Uma Jornada Ao Resgate escrita por Sally Yagami, TommySan, Vanessa Sakata, MisuhoTita


Capítulo 14
Processo de cura


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoal! Este capítulo fui eu que escrevi junto com o Tommy e eu gostei muito de fazer isso. Espero sinceramente que vocês gostem de ler ele tanto quanto eu gostei de escrever.

Boa leitura!



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Após dizer suas palavras de invocação, o brilho azulado dos olhos da maga some, indo parar nas mãos dela, para em seguida começar a recobrir o corpo do espadachim, para então se concentrar no local onde ele fora mordido pela quimera.

Samira observa atentamente aquele brilho concentrado no pescoço de Tavius, onde havia a ferida deixada pelo animal. O espadachim continua respirando de forma ofegante enquanto a maga usa toda sua concentração para tentar curá-lo.

De repente a respiração do espadachim começa a se acalmar e, aos poucos, vai retornando aos parâmetros da normalidade. Assim como o suor no rosto dele também vai diminuindo.

Vendo que está conseguindo seu objetivo, Valery continua com sua magia, e, gotas de suor começam a pingar de sua face, devido ao grande esforço que está fazendo. Samira não deixa de notar o esforço por parte de sua amiga, e, quer perguntar se ela está bem, porém sabe que não pode interrompê-la enquanto ela se esforça para salvar Tavius da morte certa.

Por fim, o brilho azulado que envolve o ferimento do espadachim começa a desaparecer e a maga retira suas mãos do corpo dele, sentindo-se exausta. Samira olha apreensiva de Valery para Tavius, tentando saber se ela havia conseguido salvar o amigo a tempo.




***




Em seu cativeiro de tormento e sofrimento, Tabita não consegue parar de pensar em seu irmão... E a dor por não poder estar ao lado dele é tão grande, tão intensa que parece que existe um grande buraco em seu peito... Um buraco onde sentimentos de angústias e tormentos tomam posse aos poucos de seu ser.

Como queria poder estar ao lado de Tavius neste momento... Como queria poder saber como ele está... O pior de tudo era saber que ele está entre a vida e a morte por sua causa... Porque percorre um caminho perigoso ao lado de Samira e Valery somente para salvá-la...

E, enquanto eles enfrentam monstros e batalhas cada vez mais terríveis, ela é obrigada a viver diariamente tormentos e torturas... Humilhação e dor... Tanto físicas quanto emocionais...

Só o que a mantém viva é a certeza de que Tavius aparecerá para salvá-la... E, é somente isso que faz com que encontre forças para suportar todas as torturas que injustamente lhe são impostas... Só a certeza de que Tavius aparecerá é que lhe dá forças para suportar a dor de cada gota de seu sangue que é derramada... De cada pancada... De cada tormento...

Outra pontada em seu coração... E, dessa vez não sabe por que a sentiu... Será Tavius? Estaria ele morrendo por conta do veneno da quimera de Mabel? A angústia mais uma vez domina seu coração enquanto tenta em vão, encontrar uma posição mais confortável, por conta das correntes que lhe aprisionam e lhe causam tanta dor...

– Tavius... Por favor... Não morra...! Eu imploro...!

E mais lágrimas começam a banhar sua face desesperada...




***




Tavius abre os olhos ao mesmo tempo em que se levanta do lugar onde está deitado e a primeira coisa que vê são os rostos aliviados de Samira e Valery.

– Como se sente, Tavius? – pergunta Samira.

O espadachim olha para seu ombro, no local onde a quimera o havia atacado e não vê sinal de mordida. Também já consegue enxergar normalmente e não sente o corpo mais pesado.

– Estou bem. – ele responde. – Mas como...?

– Valery finalmente aprendeu a magia de cura, e a usou para retirar o veneno de seu corpo antes que fosse tarde demais.

Tavius olha para o rosto cansado da maga. Pelo visto, curá-lo do veneno da quimera deve ter exigido dela um grande esforço.

