Abraços Perdidos escrita por Graziele


Capítulo 6
Universo de irônias.


Notas iniciais do capítulo

suzana_quintana, JSM, GabiCullenRock, Katherine Potter tathajovi, LekaEscritora, elispreta, Jeniffas2, whatsername, Lu Nandes, Maysa, ivis, oi mai,vickrobsten, Marcela, Boadicea, sheilaalves, RM, Fiorella Scarft,Ana Candeo, rosa, mto obg pelos reviews *o* Hoje não é dia oito, mas tem post por causa desse lindos 20 reviews *----* E, claro, por causa das recomendações lindas da Isabellla e da Ana Candeo *o* Mto obg, suas lindas, vcs me entopem de alegria desse jeito, sério msm :')
E então... Seis anos dps... rs. Espero que vcs gostem :D
Boa leitura!



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Março de 2011 – Presbyterian Hospital, Nova York


O café fumegante enchia a sala impessoal com seu cheiro inebriante. O único barulho que prevalecia ali era o leve farfalhar de folhas sendo viradas. Do lado de fora, a madrugada ia chegando, anunciando que aquele plantão ainda tinha muitas horas de duração para ser suportado.

Doutor Edward Cullen suspirou, ajeitando-se na cadeira acolchoada da sala dos médicos. Seus plantões no Presbyterian costumavam ser cheios e muitos corridos, mas ele sempre conseguia dar uma escapadinha para poder ler seu jornal do dia anterior e tomar seu café amargo para manter-se desperto. Isso mantinha sua sanidade em boas condições.

Quando optou por fazer Traumatologia, há seis anos, ele tinha certeza do que queria para sua vida. Almejou, desde o começo, ser nada menos do que o melhor em seu ramo.


E, realmente, conseguiu.


Depois de, literalmente, ter enfiado a cara nos livros, ele conseguira se formar com honras e não fizera menos em sua residência. Então, com apenas vinte e três anos, já era um dos melhores do Presbyterian.


Sua mãe chorara horrores em sua formatura, enquanto fazia com que ele posasse para fotos, vestido naquela beca caramelada horrorosa. Edward sorriu com a lembrança repentina, fitando uma das tais fotos bem a sua frente; Esme Cullen o abraçava e, junto de seu enorme sorriso de orgulho, trazia olhos inchados e resquícios de lágrimas pelas bochechas.


Seu pai, Carlisle, havia batido a fotografia, ostentando um sorriso tão grande quanto o de Esme, mas aquela havia sido a última vez que os três haviam se reunido, não só porque Edward se mudara para Nova York.


Em algum lugar da sinuosa estrada da vida, os pais de Edward haviam se perdido e não conseguiram se encontrar mais. Em meio a brigas inexplicáveis e que nunca existiram entre o casal Cullen, o casamento dos mesmos foi se desgastando e não foi forte o suficiente para driblar o fim. Então, quando Edward completou dezoito anos, eles se divorciaram.


Foi um espanto para Edward, claro, afinal, ao seu ver, Carlisle e Esme sempre foram o exemplo mais concreto que ele tinha de como um casamento poderia dar certo, mas, segundo Jasper Whitlock, esses tipos de casais são os mais propensos ao divórcio, pois eles mascaram seus problemas numa felicidade que não existe.


A formatura de Edward, então, fora a última vez que eles se reuniram como uma família e, consequentemente, fora também a última vez que Edward vira o pai. Não que ele tivesse, de alguma forma, guardado ressentimentos do cirurgião, mas, simplesmente, eles perderam o contato diário, talvez pelo fato da agenda de ambos ser realmente muito lotada e não deixar espaço para quase nenhum evento que não fosse voltado, exclusivamente, para o trabalho.


Carlisle ainda residia em Baltimore, e, raramente, fazia algumas ligações para o filho, a exemplo de Esme. A mãe, entretanto, não havia se desleixado quanto ao contato com o atarefado filho, pois as ligações eram muito constantes e as visitas ao apartamento quase regulares.


Mas nenhum dos dois ganhava de Jasper no quesito ‘regularidade no contato’. Edward riu ao lembrar-se do desparafusado melhor amigo.


A maioridade não trouxe juízo algum para o loiro, muito pelo contrário. Quando o ex-hippie terminou o colegial, ele simplesmente partiu para Hollywood. Sem mais nem menos, ele pegou um ônibus, com sua mala cheia de adesivos e com seus 1000 dólares, e simplesmente partiu para Hollywood.


