Lily's P.O.V.

Okay, você tem alguma ideia de como conquistar o Potter?

Por quê? Ah, é que uma amiga minha tá afim...

Mentira!

Okay é mentira, EU quero conquista-lo, por que EU to apaixonada por ele!

A quanto tempo eu descobri? Desde o dia que ele me disse “Você tem um ano.”

Apesar de quê, eu tinha menos que um ano a partir daquele dia.

Cada dia que passa, eu me sinto mais culpada, ele realmente mudou, eu mereço morrer por ter mudado James Potter!

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– Potter! – era a terceira bolinha de papel que eu tacava nele. – Potter!

Nessa hora, Potter, alunos e tia Minnie me encaravam.

– Srta. Evans vejo que suas idas a sala do Professor Dumbledore, não estão ajudando... Pois bem, detenção. – disse séria.

– Okay, aproveita e manda o Potter pra ver se ele fala comigo. – eu falava alto.

– Srta. Evans detenção hoje à noite! – ela disse irritada.

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– Ótimo, eu amo guardar pratos. – eu disse enquanto juntava os pratos

Eu nunca tinha vindo aqui na cozinha de Hogwarts e sinceramente, não é grande, é o King Kong véi!

– Ahn... Srta.? – me virei e dei de cara com uma elfa. – Sou Maddie, se precisar é só chamar na sala ao lado.

– Ah, okay, sou a Lily, tá bom Maddie, se eu precisar eu chamo, obrigada. – eu sorri agradecida.

E SE EU ME TRANSFORMASSE EM ELFA E NÃO LEMBRASSE DE MAIS NADA? ASSIM EU PODERIA VIVER SEM QUERER ME MATAR! É UMA BOA IDEIA.

Okay, não é não, os elfos não merecem pessoas más como eu.

Escutei passos no corredor e imaginei ser o Tio Dumby, novo apelido dele, dedico a leitora MooNy.

Tipo, eu imaginei, era ele, mas a figura que entrou ali realmente me surpreendeu.

– O que? O que? O que você tá... – fui interrompida.

– Olha, fica em silêncio, senão eu vou me arrepender de ter vindo aqui pra te fazer companhia. – Potter disse se sentando e abrindo um livro.

Sorri com aquilo e voltei a empilhar os pratos.

– Droga de altura! Eu podia muito bem ser mais alta! – eu resmungava.

Obs. Eu me localizava nas pontas dos pés, tentando guardar os pratos (:

– Véi, na boa, sacanagem né Tio Dumby?! – eu falava irritada.

Suspirei e pus os pratos no balcão, já pra pedir ajuda aos elfos, quando vi o Potter pegar os pratos e colocar nos armários.

– Obrigada. – eu disse corando.

– Não foi nada. – ele abaixou a cabeça.

Cheguei mais perto com medo que ele se afastasse, mas pelo contrário, ele se mantéu no mesmo lugar.

Pousei minha mão em sua bochecha, ele rapidamente olhou em meus olhos, mas eu não olhava em seus olhos, seus lábios me convidavam, eu intercalava olhares entre sua boca e seus olhos. Minhas mãos escorregaram pro seu peitoral, o senti me puxar pra si, ele tinha uma mão em minha cintura e uma em meu pescoço.

Via em seu olhar uma ponta de luxúria, mas eu também não estava diferente, mas rapidamente se transformou num olhar meio triste.

Eu me aproximava lentamente, já fechava os olhos, quando sei o roçar de nossos lábios o vi se distanciar.

– Desculpa, posso pegar detenção. – ele disse e saiu.

É bem nessas horas que eu tenho vontade de ir à casa do Sr. Potter e perguntar por que ele não transou com camisinha. (:

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– Concorda Lily? – Remu perguntou.

– Ahn? Com o que? – eu perguntei.

Pude escutar suspiros dos monitores das outras casas, alguns negando com a cabeça.

– Sobre essa organização! – ele me disse calmamente. – Ficar, eu e os monitores da Lufa-Lufa pra sexta e sábado, os monitores da Sonserina e da Corvinal ficarem com o domingo pra acabar mais rápido e você se encarregar do resto na segunda?

– Ah, claro, por mim tudo bem... – sorri fraco.

