New Bad Girl escrita por CKS


Capítulo 1
Capítulo 1 e 2 - Tudo novo!




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Estava dormindo... passatempo favorito depois que me mudei pra essa cidade. Não que eu seja dorminhoca, mas a mudança e arrumação do apartamento que vou morar realmente me cansou muito dessa vez. Minha independência começou agora, pois irei morar sozinha até terminar o colegial, ou pelo menos vou tentar fazer isso. Meus país, devido ao trabalho viajam muito, e eu mal consigo ficar na mesma escola por mais de 6 meses. Isso dificulta muito nos estudos, fazer amigos e tal... Mas eu não reclamo muito, afinal minha mesada aumenta e ganho algumas vantagens. Eu normalmente tiro boas notas, mas me meto em encrencas com freqüência por causa do meu gênio, e isso contribuiu ainda mais com as minhas transferências de escola. Meus pais acham que isso é devido rotina anormal que temos na minha família... e minha mãe leu em alguma revista de avião sobre o que poderia me prejudicar no fator psicológico, social, filosófico ou seja lá o que for, essas mudanças, e acabasse virando...

- Angel, atenda já o telefone. eu sei que você está ai! - gritava a minha mãe, deixando a mensagem "amorosa" na secretária eletrônica - Se não atender, eu juro que...

- Hay! hay! - respondi ao atender o telefone, tentando a acalmar. Se eu não atendesse, era bem provável que a equipe da SWUAT invadisse o apartamento, com os bombeiros, polícia montada do Canadá, jornalistas, ninjas... Acredite, minha mãe é capaz de chamar do Papa até a MIB com os Power Rangers inclusos.

- Porque demorou a atender o telefone? Não é por causa de nenhum amiguinho, é?

- É exatamente isso mãe... meu amigo imaginário me veio fazer uma visita, e de quebra ajudou a arrumar tudo por aqui. Quer falar com ele?

- Chega de sarcasmo! Não se esqueça que hoje começa as suas aulas, deve ir. O primeiro dia é sempre o mais importante, tente causar uma boa impressão e...

- Já sei, "seja amável e educada com todos, não deve brigar, nem quebrar, deslocar, deixar inconsciente ou matar ninguém" - falei, a imitando

- Lembre-se que o que estamos fazendo é apenas uma experiência para ver se você pode se virar sozinha. Se recebermos mais que 3 queixas da escola, você volta pra casa.

- Sei, sei... Mas vou me atrasar se continuarmos com essa conversa. Prometo te ligar quando chegar em casa, e não matar ou bater em ninguém... hoje.

- Mas pode se defender! - falou meu pai, pegando o outro telefone e entrando na conversa

- É por isso que te amo pai! - respondi rindo - Agora até de noite!

Depois de tomar um banho, coloquei uma causa jeans, tênis, e top e uma jaqueta estilo MATRIX, eu estava pronta pra ir pra escola. Eu sei que parece meio estranho alguém se vestir assim, mas minha mãe me fazia vestir roupas para "caso sentir frio, calor, tempestade ou qualquer catástrofe natural", tudo ao mesmo tempo. Se acha isso engraçado, tente imaginar eu indo pra a escola primária, usando roupas preparadas pra qualquer catástrofe natural, incluindo até um guarda-chuva e botas que eram fluorescente... usava tanta roupa que parecia a miniatura do Robo-Cop andando.

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Já na escola, cheguei a conclusão de estar perdida. O ruim de ser novata é que ninguém está muito disposto a te ajudar, pois normalmente estão atrasados ou qualquer coisa do gênero. A diretora falou que eu devia procurar o representante de turma, chamado Nathaniel em alguma sala por ali e... confesso, não prestei atenção alguma no que ela falou. Agora sim eu consegui piorar minha situação... A não ser que eu dê um grito o chamando, será impossível saber quem é exatamente Nathaniel no meio de tantas pessoas na escola. Passando pelo corredor, a procura da “sala ali” da diretora, esbarrei num garoto com o óculos fundo de garrafa.

