Spell The Most escrita por Angel Salvatore


Capítulo 30
Capítulo 29


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora. Eu realmente ando bastante esquecida.



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Suspensão.

Existe uma palavra pior do que essa? Deixe que eu mesma responda. Nope. Nenhuma. Não, na verdade, existe. As palavras que meu pai disse, enquanto eu os levava até o estacionamento.

“O que você tinha na cabeça quando bateu naquela garota?”, ele disse. Minha mãe ia ao lado dele tentando acalmá-lo e Lissa, ia atrás , como sempre, apenas escutando.

“Pai, ela me provocou”, eu disse, tentando me defender.

“Alexa, escute. Muitas pessoas irão te provocar nessa vida. Se você bater em todas que fizerem isso, nunca conseguirá ser uma boa bruxa.”, ele disse parecendo voltar ao normal de pai. Um bondoso que me entendia.

Doce engano.

“Suspensão foi pouco do que você merece.”, ele voltou ao seu modo durão. “A diretora deveria ter te trancado numa sala ante mágica por um mês”

E ele era o meu pai.

Mas depois disso, e demais palavras de “inspiração”, consegui convencê-los que eu estava bem. E que não aprontaria mais nada. Antes de entrarem no carro, minha mãe me lembrou de seu aniversário no final de semana que vêm. E que queria me presença lá. Já que minha suspensão era de três dias e um final de semana, eu poderia ir.

Quando eu estava voltando para o meu dormitório, já era de noite. Não que fosse uma da madrugada, mas era um horário não muito seguro de se andar sozinha.

Não que tivesse medo. Oh, não.

Consegui chegar em meu quarto em segurança, Graças a Deus. O meu único pensamento era de tomar um banho e dormir. Quem sabe isso tudo fosse um pesadelo e eu acordasse. Doce ilusão. Essa ilusão se tornou mais forte, quando enquanto eu saía do banheiro, enxugando meus cabelos na toalha, encontrei uma rosa vermelha em cima da minha cama.

Eu sorri.

Nathan.

Sempre Nathan.

Peguei-a, sentindo sue perfume e a essência da magia da terra. Esse momento de conforto foi substituído por culpa. Eu tinha sido tão dura com ele e ele sempre tão fofo e me dando rosas, mesmo sabendo da probabilidade de sua morte se Nick descobrisse.

Antes que eu soubesse o que estava fazendo, vesti a primeira calça jeans que eu encontrei e a primeira blusa branca que puxei do armário, e saí em direção ao dormitório masculino. Só parei para ajeitar meus tênis quando já estava na porta.

Fiquei apreensiva.

Bem, não é como se eu pudesse ficar a rainha da calma, quando eu estou na porta do namorado da minha inimiga que , por acaso era ao lado do quarto do meu namorado. Se eu fizesse qualquer ruído além do normal, seria pega om a boca na botija.

Bati na porta com cuidado.

“Hey”, Ryan disse quando abriu a porta. Seu sorriso vacilou um pouco quando me viu. A culpa que eu sentia por Nathan, duplicou com Ryan.

“Ryan, será que eu posso entrar?”, eu disse.

Parecia que eu estava sendo perseguida. Eu me sentia vigiada. Olhava para os lado a cada nano segundo. Ryan pareceu considerar, até que deu um passo para o lado e me deu passagem. A primeira coisa que eu notei quando entrei no quarto de Ryan/Nathan, foi o cheiro.

O cheiro de Nathan predominava ali. Picante, doce como rosa. Olhei as camas. A de Nathan parecia impecável, enquanto a de Ryan estava totalmente bagunçada. Me virei para Ryan e notei seus cabelos molhados de um banho recém tomado. Franzi o cenho.

“Você e Suzy seguiram meu conselho, não foi?”, eu perguntei.

Ryan corou como nunca e desviou seus olhos verdes de meu rosto.

“Não é nada que você esteja pensando.”, ele disse.

“Por favor, não. Discurso para mulher traída, não”, eu pedi.

“Estávamos apenas conversando”, ele insistiu.

“Tudo bem”, eu levantei minhas mãos em sinal de desistência. Então fiquei séria e suspirei. “Me desculpe. Fui dura com vocês. Não deveria ter descontado minha raiva em vocês. Principalmente em Suzy.”

“Está ok, Alexa”, Ryan colocou a mão em meus ombros, sorrindo como sempre. Seu sorriso aumentou e mudou de confortador para sugestivo. “Tenho certeza que você não veio aqui apenas para me pedir desculpas”

Foi minha vez de corar.

