Abraços Perdidos escrita por Graziele


Capítulo 2
Aquela chance de ouro.


Notas iniciais do capítulo

Tamara Cortez, DayaStew, LekaEscritora, whatsername, jeh, Miss15, sheilaalves, jeniffas2, JSM, AnnadeAssis, elispreta, Ana Candeo, RM, Lu Nandes, Little Doll Obrigada por comentarem! *--*
Wow, 15 comentários só com o primeiro capítulo ? Isso é bem mais do que eu esperava! haha! Vcs são dms, sério msm!
E posso surtar agr? AHHHHHH! EU JÁ TENHO UMA RECOMENDAÇÃO, PORRA! *--* KKK elispreta, obg, minha flore! Tanta confiança assim no primeiro capítulo me deixa mais do que motivada a continuar *u*
Enfim rs. O capítulo tá pequeno e meio sem emoções, mas é um capítulo de transição. De qualquer forma, espero que gostem (:
Boa leitura!



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"Ainda bem que seus pais resolveram encurtar o castigo, hein, cara" Jasper palpitou, rindo, enquanto ele e Edward se encaminhavam para a saída da escola, com suas mochilas pesadas entortando-lhe as costas. Aposto que ficaram com muita dó de você quando te viram com aquele pó de bicicleta.


Edward bufou, porque, na realidade, Esme e Carlisle Cullen apenas riram muito da sua cara ao verem o filho estacionando um ferro velho todo retorcido, pior até do que a bicicleta caquética que entregaram a ele na manhã daquele dia.


"Eu lhe disse que essa maré de má sorte toda que eu estava vivendo ao podia ser causada pela falta do meu Volvo" Edward disse seriamente. "Desde que ele voltou, nunca mais tive outro dia parecido com aquele," o adolescente estremeceu com a lembrança do pior dia de sua vida, onde todo o azar funesto do mundo parecera cair sobre sua cabeça.


"Você fala desse Volvo como se ele fosse uma pessoa, cara" Jasper disse, descrente você tem que se desapegar dessas coisas materiais... Tem que venerar a mãe natureza, é ela que importa..."


Edward encarou o amigo, chocado. Agora Jasper iria dar uma de hippie? Era só o que faltava mesmo. Jasper já fora um aspirante a cantor country, já deixara o cabelo crescer para dar uma de rockeiro alucinado e já chegara ao ponto de passar duas semanas sem tomar banho para salvar o planeta. Qualquer coisa que viesse de Jasper não podia mais surpreender Edward.


"Na boa, Jazz" Edward começou num tom calmo "sai dessa vida."


"Estou tentando me achar no mundo, Edward," Jasper retrucou, olhando para o céu, filosófico.


Edward riu. Jasper tinha um parafuso a menos e isso nunca mudaria.


Chegando no estacionamento, Edward encaminhou-se até seu Volvo, destravou o alarme, abriu a porta e jogou sua mochila dentro do carro. Rezou internamente para que Jasper não lhe pedisse uma carona, porque... Tinha coisas a fazer.


"Então, Edward começou, como que de um jeito sutil de mandar o amigo ir embora. "Até amanhã."


"Até." Jasper disse, e os amigos executaram aquele toque de mãos estranho e só entendido pelos jovens mesmo.


Edward suspirou meio aliviado quando viu que Jasper não pediria carona. Esperou que o amigo saísse de seu campo de visão e entrou no Volvo, sorrindo ao aspirar o cheiro inconfundível de seu amado carro. Deu a partida, e, ridiculamente ansioso, saiu do estacionamento, pronto para desviar seu caminho e chegar atrasado em sua casa de novo.


Virara rotina, então. Há duas semanas desde o dia que a sorte lhe virara as costas e tudo pareceu dar errado ele desviava seu caminho e ficava mais de meia hora com o rosto grudado num vidro escuro de certo estúdio de balé. Observando-a em todo seu esplendor e sentindo-se cada vez mais atraído pela bailarina de cabelos escuros.


