Eu Até Posso Te Amar escrita por Lu


Capítulo 20
Capítulo 20


Notas iniciais do capítulo

Tudo bem que não ficou a coisa mais perfeita do mundo, mas eu usei toda a minha inteligência (vish, deve ser pouca então q). Obrigado por terem lido a minha fic, aliás, pra não perder o contato, quem tiver tumblr, segue: http://jovem-insegura.tumblr.com



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/244212/chapter/20

~Harry P.O.V.~

Já havia se passado seis meses. Seis meses. Isso era demais pra mim. Eu estava sofrendo, não podia mentir para mim mesmo. Lizzie foi a única pessoa que eu realmente amei em toda a minha vida. E ela havia me deixado. Porque? Não poderia existir castigo pior do que esse. Ficar longe da pessoa amada. Sim, eu ainda tinha aquela fama de pegador. Mas eu nunca me esqueci dela. Nunca. E acho que nunca esquecerei. Porque se é verdadeiro, não acaba nunca.

Eu e os meninos estávamos fazendo poucos shows naquele ano. A gente tava fazendo faculdade, afinal, e não dava pra fazer uma turnê. Mas era o que eu mais queria. Principalmente se fôssemos pro Canadá. Ah, eu já tentei tanto fugir e ir ao encontro dela. Mas não, parece que ninguém quer me ver feliz...

Liam: Só mais alguns meses, Harry. É só isso que te pedimos, espere que a nossas férias de final de ano cheguem.

Liam parecia não entender. Eu estava sofrendo. Eu chorava quase todos os dias, nem que por poucos segundos, mas todos os dias lágrimas escapavam. Aquilo me corroia.

Harry: Não dá. Realmente não dá pra ficar longe dela. Se você ama, sabe o que eu sinto.

Liam: Harry, todos os dias, desde que ela foi embora nós temos essa conversa. Todos os dias. Ela vai voltar, eu sei que vai. Ela não pode se esconder pra sempre no Canadá. Espere só até o final do ano. Eu te peço, pelo bem da nossa banda.

Harry: Não, tudo bem. Eu vou tentar.

Liam: Ótimo.

Liam se levantou e foi embora. Provavelmente teria a mesma conversa com o Zayn. Ele também sofria e eu não o culpava, afinal, eu sentia o mesmo por Lizzie. Eu só imagino o que acontecerá quando a Lizzie voltar (se é que vai voltar). Porque ela vai ter que escolher um dos dois...

~Zayn P.O.V.~

Eu não suportava essa distância. Pensava todos os dias em Lizzie. Queria saber se ela estava bem, como estava a sua nova vida, como ela estava superando essa distância. Acho que melhor do que eu, talvez. “Por favor, volte pra nós.” Eu falava todos os dias pra mim mesmo. Não havia um dia sequer na minha vida, que me desse vontade de largar tudo e ir atrás dela. Não havia um dia só que eu não me culpava por ela ter ido embora.

Liam entrou no quarto. Novamente a mesma conversa.

Liam: Você ta bem?

Zayn: O que acha?

Liam: Por favor. Vocês acham que eu gosto de todos os dias vir aqui falar com vocês dois? Cansa, ta bem? Eu sei que você a ama. Sei o que está sentindo, tenho saudades da Danielle todos os dias, e não estou me matando. Vamos, levanta dessa cama. Sai um pouco, mostra a cara pro mundo.

Zayn: Liam, você ta correto até certo ponto. Mas eu ainda não superei a distância. Eu nunca senti nada parecido por ninguém. E pensar que eu fui o culpado...

Liam: Zayn, você não foi o culpado por nada. Ela tomou a decisão dela. Ela foi por conta própria.

Balancei a cabeça negativamente.

Liam: Ok. Fica aí. Mas só uma coisa. Isso vai acabar te matando. A gente só te pede pra agüentar até o final do ano. Ela vai voltar.

Era o que eu mais queria. Que ela voltasse. Eu gostaria de vê-la novamente. Saber como estava... Eu queria poder tocá-la. Abraçar ela novamente. Eu sentia saudade, afinal, quem ama, sente falta. Eu sentia saudades dela até quando ela estava perto. Eu sabia que era verdadeiro. E fiquei feliz por ela me amar também... Apesar de não me amar exclusivamente. E ela teria que escolher entre Harry e eu. E seria talvez, a decisão mais difícil de sua vida.