O senhor e a senhora Whitlock surtaram, logicamente. Porém, Jasper conservou contato com Edward, ligando a cobrar para o amigo de telefones públicos, e sempre o mantendo informado de sua situação.


Narrava a Edward que estava se divertindo com seus novos amigos hippies e que, principalmente, não estava se drogando. Segundo o próprio, ele ficava o dia inteiro tocando violão sentado na Calçada da Fama, conseguindo alguns dólares.


Mas, então, repentinamente, Jasper ligara para Edward e confidenciara que largara tudo em Hollywood, para tornar-se vocalista de uma banda de Rock. Abandonara, pois, seu estilo hippie e adotara um visual rockeiro, com direito à tatuagens e tudo mais.


Edward não sabia se ria ou se chorava ao ouvir tal informação. A família de Jasper teve a notícia das tatuagens como o estopim. O casal Whitlock fora atrás do filho e o trouxera praticamente pela orelha. O menino ficara mais de um ano longe das vistas de todos e, quando voltara, estava quase irreconhecível; com um cabelo bem ao estilo rockeiro satânico, as unhas pintadas de preto e uma caveira tatuada no pulso, além de contar a frase "Amor só de mãe" que fora escrita em seu bumbum branquelo.


Ele levara uma bronca daquelas de seus pais e isso pareceu ajuizá-lo por um pouco. Ele se rebelara por um tempo breve, mas, então decidira que precisaria se estabilizar na vida, tomando como exemplo o que Edward fizera.


Por fim, Jasper entrara para a faculdade e estava cursando aquilo que ninguém nunca, jamais o imaginaria fazendo: Direito.


Seria impagável vê-lo dentro de um terno, todo sisudo, sem poder soltar aquelas pérolas que sempre lhe foram habituais, mas, segundo o que o próprio dizia nas ligações quase diárias à Edward, estava gostando de toda aquela ideia de ser um advogado.


De qualquer modo, Edward tinha que admitir que Jasper soube aproveitar a vida em seu máximo e que, por mais que pudesse se arrepender de tudo algum dia, ele iria ter várias histórias para contar quando fosse velho. Edward até tinha certa ponta de inveja de Jasper, porque, enquanto sua vida não fora nada mais do que uma monotonia sem tamanho, a do amigo sempre fora uma metamorfose ambulante, cheia de aventuras que Edward nunca desfrutara e que nunca desfrutaria.


Edward, anuiu, com pesar, que sua maior aventura em todos aqueles vinte três anos tinha nome e sobrenome e nunca lhe trazia boas recordações: Isabella Swan.


Um suspiro escapou dos lábios do médico no momento em que seus pensamentos rumaram para aquela bailarina. Com o tempo e com a maturidade, inevitavelmente, lhe atingindo, Edward aprendera a pensar nela sem sofrer – o que não queria dizer que ele deixara de pensar.


Os dias tornaram-se semanas, as semanas tornaram-se meses, os meses tornaram-se anos... E Edward conseguira parar de sofrer ao recordar-se de tudo o que vivera com aquela bailarina.


Tudo o que ele sentia ao lembrar-se de Bella, de seus segredos e deu seus olhos, era uma imensurável nostalgia e uma grande vontade de saber o que ela fizera de sua vida depois que o deixara.


Ele nunca a esquecera, tinha que admitir. Porque, por mais que as imagens começassem a nublar-se com a passagem de tempo, ele nunca conseguiria esquecer-se do corpo dela nu, movendo-se em sintonia com o seu próprio, chocando-se numa explosão de paixão... Nunca conseguiria esquecer-se da sensação dos lábios dela em contato com os seus... Nunca conseguiria esquecer-se de como a amara sem reservas.


Isso era o que ele nunca iria conseguir esquecer mesmo, a menos que tirassem aquelas recordações de seu cérebro com um aspirador: o jeito que a amara. Daquele jeito inocente, daquele jeito que a gente ama quando descobre o primeiro amor. Daquele jeito que a gente não consegue amar mais ninguém que venha depois.


Edward não era mais um homem que só podia contar com a experiência de transar dentro de um carro, no entanto, todas as vezes que se envolvia com uma mulher, era-lhe impossível não se recordar de Bella e de seu Volvo. Talvez tenha sido por isso que ele se livrara de seu amado carro na primeira oportunidade, para poder se livrar, também, das lembranças que o perseguiam.


