Small Bump escrita por seaweedbrain


Capítulo 32
Capítulo 32




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Dito e feito! Larissa nunca mais voltou a aparecer mesmo depois de uma semana, e todos acreditavam que a menina não ia mesmo mais voltar para ali tão cedo. Victória tinha se estalado junto a Emily e a Letícia no seu antigo apartamento, já que Giovanna quase morava no apartamento de Elliot, que agora não dividia mais com Zack porque o menino tinha comprado um apartamento no mesmo condomínio, mas o mesmo ainda estava em reformas.

Letícia estava no banheiro do quarto de Victória terminando de se maquiar. Ela iria sair, mas não tinha comentado com ninguém ainda que iria sair com David, mas talvez nem fosse como algo a mais já que o menino nem se quer dava vestígios de que gostava da menina. A mesma estava bem próxima de Zack agora, e os dois se falavam muito, o amigo alegava que Murphy era arriado por Dantas, mas ela ainda duvidava muito que isso fosse realmente verdade.

– Vai sair? – Goularth digitava algo em seu notebook. Antes de entrar no banheiro, Letícia se lembrava de Emily estar com a amiga ali na cama.

– Vou sim. – ela se sentou na beira da cama. – David quer me levar pra conhecer uma balada que ele prometeu há algum tempo. Talvez eu ache alguém... Talvez não.

– Ou talvez você já esteja com esse alguém, só não quer perceber.

– Onde está Emily? – Dantas mudou de assunto radicalmente. – Não quer me acompanhar também?

– Saiu com os padrinhos ainda pouco. E ficar de vela? Não obrigada. – as duas riram. – Vou terminar minha matéria e ver um filme, comer chocolate e pipoca, dormir e talvez mais tarde eu peça uma pizza. Tudo indica que Lily vai ficar com Giovanna e Elliot até o amanhecer. – Goularth pareceu dar ombros, mas agora Letícia estava um pouco nervosa para perceber isso. – Me mande um britânico, gostoso de preferência, que queira fazer isso tudo comigo que vou lhe agradecer eternamente.

– Seu pedido é uma ordem. – Letícia zombou. – Vou indo, se cuida. – ela mandou beijos para a amiga e arrumou a saia preta, depois pegando sua jaqueta de couro depois e saindo do apartamento. Ela estava apreensiva, não que estivesse feia ou algo assim, mas tinha medo de chegar à rua e David estar um príncipe, e ela parecer uma pata choca ao seu lado, que era mais ou menos como ela se sentia estando ao lado do garoto. Ele era tão doce, tão gentil, tão sincero e ao mesmo tempo lindo e maravilhoso. Ela podia ficar horas e horas olhando dentro dos olhos azuis daquele menino e nunca iria cansar deles.

Ela levantou um pouco sua saia e passou a mão nos cabelos soltos em cachos nas pontas pela ultima vez olhando no grande espelho no elevador. Ela vestia uma saia Skirt preta de ceda, um top cinza soltinho, uma Ackle Bootie preta de tornozelo de veludo, uma jaqueta de couro e um mini roller na cabeça preto, tinha um colar terço preto no pescoço e pulseiras pratas juntamente com a carteira que carregava na mão de couro. Ela havia colocado seu melhor perfume, e feito a melhor maquiagem tudo para impressionar Murphy.

– Nossa! – A garota levou um susto quando ouviu um urro baixo vindo do estacionamento. David estava encostado em sua Mercedes ao lado da porta da saída do elevador da garagem e tinha um lindo sorriso no rosto. O garoto estava incrivelmente perfeito. Se é que tinha como melhorar, ele vestia uma calça social no tom azul Royal, uma blusa branca de botões que parecia ser de seda, e um all star branco. Ele estava simples mais simplesmente maravilhoso com o cabelo loiro brilhando e os olhos azuis cintilando que pareciam dançar com sincronia com seu sorriso. Do mesmo jeito de Dantas, Murphy a olhou de cima a baixo e assentiu depois. – Isso tudo é para o futuro namorado britânico?

– Eu espero que agrade. – Letícia sorriu e deu uma volta em si mesma, David riu baixo e depois a analisou novamente dando ombros.

– Prefiro as minhas namoradas. – ele disse se virando quando a menina bateu a bolsa em suas costas. Os dois entraram no carro de Murphy e foram quase inquietos com a presença um do outro para uma das maiores baladas de Londres: Maddox.

Victória estava cansada de trabalhar, porque depois de tudo estabilizado era só o que ela fazia. Trabalhar. Trabalhar e trabalhar. Precisava de um pouco de descanso e isso se resumia a assistir um bom filme no velho sofá da sala. Arrumou pipoca, chocolate, refrigerante e água. Também pegou algumas caixas de lenços de papel porque ela pretendia ver um bom romance. Assim que iria dar play no filme sua maldita campainha tocou, a menina bufou mais foi até a porta, com o pijama que estava levando uma surpresa ao abrir a mesma.

