Lily Evans, James Potter E Os Marotos escrita por Vitória Prongs Evans Potter


Capítulo 5
Jogando Xadrez...




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Acordei no dia seguinte me sentindo revigorada, mas também muito irritada e ainda bem chateada.

Me vesti e logo fui para o Salão Comunal procurar Sally para descarregar aquela bronca que estava presa na minha garganta desde ontem quando percebi que ela tinha me dado a poção.

O problema é que encontrei Potter no caminho.

- Lily, eu queria me descul... – disse ele, mas logo o interrompi.

- Em primeiro lugar, não me chame de Lily. Quero que, daqui em diante, me chame de Evans. Em segundo lugar, não tem que se desculpar por nada. Afinal, não estava rolando nada entre nós.

- Mas, Lily, eu queria me desculpar mesmo assim. Eu devia ter te contado... – disse ele, cabisbaixo.

- Evans, Potter, me chame de Evans!

- Mas...

- Mas NADA! Agora, me diz, você viu a Sally?

- Tomando café com os garotos. – respondeu ele, percebendo que não era a melhor hora nem lugar para discussões.

- Obrigada. – respondi, indo para o Salão Principal, aproveitar para tomar café e falar com Sally.

Chegando lá, me sentei entre ela e Remo, de frente para Sirius e logo falei:

- Então, Sally, já está na hora de você me explicar o que passou na sua cabeça quando me deu aquela poção ontem à noite. – ela me olhou, arrependida, mas logo mudou de expressão vendo meu olhar severo, mudando pra defensiva.

- Eu só queria ajudar! E, quando percebi o seu estado, pensei que fosse o melhor a fazer naquela hora. Vamos lá, Lily, você estava quase desmaiando! Quase tendo um ataque! Eu tinha que fazer alguma coisa...

- E me colocar pra dormir foi o melhor que conseguiu pensar?!

- Bom, foi... Eu estava sem ideias, e estava com medo que você se levantasse e arrancasse a cabeça da primeira pessoa que falasse com você.

- Peraí – interrompeu Sirius. – Você colocou a Lily pra dormir? Com uma poção do sono? Sério?! – perguntou ele, rindo.

- Bem, é... – disse Sally.

- Não ria! Não foi nada engraçado!

- Aposto que foi – disse Remo, também rindo.

- Vocês tinham que ter visto a cara da Lily! Ela tava com um olhar de assassina tão assustador eu foi a primeira coisa que passou pela minha cabeça! Eu só tava tentando ajudar! Não riam dela, ela não merece! – disse Sally, me defendendo.

- Não adianta bancar a boazinha, Sally. Agora a besteira já foi feita.

- Traduzindo: não vou te desculpar porque a merda já foi feita e to bolada. – disse Sirius, imitando minha voz.

- Ei! Eu não falo “to bolada”, ok?! E é isso mesmo, a merda já foi feita...

- Ah, vai, Lily, me desculpa! Me desculpa! Me desculpa! – ela repetiu, enquanto me agarrava num abraço de urso.

- Sai, Sally, eu não consigo respirar! – eu disse, a empurrando.

- Você não viveria um dia sem mim, viveria? – perguntou ela, com aquele olhar sou-foda-sei-de-tudo-e-você-sabe-disso, arqueando as sobrancelhas.

- É, confesso, eu não viveria um dia sem você.

- Nem eu – disse Sirius, com aquele olhar maliciosamente maroto.

- É, eu sei... O que seria de vocês sem mim? – disse ela.

- Nada! – respondemos eu e Sirius em unissorio.

E foi nesse momento que Severo passou por mim, me cumprimentando com um aceno de cabeça.

- Lily, eu estou indo meio mal em Feitiços, será que você podia me ajudar amanhã?

- Claro, Sev! Na biblioteca às três? – respondi, muito feliz com a ideia de passar o dia com um de meus melhores amigos, sem interrupções.

- Perfeito. Te vejo amanhã. – e ele foi embora.

- Quero ver quando James descobrir isso... – disse Sirius, pensando que eu não fosse ouvir mas, para seu perfeito inferno emocional, eu ouvi.

- Até James ouvir? Por quê? Eu não devo satisfação à ele nem ele à mim! Então por que eu não posso me divertir um pouco, só pra variar?!

- Não foi isso que eu quis dizer, Lily! E, só pra você saber, James gosta de você desde o nosso primeiro dia em Hogwarts...

- Ah, quando ele “acidentalmente” me derrubou do barquinho de chegada, e eu caí no lago e quase me afoguei?! – perguntei, lembrando de James. Ele “esbarrara” em mim, e depois pulou na água pra me salvar, só que, como ele é que tinha me jogado, não contava.

- É, esse dia mesmo! E desde aquele mesmo dia ele vem correndo atrás de você! Ele não é um elfo-doméstico, Lily!

- E eu não sou mais um brinquedo, Sirius! – eu disse, perdendo a cabeça. – Ele pode ter corrido atrás de mim, mas isso foi entre uma garota e outra, né? “James Potter: pegador assumido; passatempo: correr atrás de Lílian Evans.”

- Lily, não fica assim, vai!

- Eu não quero falar sobre isso, ponto final! Vamos dar uma volta? – continuei, fingindo que nada havia acontecido.

