Chop Suey – System Of a Down

(...)

Eu não acho que você confia

Em meu próprio suicídio justo

Eu choro quando anjos merecem morrer!

(Ahh)

(...)

Pai! (PAI!)

Pai! (MÃE!)

Pai! ( Foda -se )

Pai!

Pai, em tuas mãos,

Eu entrego meu espírito,

Pai, em tuas mãos

Por que você me abandonou?

Em seus olhos me abandonou

Em seus pensamentos me abandonou

Em seu coração, me abandonou, oh

Confie em meu próprio suicídio justo

Eu choro quando anjos merecem morrer!

Em meu próprio suicídio justo

Eu choro quando anjos merecem morrer!

Não parava de encara o meu anel... Bom, parece que todo mundo também. Quando cheguei no colégio senti o peso dos olhares em cima dele (parecia que o anel pesava mais de 200 toneladas), mas o que importa o que os outros pensam? Se eu que estou noiva de Edward... Nossa! Como eu amo dizer, pensar, falar e etc, isso!

-Melanie? -Uma voz conhecida se pronunciou bem no fundo dos meus pensamentos -Melanie? -Acho que podia cair um avião na minha cabeça que eu não ia nem ligar -MELANIE HARPE!!!

-O QUE FOI?! -Levantei os olhos e vi que era Rose. Um 'shh!' coletivo de todos que estavam na biblioteca foi pronunciado -Ah!... Oi, Rose -Disse tímida.

-Hum... -Me encarou com cenho franzido -Você está estranha -'Eu?! Estranha?! Não! Eu estou maravilhosamente bem!' -Que musica é essa que você estava cantarolando?

-Musica? -Perguntei confusa -Que musica?

-Sei lá! Você que estava cantando! -Eu e minha mania de assimilar musicas a coisas que acontece com a minha vida... Pior! Que era do nada! Quando via já estava cantando e nem me lembrava depois -Bom... -Sorriu grande -Me conta tudo!

-Conta o que? -Me perdi nos meu pensamentos de novo.

-Você não quer que eu grite de novo aqui... E pior! O que você fez na noite de sábado -Corei.

-Você não seira capaz.

-Não?! -Tomou folego, mas antes eu tampei a boca dela.

-O que você quer saber? -Tirei a minha mção da boca dela.

-Tudo! Oras... -Olhou para a mão que estava o anel -Não! -Disse sem acreditar -Ele não fez isso! -Sorri.

-Fez! E foi tão bonito! Ele me disse coisas lindas...

-VOCÊ É LOUCA! -Me interrompeu e de novo o 'shh!'.

-Você quer eu perque o meu emprego? -Disse irritada -O que deu em você?

-Isso! -Aponto pro anel -Acho lindo o amor de vocês, mas isso é pouco... Não, muito precipitado.

-Qual é, Rosalie? É só um anel... -'Quer dizer, muito mais que um anel'

-Não é o anel, mas sim o significado que ele tem -Revirei os olhos.

-Eu sei,mas o que tem? Isso não significa que vamos fugir para Las Vegas nesse exato minuto e nos casarmos... Vamos esperar, ver como as coisas vão fluir -Suspirou pesadamente.

-Você que sabe -Deu de ombros.

-Vai dizer que, se o Travis te pedisse em casamento você não ia aceitar -Abriu a boca para dizer algo, mas se calou -HAHA! -Ironizei -Viu?! Eu amo o Edward e só o que importa, e esse anel é o simbolo desse amor -Ela suspirou.

-Desculpa, amiga -Sorriu -Eu nem te dei os parabéns -Me abraçou.

Era isso que eu e Edward iamos sofrer daqui pra frente... O preconceito por conta da nossa escolha. Sei que Rosalie teve essa reação, não por achar errado, mas sim por que ela sabe o que é sofrer isso... Ela ficou gravida com apenas 16 anos e todos apontaram o dedo para para ela por conta disso... Até eu, mas isso é passado.

-Você sabe que daqui pra frente eu preciso de você mais do que nunca.

-Eu sei, amiga -Me abraçou forte -Me desculpa.

Contei para Rosalie tudo o que Edward me disse na noite passada . A louca suspirava, batia palmas e quase pulava de alegria.

-O Edward é muito fofo! -Disse sorrindo.

-Eh! -Disse suspirando -E é só meu.

-É claro que é só seu! -Nos entre olhamos e começamos a rir.

-Nunca te vi tão feliz!

-Eu me sinto e estou feliz -Sorri.

-Eh! Parece que as coisas estão indo bem -Disse pensativa.

-É verdade! -Concordei.

(...)

As coisas podia ir bem, mas uma coisa passava na minha cabeça... Como contar que eu e Edward estamos noivos? Com certeza eles iriam nos matar! Por que já que todos estão olhando feio, imagine Carlisle, Beth e a minha mãe?!. Estava ditada na minha cama, até que comecei a sentir vários beijos no meu pescoço.

-Hum... Isso é bom -Me virei e beijei Edward.

Edward ficou em cima de mim e colocou as mão dentro da minha blusa fazendo um carinho lave na minha barriga desceu o beijo até o meu pescoço. Adentrei minhas mãos na camisa de Edward passando a mão no peitoral de Edward, até ouve um barulho no andar de baixo e nos assustamos.