– Letícia tá aí? – Zack perguntou, depois de se forçar a olhar para o rosto de Goularth, não para suas pernas nuas. Ele entrou quando ela deu espaço para ele, e depois Victória fechou a porta o encarando com uma sobrancelha erguida.

– Letícia acabou de sair com David.

– Ela me mandou vir aqui... – Zack parou subitamente ouvindo a gargalhada alta de Victória. Depois ele olhou sem querer para a sala completamente arrumada. – Está esperando alguém?

– Só o britânico que a Letícia disse me mandar. – ela recomeçou a rir e se sentou no sofá, ainda rindo.

– Que? – Goularth iria começar a explicar quando Zack a interrompeu. – Ah! Já entendi, isso tudo é um plano seu não é? Pra se aproximar de mim?

– Como é? – a menina se levantou agora igualmente irritada e confusa.

David e Letícia passaram pela porta da boate onde já haviam virado focos das câmeras daquele lugar. Letícia já tinha visto alguns famosos, mas não cumprimentara ninguém com vergonha, ou até mesmo babaquice. Eles subiram para a pista vip, onde Murphy acenou para o DJ que retribuiu dizendo algo como “essa é pra um amigo antigo da casa” e soltou uma das melhores remixers de eletrônica que Dantas ouvira na vida. Tudo ali era perfeito, o bar cheio de gente, a pista lotada, e as mesas com amigos em volta. Parecia realmente perfeito, e aquela noite seria realmente boa.

– Ficamos aqui. – David parou em uma mesa que era pouco afastada as outras, e era para quatro pessoas, mas ele não pareceu ligar estar em dois. – Achou algum britânico interessante? – ele falou em tom de zombaria e Letícia queria bater nele de novo, mas somente rolou os olhos.

– Nada que eu não já tenha visto antes. – ela podia estar ficando louca, mas pensou ter visto o sorriso de David aumentar. – Vamos beber o que?

– Uma bebida por minha conta. – David levantou a mão e balançou o dedo para o garçom, o mesmo assentiu e pareceu entender. Dentre esses cinco minutos os dois ali na mesa ficaram calado somente olhando em volta e conhecendo o lugar com os olhos. Duas ou três garotas haviam pedido uma foto e autografo para David alegando ser fãs antigas, Letícia se privou a dar minis sorrisos e a negar estar namorando com David. Ela queria dizer que sim porque depois de saber que o Murphy ainda estava solteiro, as garotas começavam a dar mais ainda em cima dele do que possível, e isso começou a irritá-la. Quando a bebida deles chegou, Letícia já estava com uma imensa voltando de dançar, bebeu dois goles grandes do conteúdo vermelho do seu copo e fitou David, com um bico.

– Vamos dançar? – ela segurou a mão dele, e na mesma hora uma onda elétrica passou por todo seu corpo. Torceu para ter sido a mesma coisa com David, mas o garoto pareceu não se afetar. – Por favor.

– Você quer dançar? Comigo? – ele pareceu confuso.

– É, ué. Você é minha única opção. – O garoto mandou língua e puxou Dantas para a pista. Ele percebeu que no caminho para a pista de dança da ala vip muitos caras olhavam Letícia com os olhos famintos, e isso o deixou furioso por dentro, fazendo segurar a mão dela com mais força, quando o que ele queria mesmo era sair dali e a levar para longe, para um lugar só dos dois e poder aproveitá-la como ele sempre quis.

Donovan negou com a cabeça e depois pegou a cesta de frutas nas mãos e comeu uma uva, olhando fingindo surpresa para Goularth que estava perplexa no sofá.

– Você fez isso tudo só por minha causa, Victória? – ele olhou ao redor. – Estou impressionado.

– Olha aqui, seu pretensioso... - Ela se levantou e tirou dos braços dele a cesta de frutas, o olhando nos olhos. – Nada disso é pra você. E nada aqui é um plano pra reconquistar você. Não cansa de ser idiota garoto?

– Quem não cansa é você. Aliás não me surpreende coisas tão baixas vindo de você.

– Porque está me atingindo Zack? – Victória olhou Zack com misericórdia, ela queria expulsar o garoto dali, tudo o que ele falara até agora eram calunias, mas ela sentia falta dele e não podia negar aquilo para ninguém, mas ao mesmo tempo ela não queria que ninguém soubesse. – Você quem me deixou lembra? Das duas vezes, o único culpado disso tudo. Da minha vida ser um inferno é você.

– Você acha que é fácil pra mim? Ver você, falar com você e não poder ter você pra mim?! – Zack bateu na pilha de CDs na estante, ele parecia nervoso. – Eu amo você, caramba! Mas eu cansei de você. Cansei de sofrer.

– Zack...

