- Olá, Renata, sou a Anne, Anne Cox. Muito prazer. – Ela falou se apresentando.
- O prazer é meu. – Falei tentando ser educada.
- E seja bem-vinda a Londres.
- Brigada. – Falei mais animada.
- Está com fome? – Ela me perguntou.
- Estou.
Pegamos as minhas malas na esteira e depois paramos na lanchonete do aeroporto. Eu estava com tanta fome, afinal eu passei quase toda a viagem dormindo, então fazia muito tempo que eu não comia algo. A comida da lanchonete era boa, mas ainda preferia a comida brasileira. Anne era muito simpática, e ela fez questão de pagar toda a conta.
Fomos para o carro dela e de lá pegamos estrada. As ruas estavam com neblina, era uma cidade meio cinza, mas muito bonita.
- Como é lá no Brasil? – Anne falou tentando puxar assunto.
- Lá é calor e faz muito Sol, e quando está no inverno ainda é mais quente que aqui. – Eu estava com muito frio. - O Sol vai ser uma coisa que você não vai ver muito por aqui.
- É, vou sentir falta dele. – Dei uma risadinha.
- Tem irmãos? – Ela perguntou parecendo interessada.
- Não, eu sou filha única. – Expliquei.
- Eu tenho dois filhos, Gemma de 20 anos. E Harry Styles que tem a sua idade.
- 17? – “Que pergunta idiota, Renata, se ele tem a sua idade é claro que ele tem 17”.
- Sim, ele faz 18 dia primeiro de fevereiro.
- Está perto.
- Quando você faz 18?
- Dia 12 de junho. No dia dos namorados. – Falei. – Lá no Brasil. – Completei.
A casa de Anne não era longe do aeroporto, o que se tornava mais fácil, caso eu queira voltar pro Brasil, dá pra ir correndo até o aeroporto.
Tiramos as malas do carro e ela foi me mostrar o meu quarto. O tamanho era médio, mas era ótimo, eu não tinha levado muita coisa mesmo.
- Você provavelmente não está com sono agora, né? – Ela falou.
- Não, eu dormi quase a viajem inteira. Que horas são agora? – Perguntei confusa.
- São dez da noite. – Ela me informou.
- Eu vou arrumar as minhas coisas, e depois tento dormir, eu sempre estou com sono. – Falei rindo.
- Ta bom, daqui a pouco o meu filho vem pra cá, às vezes ele dorme de final de semana aqui.
Sorri. Depois ela saiu do quarto, me deixando mais à vontade. Comecei a tirar as roupas das malas e colocá-las no guarda roupa, tirei uns porta-retratos de uma das minhas malas. Neles haviam fotos de mim e da minha mãe, eu com o meu pai, com a minha família e com a minha amiga. Depois de organizar algumas coisas, decidi ir tomar um banho. Tomei meu banho e coloquei o meu pijama. 
Minha boca começou a ficar seca então fui à cozinha para tomar um copo de água. Estava voltando para o meu quarto e entrei no corredor, mas tinha muitas portas, e eu não meu lembrava qual era a porta do meu quarto. “Que ótimo, Renata, você é muito esperta, não serve nem pra lembrar da porta do quarto”.
Então tentei arriscar a entrar em uma porta. Então percebi que aquela era a porta do banheiro. Fui para a porta do lado, mas quando abro, me deparo com uma cena sem igual. Havia um jovem sem camisa naquele quarto. E, por sinal, ele era muito lindo. Cabelos cacheados, olhos eram uma mistura de verde e azul, não sabia definir a cor ao certo, alto e muito bonito. E ele olha para mim.