New Bad Girl escrita por CKS


Capítulo 37
Capítulo 38 - Tudo volta ao normal.... ou quase?!


Notas iniciais do capítulo

YO MINNA! o/
Pois é, finalmente consegui terminar o novo cap da fic New Bad Girl... Tive uma certa dificuldade em escrever, pois tinha me esquecido como era a fic antes do especial de Halloween mais demorado que se teve notícias. XD
Espero que gostem do cap, e comentem [estou virando uma escritora carente XP].
Bjus e até a próxima!!!
OBS: Pergunta especial da autora: O que acharam do Amigo Imaginário?



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Sabe aquela sensação estranha de... como se alguém tivesse apagado sua memória ou sei lá, tipo um Deja Vú? Pois é, tô me sentindo meio assim, mas já descartei a possibilidade de ter sito abduzida por alienígenas e deles terem feito testes em mim... afinal todo mundo sabe que, quando há esse tipo de coisa, eles não deixam vestígios nas suas vitimas, o que realmente não é meu caso, pois essa maldita marca no meu pescoço não cicatrizou por nada! Olha que eu já joguei até Agua benta! Acho que não tenho escolha, vou ter que tapar isso com um colar, tipo gargantilha ou coleira... isso evita deu ficar olhando pra o machucado, e outra pessoa também olhe e comente. Eu juro que se mais alguém perguntar se eu sou fã de crepúsculo, eu não respondo por mim?!!!!

Quer saber outra coisa mais estranha ainda, aquele gato que apareceu do nada, e não parou de me seguir até chegar em casa, agora ele é oficialmente um membro da família. E não foi por opção minha.... eu tentei me livrar dele no caminho, até falei que não podia ficar com ele pois tinha uma cachorrinha em casa e... é, eu sei que é loucura tentar argumentar com um gato, principalmente quando se fala com ele, mas não sei outra forma de comunicação!!! Mas como o esperado, o gato não deu a mínima pra que eu falava e continuou a me seguir... quando voltei pra meu apartamento, levando a Nami comigo nos braços. Ela estava curiosa com o gato, e ele por sua vez logo que abri a porta foi entrando e passeando pela casa.

– Fique a vontade... a casa é sua. – comentei, ao ver o gato pulando em cima do sofá, e se sentou no sofá. Eu fui pra cozinha, com a Nami nos braços, para dar comida pra ela, mas quando a coloquei no chão, ela saiu correndo em direção a sala... sabe aquele “pavor extremo” na minha mãe? Descobri nesse momento que eu herdei esse pavor! Só de ver a Nami fugindo pra sala, já imaginei ela e o gato se estranhando, brigando, se arranhando, mordendo.... alguém vai perder um olho nessa briga! Quando cheguei na sala, os dois estavam brincando, como grandes amigos!!! Legal, até meus bichos de estimação não são normais...

Deixei os dois se conhecerem e brincarem na sala, enquanto colocava ração no pote de Nami... e pensava o que poderia dar de comer ao gato. Eu tinha uma lata de sardinha no armário, e leite na geladeira... pelo menos eu tenho conhecimento de uma fonte segura que é isso que os gatos gostam de comer... só pra esclarecer, minha fonte de conhecimento veio do desenho do Tom e Jerry. Quando chamei Nami pra comer, e tentava abrir a lata de sardinha, Nami veio com o gato... e pra minha surpresa os dois comeram a ração canina! UM GATO COMENDO RAÇÃO CANINA!!!!

– Ou você está com fome, ou está em crise de identidade amigo. – comentei, mas o gato novamente me ignorou, e continuou a comer a ração. Como já tinha aberto a lata de sardinha, a coloquei em um pode e deixei no chão... mas quem desistiu de comer a ração foi a Nami, e foi comer a sardinha. As vezes eu me pergunto se eu atraio coisas paranormais... um gato que gosta de ração canina e um cachorro que come peixe. Só tá faltando um pássaro que gosta de tomar leite e um peixe que come alpiste, e fechamos o show de bizarrice. Será que eu devia procurar um exorcista ou algum programa sensacionalista? Não... se meus pais souberem que eu parei na televisão, com a Nami e o gato... a proposito, não posso o chamar assim pra sempre. Ele precisa de um nome... Fiquei pensando que nome eu daria pra ele, quando o telefone começou a tocar. Ao atender, não foi grande surpresa ver que eram meus pais:

– Oi querida, queria saber como você está? Como está? - falou minha mãe, depois deu falar “Alô”. Sabe, tem um sinal que indica que estou numa enrascada ou quando querem que eu faça um favor... na verdade é uma palavra, “querida”. Quando minha mão fala essa palavra, a coisa ficou séria.

