Triple Love escrita por Hilla Fox GM


Capítulo 5
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Sorry a demora :S
Então, minha vida está um caos no momento e etc. Mas aqui tem mais um capítulo *-*
Não é tão grande, mas acho que tá bom, UAHUAHUH ou não.
Espero que gostem *-*



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Rose


Um enorme lobisomem estava parado uns cinco metros atrás de nós. Começamos a andar devagar para trás, sem fazer barulho, mantendo contato visual com a fera. Ouvimos um estrépito vindo da minha esquerda; Malfoy tinha pisado num galho.


– Merda, Malfoy! – James deixou escapar.


Essa foi a deixa para o lobisomem, ele se aproximou alguns passos enquanto nos afastávamos mais rapidamente. Então ele se preparou para atacar. Vamos morrer.


– CORRAM! – Malfoy berrou.


Saímos correndo na maior velocidade possível floresta adentro. Fiquei impressionada com a minha velocidade, nunca imaginei que poderia correr assim. Mas nada era comparado a fera vindo atrás da gente se aproximando cada vez mais. Lançávamos feitiços, quebrando galhos e arremessando pedras, mas quase nunca o acertávamos, era só o suficiente para retardá-lo. Eu tropecei num galho e virei o tornozelo, que fez um barulho de algo sendo quebrado. Caí por cima do Malfoy que perdeu sua varinha.


– Jay! – chamei involuntariamente.


– Calma, Rosie, estou aqui – ele me abraçou ficando no caminho entre eu e o lobisomem.


Malfoy procurava sua varinha, mas era impossível de se enxergar ali.


Olhei para os dois, mesmo sem ver, vendo somente suas silhuetas. Se fosse para morrer, não poderia escolher companhia melhor. Se você não pode viver com as pessoas que ama, por que não morrer ao lado delas? Esse seria meu último pensamento. Segurei a mão de Scorpius que estava ao meu lado, a princípio ele não entendeu, mas ele apertou minha mão de volta. A outra mão passei pelo rosto de James e então o abracei. Esse seria o fim.


Ouvimos o ruído de passos muito rápidos e então de algo muito pesado sendo jogado ao chão. Levantei a cabeça e pude ver que algo tinha acertado o lobisomem. As duas criaturas se levantaram e toda a minha gratidão esvaeceu. Não tinha somente um lobisomem na nossa frente, mas sim dois, e não demorou muito para eu entender que eles brigavam pela posse da presa. Eles brigavam por nós.


James se levantou devagar sem fazer ruído e fez sinal para eu subir em suas costas já que não poderia andar com o pé quebrado. Scor... Malfoy - que achara sua varinha – veio logo atrás. Fomos andando rapidamente, nos distanciando deles. Um dos lobisomens percebeu que algo estava errado e se virou para ver o que estava acontecendo. Ele soltou um uivo, sendo seguido pelo outro e os dois saíram em disparada atrás de nós.


Então meu cérebro teve uma ideia brilhante. Peguei minha varinha e comecei a lançar faíscas vermelhas para o céu. Um dos lobisomens pulou para frente em um ataque. Me soltei de James, jogando-o para o lado enquanto caía no chão, o tirando do foco do monstro. A última coisa que vi foi aquela criatura enorme em minha direção.


– ESTUPEFAÇA! – berrei apontando a varinha para seu peito.


Ele voou longe, batendo numa das árvores e caindo no chão. Olhei para ver James; ele me olhava assustado, não conseguindo acreditar no que tinha presenciado. Espera. Cadê o Malfoy? Olhei ao meu redor a procura do loiro e o encontrei logo a direita... duelando com o outro lobisomem. A fera deu uma bofetada na cara dele fazendo-o voar para trás e cair no chão.


Sua varinha caiu alguns metros atrás dele. O lobisomem pulou, preparando-se para matá-lo. Nem eu nem James podíamos fazer nada de onde estávamos.


– SCORPIUS! – berrei. Ele olhou para mim, a luz do luar iluminava seu rosto por uma brecha entre as copas das árvores e uma lágrima escorreu de seus olhos.


Então uma flecha saiu do meio dos arbustos e acertou a fera no ombro. Um enorme centauro saiu da escuridão e partiu para cima do lobisomem que se preparou para brigar, mas mais dois centauros apareceram e começaram a brigar com ele também. Ele se deu por vencido e saiu correndo, com os três centauros em seu encalço.


Não podia acreditar na nossa sorte.


Recuperei minha varinha, caída durante a queda, e a empunhei.


– Lumus! - sussurrei.


James acendeu sua varinha também. Olhei para ele, seu rosto tinha a mesma expressão de surpresa que o meu. Então me lembrei.


– James - falei, me arrastando para perto dele. - Malfoy... Veja se ele está bem.