Sua tentativa não fora muito eficaz. Porque absolutamente tudo o lembrava daqueles dois meses que passara com ela.


Quando se envolvia com uma loira de olhos azuis, ele só conseguia pensar em como aquela mulher ficaria melhor se tivesse olhos e cabelos escuros, contrastando de uma forma magnífica com a pele branca... Quando tentava flertar, ele só conseguia pensar em gazebos e danças a luz do luar... Em recitais de balé... Em sorrisos encantadoramente zombeteiros... Isso não podia ser saudável, ficar preso à uma mulher por tanto tempo assim, mas lhe era inevitável, porque, por mais doloroso que tenha sido, Isabella fora a primeira e única mulher que ele amara.


"Doutor Cullen?" Uma voz doce tirou-o de seus devaneios. O médico levantou seu olhar e sorriu para Mary Sullivan, uma das enfermeiras do hospital, que acabara se tornando, com a perda de contato com Esme, a segunda mãe que Edward precisara em Nova York.


"Hey, Mary" Edward cumprimentou com um sorriso afável. "Entre aí."


A pequena senhora adentrou a sala do médico, enchendo o ambiente com sua silhueta meio encurvada e velhota. "Preciso conversar com você." Ela informou.


"Não que se sentar?" Edward arqueou uma sobrancelha, curioso.


"Não, não, eu posso falar isso em pé."


"Sou todos ouvidos."


"Bem..." A senhora começou, arrastando a cadeira a frente de Edward e se sentando, afinal. O médico soltou um sorriso torto, porque não poderia haver ninguém mais atrapalhado do que aquela enfermeira. "Você sabe que o doutor Morris vai sair de férias, certo?" Edward apenas assentiu. "O problema é que, na madrugada de ontem, ele atendeu uma emergência e não vai poder acompanhar o caso, então ele quer passá-lo a você."


"E qual é o quadro?" Edward questionou, já adotando sua postura estritamente profissional.


"Mulher, com uns vinte e cinco anos, pulou da Ponte do Brooklyn e ficou com fraturas na perna esquerda e no braço direito, em vários lugares diferentes. O Dr. Morris a operou ontem e, apesar dela estar em coma induzido, o quadro é estável."


"Pulou da Ponte?" Inquiriu, meio irônico. "Ou será que ela foi jogada?"


"Ela pulou, teve algumas testemunhas, inclusive a alma caridosa que a salvou. Isso se caracteriza como tentativa de suicídio, acho que vamos ter problemas quando ela acordar."


"A criatura é indigente?"


"Ninguém veio atrás dela ainda, nem sabemos o nome da pobre."


Edward suspirou. Esses casos eram os mais complicados, porque, normalmente, os suicidas nunca queriam ser salvos e sempre tentavam dar cabo da própria vida novamente, coisa que nem os psicólogos conseguiam resolver, na maioria dos casos.


"Vamos lá vê-la, então." Disse, já se levantando da cadeira acolchoada.


Mary o guiou até a ala da UTI com passos largos pelos corredores gélidos e impessoais que sempre causavam certos arrepios pela espinha do jovem médico. Isso poderia soar irônico, já que um médico não deveria ter tanta aversão no que dizia respeito à Unidade de Tratamento Intensivo, mas Edward não conseguia controlar seus tremores, talvez pelo fato de sempre se surpreender com o que encontrava nessa ala.


Chegaram, finalmente, ao quarto da UTI. Mary abriu a porta e deu passagem para que Edward entrasse; ele, logo, deparou-se com um corpo magro e imóvel, deitado com esmero numa cama desproporcionalmente grande para a magreza extrema que ela ostentava.


O traumatologista aproximou-se e, quando chegou ao lado da paciente com os membros enfaixados e cheia de escoriações por toda a face, ele prendeu a respiração e seus gigantes olhos verdes quase saíram das órbitas.


Porque poderiam ter se passados seis anos, o planeta pode ter dado incontáveis voltas durante esse tempo e ele poderia ter uma memória de peixe, mas ele a reconheceria. Poderia estar no inferno, amarrado a uma bomba nuclear e com o próprio Diabo lhe tampando a visão, mas ele a reconheceria.


Isabella Swan.