– Estou bem, porque a pergunta? – indaguei, com a voz mais calma possível. eu consigo enganar minha mãe pelo tom de voz, mas se meu pai estiver escutando, eu tô ferrada. Ele é o único que consegue perceber quando eu minto.

– Nada não, querida. É coisas de pais, sempre ficam preocupados. – falou minha mãe, e novamente falou “a palavra magica”. – Aconteceu alguma coisa na escola?

– Não que eu saiba. – respondi, e tecnicamente era verdade. A ligação durou mais uns 30 minutos, na qual praticamente foi um interrogatório de rotina... e eu não menti exatamente, apenas omiti os fatos. Não pense que fiz isso porque gosto, apenas não quero os preocupar, e principalmente não os fazer voar meio mundo e invadir meu apartamento pra ter certeza que estou bem, ou pior ainda, mandar um parente meu! É serio, se tem pessoas que eu não suporto a visita, são dos meus parentes! Além de serem uns “MALAS”, eles interferem demais, e sempre pioram a história. Um exemplo é que, quando eu era pequena e meu pai me deu um arco e flecha de plástico INFANTIL com um alvo pra brincar, minha tia falou que eu tentei matar meu primo! Sinceramente se eu quisesse fazer isso, faria com minhas mãos... mas isso não veem ao caso agora! Se ela vir que eu tenho uma marquinha no pescoço, tente imaginar o que ela falaria... no mínimo ela a transformaria numa mordida de Pitbul, e numa passagem de ida pra voltar a morar com meus pais! E sinceramente, não quero fazer isso... gosto de onde estou agora, apesar de sentir falta deles, tenho meus amigos e 2 animais de estimação... bons motivos, não é?

Falando em bicho de estimação, eu ainda não pensei num nome pra dar pro gato... Minha mãe é até boa pra dar nomes, mas se eu pedir a ajuda dela, é bem provável que ache que “há um neto a caminho”... É melhor eu fazer isso sozinha mesmo, mas depois eu pensaria nisso, pois eu estava muito cansada, e minha mente estava a maior bagunça, desde que eu acordei numa cama da enfermaria. Vou fazer o que faço de melhor, ignorar o problema!

O fim de semana passou rápido, alguns telefonemas de amigos e até o Castiel veio ao meu apartamento, trazendo hambúrgueres e refrigerante, alegando que eu não devia estar me alimentando direito, e por isso desmaiei na escola... bom, eu preferi não argumentar com ele, afinal que é louco de menosprezar um lanche de graça?! Mas confesso que foi meio estranho quando Castiel entrou no meu apartamento, pois o gato parecia não gostar dele... ou sentiu ciúmes de Nami, por ter ido correndo pra ele, feliz da vida. O jeito que o gato encarava o Castiel me lembrava alguém... Mas sabe que o pior foi que aconteceu no final de semana, foram as noites mal dormidas! Eram apenas 2 dias, 48 horas de convivência com um gato, e Nami parou de latir... agora ela emite um som que é uma mistura de uivar com miado, estava ficando mais teimosa que nunca, e os dois querem compartilhar a minha cama...¬¬’ E não adianta tentar os expulsar do quarto, pois os dois se juntam e começam a “cantar” e arranhar a porta, ou seja, não deixam escolha alguma! O gato saltou pra minha cama, mas Nami não conseguia fazer e “chorava” até que a coloquei na cama, e ficou muito feliz com todo mundo junto... nem me pergunte o estado que eu acordei naquelas manhãs...

Bom, o lado positivo é que parece que ter mais um animal de estimação em casa não vai me dar tanto trabalho assim, pois aqueles dois estavam convivendo muito bem, e os brinquedos de cachorro pareciam que também funcionavam pra entreter gatos. Eu não sei por que, mas tive a impressão que eu representava o papel de mãe, o gato era o “filho mais velho” e a Nami a “caçula”... sempre ficava perto dela. Ele daria uma ótima babá pra ela, enquanto eu estivesse na escola.