Ele se levantou e foi até onde Malfoy ainda estava deitado. Seus olhos estavam fechados com força, sua testa estava franzida e sua cabeça, apoiada no chão enlameado, estava entre suas mãos.


– Hey, tudo bem aí? - James se agachou ao seu lado.


O loiro abriu os olhos e encarou o outro.


– Claro, por que não estaria? Eu quase fui morto ainda há pouco e estou todo dolorido. Melhor impossível - disse carrancudo tentando se levantar, se apoiando no cotovelo direito, mas logo voltando ao chão gemendo de dor.


– O que foi? - James franziu a testa pondo-se de pé.


– Acho que desloquei o braço.


James suspirou e estendeu o braço com a palma virada para cima a Malfoy, que relutante aceitou.


Mas minha cabeça no momento não estava interessada nos dois, estava mais preocupada com o lobisomem estuporado ao pé de uma árvore alguns metros a frente e que poderia acordar a qualquer momento.


– Temos que sair daqui. Agora - encarei os dois.


Malfoy apanhou sua varinha e James veio andando rapidamente em minha direção.


O lobisomem soltou um gemido baixo e mexeu alguns centímetros seu longo focinho. Engoli em seco me apoiando em James tentando ficar em pé.


Então um som fez nós três nos paralizarmos. O arbusto de onde saíram os três centauros se mexeu, fazendo um ruído. Apontamos nossas varinhas naquela direção, minhas mãos tremendo e suando frio.


James e Scorpius se posicionaram um pouco a minha frente. Então o arbusto se mexeu novamente. Dentre as folhas se encontrava um tronco humano. Ele tinha braços fortes e uma fisionomia bonita, mas cansada. Tinha os cabelos compridos e castanhos com alguns fios grisalhos. Então ele saiu por completo dos galhos e folhas e o corpo de um cavalo apareceu. O pêlo era marrom um pouco mais escuro que seus cabelos.


– Vocês não deviam estar deste lado da floresta – ele disse enquanto suspirávamos aliviados e abaixávamos nossas varinhas. – É perigoso.


– Estamos com Hagrid... O que me lembra – ergui a varinha para o céu e soltei fagulhas verdes.


O centauro ergueu uma sobrancelha.


– Nossa missão era achar vocês – esclareci. – A propósito obrigada, salvaram nossas vidas.


Ouvimos sons abafados de passos e logo vimos a cabeleira escura e os olhos de besouro de Hagrid, acompanhado pelos outros dois e com Canino pulando logo atrás.


– OH, céus! - ele exclamou quando recuperou a fala. - O que aconteceu aqui? - ele apontou para mim, que estava no chão, e Scorpius que tinha se sentado ao meu lado segurando seu cotovelo, e para James que tinha cortes profundos no rosto e nos braços.


Narramos o acontecido em poucas palavras e então James me ajudou a levantar e serviu de muleta para mim.

O centauro nos acompanhou e quase na metade do caminho os outros três centauros apareceram e se juntaram a nós. Finalmente vimos a luz do castelo e saímos na orla da floresta.


Os centauros pararam de andar, mas Hagrid nos acompanhou até os degraus da entrada e então voltou para conversar com eles.


Thomas e Andrew seguiram para o dormitório da Hufflepuff enquanto eu, James e Malfoy subíamos as escadas em direção a enfermaria.


Logicamente Madame Pomfrey – agora não mais em suas perfeitas condições – ficou resmungando e brigando conosco e então chamou o Prof. Longbottom e relatou o acontecido. Ele conversou um pouco com a gente e então foi embora.


Ela sentou eu e James em macas vizinhas, mas antes que pudesse sentar Malfoy, ele já estava sentado em uma maca, do outro lado da sala, perto das janelas. Ela cuidou dos ferimentos de James – que estremecia cada vez que ela pingava a poção azul fluorescente em seus vários machucados. Depois ela me deu um copo com uma poção que parecia água, mas tinha um gosto muito forte e logo em seguida deu a mesma poção a Malfoy. Então disse que a próxima dose da poção seria só amanhã e nos deixou a sós.


James se levantou de sua maca e sentou ao meu lado. Suas feridas estavam começando a fechar.


– Você está bem? – ele segurou minha mão entre as suas e acariciou-a com o polegar.


– Estou, e você? – ergui alguns centímetros minha mão livre para tocar seus machucados, mas abaixei-a quase instantaneamente.


Ele desviou o olhar e soltou uma de suas mãos: - Bem.


– Me desculpe – falei num murmúrio.


Ele não me respondeu, só se levantou e se inclinou para me dar um beijo na testa. Senti algo molhado cair em meu rosto e deslizar para meus lábios. Tinha um gosto salgado e amargo. Uma lágrima.


– Está liberado, querido - Madame Pomfrey apareceu, dirigindo-se a James.


