Anna POV’s

HARRY ESTAVA DE VOLTA. HARRY ESTAVA DE VOLTA. HARRY ESTAVA DE VOLTA. Era o único pensamento que eu tinha desde que ele havia me ligado e falado pra eu ir até o apartamento dele, mas de jeito nenhum sem deixar de passar na Starbucks pra comprar um Capuccino pra ele. Folgado? Magina. Mas eu estava tão feliz, com um sorriso tão belo e iluminado que eu não me importei de ter que sair de casa e parar algumas esquinas antes pra comprar nossos cafés.

Entrei sorridente e logo fiz nossos pedidos e fiquei esperando ali no balcão mesmo, até que senti os pelos da minha nuca se arrepiando pelo beijo que haviam depositado ali. E eu sabia quem era. Me virei rápido e tive a certeza que eu nem precisava.

_EU NÃO ACREDITO. – eu disse e o abracei o mais forte que pude.

_Surpresa? – Harry perguntou sorrindo e eu continuava agarrada a ele. Eu não ia mais me soltar dele. Eu não queria me soltar.

_Muito. – eu disse e minha voz saiu abafada porque eu estava com o rosto afundado no pescoço dele, aspirando o perfume que eu tanto senti falta durante todos esses dias. Eu me afastei um pouco o olhando nos olhos e Harry colou nossas testas e logo depois, nossos lábios. E nos beijamos. MEU DEUS DO CÉU COMO EU AMAVA, BEIJAR, ABRAÇAR, AMAR ESSE HOMEM! Ninguém nunca vai entender o quanto eu senti falta de beijá-lo e abraçá-lo durantes esses todos esses dias. Amar não, porque eu continuei amando mesmo com a falta dos dois itens que eu amava. Mas aqui estávamos nós de novo, dentro da cafeteria quase se comendo por aqui mesmo. Até que ouvi um pigarro e me separei de Harry, mesmo contra minha vontade.

_Os dois capuccinos. – a mocinha atendente disse e eu peguei a bandejinha com os copos e sorri agradecida, então Harry me puxou até uma mesa mais afastada.

_Como foi a turnê nesses dias? – eu perguntei quando me sentei na cadeira e Harry se sentou na minha frente.

_Boa. – ele disse e pegou um capuccino bebendo um longo gole e olhando para os lados.

_E então...? – eu perguntei e bebi um gole do meu capuccino. Harry me olhou meio ansioso e colocou o café de lado e segurou minha mão por cima da mesa. Eu o olhei confusa e ele sorriu meio inseguro.

_Eu quero te fazer dois... pedidos. – ele disse meio incerto e eu concordei com a cabeça.

_O primeiro... – ele disse e soltou minha mão que não estava segurando o copo de café –na verdade eu tava quase estourando o copo porque eu estava apertando demais devido ao meu nervosismo quando o Harry falou em “pedidos”- fuçou alguma coisa na jaqueta e tirou de lá uma caixinha pequena de presente. É. Presente. Eu congelei na hora. Podia ser o que eu imaginava e queria que fosse, ou poderia não ser nada.

Harry segurou minha mão com uma dele e segurava a caixinha na outra. Percebi que ele tremia.

_Bom, eu... – ele começou a falar e me olhou e eu fiquei esperando ele continuar. - ... até agora a gente não tem nenhum compromisso. – eu ergui uma sobrancelha pra ele, o questionando. – Fixo, quero dizer. Nada fixo, nada rotulado. E eu queria... não, eu quero... É, eu quero que você... eu quero que a gente... – ele estava todo atrapalhado e eu queria rir, não sei se era dele ou rir pelo meu nervosismo. Ele ia fazer o que eu achava que ia? – Por que é tão difícil, droga?! – ele exclamou irritado, respirou fundo e continuou. – Eu quero que a gente tenha algo oficial agora, algo “rotulado”. Eu quero que você seja minha namorada, Anna. Você quer? – ele perguntou com um sorriso tímido.

LKSDAJFÇSALKJFEK~SFNSDKLNFLKSFHLSFKJLSKJE JESUS MARIA JOSÉ, HARRY EDWARD STYLES, O MEU HARRY, MEU MEU SEMPRE MEU HARRY ESTAVA ME PEDINDO EM NAMORO OFICIALMENTE? ERA ISSO? EU ACHO QUE TO SONHANDO.

