Liar, liar – Christina Grimmie

(...)

Você pode ver o que eu sei, e eu sei

Em algum lugar há um coração arrependido

Me diga porque essas estradas continuam guiando

Guiando você direto para mim

Mentiroso mentiroso, não chore no meu ombro

Você brincou com fogo

E sorriu quando contou a ela

Oh, oh, pensei que você fosse alguém

Oh, oh adeus para ninguém

Então perca o contato

Com a felicidade que você sente tanta falta

Mas eu não vou dizer-lhe para voltar para casa

Emoções se dissipam

É o amor projetado para odiar?

Continue dirigindo para longe daqui

(...)

Eu não preciso saber que você estará lá

Você não está na minha mente

Eu não preciso saber que você se importa

Por favor, não desperdice o meu tempo

Mentiroso mentiroso, não chore no meu ombro

Você brincou com fogo

E sorriu quando contou a ela

Mentiroso mentiroso, não chore no meu ombro

Você brincou com fogo

E sorriu quando contou a ela

Oh, oh, pensei que você fosse alguém

Oh, oh adeus para ninguém

Oh, oh, pensei que você fosse alguém

Oh, oh adeus para ninguém

Acordei com um zum-zum de pessoas falando, passos e respirações pesadas.

–Ela está acordando -Alguém falou. Pisquei varias vezes, percebi que estava no meu quarto na casa de Edward -Você se senti melhor, querida? -Perguntou Beth.

–Estou bem -Falei tão rouca que a voz quase não sai.

–Aqui, tome -Me deu um copo d'água -Um pouco de água -Tomei e dei o copo para ela que colocou em cima do criado mudo.

–O que aconteceu? -Perguntei confusa.

–Edward te encontrou desmaiada perto do tumulo onde sua irmã foi enterrada -Disse Beth.

As lembranças do que aconteceu no cemitério passou pela minha cabeça . Sorri, eu tinha que enfrentar ninguém para que ela fosse embora, eu precisa enfrentar ela... Ou eu mesma.

–O que aconteceu, Melanie? Por que você desmaiou -Perguntou preocupada.

–Posso te garantir que foi algo bom -Ela me olhou assustada -Beth, não tem nada a a ver com a minha doença -Suspirou aliviada -Tem a var comigo mesma... Finalmente me livrei de um grande mal, de um... Câncer, por assim dizer .

–As vezes você me confunde, Melanie -Disse divertida.

–Éh! As vezes me confundo comigo mesma -Disse sorrindo.

–Vejo que você está melhor -Disse Carlisle.

–Melhor? Eu estou ótima! -Disse alegre.

–Isso é muito bom -Disse Carlisle sorrindo.

–Bom, vou deixar vocês sozinhos -Disse Beth, deu um selinho em Carlisle e depois saiu.

–Soube dos boatos -Carlisle fechou a porta e sentou na ponta da cama -Você e Edward terminaram -Meus olhos marejaram.

–Éh! Mas, o Edward estava certo, precisava-mos desse tempo... E bem, durante esse tempo eu fiz ago muito bom -Sorri orgulhosa... Não um orgulho ruim, mas um orgulho bom.

–É? -Perguntou confuso -E o que você fez de tão bom?

–Fiz uma limpeza... Joguei tudo que não prestava em mim fora -Sorri.

–Como assim?

–Eu tirei de vez a 'antiga Melanie' de mim -Continuou sem entender -Carl, todo mundo tem o 'anjinho' e o 'diabinho', sabe? Igual dos desenhos animados que ficam um em cada ombro te dando conselhos -Gargalhou e assentiu -Então, eu também tenho... Só que eu chamo elas de Melanie 'boazinha', que seria o 'anjinho' e a Melanie 'problemática', que seria o 'diabinho' elas me dão ótimos conselhos, ultimamente eu não ouvi muito elas, pois eu estava obcecada por uma coisa... Voltando, além delas duas tinha a terceira... Só que essa era a do mal, aquela Melanie que ninguém gostava, sabe? -Ele assentiu -Pois então, me livrei dela e junto com tudo que tinha de ruim em mim.

–Isso é bom, Mel -Sorriu orgulhoso.

–Isso meio que atrapalhou eu e Edward, mas acho que agora tudo dará certo -Sorri sonhadora.

–Espero que sim, não queria outra nora que não fosse você -Corei -Bom agora descanse, amanhá será um grande dia -O olhei confusa -O resultado do teste chegou.

–Por que você não ficou surpreso com Phillipe no Hospital?

–Por que, quando Charlie veio conversar comigo ele me disse sobre a venda do colégio... E Phillipe me procurou e conversamos.

–Charlie...?

–Não, Charlie não sabe sobre Phillipe ser seu pai... E nem sebe que ele é o meu irmão.

–Carl -Me olhou gentilmente -Por mim eu voltava no tempo e não fazia o que eu fiz.

–Se você não tivesse feito isso, talvez algo que você se orgulha de ter feito agora não teria acontecido -Me deu um beijo na testa -Boa noite, Melanie -E saiu.

Caraca! Carlisle é o cara! Ele conseguiu tirar um grande peso das minhas costas. Por tudo que aconteceu eu me senti culpada por ter contado para Phillipe que ele é o meu pai, mas se eu não tivesse feito isso eu não teia conseguido me livrar da 'antiga Melanie'.

(...)

Quando cheguei na escola encontrei Rosalie e Travis no maior clima, nunca vi a Rosalie iluminada assim antes... De novo 'Adeus Emmett e Olá Travis!'.

