CAPITULO 14

Ichigo riscava e Rukia a cada minuto estava mais curiosa. Não que fosse surpresa que sua mente tivesse criado algo que aquele alaranjado não conseguia, mas era estranho, Ichigo passou uns três ou quatro minutos, usou canetas a alguns lápis de cor. O ruivo parou e abaixou o caderno, olhou o desenho de Rukia que tinha uma flor um tanto torta mas que formava, em várias partes, uma só e escrito na frente ‘Yuna Corporation’. Ichigo assinou e então virou o caderno para a morena, o desenho tinha uma bela flor com um complemento em giro, como várias partes formando uma só, uma flor Hibiscus [http://yunatribute.no.sapo.pt/cosplay/Hibiscus%20flower.jpg]. Em frente o escrito grande “Yuna Corporation”.

– Estava bem debaixo do meu nariz, como não pensei na Yuna? Sou fã de Final Fantasy e não pensei na Yuna, minha corporação tem esse nome e não pensei nela! – Ichigo extravasava e Rukia passava a mão pelo desenho, tinha ficado impressionante. Saiu de seus devaneios quando a voz de Ichigo soou – Obrigado. – a morena sorriu suavemente e Ichigo tocou a mão dela.

– Já fiz minha boa ação de hoje... Tenho que ir pra casa sabe... – Rukia se levantou pegando a mochila.

– Claro... – Ichigo recolheu a mão e suas coisas, indo para o carro, seria o fim daqueles momentos tão perfeitos?

            Já estava em Karakura, a uns 5 minutos da casa de Rukia, que fitava um ponto invisivel fora da janela, que logo virara a imagem da casa em que ela cresceu. Pegou a mochila e já ia abrindo a porta quando uma mão grande lhe puchou para perto, Ichigo tinha colocado os lábios no queixo de Rukia, levemente, a garota se arrepiou inteira, como ele conseguia deixá-la assim? Ichigo beijou-lhe a linha do maxilar, a bochecha e quando conseguiu chegar aonde queria se sentiu sozinho. A garota já estava batendo a porta do carro e sorrindo para ele do lado de fora, então ela entrou pelo grande portão. Ichigo bateu a cabeça no volante.

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            A garota entrou em casa com ar de quem fez algo errado. Só queria subir para o quarto sem que o irmão a visse, o que, obviamente, não deu certo. Ele estava ali parado no fim das escadas a garota sorriu.

– Dá pra escapar de você, Nii-sama? – Rukia abraçou o irmão.

– Não, e você está com um cheiro um tanto... Cítrico. – Disse olhando desconfiado a  irmã.

– Morango? – Soltou matreira.

– Você não tem jeito. Vou para a empresa, reunião de última hora. Cuide-se. – Deu um beijo na bochecha clara da irmã e saiu. – Mais tarde conversamos! – a voz veio de longe.

            Rukia continuou a subir as escadas com um sorriso lindo no rosto. Aquilo que ela a pouco chamara de loucura era algo mais forte, e ela percebia isso agora, percebia o nome daquele sentimento tão forte, não era loucura. Mas ela também não queria dizer que era amor, porque como boa capricorniana vai negar até o fim, ela só não sabia que aquele ruivo iria adiar esse fim.

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            Ishida e Nell olhavam aquele caderno com certa minúcia, analisavam tudo devagar enquanto um nervoso Ichigo até desistira de colocar a camiseta para poder ver a expressão dos dois, eles viraram algumas páginas observaram um pouco e o ruivo continuava enroscado na camiseta preta. Mais alguns minutos de silêncio e sussurros e então a resposta veio na voz de Nell.

– Perfeito... – Ishida assentiu. – Vamos mandar hoje, na próxima semana já deve estar no lugar. – Ichigo sorriu para os amigos aquele clima de negócios estava um pouco pesado.

– Mudando de assunto – Começou Ishida e o clima logo se tornou outro: Pessoal. – Como foi a manhã?

–É verdade! Conta tudo Ichigo! Como foi com a Kia? – Ichigo franziu o cenho e tirou a camisa de vez, estavam em casa. Nell se deitou com sua blusinha amarela e seu shortinho jeans e Ishida se acomodou com a bermuda bege e camiseta branca.