- A gente bem que podia jogar xadrez de bruxo! – sugeriu Remo.

- Ah não! Contra a Lily não! – disse Sally.

- Por quê?

- Porque perder todas as partidas não tem graça!

- Então vamos, eu e Sirius contra Lily! – e, com isso, voltamos para o Salão Comunal, nos apoderamos de uma das mesas e começamos a jogar.

Depois da nona partida, ou perto disso (parei de contar na quinta), eu, invicta, resolvi dar uma pausa e assistir os garotos jogarem um pouco.

- Como você pode ser tão boa, Lily?! – perguntou Sirius, incrédulo.

- É, você deve estar roubando! Nunca perdi antes... – disse Remo, possesso.

- Vai ver você nunca jogou com alguém que realmente te desafiasse! – respondi, com um sorriso de orelha à orelha.

- A única pessoa que já me ganhou no mundo foi James...

- Duvido que ele ganhe de mim – respondi, fria.

- Isso soa como um desafio – James surgiu do nada, de repente, e todos levamos um baita susto.

- Cacete, James, de onde você veio?! – perguntou Sirius.

- Ah, sei lá – respondeu ele. – E aí, Lily, o que me diz?

- Evans, e seria uma honra derrotar você.

- Vamos ver, então... Que tal tornar esse jogo mais... interessante, Evans? – ele perguntou, marotamente.

- Depende da aposta, Potter. – respondi.

- Se eu ganhar, você me deixa te chamar de Lily e você me chama de James e ainda me dá um beijo. Mas um beijo bem dado, sabe? Não aquele murcho e tal. E Sirius vai ser o juiz. Se você não der o beijo direito, vai ter que repetir até acertar! E me aceita de volta, pelo menos como amigo! – ele disse, contrariando totalmente meus pensamentos e minha consciência.

- Tá, mas se eu ganhar você me deixa em paz, me chama de Evans e nunca mais reclama se eu te chamar de Potter. Feito? – perguntei, estendendo a mão.

- Pronto. – ele respondeu.

O jogo durou quase uma hora e meia, um disputa bem acirrada, quando eu finalmente comi sua rainha.

Infelizmente, eu não tinha percebido que era uma armadilha, e ele deu o cheque-mate.

- Se sentindo bem, Lily? – ele perguntou com um sorriso que diz: acabei de arrasar, tenho 32 dentes e sou muito foda!

- Nem um pouco, Potter – eu disse, mas ele pigarreou. – Quer dizer, James.

- Agora sim! Pode vir, minha ruivinha! – disse ele, fazendo um gesto de vem aqui com o dedo indicador.

- Ruivinha não tava na aposta! – eu disse.

- Enfim...

Ele se levantou, seguiu na minha direção até estarmos a menos de um palmo de distância um do outro e fomos chegando mais perto, mais perto, até que ele finalmente me beijou.

Ah, só pode ser tortura! Como ele conseguia beijar tão bem?! Deve ter tido muito tempo de prática – pensei comigo mesma. E, com isso, o beijo desandou, até que nos separamos e eu já me dirigia ao jardim quando a voz de Sirius me acordou.

- Aonde pensa que vai, mocinha – ele me chamou. – Você chama aquilo de beijo? Tá de sacanagem?

- Ah, fala sério, Sirius!

- Pode ir beijando ele de novo! – disse Sirius. E James fez o mesmo sinal com o dedo indicador.

Nos beijamos uma cinco vezes até que Sirius mandou nos beijarmos de novo, mas dessa vez James me agarrou pela cintura, grudando nossos corpos como se fôssemos um só, e me deu o melhor beijo da minha vida: apaixonado, carinhoso, mas ao mesmo tempo ardente como se fosse um desejo escondido há muito tempo...

E o tempo parecia não passar, e eu não ouvia nada além das batidas do meu próprio coração, e do de James também, e as nossas respirações. Poderiam ter se passado apenas segundos, ou minutos, ou horas. Eu já não sabia mais...

- James, você vai sufocar a garota! – disse Sally, rindo.

- Hum? Que? – perguntei, confusa e ainda tonta por conta do beijo.

- Iiihh, James, olha o que você fez! Deixou a garota toda desnorteada e totalmente tonta.

- A culpa não é minha se eu beijo bem e ela também... Nunca conheci alguém que beijasse tão bem...

- Você quis dizer que não beijou ninguém que correspondesse tão bem assim antes? – sacaneou Sirius.

- Não, ele quis dizer que nenhuma garota de Hogwarts beija assim – Sally entrou na brincadeira.

- Mas eu não beijei todas as garotas de Hogwarts! – James se defendeu.

- É, só as do quarto ano pra cima – disse Sirius.

- Vamos mudar de assunto? – perguntei, irritada.

- Isso tudo é ciúme? – perguntou James, todo convencido.

- Claro que não, mas... – fui interrompida por Pedro, que chegou com os braços cheios de balas e sapos de chocolate.

- Me dá um sapo de chocolate? – pedi.

- Eu também quero! – disse Sirius.

- Ah, assim vocês vão comer todos os meus doces! – disse Pedro.

E assim se passou a tarde e a noite: com conversas, jogos de xadrez e brincadeiras.


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Notas finais do capítulo

Espero reviews!!!