- Você sabe onde é a sala do representante de turma? - indaguei

- Não, sou novo aqui. Sinto muito não poder ajudar, sou inútil! - respondeu ele, quase chorando- Eu pedi ajuda pra uma garota loira, que estava com outras 2 amigas, e ela me humilhou e depois me trancou num armário e...

- Só um sim ou não bastaria pra responder a pergunta.

- Desculpe, não queria importunar com meus problemas... - respondeu ele, e eu juro que vi aquela nuvem negra que nem as de anime, ao redor da cabeça dele, aquelas que indicam depressão

- Tudo bem, pelo menos agora sei que garotas eu devo evitar...

- Que isso, o circo tá na cidade?! - gritou uma loira surgindo praticamente do nada, acompanhada de mais duas garotas, provavelmente eram aquelas que o garoto falou

- Deve ser, pois deixou 2 palhaços saírem! - comentou a outra, que a acompanhava

- São essas? - indaguei a ele, que estava praticamente se escondendo atrás de mim

- É...

- Porque os palhaços não voltam logo por circo? - indagou novamente a loira

- Vai ver é por que as duas palhaços estão fazendo um desfile pelo corredor do colégio, acompanhadas pela mulher barbada. - respondi ironicamente

- O que?! Sabe com quem está falando? - indagou a loira, indignada

- Sei, com a próxima paciente do cirurgião plástico, se não parar de incomodar e não sumir da minha frente. - respondei séria, fazendo estralar meus punhos

- Vamos embora Amber. - falou a amiga asiática, recuando um pouco, a puxando pelo braço

- Acha que eu tenho medo dela?! - gritou a Amber - Vou chamar meu irmão e...

- Vou contar até 5, se não sair eu não vou responder por mim. 1...2...3... - antes deu chegar no 4, as três saíram apresadas de perto, afirmando que tinham um compromisso importante, e não por medo de mim.

- Como conseguiu fazer isso? - indagou o garoto de óculos

- Patricinhas são todas iguais, só mudam de endereço, elas falam demais e atacam em grupo. Mas morrem de medo de apanhar, ou danificar o rosto. Normalmente as ameaçar, e fazer uma cara bem irritada, as amedronta o suficiente para fugirem.

- Pode me ensinar isso? - indagou ele, rindo

- Paciência, jovem aprendiz. Aprender a confiar na força interior, você deve. - respondi, imitando a voz do Mestre Yoda

- Star wars?! - indagou ele, quase gritando, animado - E conheço toda a série!

- Acho que acaba de nascer uma bela amizade. - respondi rindo, apertando a mão dele - Meu
nome é Angel, mas meus amigos me chamam de fenix.

- Porque fenix? - ele indagou

- Longa história... você é?

- Sou Ken! - respondeu ele - Fênix, o que acha de procurarmos juntos a sala do representante? - indagou Ken

- Vamos fazer assim, eu procuro conhecer a escola por fora, e você fica aqui dentro e procura a sala. Nos encontramos aqui depois.

- Mas se aquelas garotas voltarem a me importunar? - indagou Ken, praticamente azul de medo

- Me dê seu celular. - pedi, e ele me obedeceu, e eu gravei o meu numero na agenda dele - Pronto, se elas te incomodarem, ligue que eu venho te ajudar.

- Era eu que devia ser o cavaleiro de armadura, não você... - comentou ele desanimado, olhando o numero do celular.

- Desde que nenhum de nós use um vestido rosa, não tem problema. - respondi. Ken riu e nos separamos, sendo que e fui até o partiu, depois ao jardim e a quadra de basquete. Nada de novo, todas as escolas tem isso... voltei ao partiu e me sentei no banco, me arrependendo de ter saído da minha cama aquela manhã.