– Kia? – Ele começou – Apelido estranho...

– Vamos lá, Ichigo!

– Não houve nada demais. – Os dois amigos o fuzilaram com os olhos – Posso tentar mentir mais uma vez? – Nem se mecheram – Tudo bem. Desisto de mentir. Ela me beijo---

– O quê?! Ela te beijou? Que máximo! Own’ Ishida, nosso menininho cresceu! – Nell estava eufórica.

– “Nosso menininho” o caramba! Eu já tive muitas namoradas e uma noiva, não sou criança!

– Namoradas que só ligavam pro seu exterior e uma noiva que te fez ganhar o premio Nobel de ‘O Maior Corno do Planeta!’ – Ishida soltou e Ichigo abaixou a cabeça. – Fala sério, Ichigo. É a primeira vez que seu coração está de verdadde nessa, e o dela também.

– Tudo bem, admito. Só não precisava tocar nos meus chifres! – Rosnou.

– Não tem problema, eles são de rosquear mesmo! – Nell fez com que todos rissem. – Continua!

– Foi você que interrompeu! – Ichigo gritou jogando uma almofada na amiga.

            E uma briga começou, com almofadas jogadas e uma linda sala de estar totalmente bagunçada.

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– Ela chegou! Finalmente! – Grimmjow abraçou a garota e a levantou.

– Grimm! – Rukia retribuiu, estava alegre demais, alguma coisa tinha acontecido.

– Pare de monopolizar a Rukia seu idiota! Ela é minha primeiro! – Toshirou soltou irritado.

– Não fiquem assim, tem Rukia pra todo mundo! – Os dois a olharam irritados ao extremo. – Retiro o que disse, tem Rukia o bastante pra vocês dois.

– Melhorou. Então, sabemos que não veio aqui por nós, mas ainda faltam uns ajustes na Harley.

– Ah, tudo bem. Eu posso ajudar. Além do mais, estou muito eufórica, tenho que acabar com isso...

– Humm, eufórica. Vai dizer que nossa Kia está apaixonada? – Hitsugaya tinha um ar malicioso.

– E se estiver?! Estou viva ainda! Só porque o idiota do Renji não aguenta ninguém vai aguentar? – A morena e o amigo de cabelos brancos riram, mas Grimmjow ficou sério.

– Eu aguento... – Grimmjow murmurou e Rukia parou imediatamente. – Por quanto tempo mais, Rukia, eu vou te esperar voltar? Eu não quero acreditar que você não tem passagem de volta.

            E como Rukia sempre temeu aquele assunto voltara. Iriam conversar. Tinham que conversar, aquela conversa cheia de ressentimento de um e explicação do outro, onde sempre iria parecer que Rukia era uma vilã se ele não tentasse entender, ela uma vez se apaixonou por ele, uma paixão ardente, mas de um fogo que logo se apagou, o que não foi o caso do Jaegerjaquez. Nem que ficassem horas ali, iriram se entender.

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– Atende! – Ichigo rosnava ao celular. – Mas que garota, hein! Quer saber, vou tomar banho.

            O ruivo irritado foi se despindo até o banheiro onde se jogou debaixo da água que caía suavemente no corpo. Havia uam meia hora que tentava ligar para Rukia, mas a garota não atendia. Acabando o banho foi se vestir, quando terminava de colocar a boxer ouviu o celular tocar. Andou resmungando até a sala, onde o aparelho estava, e parou de resmungar ao ver o nome no visor.

– Finalmente! – Disse alegre.

– “Desculpe. Tive uma conversa séria, não pude atender, mas agora estou em casa.”

– Espere só um minuto, ok?

–“Como assim? Treze chamadas não atendidas e agora quer me fazer esperar?”

–Esse argumento não é muito bom, além do mais, estou só de cueca, então, licença. – Ichigo deixou o celular em cima da mesa e foi colocar uma bermuda qualquer, mal imaginava ele que do outro lado da linha tinha uma morena corada tentando imaginar ele só de cueca.