Bem... o final de semana acabou, e infelizmente as aulas recomeçaram normalmente. Garfield estava certo em odiar a segundas-feiras, é o dia que demora mais pra passar as aulas! Mas cara, eu fiquei pasma ao chegar na escola e ver que todo aquele visual da festa de halloween que estava antes já se foi, quer dizer, a escola estava no seu estado normal, mas tão normal, que era difícil de acreditar que houve uma festa de dia das bruxas por ali. Isso é claro tirando a diretora, que estava com uma cara de “cruz credo”, porque seu cachorro tinha fugiu novamente... Eu até entendo o ponto de vista do cachorro de fugir, quer dizer, quem aguentaria aquela velha quando tá estressada?! Até eu correria pra me salvar!!!

Na entrar na sala, encontrei meus amigos em seus lugares... e até o Castiel estava na sala! Nossa, hoje será um dia promete ser estranho!!! Logo que me sentei na minha carteira, fiquei olhando pra ele...

– Quem é você e o que fez com o Castiel verdadeiro? – indaguei séria – É um clone alienígena? Replica androide vinda do futuro? ... Se for do futuro, me dê os números da Megasena, robô alienígena!

– Isso é jeito de falar com seu namorado? ... “Robô alienígena”, você tem muita imaginação! – comentou Castiel, tentando ficar sério, mas tava na cara que estava se controlando pra não rir – Como está seu pescoço? Está se sentindo bem? Comeu alguma coisa antes de vir pra aula?

– Estou bem “mamãe”... – falei, evasiva – Não se preocupe com detalhes! Eu estou normal hoje... se bem que isso meio relativo o “normal”.

– Está usando um colar pra cobrir o machucado do pescoço... ainda não está são, não é?! – comentou ele, como se não estivesse escutado nada do que eu disse – Quem foi que lhe deu o colar com essa flor? Sei que não foi você que comprou algo assim...

– Foi um A... – tentei falar, mas o sinal da escola tocou, dando inicio as aulas. De imediato o professor de física entrou na sala e começou a passar o conteúdo, adiando a minha conversa com Castiel.

–-x--

Por Kami-sama, porque as aulas de física parecem que nunca vão acabar... dão a sensação ótima de estar sendo sugada para uma “buraco negro”, e fora que a velocidade e a forma irritante com que o professor dá a aula pode ser comparada ao Galvão, narrando uma partida de futebol da seleção!

Alguém pelo Amor de Kami-sama, pode me dizer qual é a logica ou o ser humano que iria fazer, segundo o problema de física que o professor estava explicando, na qual; “Uma pessoa quer saber que velocidade ela tem que percorrer em linha reta, para que a pedra que ela atirou num ângulo de 45 graus, possa cair em sua cabeça?” ... Se falasse que queria atira-la em alguém que estava tentando fugir após um roubo ou até na Amber, teria até certo sentido... E talvez até pudéssemos ter uma aula pratica... Sei lá, algo melhor elaborado pra questão, além de mirar em si mesmo. As vezes tenho a impressão que ele está ensinando a ser masoquista ou ao suicídio!

Fiquei olhando pela janela durante algum tempo, pensando do que eu poderia fazer para escapar da aula... poderia pular da janela ou fingir um desmaio... Mas meus planos de escapar da aula foram interrompidos por uma mensagem que chegou no celular, eram as meninas querendo saber se eu estava me sentindo bem e se tinha me recuperado do incidente, mas o estranho é que ninguém conseguia se lembrar ao certo o que aconteceu comigo, só como me encontraram. O interessante da conversa “conferencia” foi que Keroro falou que uma amiga dela, uma tal de Bunnyfofu, tinha sofrido também um acidente naquela noite mas ninguém se lembrava que lhe aconteceu, mas havia uma marca no pescoço dela idêntica a que eu tenho... então eu pedi pra que ela me apresentasse a essa amiga, afinal deve haver algum motivo ou ligação para que apenas nós duas tenhamos essas marcas.... Ainda estávamos conversando quando a secretária da diretora entrou na sala.

– Desculpe professor, por interromper a aula, mas a diretora está chamando a Angel. – falou a secretária

– Quem?! – indagou o professor, se entender direito, 0lhando para a turma

– Fênix, venha comigo. – falou a secretária, impaciente

– Ei, eu não fiz nada... ainda! – falei, me levantando da carteira, pensando no problema de física, como amber sendo a cobaia.

– Calma, não é por punição, mas um parente seu veio lhe visitar. – falou a secretária dando aquele sorriso brilhante estilo “colgate”, que dá arrepios na espinha! Sabe aqueles sorrisos que você sabe que são falsos... como se a pessoa esteve falando “morra sua peste” enquanto sorri pra você,,, tive essa sensação!

