- Katniss, minha filha, você ainda não foi procurar alguma faculdade? Eu pensava que você estava atrás de uma!

Depois do meu drama porque eu não queria virar manicure, voltei para casa e dormi deprimida. No dia seguinte eu fui conversar sobre  o assunto. Resultado, Effie está nervosa e meu pai tentando não perder a paciência com a minha lerdeza.

- Eu nem sei o que eu quero fazer. - choraminguei. - Na verdade, eu sei, mas é tão difícil.

- O que é? 

- Cinema...

Eles ficaram se olhando por alguns momentos, e depois voltaram o olhar para mim como se quisessem processar a informação.

- Filha, você sabe que é muito caro... e as mais baratas ficam muito longe daqui. Eu não posso ficar sem meu bebê. - a loira falou triste.

Revirei os olhos, e percebi que meu pai também.

- Effie, é melhor você sair daqui. - disse Haymitch pousando as mãos em seus ombros. Ela assenti e saiu para a cozinha. - Katniss, é isso mesmo que você quer? Como a sua mãe disse, a que eu posso oferecer é uma na Inglaterra, felizmente eu tenho um amigo que trabalha nessa área. Temos que ver se ainda dá para se inscrever para os testes.

- É isso que eu quero, pai. - falei em um tom confiante. Não, eu não estava tão confiante, mas... - Qual é a faculdade?

- NFTS (The National Film And Television School), fica em Beaconsfield.

Já tinha ouvido nela, de lá já tinham saído alunos notáveis como o diretor David Yates, Roger Deakins, David Tattersal, Andrzej Sekuła

e Beeban Kidron. Véi, talvez eu vá para a universidade que o diretor de Harry Potter, de 007 e Stars Wars. Pera, alguém me segura.

- Muito obrigada, papai! - abracei ele e dei um beijo na bochecha. - TE AMO!

Ele deu um sorriso torto provavelmente por causa da minha dança da vitória nada normal. Subi as escadas correndo e peguei meu celular, digitei uma mensagem rápida para Gale falando da minha chance, que rapidamente foi respondida alegremente. 

Eu estou tão feliz que acho que se o Brutus aparecer aqui me mandando correr 15km, eu iria de bom grado. Só que não.

Fui toda saltitante para o banheiro e tomei um banho demorado, me enrolei na toalha e fui até meu armário. Avaliei as roupas que estavam ali e peguei a que parecia mais ideal para a ocasião: invadir a casa do Peeta. Sei lá, me deu vontade de ir lá.

No corredor abracei Prim que ficou com uma cara de "WTF?", e desci as escadas toda deslumbrante.

#Partiu #Casa #Do #Peeta

~*~

Bati na porta várias vezes mas nada de alguma alma viva me atender. Quando já estava dando meia volta, afinal, parecia que não havia ninguém em casa, ouvi uma voz no fundo:

- Tô indo.

Ouvi a chave virar e maçaneta virar. Peeta pareceu surpreso com a minha visita, mas logo abriu um sorriso nervoso.

- Oi, Katniss. 

- Que foi? - ele parecia um pouco apreensivo. 

Do nada. Sério, do nada uma mulher de cabelos castanhos claros apareceu atrás do loiro com sorriso enorme, eu conhecia ela de algum lugar.

- Essa é aquela garotinha, querido? - perguntou ela cutucando no ombro dele.

Ih, essa é a mãe do Peeta! Agora eu sei da onde eu me lembro dela. Num teatro do jardim de infância ela fez um barraco com a professora de artes porque o filho dela não era o personagem principal. Então o filho dela era o Peeta? 

Tinha vindo algumas vezes na casa do Peeta ver filmes (não passou disso, ok?), mas nunca tinha ninguém em casa além de nós.

Ok, pensem merda se quiserem.

Enfim. AI CARA, QUE TOP. A mãe do Peeta chamou a nossa professora da época de "velha com a perereca estragada". Estou tentando não rir.

- Mãe, essa é a Katniss.

A mulher abriu mais um 'sorriso colgate' direcionado à mim. Eu tentei retribuir tão 'colgatamente' (?) que nem ela, mas acho que não consegui.

- Eu sou a Jannie Mellark. Você é a fofa da namorado do meu filho? Ainda bem, porque esse galã precisava de uma mulher definitiva.

- Mãe... você não ia no shopping? - o loiro perguntou encabulado.