“Realmente , Ryan”, eu balancei minha cabeça, ainda corada. “Você parece querer me empurrar direto para o fundo do precipício.”

“Não, nunca. Só gosto de ajudar”

“Sei.”, estalei minha língua para ele. “Já que você gosta tanto de ajudar. Poderia me dizer onde está Nathan”

Isso só fez o sorriso de Ryan crescer mais ainda. Tanto que eu pensei que rasgaria o seu rosto. Idiota.

“Ele saiu”, Ryan disse.

“Oh, pena”, eu abaixei meus olhos.

“Hey, ele acabou de sair. Se você correr um pouco, talvez o alcance.”, ele riu. Percebi quase que de imediato as suas intenções. Me fazer correr atrás de Nathan.

Mas, claro que eu não iria me rebaixar a isso, não é?

Quando tive esse pensamento, meus pés estavam batendo na grama da parte mais longe dos dormitórios. O vento batendo em meu rosto quase não fazia efeito em mim, contando que meu corpo já estava superaquecido pela antecipação. A ideia de encontrar Nathan longe dessa confusão que antes eu chamava de vida, me enchia de alegria.

Apenas quando eu estava longe o bastante dos dormitórios e perto o suficiente dos estábulos, eu parei. Para onde, diabos, eu estava indo? Tinha saído tão rápido o quarto de Ryan que nem ao menos tinha me dado ao trabalho de perguntar para onde Nate tinha ido. Ele tinha saído do quarto, ponto. A escola era grande. Até eu procurar em todos os pontos possíveis e impossíveis que ele possa ter ido, ele já teria voltado ao dormitório.

Ou para os braços de Lana.

De repente esse pensamento me alcançou e me fez parar de vez, no meio da noite fria da escola. E se Nathan saísse no meio da noite de seu quarto para ir ao novo quarto de Lana. Aquecê-la. Preenchê-la. Tê-la em seus braços. Até mesmo rir de mim. A estúpida que ficava correndo atrás dele.

Eu sou uma grande idiota mesmo.

Uma enorme idiota.

Virei nos calcanhares e comecei a voltar em direção aos dormitórios. Quando levantei meus olhos dos pés , percebi o qual longe eu estava. E como se fosse para confirmar o quanto eu estava ferrada, o toque de recolher bateu. Não que a escola estivesse cheia de estudantes do lado de fora a essa hora. Muitos saiam da escola na sexta depois das aulas, para evitar a confusão de carros no sábado. Apostava que o casal emo estava ainda se beijando naquela árvore. Do jeito que eu estava me sentindo naquele momento, era bem capaz de eu jogar uma bola de fora em um dos galhos para que caísse na cabeça daqueles dois. É, eu estava me sentindo uma miserável.

Chutei um galho no chão com força. Ainda faltava muito para chegar e eu não estava sem nenhuma vontade de correr. Eu sou uma burra. Deveria queimar todas as rosas que Nathan tinha me dado, e não guardá-las. Deveria contar para Nick tudo o que Nathan me disse (tudo o que ele prometeu em silêncio) e deixar que o surrasse até a morte. Eu deveria rir da sua dor. Mas eu não conseguia.

Eu sabia que choraria se queimasse as rosas e lhe pediria perdão. Sabia que se Nick me perguntasse alguma coisa em relação a mim e Nate , eu mentiria. Sabia que se Nathan morresse, eu morreria junto. Por isso que eu estava sentindo essa dor. A dor do abandono. A dor da angustia. E o gosto amargo da inveja. Fui vencida, eu sabia. E por mais que eu odeie admitir, Lana tinha razão. Eu tinha raiva dela, por eu não ter conseguido quem eu queria. Eu era uma egoísta.

Um barulho vindo das árvores fez com que eu parece meu momento de auto mutilação mental. Virei e não vi nada. Quer dizer, nada além de um bom números de assustadoras árvores. Comecei a andar rápido na direção dos dormitórios. Na verdade, estava quase correndo. E assustadoramente, o barulho só fazia aumentar. Eu me sentia aquelas garotas presas em filmes de terror classificação B.

Cada vez que eu olhava para trás, conseguia captar um tipo de sombra se mexendo por dentro das árvores e isso só me apavorava cada vez mais. Eu comecei a correr como louca, sempre olhando pra trás. Uma parte irônica nisso, era que eu sempre dizia que não tinha medo de nada.

