxia, a pergunta dele foi tecnicamente inocente... – comentei, respirando fundo – Mas você não ajudou muito naquela hora, ao dar aquela resposta...

– Respondi a verdade, disse que sim e que era linda.

– Você nunca me viu nua! – respondi irritada

– Mas mesmo assim eu não menti, eu vi uma foto sua quando era bebê usando frauda. – respondeu Alan – Na minha concepção, fraudas não estão na categoria de vestuário.

– É, mas não contou esse detalhe na sua resposta.

– E perder a oportunidade de provocar e estimular a imaginação das crianças?! – comentou Alan com humor – Nunca me diverti tanto ao ler as expressões faciais deles! A pergunta de Jade, foi a melhor parte... as garotas ficara, creio que espantadas e algumas vermelhas. Sua amiga weany deu um sorriso, o que me deu arrepio. Agora os garotos foram muito mais engraçados, o ruivo ficou totalmente vermelho, o loiro ficou roxo, o de cabelo branco ficou azul e o de rastafári ficou branco... Pareciam até uma parodia bizarra dos “teletubes”!

– Isso não teve graça. – comentei, tentando expulsar a associação de teletubes com os meninos. Não deu certo, acabei rindo. – Droga Alan, porque nunca consigo ficar brava com você?!

– Porque sou irresistível. – respondeu Alan – Agora abra a porta, e eu prometo que vou me comportar.

– Eu vou sair daqui a pouco, volte pra sala, ok? – pedi

– Certo, mas não demore muito. - comentou Alan antes de sair do quarto, e eu destranquei a porta. Mas não deu nem um minuto e Alguém novamente bateu a porta.

– Fênix?! – indagou Heloisi – Você tá legal?

– Estou bem, não se preocupe. – comentei – O que foi?

– Bom, eu propus ao pessoal pra sair e buscar as pizzas, o Alan disse que empresta o carro gente. O Dajan vai dirigir, quer ir? – indagou Heloisi, sendo o mais diplomática possível

– Não, mas vocês podem ir.

– Certo... Eu e o Jade vamos ficar. Qualquer coisa chame a gente... – respondeu Heloisi, e por alguma estranha razão ela foi até a varanda do quarto e destrancou a porta de vidro, pois pude escutar o “click” dela. Pude escutar claramente o movimento da sala, do pessoal saindo. Pude escutar a voz de Dajan, insistindo pra Alan descer e tirar o carro da garagem, com uma desculpa qualquer... a sala ficou em total silencio, quebrado apenas pelo barulho de Nami na sala. Quando eu finalmente ia sair do banheiro, a porta se abriu, e Castiel entrou e trancou a porta.

– Quero falar com você! – falou Castiel, muito sério

[Castiel POV’s]

Agora eu sei porque não se pode andar armado, caso contrario teria matado aquele desgraçado do Alan! Nunca odiei alguém tanto como o faço agora, e convenhamos que aquele imbecil fez tudo que podia para merecer meu ódio! Eu percebi que ele estava me provocando deliberadamente... além disso ele ficava dando aquele sorrisinhos, cochichando no ouvido dela e até dando um abraço em Fenix, que estava sentada ao lado dele. Se não fosse o Ly e o Nathaniel me segurando, eu juro que teria partido pra cima daquele imbecil por tomar liberdades demais com a minha garota! Há se eu tivesse uma arma... pra completar, Jade fez aquela pergunta infeliz! Foi a primeira vez que vi a fenix aparentar estar paralisada... e quando o Alan respondeu que sim, fenix ficou vermelha! Mas o pior foi vê-la olhar pra Alan, depois se levantar e sair e fugir pra o banheiro! Fenix sempre me deu a impressão de jamais fugir de qualquer coisa, mas o que fez agora me desconcertou... Mas que Merd@! Eu estou com uma mistura de raiva, ódio assassino! Quero matar o Alan a socos e... droga, eu tenho que falar com a Fenix primeiro! Quero tomar a história a limpo com ela...

Quando Alan foi atrás dela, as garotas se levantaram do chão e começaram a andar pra todo o lado. Só sei que Heloisi ficou na sala com a gente, e o resto das garotas foram até o quarto de hospedes, e ficaram 3 minutos lá, depois voltaram pra sala.

– Acho que você devia conversar com ela... – falou Heloisi, do nada

– Como ele poderia, com aquele ‘armário’ por perto? – indagou Keroro, se referindo a Alan

– A gente podia pegar as pizzas. – comentou Dajan

– Boa ideia! – comentou Weany – A gente pede pro Alan levar a gente de carro.

– Mas ele pode não querer ir. – comentou Stella

– Então pedimos o carro emprestado. – falou Aliciane – E pedimos pra o Alan descer e mostrar o carro pra gente, assim o Castiel tem tempo pra ir falar com a Fenix.

– Não vai dar certo, se alan ver que Castiel ficar na sala, ele não vai querer ir. – comentou maryanne

– Isso é simples de se resolver. – comentou Lubelah – Castiel se esconda na varanda. A gente se apreça em tirar Alan daqui, e depois que tiver tudo quieto você passa pro quarto dela. O que acham?

– Eu vou ficar. – respondeu Jade do nada – Não é seguro deixar uma garota sozinha com um rapaz num apartamento.

– Falou o alien! – comentou Maryanne

– Acho melhor 2 de nós ficar. – comentou Heloisi – Não que eu não confie no Castiel ou coisa parecida, mas é que... bem... vocês sabem...

– Depois a gente conversa sobre ética, não temos tempo agora! – falou Weany, me pegando pelo braço e me levou até a varanda da sala, abrindo a porta de vidro, de deixando lá e disse pra me esconder. Não deu nem dez segundos, quando Alan saiu do quarto de fenix.