Aquela que, durante muito tempo, povoou seus maiores sonhos, seus mais temidos pesadelos e suas mais dolorosas lembranças estava ali, na sua frente. Inerte, pálida, deitada numa cama de hospital, cheia de tubos e aparelhos de oxigênio, toda machucada e torta por conta dos ossos quebrados... Mas diante de si. Ainda parecendo aquela boneca de porcelana, delicada e perfeita, da qual ele se lembrava. Suas mais límpidas memórias não faziam jus, em absoluto, àquela beleza que sua bailarina ainda ostentava, mesmo que depois de tantos anos.


Com a mão meio trêmula, o doutor – que conseguira, com o tempo, ter a fama do mais forte dentre os médicos daquele hospital – acarinhou o rosto com temperatura glacial da mulher, sentindo a maciez e os ferimentos. Indagou-se quão irônico o destino poderia ser. Ela o deixara alquebrado, sofrendo a desilusão do primeiro amor, para viver um sonho, para ser uma bailarina perfeita, sem erros... Mas, então, ela voltava, numa situação horrenda, que Edward jamais imaginaria vê-la... Por consequência, numa situação bem diferente daquela que o médico imaginou que poderia reencontrá-la.


"Edward?" Mary chamou sua atenção, tirando-o de seu transe. "Tudo bem com você, meu filho?" Tocou a mão do médico que ainda estava no rosto da jovem de forma delicada.


"Mary, acrescente o nome dela aí na ficha." Ele instruiu.


"Você a conhece?" Mary indagou, meio surpresa.


O Doutor, no entanto, limitou-se a assentir. "Isabella Swan." Ele sussurrou por fim, fitando fixamente a face adormecida da mulher.


Porque ele nunca esqueceria.






Alguns dias depois...


"Por que você não acorda, huh?" Edward sussurrou naquela madrugada chuvosa de quarta feira, enquanto acariciava o rosto ainda inexpressivo de Isabella, depois de ter aplicado os remédios necessários em seu soro. "Quero ver seus olhos..." Admitiu, sorrindo ao sentir-se um tolo.


Depois de algumas semanas, a bailarina foi tirada de seu coma induzido – levando em conta sua crescente melhora com os ferimentos – saíra da UTI e seu despertar só dependia dela mesma.


Edward ansiava por esse momento. Porque, além de estar louco para fitar aquelas duas orbes novamente, ele queria saber qual fora os motivos que a fizeram parar naquela situação deplorável. Queria saber o que aconteceu para que o caminho daquela mulher se desviasse tanto ao ponto dela ficar daquele jeito, tão distante dos sonhos que ela cultivara outrora.


Mas, de qualquer modo, ele ainda tinha medo. Tinha receio da reação que ela teria quando abrisse os olhos e se deparasse com ele... Ela já havia lhe mandado embora tantas vezes, já havia o machucado no passado... E se ela não o quisesse como seu médico?


Todavia, Edward decidiu que isso não iria lhe fazer mossa, caso acontecesse. O passado – aquele em que ele estava ligado a ela de uma forma emocional – ficara para trás e, naquele momento, ele estava ligado à ela apenas pelo relacionamento"médico-paciente", e era assim que deveria continuar sendo.


Suspirando, Edward desceu suas mãos pelos braços esguios da bailarina, sentindo, no pulso dela, relevos de cicatrizes. Curioso, ele virou o pulso feminino e o fitou, assombrando-se com as marcas acinzentadas que jaziam na pele translúcida, claramente feitas por algo muito afiado, como uma faca de cozinha.


Edward assustou-se ao ponderar que essa vez em que Bella se jogou da ponte poderia não ter sido a primeira tentativa dela de acabar com a própria vida. Novamente, intrigou-se com tudo. Aquela mudança para a França teria sido tão desastrosa assim?


O médico suspirou de novo, anotando as melhoras de sua paciente no prontuário da mesma e o deixando no gancho aos pés da grande cama.


Com a mão na maçaneta do quarto 232, Edward virou-se uma última vez para o corpo adormecido de Bella antes de sair de lá. No entanto, com as gotas da fria chuva embaçando a janela do quarto ao embalar uma madrugada quieta e melancólica, um resmungo sonolento fez-se ouvir.


O médico tirou sua mão da maçaneta, mudando o rumo de seus planos e voltando a prostrar-se ao lado da cama, visualizando o lento despertar dela. Ele prendeu a respiração, somente na expectativa, e foi soltando-a aos poucos, no compasso que Bella ia abrindo seus olhos.


Demorou alguns segundos que foram convertidos por Edward como uma eternidade, mas, enfim, a bailarina abriu os olhos completamente. Eles estavam visivelmente atordoados e não conseguiam se focar, mas, pacientemente, Edward esperou que ela se situasse.


