Quando entramos na cantina, as meninas me arrastaram para uma mesa que era praticamente exclusiva do time de basquete. A mesa ficou dividida, em um lado do banco sentou 2 garotas, e do outro 3. Elas estavam conversando, meio animadas entre si, e eu só fiquei olhando... sem falar nada. A única que eu conhecia, tecnicamente, era a Weany... as outras meninas eu não sabia quem eram. Fiquei escutando elas conversarem, sem me intrometer.

- Você não é muito é conversar, né? – indagou uma, de cabelos longos e azulados.

- Não muito. – respondi

- É logico que não vai conversar muito conosco, nós não demos chance dela falar nada! – falou outra, de cabelo curto e preto.

- Talvez devamos nos apresentar primeiro. – comentou a uma das garotas, pelo que parecia era a mais nova da turma

- Boa ideia, eu faço as apresentações. – respondeu Weany – Você já me conhece Fênix, mas caso tenha esquecido o meu nome... sou Weany, sou tecnicamente a capitã do time feminino de basquete da escola. A garota de cabelos longos e azulados é a Maryanne.

- Oi fênix! – falou a Maryanne. Ela parecia estar receosa em falar... talvez fosse tímida ou tivesse medo de mim. Sei la... ela tinha olhos azuis escuros, com a tonalidade parecida com a do cabelo.

- A garota a esquerda de Maryanne, é a Lubelah; - falou Wayne, continuando as apresentações

- Hi! – respondeu Lubelah, sorrindo, levantando a mão. Ela tinha o cabelo curto e preto, mas os olhos eram cinza... não, parecem mais puxado pra prateado. Pude perceber que a mão dela é delicada, ou pelo menos parecem ser... mas o brilho do olhar, e o jeito que ela jogou na quadra, eu diria que tem a agilidade de alguém praticou artes marciais.

- E essa baixinha aqui! – falou Weany, abraçando a garota que estava a direita dela – É a nossa caçulinha e, tecnicamente a mascote do time, Keroro!

- Weanny!!! – falou Keroro, parecendo irritada. Confesso que tive vontade de rir . Comparando ao resto do time, ela era realmente a menor e talvez a mais nova do grupo. Tinha o cabelo roxo e olhos cinza, quase transparente. Ela era tão... tão... tão kawai(bonita/foda)! Me lembrava os olhos de um husky siberiano pu talvez um lobo e... CONTROLE-SE FÊNIX! Não pense em coisas Kawai, nem filhotes... PELO AMOR DE DEUS! Rápido, pense em algo bem  Nerd!

- Oi Keroro! – respondi, fazendo uma saudação estilo Vulcano, de Jornada nas Estrelas, ou seja, um ‘W’

- Com isso finaliza as nossas apresentações! – respondeu Weany – Agora falta você falar Fênix.

- Falar o que? – indaguei

- Sei lá, o que quiser. – comentou Weany, pensativa – Melhor ainda, a gente faz as perguntas e você irá responder! Você começa Maryanne.

- Certo, seu nome é realmente fênix? – indagou Maryanne

- Não, é um apelido. – respondi – O meu nome não é bem a minha cara...

- A... – comentou ela, perdendo o interesse

- Quando Dajan jogou a bola pra você, ao invés e segurar a bola... foi impressão minha ou você deu um soco na bola? – indagou Lubelah

- Só impressão! – comentei sorrindo – Foi um movimento involuntário de defesa, dei um soco na bola por instinto.

- E tua mão continua normal, nem tá vermelha ou inchada... – comentou Lubelah, muito observadora – Pratica artes marciais, né?

- Um pouco de tudo. – comentei, não querendo entrar em detalhes. Meus pais me proibiram de falar sobre esse assunto, afinal “as paredes tem ouvidos”... e se certo alguém ouvir, provavelmente será noticia  de capa do jornal da escola que sou faixa preta em algumas artes marciais.  Na ultima escola que eu estudei, alguns garotos acharam que era boato e tentaram testa a “teoria”... e alguns deles pararam no hospital. Mas não se preocupem, da ultima vez que eu tive notícias deles, descobri que estão todos bem e já saíram do hospital, mas terão de aguardar mais um pouco pra tirar o gesso.

 - Qual é a sua altura? – indagou Keroro, com um olhar que eu diria que ela estava tentando adivinhar minhas medidas.

- Tenho 1.68 e...

- Que isso, um interrogatório? – indagou Dajan, trazendo consigo uma sacola cheia de refrigerante e suco

- Quase. – respondeu Maryanne – Estamos querendo saber mais sobre o novo membro do time de basquete feminino.

- Eu não disse que iria entrar pra o clube de basquete. – comentei de imediato

- Porque não? – indagou Danjan, se sentando na minha frente, entre Maryanne e Lubelah, colocando o conteúdo da sacola sobre a mesa – Não vejo problema algum você entrar no clube... estamos precisando de ajuda.