_Eu... Eu... – eu gaguejei. É CLARO QUE EU GAGUEJEI! – Como você faz isso comigo em um lugar público? Eu não posso nem surtar, nem gritar e nem nada. Droga Harry! – eu fiz manha e Harry me olhou assustado. Eu me levantei e sentei no colo dele, de lado, colocando meus braços em volta do pescoço dele e aproximando meus lábios ao ouvido dele. Quando Harry enlaçou um braço em minha cintura e a outra mão ele colocou um pouco em baixo de minha coxa, eu comecei a falar. Melhor, sussurrar.

_Eu quero, Harry. Eu quero ser sua namorada. Eu quero ser o que você quiser. Eu quero ser sua. – e dizendo isso, eu me afastei e o encarei nos olhos e o vi sorrir com os lábios e com os olhos e eu tinha certeza de que eu não estava diferente. Então ele abriu a caixinha de presente e tirou uma caixinha de veludo com uma aliança dourada e a colocando delicadamente no meu dedo. Quando ele terminou eu o abracei e dei um beijo demorado na bochecha dele, que sorria com isso. Continuei o abraçando, mas escondi meu rosto na curva do pescoço dele e murmurei:

_Eu te amo, Hazza. – eu disse e sorri, mesmo com o rosto escondido. Harry subiu a mão que tinha voltado pra minha coxa até minha cintura, a apertando levemente e se afastando, fazendo com que eu olhasse nos olhos dele pra ele dizer:

_Eu que te amo. – ele disse e sorriu. O sorriso mais lindo do mundo. O sorriso de Harry Styles. O MEU sorriso. Então eu juntei nossos lábios mais uma vez naquele dia. Harry apertava minha cintura enquanto eu bagunçava aqueles perfeitos e maravilhosos cachos que eu tanto amava. Quanto mais eu tentava aprofundar o beijo pra fazer o Harry perceber que eu queria sair dali logo e ir pra um lugar mais “reservado”, mais o Harry se esquivava. E então ele mordeu meu lábio inferior e afastou seu rosto do meu, fazendo com que eu protestasse com um resmungo.

_Esse foi o pedido um. – ele disse e sorriu.

_Certo. Diga logo o dois. – eu disse e suspirei.

_Eu quero que você vá pra Holmes Chapel comigo. Como minha namorada. – silencio. Tensão. Choque. EU SERIA APRESENTADA PRA MINHA SOGRA? ERA ISSO MESMO?

_Eu... Holmes Chapel... você? – eu tentava fazer a informação entrar no meu cérebro pra eu saber o que fazer, mas eu não conseguia.

_É. Eu não vou ficar aqui em Londres durante esses dias, nenhum de nós vamos – ele se referia aos meninos – e eu não quero ficar longe de você. – ele disse e passou o nariz levemente no meu, num carinho fofo.

_Nem o Zayn? – eu perguntei.

_Não. Ele vai levar a Paloma com ele pra Bradford. – ele disse se afastando.

_E se ela não quiser? – eu perguntei e fiz uma careta. Burra se não fosse.

_Ela vai. Mas a questão aqui é: VOCÊ vai COMIGO? – ele voltou ao assunto. O que eu tinha a perder? Nada. O que eu tinha a ganhar? A amizade da minha sogra e da minha cunhada. E agora a gente faz de conta que essas vão ser as coisas mais fáceis do mundo.

_Eu vou com você. – eu disse e suspirei.

_AHÁ! – ele quase gritou e me abraçou, quase me derrubando do colo dele e atraindo os olhares de algumas pessoas curiosas que estavam sentadas ali perto. – Eu vou te pegar as 5 ok? A gente vai no meu carro e... – ele disse e soltou um suspiro feliz. – Vai ser perfeito. – ele disse e me beijou.

_Eu sei. – eu disse quando nós nos afastamos. Eu estava com medo? Sim, estava, não vou negar. Mas qual é? Eu sou uma boa pessoa, minha sogra iria gostar de mim. E a Gemma também. Ou não? Eu nunca iria saber se não fosse até lá. E eu não queria ficar longe do Harry esses quatro dias e mais o restante da turnê. Não mesmo. Então é isso. Eu iria pra Holmes Chapel.

O caminho até Cheshire, Holmes Chapel, foi tranqüilo. Paramos em um posto no meio do caminho pra comer alguma coisa e logo voltamos pra estrada. Assim que chegamos, Harry entrou e já foi me puxando pra dentro, por mais que eu estivesse com um pouco de vergonha de tudo isso. Quer dizer, eu, Ana Caroline, mas conhecida por Anna, que é namorada do Harry, vai na casa dele, da família dele, e vai conhecer todo mundo e ... é tudo grande e sentimental demais.