~Lizzie P.O.V.~

Aquela noite, na casa de Jennifer todo mundo ia sair. A mãe dela quase implorou pra que eu fosse á festa com a Jenn e com a Mari, pra que eu não ficasse sozinha, mas eu neguei. Eu tinha que ficar sozinha. Tinha que pensar um pouco na minha vida. Mari veio se arrumar na casa da Jenn. Ela queria muito que eu fosse á festa, mas eu não estava animada pra isso.

Mari: Tem certeza, né?

Lizzie: Tenho.

Foi a última vez que elas perguntaram, e então fecharam a porta da casa, e eu fiquei sozinha, sentada no sofá. O irmão mais velho da Jenn, Josh, ainda estava lá em cima. Ele desceu as escadas.

Josh: Ué, não foi mesmo pra festa?

Lizzie: Não.

Josh: Eu to indo sair com uns amigos... A mamãe teve que ir em um jantar de confraternização da empresa dela... Você vai ficar sozinha?

Lizzie: Aham...

Josh: Não tem medo, de ficar aqui no escuro...

Lizzie: Não.

Josh: Você que sabe... Não quer ir comigo?

Lizzie: Não, valeu, Josh.

Josh: Então, ta.

Ele saiu de casa e finalmente eu estava sozinha. Me levantei do sofá e subi até o quarto de Jenn, onde eu dormia todas as noites. Peguei minha mala, em um fundo falso, estavam os meus mais novos melhores amigos. Se bem que de bons, eles não tinham nada. Mas era a única forma de fugir da realidade. Peguei um cigarro e comecei a fumar. Minha voz não era mais a mesma. Não a de antes, que todos diziam ser perfeita. Meu corpo também não era o mesmo. Eu havia emagrecido. Não muito, mas havia emagrecido. Meu rosto parecia um pouco mais velho, mas nada que alguém pudesse perceber. O meu braço só não estava coberto de cicatrizes porque seria evidente que eu me mutilava. Eu estava me destruindo e não ligava nem um pouco para isso. Na verdade... Ninguém ligava. Entrei no meu tumblr. Ele era o espelho dos meus sentimentos, portanto, era um tanto mórbido. Triste. Rebloguei algumas coisas e depois fui pro twitter. Nada de muito interessante, todo mundo falando sobre a festa da qual eu não fora. Eu adormeci rapidamente. Fui acordada no dia seguinte por Jenn e Mari, que pulavam em cima de mim. Minha cabeça doía, muito. Parecia ressaca, mas eu não me lembro de ter bebido ontem á noite, apenas fumei um ou dois cigarros. Talvez fosse mais uma das minhas enxaquecas, tão freqüentes.

Lizzie: Vadias. Parem de pular em cima de mim.

Elas riram.

Mari: Vamos, Lizzie, você tem que tomar café, até parece que você foi quem foi á festa.

Lizzie: Tô cansada me deixem dormindo.

Mari e Jenn se entreolharam.

Jenn: Você que sabe...

E elas saíram do quarto. Depois disso não dormi mais. Levantei-me, tomei um banho, e tomei um comprimido pra dor de cabeça. Entrei na internet. Como eu disse, virei Directioner, por mais que fosse difícil ver fotos deles todos os dias, e saber que eu os abandonei e que tive a oportunidade de ficar com eles e não aproveitei. Jenn e Mari entraram no quarto.

Jenn: Tá vendo esses meninos de novo?

Lizzie: Tô.

Mari: Depois fica chorando por aí e não sabe porque é.

Eu fiquei calada. De repente meu telefone tocou. Chloe me ligava. Eu atendi e ela parecia ter chorado. Imaginei que fosse algo com o seu namorado. Pois é, depois que eu fui embora ela começou a namorar com um garoto de sua sala, o mesmo com quem ela dançara no Baile de Boas-Vindas.

Chloe: Lizzie...

Eu fiquei preocupada com o seu tom de voz, ela soluçava.