- Já faço parte do clube de Jardinagem, eu ajudo o Jade. – respondi, pegando o refrigerante de limão, o abrindo – A diretora disse que eu devia escolher apenas um clube, e ele precisa de mim.

- Bom, se esse é o único problema, eu posso falar com Jade. – respondeu Dajan,  sorrindo – Eu combino com ele, assim você pode participar dos dois clubes. A diretora não precisa saber de todos os detalhes...

- E você pode fazer isso? – indagou Keroro

- claro. – respondeu Danjan – Ele vai deixa a... qual é teu nome mesmo?

- Me chamam de Fênix. –respondi

- E seu nome? – insistiu Dajan

- Eu não vou te falar meu nome, Dijavan! – respondi rindo, o provocando.

- É Dajan! – falaram as garotas e ele. Cara, isso foi engraçado...

- Tanto faz! – comentei, tentando fazer a cara mais séria possível.

- Eu falo com Jade mais tarde, ele é fácil de negociar. – respondeu Jade – Vamos fazer com que as atividades dos clubes não se coincidam, assim você pode participar de ambos.

- Ok... – respondi, sem dar muita fé. Quer dizer, eu acho que Jade não fala outro idioma se não “botânica”! Como alguém normal, ou aparentemente normal, conseguiria falar com ele?!

Ficamos algum tempo ali conversando, e confesso que gostei de ficar ali. Era meio estranho, mas é como se eu e as meninas já nos conhecêssemos. Sei lá, somos um pouco parecidas... quando acabamos de beber,  Dajan pegou as latas e as colocou na sacola, antes de jogar no lixo e sair para ver se os meninos estavam cumprindo o a parte deles, da punição. Acho que perdemos a noção do tempo de tanto que conversamos, pois quando nos vimos, já estava começando a chegar os outros alunos.

- É melhor a gente ir pra o vestiário, e trocar as roupas. – falou Weany – Quer ir com a gente fênix?

- Ok. – respondi, acompanhando as meninas até o vestiário feminino. Enquanto elas iam para o chuveiro, depois de pegar o necessário no armário e as roupas, eu fiquei sentada perto dos armários. Quando elas voltaram, eu confesso que estranhei um pouco o figurino delas... Maryanne usava roupas estilo gótico vitoriano, com as cores preto e roxo. Lubelah usava roupas que pareciam ter saído do anime Death Note, com as cores preto e branco... espero que ela não tenho o caderno desse anime também.  Keroro usava uma roupas num estilo “rock”, mas estilo confortável, na qual predominava o preto. Weany usando uma camisa sem-mangas verde, e uma minissaia da mesma cor, e botas de cano longo. Ok, todas somos meio “dark”, cada um no seu estilo, mas usávamos preto.

Quando estávamos saindo do banheiro, tivemos o azar de dar de cara com o Amber e suas Sombras. Pelo que percebi, eu não era a única a ter problemas com elas... pois escutei as meninas reclamarem e chiarem, ao verem elas.

- Olha... Olha... o que temos aqui, onde é o velório? – indagou Amber, dando aquele sorriso sínico dela. Como eu adoraria fazer ela beijar o chão nesse momento...

- Depende... onde você pretende enterrar seu cérebro? – indagou Keroro, de imediato, e eu me segurei para não rir. Keroro tinha a língua afiada...

- Olha como fala, sua anã! – respondeu Amber – Sabe do que eu sou capaz?

- Pouco me importa! – respondeu Keroro. Nossa, ela tinha mais sangue quente que eu! Será que somos parentes?!

- Ora sua...

- O que está acontecendo aqui? – indagou Dajan, se aproximando da gente, acompanhado por Castiel.  A “cavalaria” chegou ao nosso resgate!

- Elas estão de incomodando, Fênix? – indagou Castiel, sério

- Incomodar, que isso?! Elas nos honram com a presença delas. – respondi, fazendo um teatrinho – Elas são as “Três graças”!

- Três Graças?! – indagaram todos

- Claro, a “Sem-Graça”, a “Des-Graça” e a “Nem-de-Graça”! – respondi séria. Todos os outros riram, com exceção do grupo de Amber, que estavam vermelhas de raiva.

- Ora sua... como ousa?! – gritou Amber, levantando o braço, tentando dar um tapa em Fênix. Mas antes de conseguisse fazer algo, Castiel segurou-lhe o braço

- Nem tente Amber. – respondeu Castiel, irritado – Toque nela, e eu farei você pagar por isso!

- VOCÊ NÃO OUVIU O QUE ELA DISSE DA GENTE?! – gritou Amber, ficando mais alterada ainda

- Pouco me importa, mas se tocar nela, você vai se arrepender! – falou Castiel

- Mas isso foi insulto! – falou a amiga asiática de Amber, parecendo irritada. – Mas me diz, qual de nós é a “nem-de-graça”?

