A Nova Geração escrita por SynderAlst


Capítulo 1
Capítulo 1




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/243668/chapter/1

Gregory

Para Gregory, sua vida sempre foi algo curioso. Nunca soube para onde seu pai fugiu quando tinha sete anos de idade, e nunca sabe como a mãe se sente em relação a isso. Também não sabe como seu irmão mais novo se estabiliza por nunca ter conhecido seu pai. Na época que a mãe de Gregory estava grávida, o pai fugiu. Mas será que foi por isso mesmo? Será que não teve outra coisa? Gregory sempre se perguntava, mas nunca chegava à uma conclusão. É óbvio, como um garoto de quinze anos de idade consegue chegar numa resposta tão séria assim? Por mais que ele se perguntasse, tinha coisas a fazer, como agora. Nesse momento ele estava acordando e se preparando para mais um dia escolar. Não era a melhor coisa do mundo, mas o que podia fazer? Ele tinha bastantes amigos lá, era um aluno bom, mas não excepcional, com seus altos e baixos. Ele estudava numa escola particular de Santo West, a cidade onde ele morava, e tinha recebido uma bolsa escolar por causa de sua habilidade com futebol. Sempre foi dito que ele era um garoto ágil, rápido e leve, e desde que entrou na escola, sempre quer fazer o seu melhor para não perder a bolsa e também não deixar seu time na mão.

-Então, já está preparado? – sua mãe aparece na porta, vendo que Greg, como ela ama tanto chamar, estava vestindo a camisa, já com a calça longa de treinamento e um tênis esportivo. A camisa era social, branca, com o brasão da escola no lado esquerdo da blusa. Era uma águia. O brasão da Escola de Santo West. Era mais uma típica escola com patricinhas, valentões, nerds, esportistas e professores chatos. Não todos.

-É, eu acho – responde Greg, já com a camisa vestida. Sua mãe vai até ele e dá um abraço, e Gregory retribui. Ele não tinha vergonha de andar com a mãe, nem abraçá-la nos cantos, nem nada do tipo. Claro, era a sua mãe, não havia porque ter vergonha. Ele então sai do quarto, levando a mochila quase vazia, com alguns cadernos nela, já que ele sempre deixa os livros no seu armário, e desce as escadas para tomar o café da manhã. Desliza a mão direita sobre seus cabelos negros quando está sentando na mesa, dando bom dia para seu irmão mais novo. Na verdade, não tinha uma diferença enorme. Só poucos anos.

Depois de uma boa refeição, Greg se dirige ao seu quarto, escova os dentes, e quando desce se despede da sua mãe e do seu irmão e sai de casa, com sua bicicleta. Enquanto ele passa pelos vizinhos, acena para alguns, já que ele vivia faz um bom tempo no bairro e permitiu que conhecesse diversas pessoas. Não era um caminho tão longo de sua casa para a escola, então depois de uns dez minutos ele chega na escola. Como sempre, o pátio estava lotado de pessoas, encostada na escada de entrada, na porta, nas estatuas, nas árvores... Sai da bicicleta, colocando no local junto às outras, então vai entrando na escola, onde mais gente está localizada. Vai até o seu armário e pega o primeiro livro da primeira matéria do dia, e antes de ir para a sala, seus amigos estão na sua frente. Ele os cumprimenta, era em torno de uns cinco, e ficam passeando um pouco pela escola, conversando sobre diversas coisas, até que finalmente o sino toca, e todos se dirigem para a primeira aula.

No final de todas as aulas, Greg estava no treino de futebol da escola. Quase ninguém observava eles treinando, mas sempre tinha, no máximo, dez pessoas nas arquibancadas, e dessa vez era só uma pessoa. Um homem. E ele olhava diretamente para Gregory, e este percebeu, o que o deixou um tanto incomodado, mas tentou esquecer disso e prestar atenção o treino. Quando o treino enfim termina, ele está se dirigindo ao vestiário para pegar suas roupas, quando o mesmo homem que ele viu na arquibancada aparece.

-Olá, Gregory. Como vai? – o homem parecia ser um quarentão, mas um quarentão elegante. Ele vestia um terno sem nenhuma parte amassada e cabelos penteados para trás.-

-Eu... Vou bem – ele disse.

-Posso conversar com você?

-Minha mãe disse para eu nunca falar com estranhos.

O homem dá uma risada, e diz:

-Eu pareço estranho?

-Mais ou menos, para ser sincero – responde Greg.

-Bom, então terei que fazer isso do jeito difícil.

-O quê... – Greg falar, mas é atrapalhado com um golpe no nervo para desmaiar.

Alicia e Jean

A vida de Alicia era uma droga, como ela sempre dizia. Ela não chegava a ser revoltada por causa disso, porque ela tinha razão. O pai era um bêbado, a mãe era uma mulher problemática que sempre tentava defender o marido, mesmo quando ele estava errado, pois ela temia alguma coisa dele. Se não contasse com isso, ela poderia parecer sim, uma adolescente revoltada, pois ela gostava de rock e de ficar sozinha. Ela só tinha um amigo naquilo tudo, que era um garoto chamado Jean. Eles eram amigos desde a quarta série, e estudavam numa escola pública por os pais de ambos não terem dinheiro para pagar uma boa escola, não que esta seja totalmente ruim. O uso de roupas nessa escola era liberado, contanto que não extravagasse muito. Alicia sempre vestia uma camisa com estampa de uma banda que ela gostava, e hoje, ela usava uma com a estampa da banda Oasis. Para completar, uma calça jeans azul clara que combina com seus olhos da mesma cor, e tênis preto. Ela ajeita seus cabelos castanhos escuros, colocando em um rabo de cavalo, e então fica pronta. Coloca os livros necessários para aquele dia na sua mochila, e sai da sua casa, sem falar com ninguém.