Bem, parecia que eu estava errada.

Comecei a chegar mais perto do dormitório (e ficar mais longe das árvores), quando escutei outro barulho. Parecia um animal sendo ferido. Ou faminto. Minhas pernas estavam no limite (malditos 1,66m). Quando senti um vento por trás de mim, parei quase que imediatamente. Mais que droga.

Eu virei, mesmo que temorosa com o que encontraria, encontrando um grande e enorme nada. Suspirei , aliviada e passei a mão pelos meus cabelos agradecendo mentalmente a Deus. Me virei pronta para ir para casa.

Trombando diretamente com Dylan.

Dei um passo involuntário para trás. Ele sorriu devagar , mostrando todos os dentes, incluindo suas presas. E antes que eu pudesse realmente registrar o momento, ele tentou avançar em minha direção. Mas como eu era uma bruxinha esperta, saí correndo na frente.

Mas é claro que ele era mais rápido do que eu, por isso só consegui alcançar a floresta atrás dos estábulos. Assim que passei da minha quinta árvore (e , sim, eu estava contando as árvores. Não queria me perder ali dentro. Eu evitava florestas), senti a mão de Dylan em meu cabelo como garras de ferro me puxando para baixo. Soltei um grito involuntário antes de bater minha cabeça com força no chão.

Ponto escuros apareceram em meus olhos por um momento e eu senti alguma coisa escorrendo em meu cabelo. Dylan pôs seu corpo em cima de mim, ainda sorrindo.

“Ora, ora. Vejo o ratinho que caiu na minha ratoeira.”, ele sorriu perigosamente perto de mim. Mas eu me sentia mole demais para lutar. Na verdade, estava lutando com a consciência para continuar acordada. “Bem quem eu queria. Veja se não é Alexa Night. A toda poderosa Bruxa Elementar do Fogo. A Fodona dos mais Fodas.”

“Dylan, me solte”, eu pedi, mas meu pedido saiu mais com um sussurro.

“Está fraca, querida?”, ele perguntou sarcástico. “Não se preocupe, serei rápido em sua morte.”, ele passou um dedo por meu rosto, ainda sorrindo.

“Por que está fazendo isso?”, eu perguntei. As sombras ao meu redor estavam cada vez maior. Sabia que não duraria nem mais dez minutos. Toda a minha vida passou em um flex na minha frente. Eu nunca saberia o que teria acontecido entre mim e Nathan. Eu nunca saberia o que teria acontecido entre mim e Nick. Nem consegui dizer adeus aos meus amigos.

Dylan jogou sua cabeça para trás e riu. Quando seu olhar voltou para mim, estavam em uma tonalidade assustadora de vermelho. Eu era suspeita de dizer isso, mas tinha um diferença quase palpável sobre os meus olhos e os dele. Os olhos de Dylan estavam gorjeteados em sangue, e acompanhados por um belo par de presas e um sorriso demoníaco, não era algo muito acolhedor.

Tentei usar meus poderes ( falando assim, me sinto a Mulher Maravilha), mas invés de sentir aquela queimação pelas minha veias até minhas mãos, sentia como se tivesse colocado uma grande barreira mental em mim. Então lembrei do que o professor Nage tinha dito: se você não conseguir se controlar, em algum momento que estiver muito nervosa (ou até desesperada), seus poderes podem falhar.

Parabéns para mim. Meus poderes estão falhando. E Dylan de algum jeito sabia disso. Mas era quase impossível. Não tinha contado isso nem para os meus amigos, quem dirá para Dylan. A resposta dessa pergunta veio como uma raio em minha mente.

Lana.

Vaca.

Ela tinha escutado tudo o que o professor tinha me dito. Não me surpreenderia nada que metade de seu grupinho já soubesse a razão dos meus olhos vermelhos e as consequências disso. Dylan , pelo menos, parecia saber.

“Por que eu estou fazendo isso?”, ele perguntou sarcástico. “Porque eu sou um vampiro e estou com fome. Porque eu não gosto de você, bruxinha do fogo. Porque é uma boa maneira de me vingar de você por ter batido em Lana e de Lien por ter me envergonha na frente da escola inteira.”

“Dylan, não faça isso”, eu tentei pedir. Mas soou mais como uma ordem. Era o orgulho agindo. “Me solte”, minha voz foi se elevando. “Socorro!”, eu gritei, antes que Dylan fechasse sua mão em meu pescoço, com uma pressão quase mortal. Não estava apertado o suficiente para me matar, mas o suficiente para atingir minhas cordas vocais.

