Uma Jornada Ao Resgate escrita por Sally Yagami, TommySan, Vanessa Sakata, MisuhoTita


Capítulo 2
O rapto


Notas iniciais do capítulo

Oi, pessoal! Aqui é a Vanessa BR, postando o segundo capítulo de "Uma jornada ao resgate"! Fiquei encarregada de escrever as cenas de ação e procurei caprichar, tanto que empolguei muito enquanto escrevia.
Espero que gostem deste capítulo. No mais, boa leitura!!



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Aquele “aviso” que recebera em seu sonho continuava a martelar sua cabeça, não parava um só segundo. A angústia tomava conta da mente de Tavius, fazendo com que ele decidisse ir para fora, já com sua espada embainhada. Sentia como se aquele trio se aproximasse mais e mais de seu lar. Com passos apressados, passou por Tabita e a advertiu:

- Tabita, quero que fique aqui, eu pressinto que isso pode ser muito perigoso.

Era como se sentisse a presença daquelas mulheres ali. E isso se confirmou quando uma voz feminina soou:

- Muito bem, filhos de Lorde Harrison... Viemos aqui para cobrar uma dívida de seu pai para conosco. Saiam da toca se forem capazes!

Antes que Tavius abrisse a pesada porta, esta se abriu violentamente, devido a uma forte lufada de vento. A mesma voz que falara antes – de Mabel – tornava a ecoar de forma sombria:

- Queremos a coisa mais valiosa que o velho teve. E isso saldará a dívida dele conosco, além de fazer com que se arrependa amargamente, no inferno, de ter cruzado o nosso caminho. Vamos levar o maior tesouro daquele velho maldito!

“Tavius, sua irmã é meu maior tesouro.”

A voz moribunda de Lorde Harrison ecoava sem parar na cabeça de Tavius. E aquelas três mulheres queriam o maior tesouro de seu pai. O maior tesouro... Quando assimilou, a perplexidade o dominou e, sem pestanejar, gritou:

- FOGE, TABITA!! ELAS QUEREM TE PEGAR!

***

- Valery! – Samira a chamava quase sem fôlego. – Valery, preciso conversar urgentemente com você...!

- Calma, Samira, toma um pouco de ar primeiro!!

- Não dá... Não dá tempo...! O Tavius e a Tabita correm perigo! Precisamos avisá-los antes que seja tarde demais...! Aquelas mulheres são mesmo bruxas!

A jovem Valery arregalou levemente os olhos castanhos, antes de dizer com tom decidido:

- Me conta tudo no caminho, detalhe por detalhe!

Valery correu logo atrás de Samira. A morena, de cabelos e olhos castanhos e físico de adolescente, não deixava de prestar atenção nas descobertas narradas pela amiga.

- Então, para resumir, aquelas três querem se vingar do Lorde Harrison, levando embora o que era mais precioso para ele?

- Exatamente – Samira confirmou. – E eu sei muito bem o que era mais precioso para ele, por isso estou mais preocupada ainda.

- É algum tesouro?

- De certa forma, sim. A Tabita era o seu maior tesouro.

- A... A Tabita? Espera aí, quer dizer que elas querem a Tabita?

- Exatamente.

- Não é pra menos que precisamos correr logo!

- Sim, ou vai ser tarde demais!

***

- FOGE, TABITA!! ELAS QUEREM TE PEGAR!

O tom imperativo da voz de Tavius não permitia que Tabita pensasse duas vezes. Sendo assim, ela correu o máximo que suas pernas permitiam. Para ganhar tempo, seu irmão pôs-se em guarda, empunhando a espada.

Havia prometido a seu pai que protegeria Tabita, mesmo que lhe custasse a vida. Estava disposto a pagar o preço. Fosse ele qual fosse.

- Soraya, cerque este local. – Mabel ordenou. – Servia, pegue aquela mulher. Eu cuido dele.

- Vocês não vão tocar em um fio de cabelo da minha irmã! – Tavius disse, ao mesmo tempo em que se lançava ao ataque contra o trio.

Tavius, com a espada já pronta para acertar uma delas, foi parado por um escudo invisível, que provocou um choque elétrico. A violência do choque foi tanta, que arremessou o jovem contra o chão. Precisava se refazer rápido do golpe, mas Soraya já havia cercado todo o local com uma redoma escura. Servia fora igualmente rápida e, em um piscar de olhos, havia saído dali, á caça de Tabita.

O grande casarão estava tomado pela penumbra, e Tabita não conseguia mais ver nada à sua frente. Corria sem direção, não sabia mais onde estava e para onde ia. Estava completamente perdida. Ouvia claramente o som da espada de Tavius em combate, ouvia tudo o que se desenrolava, mas não enxergava praticamente nada à sua frente.