- Saia. - falo um cara ruivo, de jeans, camiseta vermelha e jaqueta., olhando pra mim irritado

- Do banco? - indaguei

- É, ele é meu. - respondeu ele, parecendo estar impaciente

- Você sai de casa, vem pra o colégio pra ficar no banco do partiu fazendo o que? Dormindo?

- Não, pra tomar um bronze. - comentou ele, entre sarcástico e irritado. Mas por alguma razão estranha, eu comecei a rir sem parar da resposta dele... até chorei de rir...

- Do que tá rindo?! - indagou ele, mais irritado ainda

- Da ironia. - respondi, tentando me controlar, me levantando do banco - Pode ficar com o banco, é todo seu.

- Espera... - falou ele, se sentando - Qual é seu nome?

- Me chamam de fênix.

- Fique longe do meu banco e da minha vista e tudo ficará bem, novata. - comento ele deitando

- Não se preocupe "belo adormecido", farei questão de ficar longe...

- Ela está te importunando Castiel? - indagou a Loira Amber, mas estava sozinha. Onde ela havia deixado as amigas “Tico e Teco”?!

- Não tanto como...

- Mulher barbada, a quanto tempo?! - falei, o interrompendo - Sentiu saudades foi?

- Mulher barbada?! - indagou o ruivo, olhando pra Amber sorrindo - Novo apelido Amber?

- Como ousa falar sim na frente do Castiel?!

- E acho que ele ainda consegue escutar quando fica de costas, mas na próxima testamos essa teoria. Até mais mulher barbada, avise quando começarem a vender os ingressos para lhe ver quando estiver expostas no zoológico, ok?! - respondi, me afastando deles e voltando para o interior da escola. Hoje realmente não era meu dia...

- Fênix, eu achei a sala! - falou Ken, vindo correndo pelo corredor em minha direção. - Fica praticamente em frente a nossa sala de aula. Eu já fui lá, o representante já está te esperando. A minha papelada está tudo bem, agora é a sua vez.

- Ok... - falei já desanimada, e fui até a sala. quando entrei deparei com um cara loiro, de sorriso simpático e lindos olhos dourados. Não é exatamente meu tipo, mas ele é bonito. - Oi, você é o representante?

- Sou, me chamo Nathaniel. - respondeu ele sorrindo, estendendo a mão e me cumprimentou - Você deve ser a Angel, correto?

- É, fui transferida pra cá. - respondi, tentando desviar o olhar daqueles lindos olhos dourados. - Pode me chamar de fênix.

- Se não se importar, prefiro lhe chamar de Angel, é mais bonito e combina com você. - responde Nathaniel, meio galante

- Você a única pessoa do planeta que comentou isso, fora meus país quando eu nasci. - comentei, e ele riu. O riso ele é discreto, me abalou geral... Ele parece aqueles príncipes encantados que a gente idealiza que vai se casar, quando tem 10 anos. Só faltava o cavalo!

- Bom, mudando de assunto, seus documentos estão incompletos e ainda falta uma foto sua. - respondeu Nathaniel, me dando as folhas que preenchi.

- É, está faltando mesmo... a foto. - respondi, tentando voltar a me concentrar no mundo real - Mas o resto eu já entreguei tudo. A folha deve estar perdida em algum lugar.

- Não creio que isso tenha ocorrido, mas em todo caso vou dar uma olhada. - respondeu ele, parecendo meio irritado

- Quer ajuda pra procurar?

- Não, eu me viro. - indo pra uma mesa, onde tinha um monte de papelada

- Tem certeza que não quer ajuda? - indaguei, olhando o monte de folhas sobre a mesa

- Não posso aceitar ajuda de alguém estranho. - respondeu ele, e depois acrescentou apressado - Eu não falei por desconfiar de você nem nada do tipo, mas são regras da escola. Ninguém que não esteja vinculada a presidência do corpo docente pode ter acesso aos documentos.

- Ok, então eu vou indo. - respondi, tentando sair da sala, mas ele se aproximou rapidamente e segurou meu braço e ficou olhando pra mim. - O que foi?