– Não Victória. – ele segurou os pulsos da menina, que gemeu de dor e o olhou no fundo dos olhos verdes, os mesmos estavam vermelhos e a qualquer momento ela sabia que Donovan choraria, mas ele nunca daria essa honra de chorar na frente dela. – Você vai me escutar agora. Eu passei cinco anos da minha vida com saudades de você, sentindo sua falta, agoniado, te querendo de volta. Eu vivi pra você. Ou eu estava morto! Você sabe o que é isso?! Claro que não. Ninguém sofreu tanto quanto eu, você tinha Emily, e eu? Com que foi que eu fiquei? Com a solidão, a saudade.

– Zack, eu... – Donovan soltou Goularth, a garota deixou uma lágrima cair dos seus olhos e depois abraçou os braços. – Eu sinto muito!

– Sente muito? Sente mesmo? – ele riu irônico. – Somos uma rua sem saída, Goularth.

– Eu... Eu... – Victória queria falar, mas nada saia de sua garganta, ela sabia que aquela era a hora, mas não achava voz para dizer aquilo pela primeira vez a Zack. Ele precisava ouvir, mas ela não sabia dizer.

– Você nem se quer consegue mais expressar seus sentimentos. – Donovan se aproximou novamente de Goularth que fechou os olhos e depois lágrimas escorrerem. – Quando você conseguir dizer seus sentimentos em voz alta, talvez possamos conversar. – ele saiu às pressas do apartamento.

Depois de dançar muito, Dantas e Murphy voltaram para a mesa que estava sendo guardada por Allen e Mason, os dois sorriam e bebiam bebidas azuis, mas tinham alegres e felizes expressões nos rostos.

– Eita! – Dantas passou os cabelos para um lado do outro, tentando alterar o calor de seu corpo, depois se sentou. – Passou algum pombinho da felicidade aqui?

– Acho que a cegonha está vindo Let. – David riu alto, levando os outros juntos.

– Temos uma noticia para dar. – Adriane falou, igualmente feliz e animada.

– Nós conseguimos adotar um bebê. – Dantas e Murphy olharam surpresos para o casal que se beijaram depois de dar a notícia.

– Garçom, mas quatro tequilas aqui que hoje temos que comemorar. – Letícia bateu na mesa abraçando Joseph e Adriane depois em uma alegria só.

Depois de algum tempo descansando, um cara do bar chamou Dantas para dançar, e ela foi. David tinha fechado a cara depois disso porque da pista ele conseguir ver os dois dançando lá em baixo e ele não gostava nada, nada das gargalhadas que Letícia dava quando o cara sussurrava em seu ouvido.

– Porque você não vai lá e pega o que é seu? – Joseph se sentou na mesa, Mason havia ido ao banheiro.

– Porque ela não é e nunca será minha. – Murphy virou seu drink.

– Você é idiota Murphy? Ela tá na sua cara. Para de ser imbecil e vai pegar a mulher que tu ama. – Joseph riu da cara do amigo e bebeu seu suco de laranja com vodka fraco depois. David deu mais uma olhada na pista e uma raiva subiu seu corpo. Ele se levantou e desceu as escadas, o que ele falaria quando chegaria lá? Pegaria o braço de Dantas e a beijaria?! Isso era loucura, a menina não gostava dele, somente como amigo. Quando ele estava perto dos dois, viu o tal cara beijar a dobra do pescoço de Dantas, ele passou por trás dos dois enfurecido, batendo seus ombros em alguma coisa indo para a saída da boate, esperava ali ser a saída dos fundos, já que não tinha ninguém.

– David? – ouviu a doce voz de Letícia e desejou sumir dali, ele era fraco demais para ficar perto dela. – O que aconteceu? David! – ela o puxou.

Murphy não mediu esforços, puxou Letícia pela cintura e lhe beijou os lábios sem pedir permissão de passagem, os dois conheciam a boca um do outro como se aquele fosse o primeiro beijo de suas vidas. Para David era, o primeiro que realmente era significativo. Ele amava Letícia, e não tinha sombra nenhuma de duvida nisso. A garota passou os braços por seu pescoço correspondendo igualmente na urgência do beijo. Os dois cessaram o beijo ofegantes, e depois olharam preocupados um para o outro.

– Desculpa eu... – David tentou se afastar mais foi impedido por Dantas.

– Você não sabe por quanto tempo eu esperei por isso. – e o beijo foi recomeçado.




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Notas finais do capítulo

- Chorei escrevendo esse capítulo. Só isso!
- Cup cakes, obrigada por estarem me mandando os contatos de vocês, estou feliz por saber que vou ter esse tanto de leitoras futuramente, sinto-me lisonjeada.
- Agora eu tenho uma noticia realmente ruim para acabar: Fiquem com os lenços nas mãos, e não inundem suas casas porque o próximo capítulo será o último de SB (todas choram).
- Mas como eu sou boazinha, eu vou fazer um capítulo final, e um capítulo extra, mas vocês não ficarem no escuro.
- Ccmentem, x