_Mãe? Gemma? Tem alguém aqui? – Harry gritava e andava pela sala, mas ninguém respondeu, o que deixou ele meio puto.

_Mas que droga! Eu avisei pra todo mundo que viria, que chegaria por esse horário, iria trazer minha namorada e não tem ninguém em casa! – Harry disse frustrado e eu sorri quando ele disse “minha namorada” porque sabe como é... EU SOU A NAMORADA! Me aproximei de Harry e coloqui meus braços ao redor da cintura dele.

_Elas já chegam, Hazza. – ele murmurou alguma coisa, mas eu não deixei que ele continuasse com as reclamações. Juntei meus lábios aos dele, iniciando um beijo meio desesperado. Harry passou um braço em volta da minha cintura, me “enlaçando”, enquanto a mão dele estava na minha nuca, me causando arrepios. Harry ia me empurrando lentamente pra trás, até senti que a parte de trás dos meus joelhos bateram em algo, me fazendo perder o equilíbrio e cair pra trás, puxando o Harry junto. Por sorte, esse “algo” era o sofá, então não me importei muito. Nem o Harry, na verdade. Apenas rimos e voltamos a nos beijar loucamente, igual antes. Harry colocou a mão em minha cintura, por debaixo da blusa até chegar ao meu seio, o apalpando e descendo beijos por meu pescoço, me fazendo entrelaçar minhas pernas na cintura dele.

_O quarto fica lá em cima, caso tenha esquecido Hazza. – CARALHO FUDEU. Empurrei Harry de cima de mim e ele caiu sentado no chão, parecendo chocado nos primeiros cinco segundos. Depois se levantou rápido e correu ir abraçar a irmã. Eu me sentei no minuto em que empurrei Harry. Arrumei minha blusa, dei uma ajeitada no cabelo e PORRA, COMO ELA CHEGA ASSIM SEM AVISAR? EU SEI QUE A CASA É DELA MAS...

_E aquela deve ser a Anna? – ela disse pra Harry e apontou pra mim. Ótimo, agora eu estava sendo apontada.

_É. – Harry disse, me puxou pela mão me fazendo ficar em pé, colocou o braço ao redor de mim e se pôs a dizer: - Essa é a Anna, minha namorada.

_Oi Gemma, muito prazer. – eu disse e sorri sem graça. Se ela não tivesse pegado eu e o Harry no nosso momento pré-sexo, eu estaria indo até ela, abraçando e dando beijo, mas a atual situação não me permitia fazer isso.

_Oi Anna, o prazer é todo meu. Mas venha aqui. – ela disse e me puxou pela outra mão, me abraçando rápido e me dando um beijo simpático na bochecha. – E não se preocupe com o que eu vi. Vamos fazer de conta que eu cheguei agora, ok? – ela disse e deu uma gargalhada, o que me fez suspirar aliviada. Antes que eu sentisse a tensão saindo completamente do meu corpo, outra voz surgiu da porta. Agora era a matriarca.

_HARRY MEU QUERIDO! – ela gritou da porta e andou rápido até Harry, o abraçando. Eu fiquei apenas olhando e sorrindo. Sem acenar.

_Oi mãe. Quero te apresentar uma pessoa. – ele disse quando Anne finalmente o soltou. – Aquela é a Anna, minha namorada. – Harry disse e eu acenei, com um sorriso.

_Oi, eu sou a Anne, mãe desse menino aqui. – ela disse e me deu um abraço rápido, me fazendo suspirar de alívio. Pelo menos ela não tinha me odiado.

_Oi Anne, muito prazer. E é, eu sou a Anna. – eu disse e ri.

_Por que não tinha ninguém em casa, droga? – Harry disse fazendo careta.

_Por que eu fui comprar ingredientes pra fazer nosso jantar, Harry, querido. Enquanto eu faço, levem suas coisas pra dentro. Deixe as malas de Anna no quarto de hóspedes, é bastante espaçoso e ela vai se sentir mais confortável lá. Tudo bem pra você? – Anne disse e me olhou. Era óbvio que eu não ficaria no quarto do Harry.

_Por mim ta ótimo. – eu disse e sorri.

_Então tudo certo. Levem tudo pra cima enquanto Gemma me ajuda com o jantar.