- Quando eu disse isso, bebê? - falou confusa. - Ah, tá. Você quer... - ela lançou um olhar malicioso para a gente.

- Shiu. 

Ok, a Sr. Mellark era pior do que a minha mãe. E olha que a "Grande Effie" já me fez passar muita vergonha! Ela pegou a bolsa e saiu de casa dando um tapinha no meu ombro. Quando ela saiu de vista, aproveitei para sacanear:

- Oi, meu bebêzinho. 

Ele revirou os olhos e me puxou pela a cintura para um beijo, mas coloquei meu dedo indicador em sua boca. Mesmo confuso ele deu espaço para entrar.

- O que lhe devo a sua ilustre precensa? - brincou fazendo um movimento cordial me oferecendo a sentar ao seu lado ao sofá.

- Não sei, meu querido Peeta. - disse dando um tapinha fraco na sua bochecha. - Talvez porque estava afim de comemorar com o meu namorado que eu tenho grande chances de entrar NFTS.

- Que macumba é essa? - resmungou colocando a mão no queixo. - Brincadeira, parabéns, boba.

RaçNos abraçamos e demos um selinho rápido. Que se evoluiu para um beijão, que tava me fazendo morrer por dentro. Peeta passava as mãos pela a minha coxas enquanto eu bagunçava a cabeleira loira dele. Seria certo falar para ele agora que eu sou virgem?  Eu acho que não.

- Err.. Peeta? - falei tentando fazer ele se separar de mim.

- Hum?

- Calminha aí.

Ele me olhou confuso por alguns momentos e depois conseguiu entender.

- Ahhh... Desculpe. - falou sem graça. Ele se ajeitou no sofá denovo, pegando uma almofada e colocando no colo. Pera, o que? Eu deixei o Peeta daquele jeito? VISH. - Não quero apressar nem nada.

Como explicar a esse ser maravilhoso que eu quero tirar o zíper, mas eu estou com medo. Tipo, "Hey, amorzinho, eu quero que você vá com tudo, mas tenho medo que seu amiguinho me machuque". 

- Err... - me virei para ele. - Eu não vou negar que quero, sabe? 

- Entendo. - digo de modo receoso. 

Ficamos em silêncio. E acho que estava tão na cara que eu queria fazer, que daqui a pouco iria aparecer uma placa com letras garrafais na minha testa dizendo "Me come, me come, me come".

Eu me sentia pronta, só que eu não sabia se estavamos bem para dar um passo desses. Não éramos do tipo de casal que fica se agarrando por aí, o que é um tanto diferente. Somos um casal, mas ás vezes nós parecíamos só conhecidos de tão distantes.

Falei que iria no banheiro e caminhei desengonçada até lá. Tranquei a porta, peguei o celular no bolso da calça e mandei uma mensagem para Clove, Madge e Annie; explicando a situação e pedindo socorro. 

Fui respondida com palavras de encorajamento. E devo dizer que fiquei confiante, saí do banheiro e cheguei na sala.

- Peetamefaçasua. - falei rapidamente e ele arqueeou a sombrancelha. - Eu disse: Peeta. Me. Faça. Sua.

- Não, pera, o que? 

- Vai ou não vai? Daqui a pouco eu desisto, homem.

~*~

Estava tudo bem, se com bem você quer dizer um disastre total. 

Logo depois do meu pedido nada dócil, Peeta praticamente se jogou no meu corpo. Ok, exagerei. Ele se aproximou e começou a me beijar lentamente, mas eu acho que ele estava pegando fogo porque foi me empurrando para o seu quarto. O que não deu muito certo porque nós fomos batendo nas paredes e uma jarra com rosas vermelhas caiu no chão.

- Ops. - sussurrei entre beijos. Ele me ignorou me jogou para dentro do quarto. Eitcha!

Ele me deitou na cama diminuindo a "fome", percebendo que eu não estava gostando muito. O beijo se tornou cheio de luxo; ele estava por cima de mim enquanto brincava com o zíper do meu shorts. Até aí tudo bem, até que eu faço a merda.

Quando meu deus grego finalmente fez menção de realmente abrir meu shorts, eu gritei. Yep, eu gritei.

- Que foi? 

- EU NÃO POSSO! EU NÃO POSSO! I CAN'T! - gritei deixando algumas lágrimas rolarem pelo o meu rosto.

Me levantei de supetão, ajeitei meu shorts e saí correndo da casa dele chorando. 

E é assim que se estraga a sua quase primeira vez.