Madison acordou no outro dia com o rosto ardendo. O travesseiro estava um pouco manchetado de sangue devido aos arranhões e mordidas dos Diabretes. O quarto estava arrumado, Megan com um simples aceno de varinha arrumara tudo na noite anterior. Nenhuma das meninas havia despertado ainda, então ela tratou de se levantar e trocar de roupa para tomar café.

Ela desceu as escadas preguiçosamente e se sentou na mesa da cozinha mesmo, sem perceber, ao lado de Adam Walker. Na mesa havia queijos cortados em cubinhos, pães frescos com ervas dentro, cookies e muffins e para beber tinha suco de abóbora.

― Bom dia, filha ― disse Megan sorrindo e se ajeitando na cadeira. Alvo, Rose, Scorpius, Tiago e Mary estavam sentados também enquanto Molly fazia mais comida ― Espere, deixa eu curar seus machucados.

Ela ergueu a varinha e apontou para as bochechas de Madison murmurando: "Episkey".

― Por quê a bisa Molly está fazendo mais comida? ― perguntou Madison enquanto Megan sentava-se novamente ―

― Vão chegar mais pessoas da família, esqueceu que hoje é a manhã de Natal?! ― perguntou Megan ― Todos vão vir, execto Victoire e Teddy com as gêmeas, eles estão passando por um momento de digamos, crise na família e vão passar o Natal a sós no Chalé das Conchas.

― Hoje já é a manhã de Natal? ― Madison arregalou os olhos ― Presentes! ― comemorou sorrindo e se servindo de alguns queijos e suco de abóbora ―

Madison se deu conta de que estava ao lado de Adam e fechou a cara enquanto Emma, Isabelle e Safira desciam as escadas e sentavam na mesa para tomar café.

― Por quê fizeram isso? Nós nem implicávamos mais com vocês ― sussurrou Madison para Adam disfarçadamente enquanto comia.

― Vocês tem suas prioridades, nós temos as nossas ― respondeu Adam no mesmo tom de sussurro. Madison franziu as sobrancelhas ― Você acha que nós não sabemos que vocês estão tentando descobrir o segredo do aniversário de Hogwarts? Que entraram no covil dos fantasmas? Claro que sabemos, nós não somos idiotas e vocês deviam falar mais baixo. Aproveitamos que vocês não estavam implicando conosco para provocar vocês.

― Quando descobrirmos o segredo do aniversário de Hogwarts, vocês vão ver ― disse Madison com os dentes cerrados ― Por enquanto, considere isso uma trégua.

― Como quiser, Potter ― respondeu Adam voltando a comer.

Madison terminou de comer e se adiantou para a árvore de Natal onde estavam os presentes. Havia um embrulho dourado com o seu nome, ela então o abriu e tirou de lá suéter com a letra M bordado no meio. As outras crianças da casa ― Katie, Isabelle, Safira, Emma, Peter, Adam, Nick e Trevor ― vieram correndo abrir os presentes também. Madison abriu outro embrulho, era uma pulseira com uma coruja de grandes olhos vermelhos.

Ela tentou por a pulseira sozinha, porém, não conseguiu. Então, uma mão a ajudou a prender a pulseria em volta de seu pulso. Era Peter.

― Preciso falar com você ― disse Peter com uma certa autoridade. Madison cerrou os olhos ― Por favor, é importante.

― Certo ― disse Madison ― Vem, vamos no jardim. ― ela puxou ele sem muita delicadeza enquanto Adam lançava um olhar e abria um dos seus presentes que seus pais mandaram ― Então, diga. ― disse Madison sentando na árvore.

― Hum, eu precisava me desculpar pelo balaço enfeitiçado ― ele disse como se lutasse internamente ― Eu realmente não tive nada a ver com isso, e quando eu soube, já havia acontecido. Eu sinto muito! Foram aquelas garotas Sonserinas amigas da Emília Breathe e os meus amigos Bryan Adams e Luke Edwards.

― Ah Peter, eu não sei o que dizer ― disse Madison ― Eu desculpo você, é claro. ― ele abaixou e ergueu a cabeça ― Você é meu primo, ora. Por quê você é tão distante na escola? Por quê está diferente? ― a última pergunta era a que Madison queria mais que ele respondesse.

― Na escola, eu sou um Sonserino ― disse ele colocando a mão na cabeça ― Não posso ficar falando com as Grifinórias. E bem, eu tenho que me mostrar ser meio que, frio.

― Você não precisa fazer isso ― disse Madison ― Mas, você está desculpado, mas, não respondeu a minha segunda pergunta: Por quê está diferente?

― Não estou diferente, é só que, aqui posso ser quem eu realmente sou, sem preocupar com o que as pessoas falam, na verdade ― ele respondeu.

― Sabe que você às vezes me assusta? ― ela disse e ele arregalou os olhos ― Você nem parece ter 12 anos ― completou e ele riu.

― Digo o mesmo para você. ― ele adicionou e voltaram para dentro da casa para acabar de abrir os presentes