– Onde está o ruivinho? – pude escutar Alan perguntar

– Resolveu dar uma volta pra esfriar a cabeça. – respondeu Weany, fechando a porta de vidro – Nós decidimos ir buscar as pizzas, poderia nos levar de carro Alan?

– Não gosto de deixar a Fênix sozinha, quando está irritada. – comentou Alan

– Pode emprestar a chave do carro então, eu sei dirigir. – falou Dajan

– Claro... – respondeu Alan pegando a chave do bolso

– Acho melhor você tirar o carro da garagem, Dajan não foi muito bem nos testes de garagem e baliza, quando fez autoescola. – comentou Weany sorrindo, se distanciando da porta de vidro, e provocando Dajan. – Ele sempre arranha o carro...

– Eu não...

– Tudo bem, eu tiro da garagem. – respondeu Alan, intervindo na quase briga de Weany e Dajan.

– Não se preocupe que eu e Jade vamos ficar. – comentou Heloisi

– Creio que Jade poderia ficar sozinho, pois não é uma ameaça. – comentou Alan, sem dar muita importância.

– Porque?! – indagou Jade – Eu não entendi...

– Exatamente por isso, gênio! – respondeu Keroro

– Eu vou avisar a Fenix... –falou Heloisi, e creio que foi para o quarto de fenix. Logo em seguida ela saiu – Fenix disse que podem ir, ela quer ficar e esperar.

– Estamos perdendo tempo. – falou Nathaniel indo até a porta, abrindo-a – Vamos logo!

Não me arrisquei em olhar pra ver se todos haviam saído da sala, mas quando não havia mais nenhum barulho, sai do meus esconderijo... infelizmente a weany fechou a porta, me trancando do lado de fora. Fiquei batendo no vidro pra ver se Heloise ou Jade me escutavam, mas foi em vão. Quem apareceu foi aquele gato chato, que olhou pra mim e depois me ignorou, se deitando no sofá. Logo em seguida veio Nami, correndo... fiquei batendo no vidro pra chamar a atenção dela, o que deu resultado, pois ela começou a latir e pular no vidro. Ok, eu não podia esperar muita ajuda dela, afinal não é uma Lessie, mas ajudou um pouco. De repente a porta do apartamento do abriu, era Heloisi que havia descido com eles. Ela parecia estar prestes a entrar em pânico, e acenou freneticamente a mão para o lado...

– O que houve? – indagou Alan, que devia estar no corredor. Essa era deixa pra eu me esconder, e ir pra varanda.

– Mosquitos! – respondeu Heloisi

– Então é só abrir a janela da varanda que ela vai embora. – respondeu Alan e entrou no apartamento. Isso fez com que eu fosse pro lado da varandado quarto de Fenix e tentasse abrir... eu abri e entrei imediatamente no quarto. Pude escutar o Alan abrir a varanda... foi por pouco. O quarto estava vazio, mas a luz do banheiro estava ligada, Fenix devia estar lá... creio que esse é o único momento que poderemos conversar sozinhos, e era melhor aproveitar. Abri a porta e entrei...

[POV’s Fenix]

– O Que disse? – indaguei de imediato

– Quero conversar com você. – respondeu Castiel

– Claro, a coisa mais normal do mundo e querer conversar com alguém no banheiro! – respondi irritada – Vamos sair daqui e conversar em outro lugar, ok?

– Não dá, quero falar a sós com você, e não vou conseguir sem aquele idiota por perto. – respondeu Castiel – Além disso, o banheiro é o local mais seguro.

– Não há necessidade de conversarmos num cômodo tão pequeno e incomum pra uma conversa. – insisti, afinal eu odeio ambientes apertados – Eu fecho a porta do meu quarto e a gente conversa, certo?

– Não acho seguro. – respondeu Castiel

– Alan não é Rambo a ponto de arrombar a porta do meu quarto. – respondi irritada

– Não dou a mínima se ele vai arrombar ou não a porta. – respondeu Castiel – Eu não quero é cair na tentação de ter você num quarto comigo, perto de uma cama.

– E eu não quero ter de conversar com alguém num banheiro! – respondi irritada

– Tá com medo do que, que eu convide a tomar banho comigo?! – indagou Castiel parecendo se divertir com a minha irritação

– Nem em seus sonhos eu lhe convidaria, idiota!

– Não, nos meus nunca... mas se fosse seu amiguinho...

– Ele não precisa de convite!

– Como é que é?! – indagou Castiel se aproximando de mim

– Esquece! – respondi, dando em conta a mancada que eu dei. Castiel estava novamente vermelho, me encostando na parede e segurando meus braços

– O que mais você fez com ele que eu não sei? –indagou Castiel entre os dentes

– Eu...

– Fenix, está tudo bem? – indagou Alan, batendo na porta. Eu só tinha duas opções, falar que sim e ficar trancada no banheiro com Castiel. Ou pedia ajuda, e teria uma luta de titãs no meu banheiro, com sua provável destruição...

– Tudo bem, eu... sem querer acabei molhando meu cabelo quando lavava o rosto. Vou ter de o secar! –respondi, inventando uma desculpa na hora

– Quer ajuda? – indagou Alan da porta

– Não, isso eu sei fazer sozinha! – respondi de imediato

– Ok... se precisar de mim é só me chamar. –respondeu Alan, e pouco depois escutei a porta do quarto ser fechar. Estávamos sozinhos novamente... e tenho a impressão que aquele jogo das perguntas iria recomeçar, no banheiro.