#Pov Nico

Agora já é de noite e desde o café da manhã eu não vejo a Annie... tô com saudade da minha extressadinha sabe.

Sentei no meio do meu chalé e comecei a pensar nela... o toque dela, o beijo dela, o corpo dela junto ao meu. Hoje de manhã quando nós quase fomos “além”.

Às vezes fico pensando se não é cedo demais pra ela, quando ela vai estar pronta pra ser minha, mas daí eu vejo o quanto a amo e... mesmo se ela fosse freira eu ficaria com ela pro resto da minha vida.

Não se tem pressa quando se ama, mesmo que ela tenha aquele corpo maravilhoso e quando ela me beija eu enlouqueço e quando ela me toca eu perco o controle e tenho vontade de agarrar ela e... Nossa eu to muito tempo sem alguém, preciso me controlar, acho que é só saudade né? É.

Decidi fazê-la uma surpresa, abri a porta do meu chalé e saí ansiosa pra ver aquele lindo sorriso dela.

Mas quando cheguei lá, não foi exatamente isso que eu vi...

#PovAnnie

Depois que a Rachel saiu eu mal sai do meu chalé, só escondida, eu não queria ver ninguém agora, não queria que ele me visse assim.

Ele ficaria preocupado comigo e eu odeio quem fica com pena de mim, eu aguento tudo menos um olhar de pena.

Agora já é de noite e esse medo ainda me aflige: O de perder Nico.

De todas essas restrições ridículas, de todas as ameaças que me fizeram, sobre meu pai, minha vida, minha profecia... a única coisa que realmente tenho medo é de que tenha que me separar dele.

Suporto qualquer coisa menos isso. Então senti as lágrimas lavarem o meu rosto e a dor em meu peito aumentar a ponto de doer tanto que me dava vontade de gritar. A minha respiração falhava e eu soluçava desesperadamente.

Eu não quero me afastar no Nico mas e se eu tiver que fazer isso?

Tudo girava em minha cabeça... todos os problemas ao mesmo tempo...

Até que ouço batidas em minha porta.

#Pov  Nico

Logo quando me aproximei do chalé da Annie, eu escutei soluços, meu coração apertou e meus olhos tomaram um olhar curioso.

Me aproximei mais rapidamente e era isso mesmo, ela estava chorando.. minha pequena estava sofrendo, aquilo foi como uma facada em mim, desesperadamente eu bati em sua porta.

-Annie?! Annie?! Abre a porta! Você está bem?- falei desesperado por dentro mas com a voz mais tranquilizadora que pude.

Em questão de segundos ela abriu a porta e em seu olhar havia alívio, tristeza, medo...

Ela então desabou ainda mais e me abraçou bem apertado. Ela soluçava e soltava palavras soltas tentando se explicar mas eu não entendia nada por conta dos soluços, me cortava o coração vê-la assim...

Entrei no chalé ainda abraçado com ela e fechei a porta. Apertei mais o abraço demonstrando todo o amor que podia e alisei seus cabelos macios.

-Shh... Calma meu amor, não fala nada, eu to aqui com você... tudo vai ficar bem..

Ela não falou nada, só afagou sua cabeça em meu peito e continuou a me abraçar e chorar, mas agora os soluços estavam mais calmos.

Ela estava fraquinha e nós estávamos em pé então eu a peguei no braço como um pai pega a filha quando ela dorme no sofá assistindo televisão e a deitei na cama. Me deitei ao seu lado e ela apoiou a cabeça e meu peito ainda me abraçando forte como se eu fosse fugir a qualquer momento.

- Me promete?- ela falou com a voz manhosa me encarando com os olhos vermelhos e inchados.

-O que? –e falei enquanto colocava uma mecha de seus cabelos para trás da orelha.

- Me promete que nunca vai me deixar, que sempre vai ser meu idiota, que sempre vai me odiar e dizer que eu sou irritante e chata. Me promete que não importa o que aconteça eu vou ser pra sempre sua e você vai ser pra sempre meu. Me promete que se formos pra luz você estará comigo sorrindo e se formos pras trevas você será minha luz. Me promete me amar pra sempre.Me promete? – ela falou agora voltando a chorar.

Sorri calmamente pra ela, e vi o quanto eu a amava, meu coração até doía de tanto amor.

- Primeiramente me promete que vai parar de chorar? Não aguento te ver assim.

Ela assentiu e limpou as lágrimas.