Chloe: Me pediram pra não te ligar, mas não tem como... Eu quero te dar essa notícia. Eu que tenho que te dar essa notícia.

Lizzie: Chloe, o que aconteceu? Porque você ta chorando?

Eu olhei pra Mariana e Jennifer, elas me olhavam preocupadas.

Chloe: Eu to em casa, to morrendo de medo. Foi horrível, Lizzie.

Lizzie: O que, menina? Fala.

Chloe: O Papai e a Mamãe... Eles brigaram.

Ela chorou ainda mais.

Lizzie: Só isso?

Chloe: Não. Aí a mamãe saiu de carro sozinha. Lizzie...

Lizzie: O que?

Chloe: A nossa mãe morreu.

Derrubei o celular no chão. Ainda podia ouvir Chloe gritar no telefone:

“Lizzie? Tá aí?”

Eu chorava. Nós nunca tivemos uma relação Mãe e Filha. Mas ela do mesmo jeito era minha mãe. Eu não podia simplesmente sorrir e dizer que tudo estava bem, porque não estava.

Lizzie: Tenho que voltar pra Londres.

Eu disse enquanto Mariana e Jennifer me abraçavam...

~2 Semanas Depois~

Nós voltamos do velório de nossa mãe. Chloe era quem mais chorava, depois do nosso pai, é claro.

Chloe: Lizzie... Por favor... Diz que não vai voltar pro Canadá. Por favor. Não me deixa sozinha...

Lizzie: Chloe, eu não posso... Eu...

Ela me olhou fixamente, com lágrimas nos olhos.

Lizzie: Eu vou pensar...

Nosso pai parou na nossa frente. Ele tinha os olhos vermelhos, evitava chorar na nossa frente. Ele não falou absolutamente nada. Simplesmente nos abraçou e começou a chorar. Aquilo era novo pra nós todos. Porque ele nunca nos abraçava e evitava falar com a gente.

Pai: A culpa foi toda minha. Desculpem por nunca abraçar vocês... Eu amo vocês duas.

Tá legal, ele disse que nos amava. Acho que isso significava que o tempo em que eu estava fora ele havia batido a cabeça. Bem forte. Ou simplesmente, ele percebeu que estava errado. Ou sei lá. Acho que aquilo era um sinal pra que eu ficasse.

Lizzie: Pai... Se o senhor não se importar, será que eu posso voltar a morar aqui?

Pai: E o Canadá? Não é legal lá?

Lizzie: É... Mas eu prefiro estar em casa.

Pai: Será ótimo ter você aqui de volta.

Nós nos abraçamos novamente e então eu e Chloe fomos pros nossos quartos. Entrei no Twitter e twittei:

Luto por minha mãe. :(

Mari twittou:

Quando você volta, @LizzRyan? E como você está? E sua família?

Twittei:

@MariEvans, Estamos todos bem. Mas, eu acho que vou ficar aqui por Londres... Vou voltar a morar com meu pai. Espero que não se importe.

Mari:

Ah, que bom, @LizzRyan. Vou sentir sua falta, mas se você se sente melhor aí...

Não respondi mais nenhum tuíte. Eu fui dormir. Ainda era cedo, umas seis da tarde, mas eu estava cansada demais. Eu dormi muito e acordei bem cedo no dia seguinte. Mas não porque eu quis. Na verdade, James me acordou.

Lizzie: James... Porque me acordou a esta hora?

James: Talvez devesse saber, Srta. Ryan, que uma amiga, lhe aguarda.

Lizzie: Amiga... ?

James: Elizabeth.

Lizzie: AH MEU DEUS! A ELIZA TÁ AÍ?

Eu gritei.

Lizzie: Meu Deus, James. Traz a menina aqui, agora!

James: Sim, Srta. Ryan.

Eu vesti qualquer roupa e esperei que Eliza chegasse.

James: Por aqui Srta. Elizabeth.

James se retirou. Eu corri pra abraçar a Eliza.

Lizzie: Ah, sua linda, que saudade!

Ela retribuiu o abraço.

Eliza: Nossa... Você.. Tá diferente... A sua voz, seu corpo... O que você andou fazendo? Ah, isso não vem ao caso. Sua vadia, me deixou sozinha aqui.

