Ao Entrares Em Minha Casa. escrita por Ela Menina Bia


Capítulo 7
Capítulo 7- Lua e espancada por seu pai. (Lua)




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Fiquei por uns minutos sentada perto do corpo de Léo, que ficara gelado e imóvel. Respirei fundo e tomei coragem de sair do quarto.
Quando abri a porta dei de cara a família de Léo me olhando esperançosos, então segurando o choro eu disse:
-Ele se foi... O Léo... O Lé está morto.
Sai andando pelo corredor, não sabia mais de nada, não sabia pra onde ir, o que fazer, como seguir em frente. Num momento eu tinha tudo o que eu poderia querer, e agora não tenho nem ao menos onde pisar.
Então me vi na calçada do hospital, sentada, toda desarrumada, suja, cansada, quando olho pro lado, vejo meu pai caminhando em minha direção com um tom de ódio, ele me agarrou violentamente pelo braço e disse:
-Entra no carro e não fala nada.
Eu fiz o que ele mandou, segui calada enquanto ele dirigia. Enfim ele estacionou o carro na porta da minha casa, quero dizer, da minha antiga casa. Ele me tirou do carro violentamente e me empurrou pra dentro da casa.
-O que você quer?
Perguntei. E para minha surpresa ele me deu um tapa na cara e eu cai no chão, então ele começou a me bater, violentamente, igual quando eu era pequena e minha mãe saia de casa, eu me lembro muito bem, ele me batia muito, me chingava de, estranha de anormal, eu nunca tive coragem de contar nada pra minha mãe porque eu pensava que assim ela apanharia também, então eu simplesmente me trancava no quarto e crescia. De repende minha mãe apareceu e tentou parar meu pai, mas ele deu um soco e ela caiu desacordada.
-Sua vagabundinha!
Ele gritava:
-Sua estranha! Você é uma vagabunda que gosta de se deitar com caras mais velhos. Sua vagabunda.
Ele me pegou pelo braço, abriu a porta da casa e me jogou pra fora na calçada. Eu fiquei lá deitada por una minutos até que os vizinhos me levantaram e me colocaram num
taxi para o hospital.
-Moço, muda o destino, me leva pro parque.
-Mas menina você está toda machucada.
-Porfavor, faz o que eu estou te pedindo.
Então ele segui para o parque e me deixou lá. Fui mancando até o chalé. Quando cheguei lá deitei no sofá e fiquei esperando anoitecer, chorando, sem entender, como fazia quando era criança, uma pequena Lua em seu quarto. Eu ainda era a pequena Lua, mas apaixonada, machucada e em seu chalé na floresta.

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