Katy POV’s

       – Amiga, teu celular ta tocando. – Vick chegou até mim na sala e apontando o polegar em direção ao quarto.

       – Eu sei. To grávida, não surda. – Ela abriu a boca pra falar algo, mas eu logo saí em direção quarto.

        Foi só eu colocar o pé dentro do quarto e ele para de tocar. Eu mereço! Olhei e tinham três ligações perdidas do Harry. Retornei.

       – O que foi? – Perguntei rispidamente.

       – Eu que te pergunto. Já te liguei muitas vezes e você nada de atender.

       – Muitas vezes nada, só foram três, ok?

       – O que você tem?

       – Não tenho nada. Vai dizer o que você queria ou não?

       – Poxa Katy, que isso? Não precisa falar assim comigo.

       – Ta bom, desculpa. Mas anda logo, diz.

       – Posso te buscar pra gente almoçar hoje?

       – Vem logo que eu já to com fome. Tchau! – Desliguei o telefone.

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       – Vou voltar pro Brasil amanhã.

        – O quê? – Harry se engasgou com a água que bebia.

       – Isso mesmo!

       – M-mas e a gente? – Ele gaguejou um pouco.

       – Não sei. Não posso ficar pra sempre na casa do Zayn.

       – De jeito nenhum, você vai pra minha casa. Vai morar comigo.

       – Tudo bem então. Mas eu vou ter que ir mesmo. Tenho que pegar minhas coisas.

       – Ah bom. Eu vou viajar pros Estados Unidos. Vou passar uns quinze dias lá.

       – Isso tudo?

       – Pois é. Muitos shows. Vou deixar uma cópia das chaves da minha casa pra você, pra quando você chegar já ir arrumando tuas coisas.

       – Ok. Minha consulta com o médico ta marcada pra semana que vem. Finalmente vamos saber se nosso bebê é menino ou menina.

       – Katy você vai ter que me esperar. Quero ir com você!

       – Mas já ta marcada.

       – Me espera.

       – Tudo bem. Eu espero. Vou remarcar pra um dia que você esteja aqui.

       – Melhor assim.

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       Depois do almoço voltei pra casa pra arrumar minhas coisas.

       – Eu vou com você Katy. Zayn vai viajar e eu não vou ficar aqui sozinha.

       – Tudo bem, vai arrumar logo tuas coisas.

       – Se você não ta vendo, meu braço ainda ta na tipóia, então preciso da tua ajuda, se é que você pode me ajudar. – Vick falou e fingi que não percebi o tom sarcástico dela.

       – Vou já lá. Deixa eu terminar primeiro isso aqui. – falei enquanto colocava umas roupas na mala.

       – Amiga eu já pensei em nomes pro teu bebê.

       – Já?

       – Sim. Se for menina tem que ser Lua, se for menino tem que ser João Lucas.

       – Vou pensar no teu caso. Mas, por que Lua?

       – Eu gosto desse nome. E eu vou ser a madrinha, ok?

       – Óbvio! E o Zayn o padrinho, se ele aceitar, claro!

       – Ele vai amar.

       Terminei de arrumar minhas malas e fui ajudar Vick com as dela.

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       Quando chegamos no Brasil minha mãe ficou louca pra irmos ao médico saber logo o sexo do bebê. Aquilo já estava me deixando aflita, mas como eu prometi pro Harry que ia com ele, vou ter esperar.

        Só passei alguns dias em casa e logo voltei pra Londres com a Vick. Passei mal a viagem todinha. Eu pensei que esses enjôos iam ser só no primeiro mês, mas pelo visto, não.

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       Como eu não queria ficar na casa do Harry sozinha, chamei a Vick pra dormir comigo enquanto eles não chegavam de viagem.

       – To louca pra ver a carinha da Lua. – Vick disse passando a mão na minha barriga.

       – Você fala como se já soubesse o que é, e mais, não decidi se vai ser mesmo esse nome.

       – Ah Katy, você não vai fazer uma desfeita dessas comigo, não é?

       – Tudo bem, eu gosto desse nome, mas e se o Harry não gostar?

       – Você contorna ele e diz que vai ser esse nome e pronto.

       – Mas não é bem assim. Ele com certeza vai querer dar um palpite.

       – Tudo bem, – ela bufou – mas leva em consideração meu pedido, ta?

       – Vou levar.

       – Assim espero. – Disse em tom autoritário.

       – Espera aí. Vou ligar pra Safaa. Eu disse que ia ligar, mas até agora nada.

       – É, vai lá.

       Peguei meu celular e liguei.

       – Oi minha princesa, estou com saudades.

       – Eu também estou. Como você e seu bebê estão?

       – Estamos ótimos, obrigada. E você, como anda a família e o namoradinho?

       – Ele acabou de sair daqui.

       – A final de contas, qual é mesmo o nome dele?

       – Benjamin.

       – Lindo nome.

       – Por falar em nome, você já escolheu o do bebê?

       – Ainda estou pensando. Estou esperando o Harry chegar pra gente descobrir logo o que é pra depois pensar em um nome.

       – Se for menino, coloca Benjamin, por mim!

       – Pra homenagear seu namoradinho?

       – Sim!

       – Tudo bem, eu gostei desse nome.

       – Você vai colocar mesmo?

       – Se o Harry também gostar, vai ser sim.

       – Obrigada Katy!

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       Assim que Harry chegou, ele me cobrou de irmos ao médico. E como eu já queria muito saber, fomos logo.

       O médico mais uma vez me tratou super bem. Fez até uma brincadeira com o Harry dizendo que as filhas dele são loucas por ele.

       Fizemos o mesmo processo da vez passada.  Mas dessa vez demorou um pouco mais.

       – O que foi Doutor? Tem algo de errado com o nosso bebê? – Eu perguntei, já aflita com aquele suspense.

       – Nada de errado.

       – E então, o que é? – Foi a vez de Harry falar algo depois de tanto tempo roendo as unhas.

       – Parabéns, vocês são pais de um menino.

       – Menino? Sério? – Harry faltou foi pular de tanta felicidade.

       – Espere, espere!

       – Ai Doutor, o que foi dessa vez?

       – Tem algo a mais aqui. – Ele deu uma pausa. – Parabéns novamente, vocês são pais de um menino e de uma menina.

       – Hã, o quê?

       – São gêmeos. – Disse o doutor, e eu quase enfartei. Comecei a chorar.

       – Não acredito. Dois? – Harry falou com a mão na boca, não escondeu a felicidade.

       – Ai meu Deus! – Falei enquanto as lágrimas caiam.

       – O que foi Katy? Você não gostou?

       – Se um já dá trabalho, imagine dois!

       – Tudo se dá um jeito. Mas esses bebês vão ser muito bem vindos!

       Fiquei imaginando se eu e Harry não tivéssemos voltado, como que eu ia cuidar de duas crianças? Mas depois que passou o susto, Harry me abraçou feliz da vida.

       – Caramba! Nunca pesei em ser pai de gêmeos. – Ele disse com o sorriso de orelha a orelha.