Lizzie: Ah, você ficou em boas mãos... Onde ta o Niall?

Eliza: Ah, ele ta em casa, eu acho. Afinal estamos de férias... Hey, e aí, me diga... Conseguiu alguma coisa com a viajem?

Eu balancei a cabeça.

Lizzie: Por favor... Não pergunta isso... Vamos falar de outras coisas...

Eliza: Me conta, o que você andou fazendo da vida? Tá diferente...

Lizzie: Nada...

Eu disfarcei.

Eliza: Não, você ta estranha. Não parece mais a mesma. Emagreceu, sua voz... Não é mais a mesma... O que você anda fazendo?

Lizzie: Nada!

Eliza balançou a cabeça...

Eliza: Tá aprontando alguma...

Eu não conseguia mentir pra ela. Ela me conhecia melhor do que a maioria das pessoas...

Lizzie: Detesto isso...

Eliza: O que?

Lizzie: Esse seu poder de convencimento... Mas tudo bem... Eu acho que não vou mais precisar disso... Agora que eu estou de volta á Londres, acho que poderei largar isso facilmente...

Eu disse enquanto abria a minha mala e mostrava o cigarro e a bebida.

Eliza ficou surpresa.

Eliza: Tá se drogando? Como você passou com isso no Aeroporto?

Lizzie: Tava me drogando... E é um fundo falso, as roupas ficaram por cima, então,  ninguém viu nada... Relaxa.

Eliza balançava a cabeça negativamente.

Eliza: E você dizendo que tava tudo bem... Isso, pelo menos pra mim, não parece estar bem... É isso que te ensinam no Canadá? A estragar a tua vida? Já se olhou no espelho? Pega uma foto de quando tu era feliz. E compara. Lizzie... Isso que você ta fazendo não faz bem... Tá te destruindo, e no final, não vai resolver nenhum dos seus problemas.

Lizzie: Eu já disse que parei...

Eliza: Há quanto tempo.. Lizzie?

Lizzie: Quanto tempo o que?

Eliza: Que você faz isso...

Lizzie: Hum... Desde que eu fui embora.

Eliza: Eu sabia... Essa viajem só te fez mal.

Lizzie: É mas eu voltei. Eu sei me controlar.

Eliza: Não sabe... 6 meses... Já está viciada. É claro.

Lizzie: Não to não.

Eliza: Tá, Lizzie. Você sabe que sim...

E o pior é que estava. Eu não conseguia passar um dia ser beber ou fumar.

Lizzie: Por favor... Não conta pra ninguém...

Eliza: E eu vou te deixar se matar? Tem mais alguma coisa que eu deva saber?

Lizzie: Não...

Eliza: Certeza? E essas pulseiras... Será que eu posso ver?

Lizzie: Não...

Eliza: Elas escondem algo no seu pulso?

Lizzie: Talvez, mas isso não é da sua conta.

Eliza: É, porque você é a minha melhor amiga e você não vai se destruir dessa forma...

Lizzie: E o que você vai fazer?

Eliza: Não sei... Talvez eu deva contar ao seu pai... Ele deverá saber o que fazer...

Lizzie: Não faça isso, por favor. Ele nunca vai me perdoar.

Eliza: Eu que não te perdôo. Você parece que não ta vendo como isso ta te deixando mal. Cadê aquela garota que sorria? Que era bonita, cheia de vida? Ela não ta mais aqui. Não está.

Eliza abriu a porta e saiu correndo. Eu tentei alcançá-la, mas quando cheguei, ela já havia contado tudo. Eu voltei pro meu quarto e arrumei as minhas coisas em uma pequena mala. Eu tinha que sair dali. Meu pai nunca me perdoaria por aquilo. E eu nunca perdoaria a Eliza. Eu contei á ela o meu maior segredo e ela me traiu. Eu abri a porta do meu quarto, mas dei de cara com dois homens, altos e fortes, vestidos de branco. Eu já sabia do que se tratava. E eu realmente não queria ir pra uma Clínica de Reabilitação. Não mesmo. Eu corri, e os dois homens foram atrás de mim. Antes que eu pudesse fugir, James e George me seguraram pelo braço.