Para Jean, sua vida era algo excepcional. Ele tinha ótimos pais, mas nada era perfeito, e horríveis primos e tios que viviam na casa dele. Esses tios e primos simplesmente não tiravam o traseiro do sofá para procurar algo para fazer. De manhã bem cedo ele acorda, com todos já acordados ou levantando, e todos também se dirigem para a mesa e começar o café da manhã. Era algo legal de se fazer, fora os primos que sempre achavam que precisavam de mais alguma coisa. Os típicos meninos que não se satisfaziam com nada, sempre pedindo mais e mais. Jean já avançou num dos seus primos de tanta raiva pela ignorância do primo, mas conseguiu se controlar. Vai então, depois de terminar o café, para o quarto se aprontar.

Depois de pouco mais de dez minutos, ele se despede de todos e vai embora, para a escola, mas antes, para a casa de sua amiga Alicia.

-Bom dia! – Exclama Jean para Alicia.

-Bom dia – fala a menina com um sorriso. Então, como sempre, um papo longo acontece com eles até chegarem na escola, onde vão para a sala, e como sempre, atrasados de novo. Dessa vez, o professor fica revoltado e os manda para a diretoria.

-Vamos matar aula? – Jean pergunta – não temos nada para fazer...

-Vamos – responde Alicia sem hesitar, e saem da escola, mas algo os intercepta. Um homem careca, de terno totalmente preto aparece.

-Olá, Alicia, Jean. Posso falar com os dois um instante?

-Quem gostaria? – pergunta Jean.

-Uma pessoa.

-Então acho que não – responde Alicia. Quando eles iam indo embora, o homem pega dois lenços e cobre a boca e o nariz de cada um, para desmaiá-los.

Bonne

-Ah, você está linda, irmã! – Hannah fala.

-Que isso, não tanto quanto você – Bonne responde. Para uma garota rica, estudar numa das escolas mais ricas de Santo West era algo normal, mas ficar querendo ser bonita já era um tanto exagero. Não para Bonne, na verdade. Sempre bonita, com seus cabelos loiros soltos e olhos verdes. Sua irmã também estudava na escola dela, só que uma série a mais. Bonne vira-se para a irmã, e elas saem do quarto, já prontas para a escola, e vão tomar café da manhã, que era algo sempre, como Bonne gostava de dizer, “light”. Frutas, um copo de leite e outros aperitivos que cada uma escolhia. Elas moravam numa mansão, em poucos quarteirões da escola, o que permitiam de ir andando. Por mais que parecesse, Bonne não era aquela patricinha que se quebrar uma unha vai causando um terremoto por onde passa, ela se importava com a aparência, sim, mas não era agitada. Depois de terminarem o café, elas escovam os dentes rapidamente, passam um batom e vão embora, para a escola. Se despedem, e cada uma vai para o seu rumo. Chega então Gunther, um valentão que é bastante interessado por Bonne, mas claro, só pela aparência.

-Olá, gostosa – ele fala com um sorriso.

-Não fala assim comigo, Gunther! – ela diz. Antes de ele pegar a mão dela quando Bonne sai andando, ela o empurra e vai com passos rápidos até a sua sala de aula.

No final da aula, ela está saindo da escola, esperando por sua irmã que ainda não tinha chegado, quando é afastada misteriosamente de todos os alunos e sofre um desmaio causado por alguém que ela não tinha visto.

Chadd e Gina

Gêmeos. Chadd e Gina são gêmeos. Ambos têm pele morena, são altos e tem olhos castanhos claros. Eles moram num apartamento que é sustentado por Chadd, já que ele trabalha numa loja do shopping, enquanto Gina está no seu último ano da escola. Ela já tinha saído, quando Chadd ia para o trabalho, vestindo uma roupa normal, segurando o crachá na mão direita, quando alguém bate na porta. O homem vai andando, e quando abre, sem ver, fala:

-Gina, por que... Hã? Não é a Gina – um homem mais alto que Chadd, e ele era bem alto, está na porta, olhando para o homem. Chadd vai se afastando, e o homem se aproximando. – O que você quer? – pergunta Chadd. O homem permanece calado, até que o outro empurra o homem e tenta escapar, mas ele não levou a possibilidade que homens camuflados estavam no seu apartamento, mirando para ele com balas tranquilizantes, o que fez desmaiar em segundos.

Gina estava andando calmamente em direção à escola pública, que ficava bastante longe de seu apartamento, por isso ela sempre ia mais cedo. Era como ela dizia, é melhor chegar muito cedo do que muito atrasado. Andando mais um pouco, ela para na parada de ônibus, quando chega uma mulher vestindo uma roupa de trabalho, dizendo:

-Gina, pode vir comigo um instante?

A garota, sem saber o que era, faz que sim com a cabeça e vai andando com ela até um estacionamento que ficava atrás da parada de ônibus.

-Entre nesse carro – a mulher diz, apontando para um carro preto e possivelmente blindado.

-Quem é você? Eu nem sei quem você é, e pede para eu...

A mulher coloca um dardo na barriga de Gina, liberando uma substância que a fez desmaiar.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Se vocês gostaram ou não, eu quero reviews pra ver o que vocês acharam. ^^



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A Nova Geração" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.