– Ótimo, então fica assim. – Amus disse se levantando com o resto do pessoal.

Suspirei e levantei quando todos já tinham ido, segui em direção ao dormitório feminino, eu conseguiria conquista-lo com uma música? Não...

Por favor.

Lily, essa realmente foi a pior ideia, aproveita e trás o elenco dos filmes da Disney.

Ah cale esta boca consciência!

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– Marlene, Dorcas, eu to bem okay? Só... Estou um pouco triste, só isso, por que... Por que eu não consegui fazer o que eu queria na decoração da festa de Natal, to triste por isso.

– Lily... – interrompi Dorcas.

– Olha Dorcas, não começa com esse... “Lily” não okay? Eu to bem. E não aguento mais ouvir meu nome! – eu suspirei.

Elas assentiram de leve e saíram de lá, suspirei pesadamente, nem elas me aguentam mais...

Acho que eu tava assim na verdade por causa da quantidade de vezes que eu escutei “Lily” hoje, tive vontade de mudar meu nome, mas... Não consegui.

– Lily! – eu escutei.

– PUTA QUE PARIU DÁ PRA PARAR DE ME CHAMAR? – eu gritei irritada.

– Desculpa Lily. – bufei e virei rapidamente, era uma aluna do terceiro ano.

– Vai, me desculpa, fala o que foi. – eu disse.

– É que... O diretor tá te chamando. – ela sorriu sem graça.

– Mas eu to... – ela me interrompeu, mina chata.

– Ele disse que podia ir sem se preocupar com isso.

Bufei e assenti de leve, segui em silêncio até sua sala.

– Galeão. – eu sussurrei.

A águia começou a se virar, subi ali e esperei que ela pousasse totalmente na parte superior, desci lentamente e eu ouvi os ruídos chatos dos quadros.

– Olá Lily. – ele disse sorridente.

Eu não vou gritar. Eu não vou gritar. Eu não vou gritar.

– Olá Professor Dumbledore. Como vai o senhor? – eu tentei ser gentil.

– Ah, eu vou indo muito bem obrigada, esses dias, eu estava conversando com um velho amigo da Alemanha, e ele falava sobre o seu estado... – ele foi interrompido.

E eu agradeço até a morte por essa pessoa ter feito isso.

– Professor, professor! – a Professora Minnie falava. – Os pais do Potter morreram.

– Do James Potter? – eu me intrometi.

– Sim senhorita. – ela respondeu. – Já o chamei até aqui pra que o Senhor desse a notícia a ele. – ela disse e entregou uma carta a ele. – Com licença.

Dizendo isso, ela se retirou, já ia dando meia volta pra acompanha-la quando pude ouvir:

– Acho que ele vai precisar de ajuda, e achei que pudesse ficar pra ajuda-lo. – Dumbledore disse.

Levantei a cabeça e me virei, assenti de leve e Potter rapidamente entrou.

– Chamou diretor? – ele perguntou, seu olhar era triste.

Acho que ele nem tinha me notado ali, mas eu também não queria que ele me notasse, o garoto estava sofrendo por minha causa e ia sofrer mais.

– Sr. Potter, acho que deveria se sentar. – Dumbledore indicou uma cadeira e ele rapidamente se sentou. – A senhorita também Lily. – não grite Lily.

AH QUE DROGA, LILY!

AH EU NÃO QUERO ESCUTAR MEU NOME.

– Certo diretor. – me sentei.

– Bom, eu tenho péssimas notícias para os dois. – ele suspirou. – Recebi essas cartas e são pra vocês.

Ele esticou o envelope que Minnie o havia entregado a pouco e me entregou um outro.

Abri cuidadosamente e comecei a ler:

“Aberração,

Isso é tudo culpa sua, então espero que se sinta muito mal.

Papai e mamãe estavam em casa quando aconteceu, eu estava com Vernon.

Dois comensais da morte, ou algo do tipo, chegaram a nossa casa e lhe procuraram e mamãe e papai não disseram onde você estava, e então, eles os mataram.

Papai e mamãe morreram por sua culpa, se sinta um monstro.

Não te queremos no velório aberração, então morra por aí, nossa casa ficará pra você, pois irei me casar com Vernon em poucas semanas.