-Vou tentar.- ela falou sorrindo de canto.

Assenti e então falei.

- Você é minha vida agora sabia? Não preciso te prometer tudo isso por que eu sou o que você é agora, somos só um, pra onde você vai eu vou, o que você acredita eu acredito, o que você respira eu respiro, se você morrer eu morro. Te amo mais que minha própria vida e abriria mão do meu sorriso pra te ver feliz. Prometo ser tua luz pra onde você for, prometo te amar incondicionalmente e prometo te proteger até que as Parcas teçam o fim de meus dias.

Ela sorriu e sussurou um “Eu te amo”.

Então eu a beijei, um beijo calmo e cheio de amor e carinho que acalmou nossas almas, ela terminou o beijo e disse:

-Me tira daqui?

A dei um selinho e me levantei a puxando pela mão.

-Seu desejo é uma ordem – falei fingindo seriedade e ela sorriu, com aquele sorriso que eu tanto amo.

Ela enlaçou as mão em meu pescoço fazendo um carinho em minha nuca que me dava arrepios, a puxei fortemente pela cintura junto ao meu corpo.

-Seu sorriso é lindo sabia? – falei olhando em seus olhos, ela corou rapidamente e mordeu o lábio inferior.

Em resposta ela me deu um beijo de completo desejo do qual eu tanto senti falta, era um beijo profundo, nossas línguas estavam sincronizadas e isso me acendeu, deslizei minhas mãos por suas costas e senti ela se arrepiar, sorri entre o beijo e ela pareceu indignada por eu estar sorrindo dela então mordeu meu lábio com força finalizando o beijo, estávamos sem ar então pensei que logo ela iria soltar meu lábio mas ela continuou mordendo com força, gemi de dor em protesto, ela sorriu e me largou.

- Você é mal – falei pra ela com um olhar malicioso a puxando para mais perto de mim, ela prendeu a respiração  e me encarou com um olhar malicioso que me incendiou por dentro.

- É melhor a gente ir agora – ela falou se separando de mim.

Respirei fundo e dei uma risadinha saindo do chalé.

#Pov Annie

Estava me sentindo bem melhor agora, o beijo do Nico cura qualquer coisa hehe...

Nico me abraçou por trás e fomos andando devagar e tombando. Eu tropeçava nos pés dele e ele tropeçava nos meus e nós riamos como crianças.

-Para onde nós vamos? – virei meu rosto pra ele, mas ainda de costas, ele me deu um selinho.

- Nesse acampamento não tem muito pra onde ir né? – ele falou debochando, eu concordei.

-Então vamos para o seu lugarzinho? – falei sorrindo, eu amei aquela caverna, é tão dele, tem o jeito dele.

- Para o nosso lugar – ele me corrigiu sorrindo.

Me virei pra ele  e o beijei demonstrando todo o desejo que sentia por ele. Minhas mãos foram para sua nuca e ele se arrepiou – um ponto sensível hehe – ele me apertou contra ele do jeito que só ele sabe e nós aprofundamos o beijo, de algum modo eu sentia que estava pronta pra ser dele e hoje, através de meus beijos um pouco mais “assanhados” eu estava tentando fazê-lo entender isso. Eu queria ser dele, queria ter ele pra mim. Então aprofundei ainda mais o beijo e ele apenas correspondia a mim, acelerando-o ainda mais, pela brecha de meus olhos eu o vi respirando pesadamente entre o beijo. Quando mais eu explorava sua boca eu o sentia perder seu “auto-controle”, ele começou apertar minha cintura com muita força o que me deixou satisfeita.

Sem pensar e com pressa e me prensou numa rocha que havia lá na praia, me fazendo sentir seu corpo quente junto ao meu, isso sem em nenhum momento desgrudar nossas bocas, fiz menção de levantar sua blusa e isso foi como uma espécie de sinal vermelho pra ele então ele parou ofegante.

Droga!

-Oops...- falei sem jeito e sorrindo, ele sorriu também, mas me olhava de um modo particular.

- Você tá... –ele puxou ar ainda ofegante – diferente hoje.

Eu sorri e mordi seu lábio inferior o puxando pela mão para continuarmos andando.

-Vamos logo para o nosso lugar seu idiota.

Ele sorriu.

-É, estou precisando de um pouco de calmaria.- ele falou.

Sorri e pensei comigo mesma. Se depender de mim vai ser um pouco difícil de você ter calmaria, Sr. Di Angelo.