Harry acenou e andou até a porta, e eu o segui. Coração ainda acelerado.

_O que aconteceu? Você nem parece você. – ele disse sorrindo e abrindo a porta malas do carro enquanto eu me encostava, respirando profundamente várias vezes.

_Eu sei. E não me zoe, você não faz idéia de como é conhecer a sogra e a irmã do seu namorado. Você tem a sensação que elas vão te odiar, vão querer fuder com a sua vida por ter “roubado” o filhinho dela ou o irmãozinho. Eu sei que sua mãe e sua irmã foram perfeitamente simpáticas comigo, mas eu ainda estou na paranóia ta legal? – eu despejei tudo sem medo. Era a verdade. Harry sorriu e me abraçou, dando um beijo no topo de minha cabeça.

_Elas gostaram de você. Eu vi isso. Eu senti no modo como elas falaram com você, em como a Gemma te tranqüilizou quando nos pegou no flagra. Relaxa que todo mundo gostou de você. – ele disse e eu suspirei, quase totalmente aliviada.

_É, vamos ver.

O jantar foi tranqüilo, eu já não me sentia mais uma estranha que estava sendo odiada por tudo e por todos. No final da noite, eu já era quase íntima de Gemma e Anne tinha olhado nos meus olhos e ainda disse “acho que não poderia ter aparecido garota melhor para o meu filho”. Queria surtar, gritar, pular, chorar de alegria, mas o máximo que eu disse foi “obrigada”. Blah, eu sei. Mas então eu ajudei ela tirar a mesa, mas ela não me deixou ajudar com a louça, ela disse pra eu subir e descansar, que a viagem havia sido longa. É, tinha mesmo. Então eu subi e Harry veio atrás de mim, fechando a porta logo depois que entrou.

_Então é isso. Já foi aprovada pela família. – Harry disse me abraçando e sorrindo, dando um beijo demorado em meu pescoço.

_É, eu acho que sim. Sua mãe e sua irmã estão sendo legais comigo. – eu disse e joguei meus braços em volta do pescoço dele.

_Elas são legais. – Harry disse e não me deixou responder, juntou nossos lábios de um modo urgente e rápido. Sem nem perceber a rapidez de tudo, Harry estava deitado na cama comigo por cima dele, com movimentos como se estivéssemos no ato, mesmo que devidamente vestidos.

_Deixa a garota dormir Harry! – Gemma bateu na porta e eu quase tive um coiso de susto. Pulei pro lado e fiquei ali deitada, com a mão no coração e me recuperando do susto de quase ter sido pega no flagra de novo. E sem contar que ela tinha quebrado completamente o clima. Maldita Gemma! Harry ergueu um pouco minha blusa e passou a beijar minha barriga, mas eu o empurrei de leve.

_Sério, não vai rolar. Não comigo quase morta do coração com o susto que eu levei agora. Sério, se sua irmã continuar fazendo isso, ela vai me matar do coração. – e dizendo isso, eu peguei a primeira roupa que vi na mala e entrei tomar banho.

Depois de bons e relaxantes minutos no banho, eu sai vestida e não tinha ninguém no quarto. E nenhum movimento pela casa. Silencio. Olhei no relógio da cabeceira e marcava 11h33minPM. É, já era tarde, talvez todos estivessem dormindo. Até Harry. Fiz uma careta em pensar que Harry já estivesse dormindo.

Ajeitei a cama, apaguei a luz e acendi o abajur, mas fiquei olhando pro teto. O quarto era grande, tinha um guarda roupa de seis portas e uma cômoda com um abajur em cima, que estava ligado agora. Tudo muito simples, mas aconchegante.

Quando o sono começou a aparecer e eu virei de lado, me posicionando pra dormir, eu ouvi a porta sendo aberta, mas nem me virei. Segundos depois senti um corpo – maravilhoso, sarado, definido etc – encostando no meu, de conchinha, e o braço de Harry me apertando levemente. Um beijo demorado e carinhoso foi depositado em minha nuca, me fazendo estremecer levemente.

_Boa noite, Harry. – eu murmurei um pouco drogada de sono.

_Boa noite. E bem vinda a Cheshire. – ele disse e deu mais um beijo em minha nuca. Não me lembro se eu tinha respondido um “obrigado” audível pro Harry ou se foi coisa da minha cabeça, só sei que estava em Cheshire, Holmes Chapel, na casa do Harry, com a família dele e... Wow. Sinto que muita coisa me aguardava por ali.