- Você está bem? – Uma voz feminina me pergunta e logo me ajuda a levantar.
- Estou sim, obrigada. – Falei limpando a minha calça. 
- Tem certeza? Eu vi o jeito que você caiu e não foi nada legal, parecia que você ia quebrar o pé! – Ela falou de um modo assustador.
- Tenho. Isso sempre acontece comigo, eu já estou acostumada a me machucar.
- Sério? – ela disse empolgada.
- Sim. – Me assustei com a empolgação dela.
- Eu também sou assim, eu tropeço até no ar! 
- Isso sempre acontece comigo. – Ri da risada dela.
- Sou Eleanor. – Ela falou se apresentando.
- Sou Renata.
Ficamos conversando por um tempo, eu realmente me identificava muito com ela, irmãs gêmeas separadas ao nascer.
- Você não é daqui, né? Eu percebi que você não tem sotaque. – Ela falou.
- Eu sou brasileira. Estou fazendo intercâmbio.
- E você está ficando na casa de alguém que mora por aqui?
- Sim, da Anne Cox. Aqui perto.
- CARACA! Mentira? – Ela falou quase tendo um infarto na minha frente.
- Não.
- Eu sou super fã da banda do filho dela.
- A do Harry?
- Sim! VOCÊ O CONHECEU? – Ela gritou no meio da rua.
- Sim, ele é super gente boa!
- Gente boa? Como assim? ELE É A MELHOR PESSOA DO MUNDO DEPOIS DO ZAYN, ELE É LINDO, OS CACHOS DELE ME DÁ TESÃO, E ELE É MUITO GOSTOSO.
- Ta legal, não precisa falar mais nada não, você já falou tudo em “me dá tesão” – Falei rindo.
- Eu amo ele, mais amo mais ainda o Zayn. VOCÊ CONHECEU OS OUTROS MENINOS? 
- Não, eu cheguei aqui sexta, e tem como você parar de gritar, todo mundo que passa fica olhando! – Eu ri.
- Ta, eu vou para de gritar. 
O celular da Eleanor toca e ela atende.
- Agora eu tenho que ir. – Ela falou desligando o celular.
- Ah, ta bom.
Trocamos os nossos números e ela foi embora, e eu voltei a explorar, mas, dessa vez, com cuidado. Voltei para casa.
- Aonde a senhorita foi? – Harry perguntou querendo parecer responsável.
- Fui dar uma volta por aí. – Falei pegando um copo d’água.
- O que é esse ralado na sua mão? – Ele perguntou pegando na minha mão.
- Eu tropecei no meu pé e caí. – Expliquei e ele riu. – Isso não tem graça. – Falei rindo junto.
- Você tem uma facilidade pra cair, hein!
- Tenho.
Sinto meu celular vibrar, é uma mensagem.

“E aí, Reeh? Quero te ver de novo, você é muito hilária xx Eleanor”.
“Também quero te ver, temos que marcar um lugar para nos encontrarmos” respondi.

Coloquei o meu celular de volta no bolso.
- Quem era? – Ele perguntou.
- Uma menina que conheci. E ela é fã de vocês.
- Todo mundo gosta de 1D.
- No Brasil muitos chamam vocês de “gays”. – Eu ri.
- Todas as nossas fãs acham que somos gays, acho que até a gente se acha gay! – Ele falou feliz e eu olhei com uma cara assustada pra ele. – Isso não pegou bem, né? 
- Não. – Falei.