Então ele se virou e foi embora, sem olhar para trás.



Narrador


Rose fechou seus olhos e tocou na gota que pendia em seus lábios. Então enterrou o rosto nas mãos e começou a chorar. Scorpius ficou observando-a sem saber o que fazer, sem expressão nenhuma, por fim levantou de seu leito e, com o braço em uma tipóia, caminhou lentamente em direção a garota. Tocou levemente seu ombro assustando-a.


Ela olhou para ele com seus olhos vermelhos e inchados e então seus olhos ficaram foscos, sem emoções nem sentimentos.


– Só fique longe de mim – ela disse desviando o olhar, com voz morta.


Scorpius ficou estático. Ela estava o expulsando? Então bruscamente se virou, pisando duro em direção a sua maca e ficou de costas para a garota.


Ela não entendia o que ele sentia por ela? Ele tentava passar todas as suas emoções através de um único olhar, mas não parecia ser suficiente. Então, naquele dia, ele finalmente havia a beijado e ela correspondido, ele tinha ido ao paraíso. Fora a melhor sensação de sua vida. Mas como sempre, Potter estragara tudo!


E foi com esses pensamentos que o loiro dormiu.



Rose abriu os olhos lentamente não conseguindo enxergar direito devido a claridade. Então viu ao seu redor todas as macas brancas perfeitamente arrumadas e se lembrou da noite anterior. Soltou um suspiro enquanto se sentava. Madame Pomfrey logo veio correndo em sua direção.


– Tome, querida – disse entregando um copo com a mesma poção clara. – Como está se sentindo?


– Acho que estou bem, obrigada – disse fazendo careta enquanto tomava o líquido no recipiente.


– Ótimo, ótimo. Só fique aqui mais um pouquinho e depois está liberada.


Ela assentiu com a cabeça observando a mulher se dirigir a Scorpius e entregar a mesma poção e falar a mesma coisa a ele.


A porta se abriu e uma cabeça loira apareceu pela abertura. Quando viu Rose a garota veio correndo em sua direção com os olhos arregalados.


– Hey, como você está? – Mandy perguntou sentando-se ao lado da ruiva.


– Melhor.


– Prof. Longbottom me falou o que aconteceu e por Merlin!


As duas ficaram conversando por uns quinze minutos com Malfoy as observando discretamente. Então Madame Pomfrey apareceu e os mandou irem ao Salão Principal tomarem café.


Eles se levantaram com dificuldade, pois suas fraturas haviam sido curadas, mas seus músculos e diversos hematomas estavam doloridos.


– Onde está James? – Mandy perguntou, por fim dando falta do rapaz enquanto andavam pelos corredores.


– Ele foi liberado ontem à noite – Rose respondeu olhando para baixo.


Scorpius olhou para o rosto da garota e não gostou da expressão que ela tinha.


Rose estava se sentindo culpada por tudo que havia feito ao primo. E ela tinha raiva dela mesma. Ela amava James, mas tinha medo de ficar com ele.


Quando entraram no Salão Principal todos os olhares se dirigiram a Rose e Scorpius. Aparentemente todos sabiam do ocorrido.


Os dois trocaram um último olhar e dirigiram-se as suas respectivas mesas.


Logo que Rose e Mandy sentaram-se, Albus veio na direção das duas.


– Hey, como você está? – perguntou dando um beijo na prima.


– Bem. E então... todos sabem? – terminou mais baixo.


– Infelizmente sim – Albus falou relutante, então se abaixou para falar no ouvido da ruiva, de modo que só ela escutasse. – Será que você poderia trocar de lugar um pouquinho? Eu queria falar com a Mandy.


Rose sorriu de orelha a orelha.


– Claro! – e imediatamente se levantou, lançando um sorriso a Albus e falando ‘Boa sorte!’ a Mandy apenas com os lábios.


Foi andando lentamente em direção a mesa de Gryffindor e sentou-se no lugar dele, ao lado de James.


– Bom dia! – ela falou timidamente para seus parentes, mas olhando para o moreno ao seu lado. – Como está se sentindo? – perguntou tocando suas feridas quase cicatrizadas.


– Você tem ideia de como eu me sentiria se algo acontecesse a você? - ele explodiu, olhando diretamente em seus olhos. - Eu nunca me perdoaria! Eu não conseguiria viver comigo mesmo sabendo que eu deixei aquilo acontecer com você! Você tem ideia do que é isso?


Ela ficou em silêncio por alguns segundos encarando-o e por fim falou:


– Sim, eu tenho. É exatamente assim que eu me sinto em relação a você.


E então segurou seu rosto entre suas mãos e o beijou.





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Notas finais do capítulo

Então é isso *-*
BEEEEEIJOS até o próximo *-*