– Obrigado, Valery. – diz o espadachim – Mas posso reparar pela sua fisionomia que me curar exigiu um grande esforço de sua parte.

– Não precisa agradecer, Tavius. – responde à maga – Eu precisava fazer alguma coisa. E só estou um pouco cansada, nada que nos atrapalhe. É porque magia de cura exige um esforço e, antes de usá-la em você, testei em minha mão.

– E as quimeras? – o espadachim pergunta.

– Infelizmente ainda estão soltar por ai. – diz Samira – Por muito pouco não viro o jantar de uma delas.

– Você as enfrentou sozinha? – pergunta Tavius, incrédulo. Ele olha para a amiga e vê claramente marcas de cortes feitos pelos animas, assim como sangue estancado. – Que tem na cabeça? Poderia ter morrido!

– Calma, Tavius. – responde a arqueira – Eu sou um pouco maluca mas não chego a este ponto. Eu só tentei atrair a atenção das três para que Valery pudesse te trazer para um lugar seguro. E, só para você saber, elas continuam soltas por aí, em algum lugar procurando pela gente.

– Pelo visto estes bichos vão dar muito trabalho. – diz Valery.

– Mas se eles estão no caminho que me levará à Tabita, eu os destruirei. Não importa quanto tempo leve! Não vou deixar nada e nem ninguém atrapalhe meu caminho. E só vou parar quando eu tiver a Tabita segura em meus braços novamente!

– Bravo, Tavius! – brinca Samira, batendo palmas – Falou como um grande irmão mais velho!

– Que isso. – responde Tavius.

– Mas é verdade! – diz a arqueira.

Apesar de sentir-se descontraído pelas brincadeiras de Samira, Tavius não consegue parar de pensar em sua irmã, em como Tabita estaria naquele momento. A frustração de não ter conseguido sequer arranhar o escudo invisível na última vez em que vira sua irmã ainda o domina...

A dor do fracasso é realmente muito profunda e ainda o domina por completo, além da culpa de não ter conseguido protege-la. Como estaria naquele momento?

– Tabita...

– Qual o problema, Tavius? – pergunta Valery.

– Estava pensando na Tabita. No que ela deve estar sofrendo neste momento.

– Tavius, vou te dizer sinceramente, amigo. – diz Samira, em tom decidido – Sei que provavelmente a Tabita deve estar sofrendo horrores neste momento, infelizmente nós três já vimos isso, e, não é nada agradável. Mas, eu também tenho a mais absoluta das certezas de que ela está suportando tudo porque ainda acredita em você. Ela não vai desistir de esperar e nós não vamos desistir de resgatá-la!

– Eu faço coro com a Samira, Tavius. – completa Valery – Vamos enfrentar essas quimeras e o que quer que apareça em nosso caminho. Mas antes, me deixa curar essas feridas, Samira!

– Não! Você disse que esta magia requer grande esforço e a usou duas vezes! Não vou deixar que se esforce ainda mais por conta de uns machucadinhos de nada!

– Machucadinhos de nada? – ironiza Tavius.

– Tá bom, por causa de uns machucados um pouco sérios. Mas isso não vem ao caso, é esforço demais para você, Valery!

– Não vou deixar você ferida!

– Não vou te deixar cansada para me cucar!

– Já estou melhor. Por favor, Samira. Deixe-me ajudá-la.

– Samira, pare de teimosia! – completa Tavius – Temos que estar nas melhores condições possíveis para enfrentarmos as quimeras!

Sem alternativa, Samira deixa a amiga usar a magia de cura, e, após alguns minutos, a arqueira sente-se completamente bem.

Assim, os três resolvem parar de se esconder e ir atrás das quimeras, para o contra ataque. Assim, eles saem da caverna e, para a surpresa deles, dão de cara com as três quimeras enfurecidas e com as bocas pingando veneno.


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Notas finais do capítulo

CONTINUA...



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