Isso era idiotice, ele tinha plena consciência. Mas a bailarina da qual nem sabia o nome exercia certo... Magnetismo em si. Era como se os movimentos cadenciados e suaves daquele corpo delicado o atraísse, de um jeito que, para ele, era impossível evitar. Seu coração jovial dava saltos inexplicáveis cada vez que ela aparecia em seu campo de visão, dentro daquele vestido de túli lilás, com o cabelo marrom preso num coque disciplinado no alto de sua cabeça, com seus olhos grandes e expressivos atentos aos movimentos que executava...


Isso, talvez, fosse apenas desencadeado por seus hormônios adolescentes que fervilhavam. Porém, ele não podia nega que, talvez, se encontrasse apaixonado por ela.


Ele, apaixonando-se por uma mulher da qual nem sabia o nome e que nem sabia de sua existência!


Edward era um cara desejado na escola. Seus olhos verdes despertavam o interesse de toda menina do Baltimore Elite School, desde a mais nova até a mais experiente; e não seria arrogância nenhuma dizer que ele poderia escolher. Porém, ele era tímido e desastrado, o que dificultava sua vida social com as garotas. Por isso, sabia, melancolicamente, que sua paixão repentina pela bailarina nunca poderia passar dos vidros escuros do estúdio. Ele nunca teria coragem de ir conhecê-la melhor.


Todavia, ele estava se contentando em tê-la como sua paixonite. Contentava-se em apenas observá-la em sua elegância e deslumbramento, contentava-se em assumir o quanto aquela mulher lhe era simplesmente inalcançável.


Suspirou e estacionou seu carro na esquina da rua, terminando o percurso a pé mesmo. Olhou no relógio e viu os ponteiros marcando 12h15min e logo apressou-se, pois sua bailarina costumava entrar no estúdio ao meio dia em ponto, demorando uma meia hora ali antes de desaparecer entre uma cortina vermelha, provavelmente indo comer, dando a deixa para que Edward desse meia volta até seu Volvo e fosse pra casa.


Por sorte, sua mãe que era uma arquiteta bem renomada só chegava em casa depois das seis e seu pai um neurologista famoso e dedicado quase nunca aparecia antes da uma da amanhã, então, seus pais nunca notavam seu atraso de mais de quarenta minutos. Haviam empregados na grande casa, mas nenhum deles tinha coragem para especular.


Sorrindo em expectativa, espremeu seu rosto no vidro e sentiu seu estômago retorcer-se ante à visão dela. A bailarina estava lá, linda como sempre, dona de uma elegância e beleza que fascinava Edward ao extremo e fazia com que suas mãos suassem e seu coração batesse ridiculamente acelerado.


Os olhos esverdeados de Edward seguiam todos os movimentos da garota, hipnotizados com sua leveza. Os cabelos da bailarina não estavam presos naquele dia, mas sim caindo em cascatas por suas costas, com um brilho tão intenso que fez Edward imaginar suas mãos se incutindo por aqueles fios... Sentindo sua fragrância...


Quando a garota deu três piruetas seguidas no ar e girou em seu próprio eixo, sustentando-se em uma perna só, na ponta dos pés de um jeito que parecia impossível, Edward teve a certeza de que não existia nada mais perfeito que aquela bailarina.


Encontrava-se extasiado, entorpecido pelos movimentos dela e com seu coração aquecendo-se em paixão.


O estúdio inteiro era tomado pelos passos da coreografia da bailarina, enquanto seus olhos permaneciam fechados, deixando que a música penetrasse em seus poros e fosse o Norte de suas oscilações corporais. Ela era de uma amenidade sem precedentes, de uma amabilidade inigualável... O coração do adolescente apertou-se na vontade de conhecê-la. A esmagadora vontade de ouvir sua voz desconhecida saindo daqueles lábios avermelhados... Sentir a maciez daquele pele de porcelana...


Edward assustou-se consigo mesmo. Estava agindo como um maníaco. Balançou a cabeça, descrente. Entretanto, não podia negar que aquela bailarina tornara-se seu pequeno objeto de obsessão.



