"Um amor pode crescer desde muito cedo"

Retiro Minha Máscara

A amazona de Prata sempre deu tudo para ser a melhor, a mais forte, ter sua força comparada com a de um homem. Ela queria ser considerada um guerreiro de Athena, assim como os cavaleiros de ouro,prata e bronze.

Achava que tudo que ficasse no feminino perdia seu poder imperativo, como a palavra rainha, é poderosa, mas não chega perto do que a palavra rei representa. Porque a palavra amazona parecia ser tão fraca perto da palavra cavaleiro? Não, não aceitaria isso.

Uma das idéias mais geniais que Athena teve em sua opinião foram as máscaras, essa lei pregada às amazonas ajuda muito na hora de um combate ou de um treino com os cavaleiros, aliás, todas as idéias de Athena eram geniais, dignas de uma Deusa que luta pela justiça em sua Terra. Sua apreciação pela querida Deusa sempre existiu, desde pequena quando ouvia histórias da mesma e como lutava para proteger seu povo, só de escutar aquelas lendas podia sentir o cosmo quente e confortante lhe dando forças para cada vez se tornar uma mulher mais forte, foi aí que decidiu se tornar uma amazona e desde muito criança começou a treinar para conquistar a sua atual armadura de prata de Águia, uma das constelações mais fortes em sua opinião, afinal é um animal predador e rápido.

Nunca deixara ninguém ver sua face, depois que ganhou sua máscara tira ela apenas para se banhar e se recolher à noite, fora aquela ocasião em que ajudou seu pupilo Seiya a atravessar a grande escadaria com rosas de Afrodite para chegar a sala do Grande Mestre, e se orgulhava disso! Ajudou de um modo ou de outro a salvar a vida de Athena que estava com uma flecha em seu peito.
Se alguém visse seu rosto a regra era clara, para todos. Matar a pessoa, ou à amar para toda a vida. Não deixaria isso acontecer diversas vezes como acontecera com Shina. Não, sua identidade era como se sagrada para ela, e a guardaria para quem tivesse certeza que fosse amar para toda vida, mesmo que esse amor nunca fosse correspondido.

– Disse que quer uma audiência com Athena, amazona Marin?
– Sim Mu de Áries, vou subir todas as escadas até chegar no topo.
– Muito bem, pela minha pode passar tranquilamente.

O cavaleiro de Áries estranhou a forma agitada que a amazona falava, mas não hesitou em deixar ela passar, para ele e para qualquer outro cavaleiro de ouro, Marin era de absoluta confiança, e foi assim que caminhou tranquilamente até a última casa do santuário.

Aquela porta imensa em frente da casa que guardava Athena não a impediria de entrar apesar de parecer uma barreira. O que mais precisava estava ali do outro lado, e não deixaria passar mais nenhum segundo do que esperou desde criança quando sentia seu cosmo ao ouvir as incríveis histórias de Athena, tinha certeza.

– Amazona Marin, senti que estava subindo as escadarias, seu cosmo está aflito, algum problema? – Athena se encontrava em pé perto da porta como se estivesse esperando sua guerreira entrar, já sabia que estava lá.
– Senhorita Athena... – Respirou fundo e sorriu por dentro da máscara que cobria seu rosto enquanto se reverenciava diante da Deusa.
– Pode se levantar Marin.

Ainda sorrindo, obedeceu as ordens de Athena e ficou paralisada por alguns segundos observando a expressão gentil e confortante da mesma.
Tudo o que planejou e imaginou que seria não se adequavam a situação, mas não deixava de ser o que ela sempre quis.

Retirou sua máscara.

– M-marin, porque tirou sua máscara? Você conhece as regras...
– Eu nunca mataria você, senhorita Athena. – A deusa desfez a expressão de susto e relaxou os ombros sorrindo.
– Então quer dizer que...
– Sim. Sempre te amarei, Athena.