– E os Maias diziam que o mundo ia acabar só em dezembro... – comentei, indo até a porta. A secretária me acompanhou pelo corredor até chegar perto da sala da diretora, mas perto da porta da sala dela, estava um cara de aproximadamente 22 anos, loiro de 1.90 de altura e musculoso, encostado na parede... e ao me ver começou a dar um meio sorriso, e veio em minha direção, voltando a ficar sério. Ele me lembra alguém...
{Imagem de Alan: [img]http://img689.imageshack.us/img689/7306/germanyw.jpg[/img] }

– Mon amour, a quanto tempo? – comentou aquele cara desconhecido, já na minha frente, pegando a minha mão minha mão e a beijando. – Não sabe como eu me senti solitário sem você por perto...

– QUE?! – indaguei sem entender o que raios ele estava falando, tirando minha mão da dele. Tive o impulso de querer lavar minhas mãos o mais rápido possível, ao mesmo tempo de quebrar os dentes dele! – Quem é você?

– Assim você parte meu coração, Mon Amour. – falou ele dando um discreto riso... o estranho que aquela risadinha me era familiar também. Eu fiquei o encarando ele de perto e pensando como seria possível meu instinto achar que o conhece, mas minha mente não se lembra? – Realmente não se lembra de mim, “Pandora”?

– Sinceramente, me é familiar, mas não lembro exatamente de seu rosto. Já nos encontramos antes? – comentei, meio aliviada por aquela chamada a diretoria não ser nenhum de parente e nem meus pais... – Epa! Como você sabe de meu apelido quando era criança foi “Pandora”?

– Angel, eu lhe dei esse apelido, você era uma caixinha de surpresas... flamejantes na maioria das vezes! Sei de tudo referente a sua infância... Mas acho isso vai a fazer lembrar quem eu sou. – respondeu ele, abrindo o bolso da jaqueta e tirou duas fotos, uma de uma criança e outra de um jovem/adolescente... ao ver as fotos, eu praticamente corri e me joguei para os braços dele!

– ALAN! – falei rindo, o abraçando pelo pescoço, e ele ficou me abraçando também e me rodopiava, rindo. - Não acredito que veio me ver! Quer dizer... nossa, você mudou! Está muito diferente da ultima vez que te vi!!! Fez uma plástica e eu não fiquei sabendo! ... Se bem que deve ter sido um transplante de corpo... Uau! Tá um armário!

– Mon amour... como senti falta de seu sarcasmo! – falava ele sorrindo e me abraçando... Sempre me chamando de Mon Amour, “meu amor”... não que isso fosse uma declaração sentimental ou algo do tipo meloso e etc. , mas Alan sempre me chamava assim, desde que eu tinha 6 anos de idade. Tinha mania de criar apelidos pra mim... – Como eu senti sua falta...

–-x—
POV’s Castiel

Alguma coisa estava errada... Fenix havia me dito que, se algum parente dela viesse a ver, era porque iriam a levar embora pra casa. Mas eu não iria deixar isso acontecer, não sem lutar! De repente fui atingido por uma bolinha de papel, lançado por keroro. Ao desdobrar o papel, vi que era uma conversa de Lubelah, Weany e Keroro, combinando que iriam sair da sala pra ver o que estava acontecendo. O plano era simples, Keroro iria fingir um desmaio, Lubelah e Weany iriam a ajudar a levar para a enfermaria e eu iria carregar a Keroro até lá.

– Professor... não estou me sentindo bem. – falou keroro fazendo uma encenação digna do Oscar de melhor atriz. Ela caiu da cadeira, Lubelah e Weany fingiram estar assustadas e angustiadas, e eu propus carregar a “desmaiada” pra enfermaria... não sei se o professor acreditou naquela encenação, mas permitiu que nós saíssemos da sala.

Depois de ficar fora do alcance de visão da nossa sala, coloquei Keroro no chão e fomos o mais rápido possível para a sala da diretoria. Esbarramos com Nathaniel no caminho, e nos segui-o após uma rápida explicação do perigo que corria a Fenix. Mas para a minha surpresa, quando chegamos no corredor da sala, encontramos Fenix dando um abraço, bem apertado e pendurada, em um cara... o que me enfureceu!