–Olá casal -Rosalie ficou roxa de vergonha e Travis deu um sorriso... 'Hum, isso é um bom sinal'.

–Er... Oi, Mel... -Ele me ilhou de cima a baixo espantada -Nossa! Você está diferente.

–Me sinto diferente -Tinha mudado todo o meu estilo, agora é o meu estilo -Por que? Não gostou?

–Não é isso, e que... -Sorriu -Já saquei, isso é ótimo Mel -Me abraçou e começamos a pular que loucas no estacionamento.

–Que bom que gostou -Sorri -Ah! Oi, Travis.

–Oi, Melanie.

–Vai ser bom uma opinião masculina -Dei uma voltinha -Estou aprovada, Travis? -Ele arregalou os olhos e ficou vermelho.

–Er... Hum... Vo-vo-você está ótima -Disse sem graça, o que deixou Rosalie verde de ciume, tive que prender o riso.

–Calma, Rose. O Travis é todinho seu -Corou -Eu já tenho o meu nerdzinho -Suspirei -Er... Falando nele... -Coçei a nuca –Onde ele está? -Disse meio sem graça.

–Primeiro: eu achei super estranho vocês não terei vindo juntos, mas ele me contou tudo e sinto muito, amiga -Sorri fraco -Bom, ele foi para a biblioteca... Ele ta muito mal, veio o caminho inteiro falando de como é egoísta por ter terminado com você por ciume de Phillipe e etc. Acho que ele vai acaber com o estoque de sorvete da sua casa -Tentou descontrair.

–É mania do Edward se culpar por tudo, principalmente quando é ele que faz -Disse lembrando do noso tempo juntos. Suspirei -Você acha...

–Melanie? -A secretaria de Phillipe me interrompeu.

–Sim? -Disse confusa.

–Phillipe está te esperando na sala dele -'Hã?'

–Ta -Disse incerta..

Segui a secretaria de Phillipe até a diretoria, nem tive tempo de ir falar com Edward, Entrei na sala Phillipe já determinada... Não quero nada dele. Ele estava lendo o resultado com um expressão estranha, bati na porta e entrei. Ele me olhou durante um bom tempo, me medindo de cima a baixo, depois se aproximou de mim... E me abraçou.

Não vou menti, gostei do abraço é uma sensação boa abraçar Phillipe, mas eu não poso me a pegar a isso... Eu não quero mais nada de Phillipe.

–Er... Phillipe... Er... -Não sabia o que falar.

–Meu Deus, você é mesmo a minha filha -Disse me olhando com... Ternura(?).

–Er... Eu disse que sou a sua filha -Sorri amarelo.

–Por que Esme não me disse que estava gravida... Isso mudaria muita coisa -Disse pensativo.

–Mudaria?

–Claro! -Sorriu, maldição! Um sentimento de esperança começou a crescer dentro de mim -Mas... Isso atrapalha muita coisa... Tanya não pode saber -Disse pensativo.

E a esperança que começou a crescer dentro de minha se desmanchou... Isso era bom, mas mesmo assim é doloroso. Por diabos a Tanya não pode saber, não que eu queria isso, mas é errado esconder isso dela, é errado esconder algo tão grande dela e seria muito pior se ela descobrisse sozinha, Phillipe seria desleal escondendo isso dela.

–E por que Tanya não pode saber? -Perguntei irritada.

–Er... -Suspirou -Entenda Melanie, Tanya é muito diferente de você.

–Disso eu sei.

–Ela não ia aceitar isso e... Como seria a ida dela no colégio? -'Hã?'–Eu entendo como é a vida em um colégio, sei que tem os populares, os nerds e os excluídos... E Tanya faz parte dos populares, o Edward faz parte dos nerds e aquela menina que anda com você....

–A Rosalie -Disse irritada.

–Isso! A Rosalie faz parte do excluídos....

–E eu?! -O interrompi.

–Você? -Perguntou espantado -Você é... É... Você faz parte dos revoltados, pelo o que você está vestindo -Revirei os olhos -Bom, se isso de você ser irmã de Tanya se espalhar pela escola, Tanya pode ser exluída ou até humilhada.

–Pera ai! -Praticamente gritei -Você está dizendo que um status social é mais importante que você ser sincero com a sua filha -Disse incrédula.

–Não é bem assim, Melanie -Tentou se defender.

–Não é bem assim? -Ri debochada -Então é o que, Phillipe?

–Você quer a verdade? -Assenti. Mesmo que ela fosse dolorosa eu queria, talvez isso ajudasse toda aquela esperança e as sensações de 'carinho' que eu tinha por Phillipe acabesse -Você é a filha bastarda, Melanie -Deu de ombros -Ninguém que ter uma filha bastarda, ou ser irmã dela, ninguém quer ela -'Ai, essa doeu'.

–E você acha que eu queria ser sua filha? Você acha que eu queria ser a filha bastarda? EU NUNCA QUIS SER SUA FILHA, PHILLIPE.

–O QUE? –'Droga!' , a pessoa que não devia ter entrado ou ouvido nossa conversa, entrou e ouviu.

–Tanya -Disse Phillipe. 'Essa pessoa que não podia'.

–O que essa... Louca -Disse com nojo -Disse é verdade?

–Tanya, olha...

–É Tanya, é verdade -Não agrentei.

–Pai? -Me ignorou.

–É... É verdade, Tanya -Disse cabisbaixo.