À Prova De Balas escrita por Corrupta


Capítulo 8
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

Especial pra [LorenaR] *-*
Espero que gostem!



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Me chamaram na direção da escola. Pensei em Mel. Não acredito. Corri pelos corredores da escola, torcendo pra que meus pais não tivessem sido informados. O que ela aprontou dessa vez?

Entrei correndo na secretária e como eu imaginava, Mel estava lá!

– Mel! Poxa! - Disse com voz de indignação - O que você fez agora? Segundo dia de aula!

– Nada de mais, Izzie! Esse povo que já começa o ano implicando comigo!

– E você falava a mesma coisa na outra escola!

– Exatamente, irmãzinha! Eles nem me conhecem!

– Seu histórico não é lá dos melhores, né?

– Mas...

– Ah, fala logo o que foi que você fez!

Aquele era o momento que eu deveria ser criativa e inventar alguma desculpa, pra livrar Mel. Sempre fazia isso. Ela aprontava e eu encobria. Aprontava novamente e eu dava um jeito.

– Desenhei nas carteiras.

– Oi?

– Eu rabisquei as carteiras, só!

– Ah, por favor! Sai da minha aula pra isso? Eu mereço!

– Acham que somos ladrões! É isso!

Olhei pra diretora com cara de que queria uma explicação.

– É proibido pichar a escola!

– Sério? Por que a maioria das carteiras da minha sala são pichadas e você mandou todo mundo pra direção, por isso?

Fiz um discurso para ela. E fomos liberadas.

– Para de grafitar as carteiras, tá bom?

– Onde mais eu vou fazer isso?

– Lá na sua aula de grafite! É pra isso que ela serve!

Fomos andando pelos corredores e os alunos iam saindo de suas salas. Cumprimentei alguns conhecidos de outros anos e avistei Marcos.

– Tudo bem? Ou sua irmã aprontou de novo?

– Não te interessa!

– Achei que ela fosse sensata pelo menos na escola!

– Cala a boa! Ninguém requisitou sua opinião!

Sophie nos avistou e assustada, como quase sempre que me dirigia a Marcos, veio até nós.

– Tá tudo bem aqui?

– Claro! Só mande seu namorado ir tomar... Não vou dizer isso! Por que nem isso ele merece.

Sai apressadamente, mas ainda ouvi a voz do insuportável dizendo pra Soph ter cuidado comigo.

Marcos tinha uma capacidade exagerada de me irritar. Aquele jeito de não ligo pra nada, me irritava. Respeitava ele somente pelo fato de ser bom pra Sophie. Esse ano é claro. Antigamente ela andava atrás dele como uma cachorrinha e ele só pisava nela. Até o dia que ela aprendeu a pisar e então ele se apixonou por ela. Pelo menos o que ele diz.

Não gostava de xingar ninguém, não era muito o meu estilo. Mas, estava de cabeça quente. Todo mundo picha mesas na escola, e quem nunca fez isso que me desculpe. Só punem quando a pichação é grande demais. Claro! Implicaram por que acham que somos um bando de bandidinhos e que qualquer desenho já nos aplica a isso.

Sentei na cadeira e fiquei com a cabeça abaixada por 3min, que por incrível que pareça eu os contei. Quando me levantei Diogo me olhava.

– Passando mal? - Ele me perguntou.

– Não, estou bem! - respondi e me ajeitei na cadeira. - Por que está aqui dentro? É hora do intervalo! A melhor coisa do mundo é sair de sala, não é não?

– Não! É costume.

– Ficar dentro da sala? - comecei a rir. - Costume horrível esse.

– Na minha antiga escola passava o tempo jogando com meu colegas.

– E o que vocês jogavam?

– Qualquer jogo! Não importava!

– Era só por estar com eles que valia, né?

– Exatamente!

– E por que você veio parar aqui, nesse fim de mundo? - sorri.

– Trabaho dos meus pais.

– Aah, sim! - Alguns outros alunos entravam na sala. Olhei pra eles e vi Ana e João.

–Coé Izzie! Sumiu na aula! - João gritou.

– Desculpa! Tinha problemas pra resolver!

– Mel? - Ana chegou perto de mim e perguntou.

– É! Mas dessa vez foi realmente uma besteira, que não preciso encobrir!

– E você quem é? - Ana perguntou pra Diogo. Puxando uma cadeira e se juntando a nós com João.

– Diogo! Prazer!

– O prazer é meu Diogo! Sou Ana e esse é João. - Ela apontou pra ele. - Mas não importa. Você estuda aqui a muito tempo?

– Não eu me mudei esse ano pra essa cidade!

– Onde você morava?

– Sul!

– Sério? Ai, que chique! Meu sonho viajar pra lá! Quem me dera nascer, morar... E você veio com sua familia? Tem irmãos?

– Não! Vim com meus pais e um primo.

– Um primo? Mas por que?

Léo, Sophie e o restante da turma chegaram junto a professora e fomos para nossos lugares.

A facilidade de Ana de conversar com as pessoas era incrível! Em pouquíssimos minutos ela quase soube toda a vida do menino.

O restante do dia passou correndo. Estava morta de fome e não via a hora de chegar em casa.

Voltei pra casa com uma sensação de alegria. Não sentia isso a muito tempo.


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Notas finais do capítulo

Um beeijo!



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