Meia hora depois, sua bailarina desaparecera do estúdio e entrara na sala atrás da cortina vermelha. Pronto. Edward já tinha seu dia ganho.


Voltaria para sua casa e passaria o resto da tarde estudando já que ele não tinha lá uma vida social muito animada, com exceção de certas festas e bebedeiras que terminavam em castigos e pensando em sua bailarina. Pensando em seus movimentos, em sua delicadeza, em sua pele clara que contrastava com o vestido arroxeado...


Rindo, balançou sua cabeça enquanto desgrudava seu rosto do vidro escuro. Estava ficando louco mesmo.


"Ei!" uma voz suave o chamou e um delicado puxão em sua camisa fez-se sentir. Edward girou no próprio eixo e se deparou com uma garota baixa de grandes olhos azuis, trajando um roupão de seda. O adolescente logo a reconheceu como uma das bailarinas do estúdio que, de vez em quando, acompanhava sua bailarina nas coreografias.


"Olá" ele cumprimentou polidamente, sorrindo de forma educada. "Eu... A conheço?" Indagou, tentando não soar rude.


"Na realidade, não sei bem" ela torceu o nariz, pensativa. "Mas que seja. Meu nome é Alice Brandon." Apresentou-se, esticando sua pequena mão na direção de Edward.


"Edward Cullen." Disse, apertando a mão da jovem gentilmente.


"Bem, você deve estar me achando meio doida de te parar assim e do nada começar um papo meio sem sentido, mas é que te vejo aí na janela do estúdio quase todo o dia e eu meio que fiquei pensando se você não está a fim de ir ver nosso recital na semana que vem." Ela despejou tudo de maneira rápida, fazendo com que Edward corasse ao ficar sabendo que havia sido notado.


"Você... Me vê?" ele murmurou, mais do que envergonhado.


"Ah, sim, mas não se preocupe a moça riu," abanando as mãos como quem desdenha da situação. "Eu acho muito bonito um homem gostar de balé."


Edward limitou-se a assentir, não querendo mencionar o fato de que não entendia absolutamente nada de balé e nunca fora muito fã. Ele apenas era fã de certa bailarina em especial.


"Mas então," Alice retomou, "Vai querer o ingresso?"


Edward piscou, ponderando suas opções. Era uma apresentação do grupo inteiro, então, provavelmente, sua bailarina participaria também. E ele poderia conhecê-la, utilizando como ponte a baixinha com quem conversava. Edward sorriu e seu peito inflou-se em alegria. Era a chance perfeita de, ao menos, saber seu nome.


"Dê-me um ingresso." Ele pediu, rindo ao ver Alice bater palmas excitadamente.


"Aqui está. Ela pegou um ingresso rosa claro dentro do bolso do roupão e o estendeu. "A entrada é franca e será as sete horas no Teatro Municipal. Te vejo lá!" Ela acenou animadamente, desparecendo na esquina e voltando para o estúdio de vidros escuros.


Edward sorriu enormemente ao fitar o pedaço de papel róseo em sua mão suada. Sua chance de ouro. Aquele ingresso valia mais para si do que um bilhete de loteria premiado!


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Notas finais do capítulo

Yeah! Mais um *--* Eu disse que estava pequeno e sem emoções, mas foi necessário :s Aí deu pra ver direitinho como nosso Edward inocente está mais do que apaixonado pela bailarina desconhecida *-* Desconhecida pra ele, porque né, todas nós sabemos de quem se trata o/ haha!
Então, ele vai no recital de balé dela :9 Isso é bom, certo? KKK, com certeza absoluta! O próximo vem cheio de emoções, e já está mais do que pronto então eu, com toda minha ansiedade mórbida rs, posso trazê-lo quinta, caso vocês sejam bem lindas e comentem bastante o/ hehehe.
E é isso aí, (: Obg pelo reviews anteriores, e eu fico aqui à espera de mais pra saber se devo prosseguir com essa história que está linda! *o* KKKK, olha eu na chantagem emocional! KKK
Beijoos, meu amores, até quinta, espero! :***