“Fique quieta e morra sem me atrapalhar”, ele soltou meu pescoço. Então aproximou seu rosto do meu, sorrindo. Eu tremi com a visão das suas presas a mostra. “Eu juro que se você não fosse uma bruxa do fogo desprezível, eu até te acharia bonita”

“Todos vão saber que foi você”, eu disse, ignorando o seu elogio.

“Não, não saberão. Depois que te matar, vou arrumar uma adaga dourada com Paola e te jogarei nos estábulos. Todos acharão que foi o tal Assassino Mágico que pegou mais uma inocente vítima. A Pobre Alexa Night.”, ele balançou a cabeça, fingindo pesar.

“Dylan, por favor”, eu pedi mais uma vez.

Ele colocou um dedo em meus lábios. “Não, querida. Nada de implorar agora. Morra com a sua dignidade intacta. É o meu presente para você, mas agora... Chega de conversa, estou com fome.”

Tentei gritar de novo, mas o dedo em meus lábios me impediu. Dylan jogou sua cabeça para trás e a luz da lua pude ver sua presas brilhando. Fechei meus olhos. Era assim que eu morreria, drenada por um vampiro que me odiava. Mas, até que tinha demorado para ele me atacar.

Oh, Nathan. Tinha tantas coisas que eu queria te contar. Como eu gostava do seu sorriso e andar confiante. Como eu ficava fascinada com seus olhos negros como redemoinhos de emoções. Como eu achava que roupas pretas eram a sua marca. Como eu queria passar a mão pelos seus cabelos despenteados. Como eu queria beijá-lo.

Mas eu nunca poderia dizer isso, por que iria morrer, no momento em que Dylan tomasse a minha última gota de sangue.

“Dylan, pare”, uma voz gritou mais a frente.

Não precisei ver quem era. Só o disparo do meu coração o denunciou. Abri meus olhos o suficiente para ver Dylan o encarando com um olhar raivosos, antes de se levantar e ir em sua direção. Pude respirar novamente. Quer dizer, respirar igual a uma maluca asmática por causa dos saltos que meu coração dava.

Ele estava aqui.

Ele veio me salvar.

Usei o restante da minhas forças e de minha consciência para virar o meu corpo, de modo que pude sentir algo grudento no meu coro cabeludo. Não precisava nem colocar a mão para saber que era sangue. Mas o sangue parecia uma pequena distração comparado com a cena a minha frente. Dylan, Nathan e Fleur se encarando. Fleur rosnava como nunca e seus pêlos estavam eriçados, os olhos de Nathan estavam em puro ódio. Mas esse ódio logo se dissolveu quando ele me viu, virando preocupação.

“Saia daqui, Castille.”, Dylan disse, também rosnando.

O olhar de Nathan voltou para Dylan.

“O que você acha que está fazendo com ela?”, apontou para mim.

“O que você acha?”, Dylan retrucou. “Vou matá-la. Ela tem me dado muita dor de cabeça esses dias. E , cai entre nós, ela não tinha o direito de bater em Lana.”

“Lana a provocou.”, Nathan me defendeu.

“Lana provoca quem quiser. Ela me provoca quase todo dia, mesmo assim ela ainda está viva. Ao contrário de Alexa daqui a uns bons cinco minutos.”

Eu aproveitei a distração deles, e me arrastei até uma árvore perto de mim. Usei-a para me ajudar a me levantar e fiquei de costas nela. Não tinha certeza se iria durar muito se ficasse de pé. Na verdade, eu tinha certeza que não duraria muito se ficasse de pé sozinha. Uma dor de cabeça quase palpável surgiu e eu tive que segurar para não reclamar.

Quando voltei o meu olhar para Dylan e Nathan, vi os em um tipo de batalha silenciosa. Toda vez que Nathan tentava dar um passo na minha direção, Dylan se me mexia, o bloqueando e Fleur dava mais um passo em sua direção. Ficou assim até que Fleur finalmente o atacou.

Dylan a pegou pelo pescoço, como se a elegante loba fosse um mero cachorro vira-lata e a jogou em direção a uma árvore, com força. Fleur tentou levantar de novo, mas acabou desmaiando. Nathan esticou sua mão na direção dela, enquanto Fleur se dissolvia a uma fumaça negra e voltava para Nathan. Ele foi atingido pela dor dela quase que imediatamente, caindo de joelhos no chão. Dylan foi em sua direção e o chutou na barriga. Nathan caiu encolhido como uma bola, mas ainda consciente.