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POV’s Fenix

Eu estava tão feliz de ver o Alan de novo que nem percebi o que acontecia ao meu redor... só fui me dar conta quando uma voz irritada apareceu, e quebrou todo o encanto de nosso reencontro.

– O QUE DIABOS ESTÁ ACONTECENDO AQUI?! – girou a voz masculina no corredor, e foi só nesse momento que eu e Alan fomos nos dar conta onde estávamos e da plateia ao redor... ou seja, as minha amigas, e ate o nathaniel, parecendo estar em choque com o que via... além de um Castiel muito irritado e vermelho! – SOLTE-A AGORA!

– O que esse pirralho... – começou a falar Alan, ficando repentinamente sério, se recusando a me soltar... e tive a impressão que ele iria quebrar minha coluna naquele momento.

– Tudo bem Alan, me coloca no chão... – cochichei ao ouvido de Alan, e ele o fez, mas não me deixou afastar dele. Alan encarava Castiel, traduzindo a situação, “problemas a vista!” – Esses são meus amigos, um parte da minha galera. Os nomes, da direta pra esquerda, são Nathaniel, Weany, Lubelah, Keroro e o Castiel.

– É um prazer conhece-los. – respondeu Alan, sendo ate cortes, o que era raro! Mas o tom da voz dele, demonstrava exatamente o contrário...

– E você quem é? - indagou Keroro, desconfiada

– Esse é o Alan. – respondi – Ele é meu...

– Seu amigo imaginário, que tanto falava? – indagou Castiel, dando um sorriso meio sinistro...

– Não... sou marido dela. – respondeu Alan, sorrindo para Castiel. Caramba, Alan sorriu! A coisa tá ficando feia... ele quer brigar! Ou pelo menos vai ser eu que vou brigar com ele! Porque diabos ele tinha que falar aquilo de “marido”?! Por um momento achei que tinha escutado errado, mas ao ver a cara de espanto do pessoal, e de Castiel, que se antes estava fazendo cara feia... nem tente imaginar a cara dele agora!

– Para de falar besteira Alan, eles vão acreditar em você! – o repreendi, lhe dando uma cotovelada no estomago – Comporte-se ou apanha!

– Mas é verdade querida, somos casados! – respondeu Alan, colocando a mão no meu ombro – Esqueceu do nosso casamento? Você estava tão linda vestida de branco, com um buque de flores...

– Que parada sinistra é essa de “casada”, Fênix? – indagou Lubelah – Que eu saiba, é ilegal casar sendo menor de idade?!

– Não acreditem em uma palavra desse crápula! – falei, dando um soco no ombro em Alan – A história foi o seguinte, quando eu tinha 6 anos e...

– QUE 6 ANOS AO SE CASAR?! – indagou Nathaniel, parecendo que iria ter um treco

– Deixa eu terminar a história! A tia de Alan foi se casar e eu fui à daminha de honra, e ele levou as alianças naquela cerimonia... foi só isso!

– Essa não é toda a história, eu comprei um anel de plástico e dei pra ela na cerimonia, durante a troca de alianças dos noivos. – comentou ele rindo – Tecnicamente sou casado com ela, até a beijei no final da cerimonia.

– FEZ O QUE?! – gritaram Castiel e Nathaniel ao mesmo tempo

– Alan, mais uma palavra sobre isso e eu lhe mato com requintes de crueldade! – respondi, irritada e envergonhada pelo que ele estava falando. Aquilo era coisa de quando eu era pequena... e eu já fui incomodada demais por familiares por causa do que houve naquele dia! Não quero ser incomodada pelos meus amigos também! Agora fiquei na duvida que Alan está chamando pra briga o Castiel ou era eu mesma...

– Ok... então Fênix, vai apresentar devidamente o seu marido ou não? – indagou Weany, parecendo estar se divertindo com a situação.

– Eu vou fingir que não escutei essa... Pessoal, esse é Alan, uma espécie de amigo e guarda costas da minha infância. Ele cuidava de mim, pra eu não ficar sozinha em casa.... me protegendo de qualquer acidente que pudesse acontecer, desde objetos cortantes a flamejantes e.... A proposito, o que está fazendo aqui Alan?