Amber urrou de raiva, puxou o braço, se libertando de Castiel e saiu dali, nós ameaçando. Seus clones saíram correndo atrás dela, o que foi engraçado, pois todas usavam saltos altos e finos, que fazia um barulho muito engraçado, parecia que um grupo de cães chihuahuas correndo. Todos nós ficamos rindo, vendo elas se afastarem...

- Adorei essas das “três graças”. – falou Keroro, se acabando de rir

- Isso é que você não viu nada, baixinha. – falou Castiel

- O que veio fazer aqui Castiel? – indaguei

- EU que devia fazer essa pergunta, você não foi suspensa pelo “Sr. Perfeição”? – Indagou Castiel – Não me diz que sentiu saudades da escola...

- Já viu algum ladrão sentir saudades da cadeia?! – comentei, cruzando os braços. Nçao entendo porque Castiel gosta de me provocar... - Me ligaram hoje de manhã, avisando que estava a suspensão foi cancelada.

- Suspensa?! – indagaram as meninas, parecendo se interessar na conversa

-Longa história! – respondi de imediato, não tava afim de contar pra mais ninguém o que eu fiz, vai que uma delas é fã daquele mala do Nathaniel...

- Nós temos tempo. – respondeu Dajan

- Mas ela não tem! – respondeu Castiel, pegando no meu braço – Ela tem algo pra fazer comigo primeiro.

Castiel em arrastou para longe dos outros do time de basquete, e de certa forma isso me salvou de ter de dar explicações para os outros. Ele me levou até a final do corredor, perto das escadarias e armários. Parando perto da escada, se virando pra mim...

- Preciso de ajuda. – falou Castiel

- Me arrastou até aqui pra só pra pedir ajuda? – indaguei desconfiada – Quer que eu faça algo ilegal ou mate alguém?

- Quem sabe na próxima... – comentou Castiel, mas desta vez ele estava meio sério. Estranho, porque ele estava assim?

- O que houve? Algum problema? – indaguei, dessa vez preocupada

- Estou procurando um caderno, é meio importante. – comentou Castiel
- Ok, eu ajudo a procurar, você sobe as escadas e eu procura aqui em baixo. – respondi. Castiel subiu, enquanto eu comecei a procurar o caderno, mas não achei nada... quando subi numa cadeira para procurar em cima dos armários, vi o grupinho de Amber entrar numa sala... logo depois alguém muito parecido com o Ken. Achei que era ele, mas a possibilidade dele entrar numa sala, sozinho, com o grupo de amber lá dentro eram nulas. Devia ser minha imaginação ou alguém parecido... mas eu não tenho tempo pra averiguar isso agora. Tenho que encontrar o maldito caderno!

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A visão de Fênix não tinha se enganado, realmente quem ela viu entrar na sala atrás do grupo de Amber era o Ken.

 - O que faz aqui sem a sua guarda-costas? – indagou Amber, ao ver Ken na sala

 - Eu... e... eu... – tentava falar quem, mas estava muito nervoso

 - Além de covarde virou gago também?! – indagou Charlote, rindo sarcasticamente

 - Acho que ele vai acabar desmaiando. – respondei Li, se aproximando de ken - Buu!

 - pa...pare com isso! – respondeu Ken, um pouco mais enérgico, apesar de estar tremendo, feito vara verde. – Vim aqui porque.... porque tenho uma proposta a fazer.

 - Não estou interessada em nada que você venha a falar. – respondeu Amber rindo com as outras – Eu não vou namorar você ou...

 - Quero saber o quando você quer pra deixar eu a Fênix em paz. – falou Ken de uma vez, tomando coragem – Estou disposto a pagar qualquer quantia para vocês nos deixarem em paz.

 - Acha que pode nos comprar?! – indagou Charlote, parecendo indignada
 - Cale a boca! – respondeu Amber, se aproximando de Ken – O quanto a estaria disposto a pagar?

 - Quanto quer? – indagou Ken, sem vacilar.

 - Quero $500. – respondeu Amber, sem pestanejar

 - Feito! – respondeu Ken, se virando em direção a porta – Trarei o dinheiro amanhã.

 - Ei tenho mais ima exigência. – falou Amber, o segurando pelo braço – Quero que mantenha Fênix longe do meu Castiel e do Nathaniel. Se conseguir fazer isso, vocês nunca mais serão incomodados pela gente.

 - Ok. – respondeu Ken, fazendo ela solta seu braço, e saiu da sala. Ele viu Fênix no final do corredor, procurando alguma coisa, mas decidiu não se aproximar... não estava preparado para falar com ela naquele momento. Apenas ficou a observado – Fênix, estou fazendo isso por nós dois... me perdoe.

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