Shadow Touch escrita por Lady TMS


Capítulo 40
Finalmente




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Ela demorou um tempo em responder. Tentando contar as batidas do seu coração. Um...

Havia uma resposta certa? Ela poderia ter certeza de nunca se arrepender da decisão que escolhesse agora?

Ela sabia que precisava da força dele...

Dois...

O que a faria seguir o caminho certo? – respirou fundo fechando os olhos.

Três...

Às vezes só temos que seguir nossos instintos e confiar que tudo irá acabar bem... Talvez confiar em algo tão volúvel como o coração não fosse à decisão mais sábia, mas era a única que podia conviver...

Quatro...

Olhou para ele que estava à espera de uma resposta.

Estava se apaixonando por ele...

Cinco...

Uma vida com Jonh... Poxa...

Seis...

– Jonh...

Ele se virou

– Se eu aceitasse... – falou e depois limpou a garganta – Se eu aceitasse deveríamos ter regras.

– Tudo bem – olhou- a – que tipo de regras?

– Tá. Devemos começar com você nunca mentindo de novo.

– Nem se fosse pra salvar sua vida?

Nunca mentindo de novo– ela estreitou os olhos- E eu saberei se você fizer isso...

– Tudo bem – sorriu – qual é a próxima?

– Eu vou tomar as decisões sobre minha família.

Jonh balançou a cabeça.

– E se nós dois tomássemos as decisões?

– Você não confia no meu julgamento?

– Não é isso – ele disse diplomaticamente – mas há coisas que você não sabe... Ainda.

– Você pode me ensinar...

– Eu ensino. Mas é algo que demora. Eu estive aprendendo desde que eu posso me lembrar...

Ele apoiou a cabeça na parede.

– Igualzinho um pai lutando pelo dote... – murmurou sorrindo.

Johana suspirou. Algo que ela vinha fazendo muito ultimamente.

– Qual é sua regra? – perguntou depois de um tempo.

– Eu tenho uma regra só – ele falou – você vai ter que confiar em mim. Sem confiança não tem como conseguirmos levar isso adiante.

– Você esta pedindo algo impossível.

– Talvez não agora. Mas você acha que consegue? Algum dia? ...

– Eu não sei – ela jogou a cabeça pra trás e ficaram olhando a iluminaria no teto.

Ambos ficaram imóveis compartilhando um silêncio agradável, sentindo o aconchego da pequena sala e a expectativa de coisas não certas.

Às vezes, quando aconteciam esses momentos, Johana pensava que eles eram bons juntos. Sem precisar falar para ocupar o silêncio. Só sentindo...

Ela não sabia explicar porque com ele era diferente. Porque mesmo apesar de tudo ela não sentia a necessidade de se afastar. Porque ela se sentia segura mesmo não confiando nele.

Às vezes, quando ele sorria, ela se permitia pensar que era por causa dela, que o deixava mais leve, mesmo sabendo o quão bobo parecia. Se tivesse a coragem de perguntar provavelmente ele responderia que era justamente o contrário.

Mas agora ele estava ali. E ela quase podia sentir o calor do corpo dele se transferindo pro seu. Quase podia esquecer tudo...

– O casamento dos meus pais era uma droga – ele disse baixinho ainda sem olha-la – eu imagino que quase todos os casamentos de conveniência são...

– Eles brigavam muito? – perguntou

– Quem dera... Eles se ignoravam a maior parte do tempo... Até uma criança podia ver que não havia amor, respeito ou qualquer coisa ali. Quando casarmos...

Se casarmos.

– Se casarmos – ele sorriu – eu não sei como fazer acontecer, mas eu espero que seja diferente. Eu não posso viver a minha vida toda fingindo que você não existe.

– Nem eu. É solitário demais...

Ele assentiu.

– Nós ficaremos bem... – ela disse colocando o futuro dela nas mãos dele – você fará as coisas darem certo não é?

– Eu farei – e então a olhou – eu só preciso checar uma última coisa antes.

– Que coisa?

Ele se inclinou.

Foi a primeira vez que percebeu como ele preenchia o espaço quando estava tão perto. Como se de repente só existisse Jonh e ele pudesse absorver qualquer outra coisa em volta.

Ela seguiu seu olhar pra baixo onde seus dedos se tocavam de leve até que ele começou a traçar círculos em sua palma tão leve como beijos.

Cada toque hesitante que ele dava, cada segundo que ele demorava era como se ele estivesse a cortejando.

Ela quis sorrir como boba. Querendo que o tempo realmente parasse ou que voltasse sempre que ela quisesse para nunca esquecer o modo como seu coração batia uma canção só para ele.

E então ele se afastou lentamente.

– Deveríamos voltar – ele suspirou

O jantar! Eles haviam passado muito tempo fora... A essa altura já deveria estar acabando.

De repente ela se sentiu totalmente sem nenhuma vontade de comer.

– Espere! – ela disse quando Jonh se preparava para levantar – eu preciso checar algo também.

Ele a olhou confuso, mas voltou a se sentar. Ela se aproximou e colocou uma das mãos no chão enquanto a outra subiu por um dos ombros dele como apoio.

– Eu realmente espero que isso dê certo – ela sussurrou e beijou o canto da sua boca.

Ela se afastou um pouco, mas ele a trouxe para o meio das suas pernas a aproximando.

– Isso não é um beijo de verdade – ele disse em seu ouvido e depois beijou sua mandíbula – Não é nem o suficiente.

E então a beijou. Beijou seu rosto, seus olhos, seu nariz... Até que ela o sentia por toda parte. Até que ela se tornou consciente de cada parte do seu corpo. Eles se afastaram um pouco, mas ela não pôde esconder seu sorriso quando viu o dele.

Jonh pegou suas mãos enlaçando atrás do pescoço dele enquanto suas testas se tocavam.

– Acho que não teremos problemas com essa parte – ele sussurrou sorrindo.

E

A

BEIJOU.

Os lábios deles hesitaram no começo quase não a tocando até que ela se aproximou mais.

E então ele não hesitou mais...

Ela não sabia o que poderia sentir até que ele a incitou a abrir os lábios e era como se de repente ela soubesse que eles se encaixavam.

Não como nos livros onde havia fogos de artificio. Mas como se lentamente ele fosse deixando o coração dela tão cheio dele, tão pesado, que ela temia que ele despencasse.

Mas era pior que isso. Ela queria se enterrar nele e saber tudo sobre ele. Era isso o que o beijo estava fazendo com ela.

E sobre respirar? Ela totalmente estava se forçando a lembrar de como fazer...

Ela o puxou mais pra perto e os beijos ficaram mais urgentes. Ela podia sentir as mãos dele apertando suas costelas e amou que pudesse fazer isso com ele. Deixar a respiração dele instável, mexer no seu cabelo até que ele estivesse todo bagunçado...

Ele era dela.

E nesse momento ela não estava com medo de que ele estivesse usando uma máscara.

Eles se beijaram, até que ele a soltou devagar dando pequenos beijos como se não quisesse de fato se afastar.

Jonh passou a mão pelo rosto e por um momento ela achou que ele estava arrependido.

Puxou devagar a mão. Ele as trouxe para a cintura dela e enterrou seu rosto em seu pescoço.

– Definitivamente não será um problema – ela o ouviu murmurar e sorriu.


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