- Não... não é nada. - respondeu ele soltando meu braço - Desculpe, eu não... Desculpe.

- Fale, eu ainda não tenho poderes para ler a mente dos outros. - respondi, fechando a porta, e me encostando nela. - Algum problema?

- Não... não é nada. é que... - começou a falar ele, parecendo meio confuso consigo mesmo. Passou a mão pelos cabelos, parecia nervoso. - as... Sua roupa...

- O que tem ela? -indaguei a olhando, procurando algo errado

- Você vai ficar vestindo isso... ?

- Não, quando tomo banho eu tiro. - respondi, me divertindo com a confusão dele.

- Não é isso, é que... - respondeu ele, mais nervoso ainda, e agora tava vermelho. - Porque está a vestindo assim? Quer dizer, não que você não possa, mas é...

- Queria imitar o Darth Vader. - respondi séria, e ele quase gargalhou. As expressões faciais dele eram tão... Tão fofas. Não sei porque me lembrava um filhote de... Talvez gato. Ok, eu tenho uma queda... Melhor dizendo, um tombo por coisas fofas.

- Perdão, acho que não me expressei direito. - responde ele, agora parecendo mais calmo

- Acho que sou eu que devo pedir desculpa, tava me divertindo um pouco as suas custas. - respondi sorrindo - Acho que entendi o que você queria dizer, a escola não permite roupas como as minhas, não é?

-Não é isso. - responde ele, ficando sério e se aproximou mais de mim, ficando praticamente face a face comigo. Continuei séria em sem me mexer, ele tava próximo demais!!! - Ela combinam com você, Angel.

- E... eu e...

- O que foi... O gato comeu sua língua? - indagou ele sorrindo, olhando diretamente nos olhos. Eu tentava reagir, tava praticamente gritando para mim mesma para fazer alguma coisa, mas me corpo não respondia!!! Afinal o que esse cara tinha, para poder fazer isso comigo?! Ele passou a mãos nos meus cabelos, e tirou uma folha deles, e a mostrou em seguida. Deve ter ficado no meu cabelo quando eu fui ao pátio. - Pronto, essa folha estava atrapalhando. Pode ir para sua sala Angel.

- Certo... - respondi, mas nenhum de nós se mexeu. Eu não conseguia, e parece que ele relutava em se afastar de mim. Parecia que iria demorar uma eternidade pra um de nós tomar a iniciativa de se mexer, mas não de tempo pra isso... Alguém começou a bater na porta freneticamente.

- Nathaniel?! Abra essa porta, quero falar com você! Nathaniel! - gritava a garota do lado de fora, com a voz levemente familiar

- Um momento! - respondeu ele sério, e depois cochichou pra mim - Hora deu voltar a meus afazeres. Poderia desencostar da porta?

- Então se afasta para eu sair. - respondi séria, olhando nos olhos dele.

- Como uma gata orgulhosa. - respondeu ele sorrindo, se afastando de perto de mim, deixando espaço suficiente para eu passar. Logo depois a porta se abri, e para minha surpresa, quem entrou foi a Amber!

- Nathaniel, não sabe o que me aconteceu... Teve uma garota horrível que... - começou a falar Amber apressadamente. Nathaniel ergueu a mão, como se mandasse ela se calar e depois olhou pra mim.

- Os deveres me chamam. - respondeu ele, voltando a representar o papel representante de sala, o que de certa forma de deixou mais tranqüila, mas ao mesmo tempo decepcionada. - Nos vemos mais tarde, farei questão de lhe mostrar o colégio. Amanhã, e traga uma foto sua, certo Angel?

- Sim senhor! - respondi, fazendo uma saudação militar, saindo da sala. Tive um tremendo de um calafrio ao passar pela porta, na qual tive uma certezas, os dois ficaram olhando pra mim até e sair da sala. Uau! Esse era o dia mais estranho da minha vida... E pra piorar, era o primeiro dia de aula, e era segunda-feira!

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