Pastel. escrita por Biscoiita
Notas iniciais do capítulo
Fiquei na academia zoando com meu amigo e bem, surgiu essa ideia porque tipo, meu amigo é meio parecido com um recheio...
[...] Estavam lá, deitados na cama. Ela sorria, ele ainda ofegante também compartilhava do o sorriso dela. A brisa fresca de verão entrava no quarto e movimentava as cortinas.
- Eu ainda te acho um idiota.
- Não foi isso que você disse há minutos atrás. – ele sorriu.
- Eu minto muito bem.
Ele abriu ainda mais o sorriso, e ela se ajeitou nos braços dele; de bruços o queixo encostado sobre o tórax do moreno e a mão no ombro dele, enquanto uma das mãos dele faziam desenhos sobre a coluna dela.
- É, eu percebi isso quando você disse que não me amava.
Ela riu um pouco.
- Mas eu realmente não amo. Sua mãe me paga pra dormir com você. – ela deu um nó frouxo no cabelo cor-de-rosa e voltou a posição que estava. – Ela sempre achou que tu era gay.
- Daí contratou uma menina sem sal e com cabelo de corante de chiclete pra me seduzir?- foi a vez dele gargalhar alto.
- É, ela diz que você tem um gosto estranho para namoradas.
Silêncio. Apenas o zumbido do vento e das gotículas d’agua que custavam a cair podia ser ouvido.
- Parabéns pastel. – ele diz.
- Obrigada recheio.
- Tá ai um apelido que combina comigo.
- Recheio? – ela ri – como assim?
- Tipo, todo recheio é gostoso, sacô?
Ele ri.
- Na boa, sua piada foi tão boa que me deu câncer. – ela disse, e mais uma vez eles comtemplaram do silêncio.
[...]
Mais uma vez, ofegantes. Já passavam das três da manhã e eles ainda estava lá, deitados e soando.
- Já ouviu dizer que a pratica leva a perfeição cabeça de chiclete? – Agora ele estava de lado e ela de bruços olhando para ele.
- Sempre ouvi dizer, mas não me adapto a essa filosofia, porque né... eu já nasci perfeita. – sorriu tentando trançar o cabelo da tal cor-de-tutti-frutti
- Você é igual ao recheio do pastel da feira.
- Gostosa?
- Não tá sempre estragada. – Sasuke era podre, muito podre.
[...]
Cinco e quarenta e nove. Ofegantes. Cansados e bastante suados.
- E ai senhor recheio, o que vai me dar de presente?
- Uma noite maravilhosa dessa não tá bom?
- Ah ok né...
Silencio.
- Recheio... – ela chamou com voz mansa.
- Fala pastel. – sussurrou.
- Me diz uma coisa, como você se imagina daqui a uns dez anos?
- Assim mesmo.
- Com dezenove anos? – ela ri.
- Não. Deitado na cama, colado com você e ofegante depois de uma noite longa.
- Pensando por esse lado, é uma boa pedida. Mas dez anos aturando essa cabeça de chiclete? Você aguenta tudo isso recheio?
- Minha mãe mesmo disse que eu tenho um gosto estranho, e bem... ela vai ter que arrumar bastante dinheiro pra te contratar por mais dez, vinte, cinquenta anos, porque quando eu tiver sessenta, te troco por uma novinha.
- E antes disso acontecer eu já tô no Spring Break gastando o teu dinheiro com marinheiros gostosos.
- Acho melhor irmos dormir pastel.
- Também acho.
Ele deitou-se direito e ela se aconchegou sobre ele. O dia já clareava, e as nuvem causadoras da garoa de verão se desfaziam no céu.
- Eu amo pastel – ele sussurrou um pouco antes de dormir.
- Já eu prefiro o recheio. – ela sorriu, e passou de leve o dedo na bochecha dele.
- Eu sempre soube – ele sorriu de lado. – boa noite.
- Bom dia.
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