Ele falou um pouco sobre a banda, eles pareciam ser... Interessantes. Depois que terminamos de tomar o nosso café fomos assistir algum filme. Me sentei no sofá.
- Vou fechar as cortinas, pra assistir algum filme tem que ser no escuro. – Ele falou fechando as cortinas.
Isso foi bem tenso, mas concordei. A sala ficou bem escura e aquilo estava me dando medo, eu esperava que ele colocasse algum filme divertido, mas ele colocou um filme de terror, só pra piorar a minha situação. Eu adoro filmes de terror, mas tenho muito medo. Eu nunca tinha visto aquele filme na minha vida, e desejava nem ter visto, aquele filme era assustador. Quando começava aquelas musiquinhas de suspense eu já tampava o meu rosto com as mãos, mas sempre que o filme me pegava desprevenida e me dava um susto eu agarrava o Harry, mas aquilo era sem querer, e quando eu percebia eu já estava abraçada nele. Ele parecia se divertir com o meu medo.
- Você parece estar se divertindo com o meu medo. – Falei emburrada.
- Só é engraçado ver você ficando com medo e me abraçando. – Ele falou com um sorrisinho meigo.
- Agora eu também não te abraço mais. – Falei me soltando de seus braços.
- Não, pode ficar! – Ele falou me agarrando.
Aquele abraço foi tão bom. Se tinha uma coisa que me deixava feliz quando eu estava triste era um abraço. Aquele era mais um dos filmes idiotas que o principal luta pra sobreviver e nos últimos segundos do filme o assino sobrevive e o mata.
- Agora que o filme acabou, vamos abrir essas cortinas pra ficar tudo bem claro e eu não ficar imaginando coisas sobrenaturais. – Falei me levantando.
Fui caminhando sem enxergar nada, isso foi a pior coisa que eu fiz. Não sei como eu tropecei em meu próprio pé, o que me fez cair de um modo muito engraçado, mas que eu morri de vergonha. Mais uma coisa que você não sabem sobre mim, sou extremamente desastrada, eu posso tropeçar até no ar.
- Você se machucou? – Harry falou se levantando.
Ele também foi caminhando sem saber por onde ir, resultado: ele quase pisou no meu pé, perdeu o equilíbrio e quase caiu em cima de mim.
- Estou bem. – Falei olhando para o rosto dele que estava muito perto do meu.
- Você poderia ter falado isso vinte segundos atrás que evitaria mais um desastre. – Nós dois rimos.
Fomos parando de rir aos poucos, ficamos nos encarando por um tempo, então fomos chegando um mais perto do outro, até que eu senti sua respiração em meu rosto.
- Vou abrir as cortinas, mas vou tentar não cair desta vez. – Quebrei o clima.
- Ta bom. – ele falou com um sorriso de lado.
Me levantei e fui com o cuidado dobrado, fui apalpando tudo e finalmente cheguei em uma das janelas e abri a cortina, a iluminação fez os meus olhos arderem. Então finalmente Harry se levantou.
- Agora está melhor. –Falei feliz por ver a luz novamente.
- Acho que antes estava melhor. – Ele falou, e eu só dei uma risada envergonhada. – É muito chato ficar chamando as pessoas pelo nome, vou inventar um apelido pra você.
- Ta, né! – Falei abrindo mais uma das cortinas.
- Que tal Reeh? – Ele falou rindo.
- Eu gostei. – Eu ri.
- Então eu vou te chamar assim.
- Ta bom. – Falei com um sorriso simpático.
- À noite você quer ir ao London Eye? É que, sabe, à noite eu chamo menos atenção que de dia, tenho muitas fãs por aqui.
- Pode ser. – concordei.
Eu e o Harry ficamos assistindo televisão. Mais tarde a mãe dele ligou e falou que ela não iria conseguir chegar a tempo de preparar o almoço e que era pra ele improvisar e fazer alguma coisa pra gente comer.