– O medico ligou pra seus pais depois de um incidente numa festa aqui no seu colégio, e ficaram muito preocupados, pois ele não falou os detalhes do ocorrido, apenas que a encontraram inconsciente. E pra completar, mocinha, você mentiu pra seus pais, quando perguntaram se houve qualquer coisa. – respondeu Alan, passando a mão na minha cabeça, bagunçando meu cabelo – Eles queriam vir, mas não ia dar, tentaram até chamar um parente, mas por sorte eles ligaram pra mim antes. Estou aqui pra saber se realmente está bem... e que não anda escondendo mais nada de seus pais.

– Pena que veio pra nada, como pode ver eu estou bem. – comentei, pensando em Nami e no gato. Alan não pode descobrir.... muito menos meus pais! – Pode ir embora agora!

– Não vai se livrar de mim assim tão fácil, Mon Amour... Vou ficar aqui alguns dias te observando e fazer um relatório detalhado de sua rotina... já consegui autorização da diretora pra te vigiar dentro do colégio, se preciso.

– E eu tenho cara de animal da natureza pra ficar sendo observado?!. – comentei – Francamente, não sei o que fazer com essa paranoia de vocês com relatórios de como estou, já disse que estou bem... Onde esta hospedado, “Agente 86”? Num dos apartamentos vagos do meu prédio, ou em um prédio vizinho?

– Onde mais eu estaria, Fênix?! – indagou ele, tirando uma chave do bolso – Estou no seu apartamento, seus pais me mandaram a copia da chave... Afinal só se pode observar um animal no seu habitat natural.

– Repete isso e eu faço você ver a grama crescer pela raiz! – respondi, fechando os punhos

– Nos meus planos para essa noite não incluem enterro, Amour! – respondeu ele dando os ombros – Vamos apenas reviver os velhos tempos... Prometo que não vou deixar você dormir essa noite! ... bom, foi um prazer conhecer vocês pessoal, mas eu e a Angel estamos de saída. Até mais!

– E as aulas? – indagou Lubelah, parecendo estar tão perdida quanto os outros naquela conversa toda

– Ela está dispensada por hoje... se me derem licença... – falou Alan e sem mais delongas, me pegou pela cintura e me colocou sobre os ombros e me levou embora, apensar deu o bater e chutar, com força, mandando ele me solta... mas o infeliz está muito musculoso pra algum golpe meu surgir grande efeito, quer dizer, apesar de tudo eu não quero machuca-lo. Pude escutar a diretora saindo da sala dela, gritando pra todo mundo voltar pra sala... menos eu, que estava sendo “sequestrada” no momento, na qual ela não ajudou em nada. Creio que o estado atual de Alan, ele só precisa dar uma piscadela e um sorriso, pra conquistar a velha...¬ ¬

Quando chegamos lá fora, tinha um jipe estacionado na calçada da escola, e Alan me colocou no chão e abriu a porta pra eu entrar no carro.

– Sério... você dirige um jipe? – indaguei, sem acreditar, afinal ele jurava que jamais iria dirigir algo que tenha mais de 2 rodas.

– Estava esperando o que Mon Amour, um cavalo branco? – indagou ele

– Não, sua moto. – comentei, entrando no carro – Que meu lembre, você dizia q seu cabelo iria cair antes de dirigir um carro... Mudou de ideia sobre liberdade da moto e etc.?

– Não, isso nunca. – respondeu ele fechando a porta do jipe – Mas seus pais foram bem persuasivos, caso eu viesse de moto.

– Te ameaçaram?! – indaguei rindo, imaginando o que eles teriam falado

– Não foi uma ameaça, foi uma promessa. – respondeu ele, dando a volta no carro e entrou no banco da direção – E convenhamos querida, eu prefiro enfrentar um exército, do que seus pais irritados!

– Porque todo esse medo?

– Os argumentos deles foram muito convincentes... Seu pai disse que arrancaria meu fígado, e a sua mãe, meu coração, - respondeu Alan, e começou a rir - E não sei se o seu pai faria realmente isso, mas eu não duvido nem um pouco da sua mãe!

– EU também não! – respondi, caindo na gargalhada, tentando imaginar a cena. – Bom, o que vamos fazer agora?

– Vamos a um supermercado e encher o carrinho de pipoca, salgadinhos, refrigerantes e sorvete. – respondeu Alan – Algo que dê pra alimentar um batalhão!

– Pra que tanto? – indaguei

– Algo me diz que vamos ter visitas hoje a noite. – respondeu Alan, dando uma ultima olhada na escola e depois, meteu o pé no acelerador. Só quando estávamos longe eu fui me tocar que tinha esquecido meu material na sala de aula... realmente Alan pensa em tudo!

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