Quando ela desviou seu olhar para Edward, foi como se o mundo tivesse parado. Não houve, contudo, nenhum borboletas voando em seu estômago, menos ainda a sensação de que tudo daria certo dali pra frente; houve, apenas, a sensação de que o Universo não poderia soar mais irônico para aqueles dois.


"Onde... Estou?" Ela indagou, meio perdida e sem reconhecer o seu médico.


"No Presbyterian." Edward respondeu sem hesitar. "Não se recorda?"


A mulher mirou o teto, com os olhos em fendas, como se lutasse para limpar suas memórias. Apreensivo, Edward esperou que ela se situasse, indagando-se o que iria acontecer com eles dali para frente.


"Talvez um pouco..." Ela revelou em sussurros. "Não deu certo de novo." Ela fechou os olhos fortemente, parecendo lamentar-se por não ter tido êxito em sua tentativa de livrar-se da própria vida.


O médico a fitou por alguns segundo e notou que os olhos dela não tinham brilho nenhum. Nem mesmo aquela conhecida sombra brejeira que habitava suas feições antigamente estava presentes... Ela estava claramente mergulhada num tormento profundo e desconhecido a Edward.


Subitamente, a mulher pousou seus opacos olhos no médico de jaleco branco, com reconhecimento atravessando sua expressão. Ela franziu as sobrancelhas, forçando-se a lembrar, para logo depois arregalar os olhos.


"Edward?" Ela perguntou debilmente, mesmo que já soubesse da resposta. Edward esboçou um mínimo sorriso e não respondeu. "Deus... Que mundo pequeno..." Ela riu em descrença, sem humor algum. "Doutor Cullen, então?"


Edward ampliou um pouco seu sorriso, gostando insanamente da forma como seu título saiu dos lábios dela. "A gente tem que crescer."


Bella riu de novo, balançando a cabeça. "Você como um médico todo boa pinta... E eu apenas aqui como um bife picotado... Acho que vou ficar tonta com as voltas que esse mundo dá." Disse, com pesar.


"Você se sente bem?" Ela indagou, com seu tom profissional, numa pergunta que ele faria para qualquer outro paciente, em qualquer outra situação.


"Só um pouco mole e com uma dor na cabeça. Por quanto tempo eu dormi?"


"Uns seis dias. Foi só pra você se recuperar de todos seus ferimentos." E gesticulou para seu corpo cheio de faixas, fazendo-a suspirar. "Vou buscar um remédio pra sua dor de cabeça." Ele avisou e saiu do quarto rapidamente sem esperar pela resposta dela.


No corredor, Edward passou as mãos rudemente pelos olhos. Ele amaldiçoou a si mesmo por conta de seu coração ridiculamente acelerado e por sua alucinada vontade de tirá-la de todos aqueles tubos e resgatá-la daquele pesadelo no qual ela parecera estar trancada. Acima de tudo, sua curiosidade foi açoitada para saber o que a levara àquele estado tão lastimoso.


Edward decidiu, entretanto, que ele não precisaria ficar sabendo, decidiu que não precisava ter nenhum laço com aquela mulher de novo. Porque ela já havia feito estragos suficientes em sua vida.


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Notas finais do capítulo

E então, gnt ? Como ficou ? Deu pra perceber que a Bella se ferrou bonito indo pra França, né ? rs, mas o que será que aconteceu ? :O Não ficou nada explícito aqui, mas vai ficar nos próximos. Eu estou prevendo o próximo post lá pro dia 15, mas eu não sei se vai dar certo, pq eu vou mudar de cidade, só que meu pai não se decide se vai ser esse mês ou no final do ano -'- rs, mas, se eu não aparecer aqui até dia 15, é por que eu mudei, ok ? De qualquer forma, vou tentar postar antes, caso se eu for mudar esse mês (: mas fica avisado, caso eu venha a demorar o/ rs.
Quero dar boas vindas para as leitoras novas e agradecer de novo aos vinte reviews e às duas recomendações *----* Vcs podem continuar saindo da moita, eu vou adorar o/ KKK, será que a gnt consegue chegar a trinta comentários agr ? Ou tô sonhando mto ? rs.
Enfim, vou indo (: Espero que tenham gostado e que deixem suas opiniões :DDD
E recomendações, pra me animar a postar rápido, claro rs.
Beijooooos, amores :****