-Edward... -Disse arfante -Sua mãe está lá em baixo -Ele bufou e revirou os olhos -Desde quando você ficou rebelde? -Disse brincando.

-Sei lá... -Deu de ombros -Acho que quando uma certa garota entrou na minha vida... Ela tem os olhos verdes mais lindos que eu já vi -Arfei.

-Assim eu fico sem graça -Corei. Ele riu e me beijou.

-Melanie! -Disse Beth um pouco assutada.

-Er... Beth? -Disse sem graça.

-Acho melhor você descer -Saiu.

Edward e eu no entre olhamos confusos e descemos. 'Eu não acredito!', era Charlie completamente bêbado, com roupas ragadas e parecia que não tomava banho pro um bom tempo.

-Eu voltei, Mel -Disse grogue.

-Charlie? -O olhei de cima a baixo não creditando.

-Sim! Sou eu! -Deu um passo pra frente. Ele estava tão assustador que fui para trás de Edward -Que foi, Mel?! Nunca viu um fracassado?! -Apertei mais Edward -Ah! Deixe-me contar como fiquei assim! Perdi tudo de novo! -Disse triste -Eu tinha ido para uma casa que eu tinha em L.A, mas como ia me sustentar sendo que nem emprego eu tinha?! O resto do dinheiro que eu tinha na minha conta acabou! E perdi tudo de novo... Sabe por que?! Por que eu sou um fracassado de merda! -Deu uma gargalhada que saiu um pouca assustadora -E agora estou na rua da amargura de novo... E literalmente, pois eu sou estou morando na rua.

Engoli seco, nunca vi Charlie daquele jeito... Derrotado, sujo, bêbado e amargurado. Estava estática, não conseguia mexer um músculo, nem piscar eu piscava. Ela tomou mais um gole do liquido que estava na garrafa que ele segurava e respirou fundo.

-Eu só vim aqui para me despedir -O olhei confusa -E dizer que... Mesmo que eu nunca tenha sido um pai exemplar você foi a melhor filha que eu tive, não desmerecendo Emily, é claro... Eu não podia fazer o que eu vou fazer sem antes me despedir de você.

Foi quando eu juntei as peças... Charlie não podia fazer isso, ele pode ter perdido tudo, mas isso é exagerado... Ou, não... Charlie é um homem que gosta de vencer, de está por cima e quando ver que isso acabou, ele se sente vulnerável... Vulnerável o suficiente para fazer o que ele vai fazer agora.

Antes que disse algo para impedir, ele saiu correndo. Sai de trás de Edward e corri atrás dele, ele correu meio cambaleando até uma ponte que tinha perto do bairro que morávamos subiu na proteção e olhou para baixo. Essa ponte era bem alta e o rio bem passava por de baixo era bem fundo, e justo hoje a correnteza estava forte, se alguém pulasse e não soubesse nadar (ou, até mesmo que soubesse) morreria e era isso que Charlie queria.

-POR FAVOR, CHARLIE NÃO PULA!!!! -Me desesperei.

-E por que?! Eu não tenho nada!

-É claro que você tem! Você não tem coisas materiais, mas tem coisas muito valiosas que isso.

-Tipo o que eu?

-O amor de Esme... E... O meu!

-Desde quando amor enche barriga, Melanie? -Disse debochado.

-E desde quando o dinheiro te trouxe felicidade? -Se calou -POR CONTA DO DINHEIRO VOCÊ ESTÁ TENTANDO SE MATAR!! -Gritei com raiva.

-Eu não estou tentando me matar -Balançou a cabeça -Eu VOU me MATAR! Adeus, Melanie -Pulou.

-CHARLIE... -Corri, mas não consegui o impedir -Não, não, não... -Comecei a chorar -NÃO!!!! -Gritei desesperada. Edward e Beth chegaram.

-Cade, Charlie? -Perguntou Beth. Não respondi, só ficava olhando pro nada com os olhos arregalados.

-Mel? -Disse Edward.

-Er... -Sentei no chão com o rosto entre as mãos -Ele pulou... -Solucei -Ele se matou!

Não olhei para eles, mas pude ouvir um 'Oh!' de Beth. Senti braços fortes e quentes me envolverem e reconheci o perfume de Edward, ele beijou o topo da minha cabeça, o abracei escondendo meu rosto entre seu pescoço e desabei a chorar.

-Será que não tem como salva-lo? -Perguntou Beth.

-Não sei... Acho que não -Edward ia se soltar de mim, mas o aguarei forte.

-NÃO! -Me desesperei -Por favor, Edward fica aqui! Não tem como salva-lo.

-Como você sabe? -Perguntou Edward.

-Er... -Ouve uma vez que eu pulei dessa ponte (tentando chamar atenção da minha mãe e de... Charlie),mas as correntezas não estavam fortes, mas mesmo assim eu podia ter morrido por muita sorte isso não aconteceu -Eu só sei.

-Depois você vai me contar essa história direito -Edward sussurrou no meu ouvido, assenti. Edward me pegou no colo e me levou para casa.

Parece que certas coisas que o tempo não melhora, não muda e não ensina, e no caso de Charlie o tempo e nem a mudança de vida o ajudou.