Me esqueça, não quero morrer por sua causa, já basta ter matado meus pais.

Monstro.

Petúnia Dursley.”

As lágrimas escorriam por meu rosto, sem mais nem menos, James ainda parecia não acreditar, mas com as palavras de Petúnia eu tinha engolido a notícia logo de primeira.

O encarei por um ou dois segundos, me virei pra Dumbledore que me encarava com pena.

A única coisa que eu não precisava era ver alguém pra me encarar sentindo pena.

Saí dali deixando a carta cair no chão, eu só queria chorar, sozinha, como eu estou agora.

As lágrimas escorriam como grossas gotas de chuva, cada pessoa por quem eu passava e esbarrava, me fazia lembrar qualquer coisa que tivesse haver com meus pais, não me preocupava em pedir desculpas.

Só queria ficar só.

Me joguei ao lado de uma árvore, a culpa me invadia aos poucos, o mesmo sentimento que senti quando Potter mudou.

O mesmo sentimento que ainda sinto.

– Ahn... – eu escutei. – levantei a cabeça.

Vi os óculos que eu tanto quis ver.

– Deixou isso lá. – ele disse me entregando a carta. – Sua irmã foi meio malvada não?

– Não, ela só falou a verdade, sou a culpada. – eu suspirei e fiz meu máximo pra prender o choro.

– Não acho. – ele disse. – Não teve culpa. – ele suspirou como se estar ali comigo o fizesse ficar mais triste.

– Não precisa vir me consolar okay? – eu fui ríspida.

O senti ficar rígido, como se sentisse algo ruim em si mesmo, como se a tristeza o dominasse mais, com mais força e mais vontade, como se ele já não tivesse mais vontade de viver, como se ele não se importasse com o fato de morrer no exato momento.

– Eu perdi pessoas importantes também, sei que não fui culpado por ninguém, mas doeu da mesma forma! – ele disse.

– Eu sei, mas eu não to com cabeça pra discutir okay? Só quero, pensar, entendeu? – eu disse brava.

Mesmo sem querer eu falei desse jeito, ele saiu calmamente.

(Música)

Everybody needs inspiration
Everybody needs a song
A beautiful melody
When the night's so long
'Cause there's no guarantee
That this life is easy
Yeah

Doeu ser dura daquele jeito com ele, mas eu preciso de um tempo pra chorar sozinha.

Me sentir culpada por tudo oque eu fiz, me sentir o maior lixo do mundo, me sentir como sou.

Uma grande mentira.

When my world is falling apart
When there's no light to break up the dark
That's when I
I... I look at you
When the waves are flooding the shore
And I can't find my way home anymore
That's when I,
I... I look at you

Eu podia olhá-lo muito tempo para que eu pudesse me sentir melhor, olhá-lo sem culpa, sem vontade de morrer por tê-lo feito ficar daquele jeito, só olhá-lo com carinho.

When I look at you..
I see forgiveness
I see the truth
You love me for who I am
Like the stars hold the moon
Right there where they belong
And I know I'm not alone
Yeah

Só… Só queria voltar a ser a Lily perseguida pelo Potter, a Lily que tem pais maravilhosos, a Lily que tem uma irmã que vive a aperreando, a Lily que não odeia seu nome.

A Lily que não está com vontade de se matar por que está muito irritada por ter se chamado de Lily inúmeras vezes.

When my world is falling apart
When there's no light to break up the dark
That's when I,
I... I look at you
When the waves are flooding the shore
And I can't find my way home anymore
That's when I,
I... I look at you

Vi o papel que Petúnia havia me mandado e o peguei calmamente e balancei de leve a varinha e vi o papel pegar fogo no ar.

You appear just like a dream to me
Just like Kaleidoscope colors
That prove to me
All I need
Every breath that I breathe
Dontcha know?
You're beautiful
Yeah..

Era horrível pensar que eu realmente era um monstro, mas era a pura verdade.

Só tinha uma coisa que me fazia sentir melhor.

When the waves are flooding the shore
And I can't find my way home anymore
That's when I,
I... I look at you
I look at you
Yeah yeah...
Oh oh...
You appear just like a dream to me...

“– Não acho. – ele disse. – Não teve culpa.”