Parou de correr, estava ofegante. Em vão, olhou para os lados, na esperança de saber para onde ia. No entanto, ouviu um som metálico e sentiu algo apertar violentamente sua cintura, a ponto que quase quebrar-lhe as costelas. A dor foi tamanha, que Tabita não conseguiu conter um grito de dor.

Em meio à dor, ouviu uma gargalhada de gelar a espinha e, em seguida, uma voz ecoar:

- Não adianta tentar escapar, você é fraca demais pra isso.

A dona da voz surgiu envolvida em uma densa aura roxa, bem diante dos olhos da já fragilizada jovem Tabita, envolvida fortemente por correntes vivas. Servia sorria triunfante ao ver que conseguira pegar facilmente sua presa.

- Acabou. Você não tem como escapar.

***

Tavius ainda travava uma dura batalha contra Mabel, e esta apenas ficava na defensiva. Por que ela não o atacava, para baixar a guarda e abrir uma brecha para um contra-ataque?

- Não perca seu tempo nos atacando. Você apenas está se passando por ridículo.

Tavius não cessava suas investidas contra aquele escudo invisível feito de magia. A única coisa que vinha em sua mente era vencer Mabel, que bloqueava a entrada e o impedia de correr para alcançar a irmã e protegê-la. Precisava, de qualquer maneira, passar por aquela primeira barreira, que parecia impenetrável.

No entanto, Mabel dirigiu seu olhar a um ponto atrás de Tavius. Este acabou sendo surpreendido por um golpe pelas costas, que fez com que caísse de cara no chão. O golpe fora feito com uma espada energética roxa, criada pela magia de Soraya, a responsável pelo golpe covarde e traiçoeiro.

Fora um corte profundo, que sangrava sem parar e doía de tal forma que não suportava se levantar, juntando-se ao fato de sentir-se esgotado. Para piorar ainda mais a dor, sentiu alguém pisar com força em seu ferimento, impossibilitando-o de se levantar para reagir.

- Tavius, Tavius... – Soraya disse com sarcasmo. – Deveria prestar atenção também no que vem por trás de você. Nunca se sabe quando pode aparecer um elemento-surpresa...

Instantes depois, a redoma escura se desfez, e dela emergiram duas pessoas. Uma delas, Servia. A outra, Tavius logo reconheceu:

- T... Tabita...!

- Tavius...! – sua irmã disse com a face banhada em lágrimas. – Por favor... Me ajuda...!

Ao fazer esse pedido, Servia apertou mais as correntes que a aprisionavam, provocando um grito carregado de dor e desespero, tanto pela dor física como pela incapacidade de Tavius poder ajudá-la.

Tavius, por seu turno, sentia-se impotente. Não tinha como reagir, não conseguia se mexer.

- Tabita...! – sua voz trêmula estava carregada de dor.

- Você é patético! – Soraya bateu o pé onde estava o ferimento de Tavius, que urrou de dor.

- Soraya, Servia! – Mabel ordenou. – Vamos. Não temos mais nada a fazer aqui. Já pegamos o que queríamos. Não vamos mais perder tempo com esse mongo.

- Tudo bem, Mabel. – Soraya concordou, acertando mais uma vez o pé no ferimento do jovem derrotado. – Acabou a brincadeira, mas foi bom enquanto durou.

- Bem... Vou dar um jeito de calar esta insuportável aqui. – Servia disse, em meio aos gritos desesperados de socorro de Tabita. Seus olhos brilharam de roxo e as correntes apertaram a jovem com tamanha violência, que conseguiram deixá-la inconsciente.

Era algo cruel demais de se ver, e Tavius não aguentou:

- POR FAVOR, PAREM COM ISSO! DEIXEM A TABITA E LEVEM A MIM...!

Agora foi a vez de Mabel chutá-lo e dizer:

- Você não vale nem o chão que pisa.

Nisso, as três desapareceram sem deixar vestígios, apenas o jovem Tavius se contorcendo de dor. Tentou levantar-se, mas só conseguiu ficar de quatro, enquanto grossas gotas de chuva começavam a cair sobre ele, misturando-se às amargas lágrimas de dor física e da dor da derrota.

- Pai... Tabita... – murmurou com voz embargada. – Por favor, me perdoem... Eu falhei...! Mas juro... Que vou me redimir... Vou me vingar daquelas malditas bruxas...! E vou resgatar você, Tabita...! Esta é uma promessa que cumprirei... Mesmo que me custe a vida...!


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Notas finais do capítulo

Continua...



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