Lizzie: POR FAVOR!

Eu gritava desesperadamente, enquanto, Eliza, abraçada a Chloe, e meu pai, olhavam aquela cena deprimente. Os dois enfermeiros me carregaram até um carro, que se assemelhava a uma ambulância. Eu resisti, muito. Me debatia, e gritava por piedade. Senti uma leve dor no meu braço esquerdo e quando percebi, já havia caído no sono. Acordei em um quarto branco, meus braços e pernas estavam amarrados. Tentei sair dali, mas foi em vão.

Lizzie: Socorro!

Uma mulher vestida de branco entrou no quarto.

Enfermeira: Ah, que bom que acordou Lizzie. Como se sente?

Ela sorria.

Lizzie: Como assim como eu me sinto? Eu quero sair daqui. ME SOLTA!

Ela continuava sorrindo.

Lizzie: Sua bruxa, eu vou te matar. Vou matar todos vocês! Me soltem! Agora!

Eu gritava escandalosamente. A mulher pegou uma fina agulha e a introduziu em meu braço e então eu fui novamente dominada pelo sono... Quando acordei, um homem negro estava sentado na cadeira. Eu me sentia mais calma.

Lizzie: Onde... Onde eu estou?

Psicólogo: Olá, Lizzie. Eu sou o Doutor Gilbert, Psicólogo.

Bufei.

Lizzie: Por favor, eu não sou louca.

Psicólogo: Vamos apenas conversar... Como amigos...

Lizzie: Você não é meu amigo.

Psicólogo: Quer me falar sobre a sua relação com o seu pai... Ela te afeta?

Lizzie: Não, nós já resolvemos isto...

Psicólogo: Hum... E a sua viajem pro Canadá? Quer me contar o porque? O que aconteceu por lá?

De alguma forma aquele homem me parecia a pessoa certa a se confiar... A partir daquele momento, ele começou a me visitar todos os dias e eu contava tudo á ele. Absolutamente tudo. Aos poucos me deixaram mais livre... Eu já não precisava mais ficar presa á cama. Podia andar livremente por aquele lugar, que até seria bonito, se não fosse por ser uma Clínica. Meu pai fez questão de que eu tivesse educação naquele lugar, então todos os dias, uma professora particular me dava aulas. Aquilo era bom até... Pelo menos eu não teria que repetir o terceiro ano.

~Seis meses depois~

O Dr. Gilbert havia me dado alta. O que era bom até certo ponto... Mas eu ainda estava um pouco insegura sobre tudo isso. Ter que encarar todos novamente.

Lizzie: Eu estou com medo.

Disse á Dora, uma das enfermeiras.

Dora: Medo de que?

Ela me ajudava a arrumar minha coisas.

Lizzie: Das pessoas... Elas nunca mais vão falar comigo normalmente, como antes.

Dora: Se elas te amam, vão te tratar do mesmo jeito.

Lizzie: E se não me amarem? E se eu não estiver pronta pra enfrentá-los?

Dora: Se não estiver pronta agora, não estará nunca mais.

Ela me deu um beijo na testa e saiu do quarto. Eu já estava pronta para ir embora. Meu pai foi pessoalmente me buscar, e isso era novidade.

Lizzie: Cadê o George?

Pai: Está de folga... E não foi trabalho nenhum pra mim...

Claro que não... O meu pai havia se aposentado, mas ainda mantinha a empresa, pelo menos ele não tinha mais que viajar tanto. Ele havia se casado novamente. Pelas vezes em que Iara fora me visitar, ela parecia uma boa pessoa. Era uns anos mais nova que o meu pai. Eu gostava dela. Ela o fazia feliz.

Lizzie: Estou com saudades da Chloe.

Eu disse enquanto ele dirigia.

Pai: Ela também está com saudades... Todos estão...

Meu pai parou em frente á nossa casa. E nós descemos do carro. Estava tudo escuro, o que era estranho porque ainda era de tarde, tudo deveria estar iluminado pelo sol. Abri a porta e então, dezenas de pessoas pularam em cima de mim.

Lizzie: O que é isso?

Todos: Surpresa!

Pai: Vai me dizer que você esqueceu que hoje é o seu aniversário?

