Is It A Dream? escrita por Renata Farckas


Capítulo 1
Capítulo 1




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- Filha, acorda! – Minha mãe falou, abrindo a cortina e deixando o sol invadir o meu quarto escuro. – Hoje é o dia.
- Nossa, mãe, eu estou tão animada que nem consegui dormir direito. – Falei super empolgada.
- Então levante da cama e se arrume, porque logo temos que sair de casa pra você conseguir pegar o seu voo a tempo. - Ta bom. – Disse me levantando.
Hoje eu iria fazer um intercâmbio de um ano para Londres. Fiquei quase um ano tentando convencer a minha mãe a me deixar ir, eu me esforcei muito para tentar mostrar a ela que aquilo não seria perda de tempo. Me troquei e fiz a minha higiene, quando desci o meu café já estava pronto. Tomei o meu leite e comi algumas bolachas. Me certifiquei que não estava deixando nada pra trás.
Eu estou tão nervosa que tudo isso parece que não passa de um sonho.
Havia me despedido da minha amiga um dia antes da viagem, ela é como se fosse a minha irmã, nós duas crescemos juntas. Eu me despedi dela um dia antes para que eu não fosse chorando para Londres, mas seria difícil já que estou deixando a minha mãe, mas seria muito mais difícil para ela, eu tenho sido praticamente a única companhia dela desde que o meu pai faleceu há dois anos.
Ajudei a minha mãe a pôr as malas no carro. Então seguimos caminho ao aeroporto.
- Se lembra do nome da mulher que vai te acolher durante esse ano, né, filha? – Minha mãe perguntou, preocupada.
- Claro, mãe, não posso me esquecer dessas coisas. – Expliquei.
- Então, como é o nome dela? – minha mãe falou me testando.
- Anne Cox! – Falei esperando estar certa, afinal, eu tinha que decorar o nome da mulher que seria a minha “mãe” por um tempo.
- Finalmente decorou alguma coisa. – Ela falou surpresa.
- Ah, mãe, eu decoro várias coisas.
- Jura? Então quando é o meu aniversário?
- 13 de janeiro. – Falei querendo estar certa.
- 29 de agosto. – Ela falou olhando pra mim.
- Ta, eu não sou boa em guardar as coisas. – Me entreguei.
- Você pensou mesmo que o meu aniversario foi duas semanas atrás? – Ela perguntou incrédula.
- Olha, mãe, o homem está vendendo meias no semáforo, quer comprar? – Falei apontando para um homem com várias meias na mão, e na tentativa de mudar de assunto.
Chegamos no aeroporto, e eu já estava sentindo o “frio” na barriga. Fizemos o que tinha que fazer, e agora só nos restava esperar o meu voo. Logo os olhos da minha mãe estavam cheios de lágrimas e consequentemente elas começaram a escorrer. Eu odiava vê-la assim.
- Voo 321. Voo 321. – A mulher anunciou o meu voo.
- Chegou a hora, mãe. – Falei me levantando.
- Tchau, filha. – Minha mãe disse me abraçando.
Por um breve momento eu pensei em desistir. “Pare de pensar nisso, Renata, você lutou muito para estar aqui, agora você tem que ir”, pensei comigo mesma.
- Tchau, mãe, vou sentir sua falta. – Falei triste e sentindo os meus olhos arderem.
- Te amo, filha. – Ela falou carinhosa.
- Também te amo, mãe.
- Me liga quando puder.
- Pode deixar. – Falei saindo de perto dela.
Tentei não derrubar minha lágrimas, mas foi inevitável, logo elas começaram a escapar dos meus olhos. Entrei no avião e sentei na poltrona, peguei meu fones e comecei a ouvir as minhas músicas preferidas. Acabei pegando no sono.
- Senhora, acorde. Já chegamos em Londres. – A aeromoça me acordou.
- Ah, ta bom, obrigada por me acordar. – Falei me levantando.
Saí do avião e fui caminhando por um corredor que estava vazio. Saio desse corredor e logo já vejo uma mulher segurando placa, a qual tinha o meu nome. Então eu me aproximo com muita vergonha.
- Oi, eu sou a Renata. – Falei quase como um sussurro.


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