“Isso é para você aprender a não se meter em meus planos”, Dylan disse.

Eu não conseguia mais assistir aquilo. Tinha que fazer alguma coisa, antes que Dylan machucasse ainda mais Nathan ou se lembrasse de mim. Mas, incrivelmente, eu estava mais preocupada com Nathan ser machucado do que com a minha vida. Sabia que se acontecesse alguma coisa com ele, seria culpa minha e apenas minha.

Por isso que me desencostei da árvore e comecei a andar até Dylan. Os passos arrastados logo viraram uma macha da morte. A adrenalina ficou no lugar da dor, mas eu sabia que duraria poucos minutos, antes que eu desabasse.

Me concentrei por um momento e senti o poder queimando em minhas veias e não demorou muito para que ele se instalasse em minhas mãos. Dylan estava tão distraído em torturar Nathan que nem tinha percebido que eu estava quase nas suas costas. Claro que ele percebeu no momento em que levantou seu pé para dar mais um chute em Nathan , só que no rosto dele, porque, nesse instante, uma bola de fogo pairou no espaço entre o pé dele e o rosto de Nathan.

Ele deu um pulo e se virou para mim, que estava possessa de raiva. Antes que ele abrisse a boca para dizer mais alguma coisa, outra bola pairou a centímetros de seu pé. Nathan, me surpreendendo, agarrou-lhe o pé e puxou, fazendo-o caiu de bunda no chão. Eu parei bem acima de seu corpo, o de Dylan, quero dizer, e apontei meu dedo flamejante na direção de seu rosto.

“Eu deveria matá-lo”, eu disse para ninguém.

“Não, Alexa”, Nathan disse e logo ele estava do meu lado. Perto o suficiente para que eu sentisse o seu calor, mas o longe o bastante para que não nos tacássemos. “Você vai ser expulsa e está sangrando muito”

Eu me virei para ver seu rosto sério.

“Ele quase me matou”, eu disse como uma criança birrenta.

“Não seja igual a ele, Aly. Você á mais. Bem mais.”

Abri minha boca para retrucar, quando sentir um vento nos meus pés. Olhei para baixo para ver que Dylan não estava mais ali. Virei na direção da floresta e comecei a correr para lá, mas não fui muito longe. Como tinha dito antes, não gostava muito de floresta. Ainda mais quando se tem uma boa chance que ela pegue fogo no momento que eu me descobrisse perdida.

O fogo em minhas mãos se extinguiu enquanto eu colocava uma delas na árvore. Minha respiração a mil, mas não tanto quanto meu coração. A adrenalina foi drenada do meu sangue e eu vacilei.

“Aly, é melhor você ir a enfermaria”, Nathan disse atrás de mim. A uma boa distância.

Me virei para ele, me desencostando da árvore.

“Por que você não me deixou matá-lo?”, eu gritei. “Além disso, por que não está lá com Lana a essa hora? Já terminou o que tinha para fazer ai veio embora?”

Nathan apenas me encarava com o rosto neutro.

“Responda!”, eu exigi. “Eu não preciso da sua ajuda. Pudia muito bem me virar sozinha”

“É, eu estava vendo como você estava se virando”, ele retrucou e eu corei. “Você está sangrando, Alexa. Acho que tem uma concussão. E isso deve estar afetando o seu cérebro. De onde você tirou que eu estava com Lana?”

Eu abaixei minha cabeça, envergonhada. Má ideia. Senti-a pesando.

“Eu vi a rosa e fui ao seu quarto agradecer, mas Ryan me disse que você tinha saído. A única conclusão óbvia que me veio a cabeça foi que estaria com Lana.”, eu balancei a cabeça. Mais um erro. Me senti pronta para vomitar.

“Eu poderia estar em vários outros lugares”, ele disse. “Você me julga mal, ás vezes, Alexa. Deveria ter cuidado com as suas palavras. Um dia eu posso levá-las a sério e te esquecer de vez.”

Levantei minha cabeça, tinha sombras em minha visão e minhas pernas vacilaram de novo.

“O que quer dizer?”, eu perguntei.

“Quero dizer que , eu não estava com Lana e você precisa ir para a enfermaria. Você irá desmaiar a qualquer segundo”, ele deu um passo a frente, então outro, e outro e parou a dois passos de mim. “Pode confiar em mim?”

Em resposta a sua pergunta, eu desmaiei em seus braços.


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