Ok, eu nem sabia que dia era aquele. Mas se era meu aniversário, certamente estaríamos no dia 18 de Fevereiro. E eu agora havia completado 17 anos. Estavam todos ali. E quando eu digo todos, me refiro também, aos garotos do One Direction.

Eu cumprimentei a todos mas deixei eles por último. Me aproximei dos 5 que estavam conversando com Chloe e Eliza.

Lizzie: Oi Gente.

Todos: Oi.

A gente ficou em silêncio, e isso era totalmente estranho, porque todos se entreolhavam. E então nós começamos a rir.

Lizzie: Gente... Que foi isso?

Eu morria de rir.

Lizzie: Vamos, onde estão os meus abraços? Senti saudades de todos vocês... De todos.

Abracei os cinco garotos. Eles sorriam pra mim e logo, nós já estávamos conversando como antes.  Saí alguns minutos pra andar no Jardim. E Zayn e Harry se ofereceram pra me acompanhar, e claro, eu aceitei. Tinha que ter uma conversa com eles. E eu ainda não havia tomado a minha decisão, mas sentia que aquela era a hora certa. Paramos em frente a uma pequena fonte.

Harry: Lizzie... Você sabe que vai ter que escolher...

Suspirei fundo.

Lizzie: Eu sei... Isso vai ser tão difícil pra mim quanto pra vocês...

Zayn: Lizz... Não fique com medo. Nós dois já conversamos. Nós dois te amamos. E independente da sua escolha, iremos respeitá-la. Claro, não é possível que não fiquemos tristes, mas a gente supera, certo?

Harry assentiu e eu também.

Lizzie: Sabiam que quando eu estava na Reabilitação, eu não parava nem um segundo de pensar em vocês?

Eles dois sorriram.

Lizzie: Isso realmente é difícil pra mim... Harry, eu já falei o porque de eu te amar?

Harry: Não...

Lizzie: Eu te amo porque apesar de todas as suas “peguetes”, eu fui a única por quem você realmente se apaixonou. E se eu me acho especial? Demais. Porque você conseguiu amar. E isso é ótimo. É lindo.

Ele sorriu.

Lizzie: Zayn, sabe porque eu te amo?

Harry balançou a cabeça.

Lizzie: Porque você venceu a sua timidez, e conseguiu falar que me ama. E isso também me faz me sentir especial...

Ele também sorriu.

Lizzie: Harry, eu amo o seu cabelo encaracolado, os seus olhos, que até agora eu não descobri se são verdes ou azuis, o modo como você sorri de lado, as suas covinhas... Zayn, eu amo esse seu topete sempre tão arrumado, os seus olhos castanhos, que são tão penetrantes, o modo como você morde seu lábio, e quando mexe no seu cabelo, bagunçando-o um pouco... Eu realmente amo os dois. Entendem? E que independente da minha escolha, isso ainda vai durar, muito, porque é verdadeiro... Com certeza é verdadeiro. E se vai ser difícil conviver com vocês dois? Claro. Afinal, é amor, certo?

Eles assentiram.

Lizzie: Eu não vou falar... Acho que um ato vale muito mais do que uma palavra.

Me aproximei dos dois que estavam de pé a minha frente. E os abracei.

Lizzie: Vocês são meus dois maridos. Sempre serão. Mas é você que eu acho que é o certo...

Beijei Harry.

Me virei para Zayn ele me olhava, um pouco triste.

Lizzie: Hey... Meu príncipe, levanta a cabeça, ou então a coroa cai.

Ele sorriu.

Lizzie: Desculpe por isso, você realmente me ama. Eu sei disso... Mas, talvez, eu não seja a garota certa pra você. E você vai encontrar alguém bom o bastante.

Eu o abracei forte. E não estava errada, Zayn logo conheceu um garota, Perrie Edwards, por quem ele se apaixonou. E agora somos todos uma família, e o que eu aprendi com tudo isso? Que quando se ama, a gente corre atrás apesar de todos os problemas, a gente tem que lutar pra ser feliz. Porque quem vai a luta, consegue.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

:D Espero que tenham gostado.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Eu Até Posso Te Amar" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.